REFLEXÕES ACERCA DOS DIREITOS DOS INDÍGENAS E DAS POPULAÇÕES TRADICIONAIS DA AMAZÔNIA
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Geoamazônia |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpa.br/index.php/geoamazonia/article/view/12417 |
Resumo: | A História e a Geografia da humanidade, nas quais se refletem a trajetória do tempo e da espacialidade/territorialidade, foram e são construídas de uma forma não linear com muitos embates e lutas, cujos resultados na maioria das vezes apontam para uma narrativa ou uma metanarrativa que refletem o ponto de vista dos vencedores. O Brasil, país de herança colonizadora e expansionista, apresenta como resultado as contradições políticas, sociais, econômicas e espaciais/territoriais cristalizadas e que permanecem nos dias atuais, ainda que muito recentemente tenha procurado dar visibilidade aos excluídos, tanto da cidade quanto aqueles que habitam o campo – zona rural. A Amazônia, integrante desse processo da modernidade, não fica alheia a tais acontecimentos, ainda que apresente internamente suas próprias contradições e conflitos, sendo que por ser uma das últimas fronteiras econômicas apresenta uma dinamicidade que diretamente propicia uma série de ressignificações nos modos de vida e nas identidades dos categorizados pelo conhecimento científico como povos tradicionais – e que neste trabalho nos referiremos a eles como povos amazônicos, sejam ribeirinhos, indígenas, extrativistas ou pequenos agricultores, em decorrência da maneira de vivenciar suas territorialidades/espacialidades. O fato é que cada um desses povos, é tratado aqui como sendo formado por humanos e não como conceitos científicos ou objetos que se encontram numa grande encruzilhada entre a permanência e a mudança, entre o novo e o antigo, entre o “arcaico” e a modernidade. O artigo em si busca discutir o protagonismo dos povos amazônicos enquanto pessoas que buscam e reivindicam seus direitos na realidade enfrentada no seu cotidiano; assim esboçamos um recorte temporal a partir dos anos 1980 com o processo de abertura democrática do país, anos em que surgiram inúmeros movimentos de reinvindicação de direitos desses povos, até mesmo como compreensão da dívida social histórica a eles devida.Palavras Chave: Povos Amazônicos; Invisibilidade e Identidade; Modos de vida; Territorialidades.REFLECTIONS ON THE RIGHTS OF INDIGENOUS AND TRADITIONAL POPULATIONS OF THE AMAZONAbstractThe History and Geography of mankind, that reflect the trajectory of time and spatiality/territoriality, were and are constructed in a non-linear form with many clashes, fights and whose results most often point to a narrative or a metanarrative that reflects the point of view of the winners. Brazil, as a country of colonizing and expansionist heritage, presents as a result political, social, economic and territorial/spatial crystallized contradictions which remain in the present day, though very recently it has sought to give visibility to the excluded people, both those who live in city and rural area. The Amazon, as part of this process of modernity, is not unrelated to such events, although presents internally their own contradictions and conflicts, with and because is one of the last economic borders presents a dynamic that directly promotes a series of re meanings in the ways of life and identities of the categorized by scientific knowledge as traditional people - in this work we will refer to them as] Amazonian people, whether they be riparian, indigenous, extractives communities or small farmers , due to how they use to living their territorialities/spatiality?s. The fact is that each of these people here is considered as formed by humans and not as categories and/or scientific concepts and/or objects that are in a great crossroads between permanence and change, between old and new, between the "archaic" and the modernity. The article itself seeks to discuss the leading role of the Amazonia people, while people who seek and claim their rights vis-à-vis the reality that is placed in their daily life; so we outlined a timeframe from the ?80 years through the process of democratic openness in the country, years during which emerged numerous claims of rights movements of these people, even as understanding of the historical social debt owe it to them.Key Words: Amazonian Peoples; Invisibility and Identity; Ways of life; Territorialities. |
