Fatores associados ao teste de provocação oral em pacientes portadores de alergia a proteína do leite de vaca no município de Fortaleza, Ceará

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leitão, Lia Maria Bastos Peixoto
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/125393
Resumo: Objetivos: Avaliar o perfil sociodemográfico e cli¿nico-laboratorial de crianc¿as com alergia a proteína do leite de vaca (APLV) submetidas ao teste de provocação oral (TPO). Materiais e Me¿todos: Estudo transversal, no ambulato¿rio de alergia do Hospital Infantil Albert Sabin, localizado no Munici¿pio de Fortaleza - Ceará. A coleta dos dados realizada no período de outubro de 2018 a setembro de 2019, via questionário. A amostra foi selecionada por conveniência, com um total de 82 crianças com o diagnóstico de APLV IgE mediada, não mediada ou mista, sendo avaliada quanto ao desfecho do TPO. Resultados: As comorbidades alérgicas mais citadas foi a respiratória nos três tipos de APLV. Observamos uma correlação significativa (p=0.031) entre o grupo de pacientes APLV TPO não tolerantes e o uso de fórmula em domicílio (p=0.033). Para os pacientes APLV IgE não mediada foi identificada uma correlação significativa no item ¿uso de fórmula com <1 mês" (p<0.001) e "entre 1 a 4 meses" (p<0.001). Entre os pacientes APLV IgE mediada, TPO não tolerante e tolerante, há predomínio de casos de pacientes com alergia familiar tipo respiratória e alimentar (p=0.025). No grupo dos APLV IgE mediada TPO não tolerante, observou-se menor probabilidade de valores de IgE ¿ 10 para alfalactoalbumina (p=0.003); betalactoalbumina (p=0.003) e caseína (p=0.005). O grupo de pacientes com APLV IgE mediada TPO tolerante possui maior probabilidade de ter IgE ¿10 para alfalactoalbumina (p=0.003); betalactoalbumina (p=0.003) e caseína (p=0.005). Concluso¿es: A APLV tem sido um problema relevante na faixa etária pediátrica nas últimas décadas. Encontramos diferentes frequências dos fatores de risco e proteção para a APLV em nossa amostra em todos os tipos clínicos, algumas semelhantes e outras discrepantes em relação à literatura atual. Pacientes APLV IgE não mediada se correlacionaram significativamente com o uso de fórmula infantil em faixas etárias abaixo de 6 meses e que o uso da fórmula no domicílio aumentou em torno de cinco vezes a chance de não tolerância à PLV. Observamos também uma maior chance de tolerância em pacientes com valores de IgE entre 0,1 e 10 KUA/L. Palavras-chave: Hipersensibilidade a leite; 2. Hipersensibilidade imediata; 3. Criança.
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Observamos uma correlação significativa (p=0.031) entre o grupo de pacientes APLV TPO não tolerantes e o uso de fórmula em domicílio (p=0.033). Para os pacientes APLV IgE não mediada foi identificada uma correlação significativa no item ¿uso de fórmula com <1 mês" (p<0.001) e "entre 1 a 4 meses" (p<0.001). Entre os pacientes APLV IgE mediada, TPO não tolerante e tolerante, há predomínio de casos de pacientes com alergia familiar tipo respiratória e alimentar (p=0.025). No grupo dos APLV IgE mediada TPO não tolerante, observou-se menor probabilidade de valores de IgE ¿ 10 para alfalactoalbumina (p=0.003); betalactoalbumina (p=0.003) e caseína (p=0.005). O grupo de pacientes com APLV IgE mediada TPO tolerante possui maior probabilidade de ter IgE ¿10 para alfalactoalbumina (p=0.003); betalactoalbumina (p=0.003) e caseína (p=0.005). Concluso¿es: A APLV tem sido um problema relevante na faixa etária pediátrica nas últimas décadas. Encontramos diferentes frequências dos fatores de risco e proteção para a APLV em nossa amostra em todos os tipos clínicos, algumas semelhantes e outras discrepantes em relação à literatura atual. Pacientes APLV IgE não mediada se correlacionaram significativamente com o uso de fórmula infantil em faixas etárias abaixo de 6 meses e que o uso da fórmula no domicílio aumentou em torno de cinco vezes a chance de não tolerância à PLV. Observamos também uma maior chance de tolerância em pacientes com valores de IgE entre 0,1 e 10 KUA/L. Palavras-chave: Hipersensibilidade a leite; 2. Hipersensibilidade imediata; 3. Criança.Objectives: To evaluate the sociodemographic and clinical-laboratory profile of children with allergy to cow's milk protein (CMA) submitted to the oral food challenge (OFC). Materials and Methods: Cross-sectional study, at the allergy outpatient clinic of Hospital Infantil Albert Sabin, located in the city of Fortaleza - Ceará. Data collection carried out from October 2018 to September 2019, via questionnaire. The sample was selected for convenience, with a total of 82 children diagnosed with IgE-mediated, non-IgE mediated or mixed CMA, being assessed for the outcome of the OFC. Results: The most cited allergic comorbidities were respiratory in the three types of CMA. We observed a significant correlation (p = 0.031) between the group of OFC Non-Tolerant CMA patients and the use of formula at home (p = 0.033). For CMA IgE non-mediated patients, a significant correlation was identified in the item ¿formula use with <1 month¿ (p <0.001) and ¿between 1 to 4 months¿ (p <0.001). Among IgE Mediated CMA patients, OFC non-tolerant and tolerant patients, there is a predominance of patients with familial respiratory and food allergy (p = 0.025) .In the group of IgE mediated CMA OFC non-tolerant, a lower probability of IgE values ¿ 10 was observed for alfalactoalbumin (p = 0.003); beta-lactalbumin (p = 0.003) and casein (p = 0.005). The group of patients with IgE-mediated CMA OFC tolerant is more likely to have IgE ¿10 for alfalactoalbumin (p=0.003); beta-lactalbumin (p = 0.003) and casein (p = 0.005). Conclusions: CMA has been a relevant problem in the pediatric age group in recent decades. We found different frequencies of risk and protective factors for CMA in our sample in all clinical types, some similar and others discrepant from the current literature. Non-mediated IgE CMA patients correlated significantly with the use of infant formula in age groups below 6 months and that the use of the formula at home increased the chance of non-tolerance to cow`s milk protein by five times. We also observed a greater chance of tolerance in patients with IgE values between 0.1 and 10 KUA/L. Keywords: Hypersensitivity to milk; 2. immediate hypersensitivity; 3. Child.Dissertação enviada com autorização e certificação via CI 8556/21 - 05/02/2021Bessa, Olivia Andrea de Alencar CostaBessa, Olivia Andrea de Alencar CostaNogueira, Hildenia Baltasar RibeiroVergara, Clarice Maria Araújo ChagasUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Ciências MédicasLeitão, Lia Maria Bastos Peixoto2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/125393https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/25292porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::125393Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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