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A Amazônia, integrante desse processo da modernidade, não fica alheia a tais acontecimentos, ainda que apresente internamente suas próprias contradições e conflitos, sendo que por ser uma das últimas fronteiras econômicas apresenta uma dinamicidade que diretamente propicia uma série de ressignificações nos modos de vida e nas identidades dos categorizados pelo conhecimento científico como povos tradicionais – e que neste trabalho nos referiremos a eles como povos amazônicos, sejam ribeirinhos, indígenas, extrativistas ou pequenos agricultores, em decorrência da maneira de vivenciar suas territorialidades/espacialidades. O fato é que cada um desses povos, é tratado aqui como sendo formado por humanos e não como conceitos científicos ou objetos que se encontram numa grande encruzilhada entre a permanência e a mudança, entre o novo e o antigo, entre o “arcaico” e a modernidade. O artigo em si busca discutir o protagonismo dos povos amazônicos enquanto pessoas que buscam e reivindicam seus direitos na realidade enfrentada no seu cotidiano; assim esboçamos um recorte temporal a partir dos anos 1980 com o processo de abertura democrática do país, anos em que surgiram inúmeros movimentos de reinvindicação de direitos desses povos, até mesmo como compreensão da dívida social histórica a eles devida.Palavras Chave: Povos Amazônicos; Invisibilidade e Identidade; Modos de vida; Territorialidades.REFLECTIONS ON THE RIGHTS OF INDIGENOUS AND TRADITIONAL POPULATIONS OF THE AMAZONAbstractThe History and Geography of mankind, that reflect the trajectory of time and spatiality/territoriality, were and are constructed in a non-linear form with many clashes, fights and whose results most often point to a narrative or a metanarrative that reflects the point of view of the winners. Brazil, as a country of colonizing and expansionist heritage, presents as a result political, social, economic and territorial/spatial crystallized contradictions which remain in the present day, though very recently it has sought to give visibility to the excluded people, both those who live in city and rural area. The Amazon, as part of this process of modernity, is not unrelated to such events, although presents internally their own contradictions and conflicts, with and because is one of the last economic borders presents a dynamic that directly promotes a series of re meanings in the ways of life and identities of the categorized by scientific knowledge as traditional people - in this work we will refer to them as] Amazonian people, whether they be riparian, indigenous, extractives communities or small farmers , due to how they use to living their territorialities/spatiality?s. The fact is that each of these people here is considered as formed by humans and not as categories and/or scientific concepts and/or objects that are in a great crossroads between permanence and change, between old and new, between the "archaic" and the modernity. The article itself seeks to discuss the leading role of the Amazonia people, while people who seek and claim their rights vis-à-vis the reality that is placed in their daily life; so we outlined a timeframe from the ?80 years through the process of democratic openness in the country, years during which emerged numerous claims of rights movements of these people, even as understanding of the historical social debt owe it to them.Key Words: Amazonian Peoples; Invisibility and Identity; Ways of life; Territorialities.Universidade Federal do Pará2015-02-04info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo Avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/geoamazonia/article/view/1241710.18542/geo.v2i04.12417Revista GeoAmazônia; v. 2, n. 04 (2014): Revista GeoAmazônia; 79 - 902358-17781980-7759reponame:Revista Geoamazôniainstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAporhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/geoamazonia/article/view/12417/pdf_31Direitos autorais 2022 Revista GeoAmazôniainfo:eu-repo/semantics/openAccessSILVA, Adnilson de AlmeidaBujokas de SIQUEIRA, RosângelaDominic G.S. ALMEIDA, Laura2022-04-27T17:57:03Zoai:ojs.periodicos.ufpa.br:article/12417Revistahttp://www.geoamazonia.net/index.php/revistaPUBhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/geoamazonia/oairevistageoamazoniabrasil@gmail.com2358-17781980-7759opendoar:2022-04-27T17:57:03Revista Geoamazônia - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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