A variedade do português falado pelos asuriní do xingu e pelos araweté: um estudo geossociolinguístico
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11540 |
Resumo: | O presente trabalho é um estudo geossociolinguístico do português falado pelos Asuriní do Xingu e pelos Araweté. O estudo levou em consideração orientações de novas tendências de pesquisas geolinguísticas em áreas indígenas, a saber: os projetos Atlas Lingüístico Guaraní-Románico (ALGR) e Atlas Linguístico do Português em Áreas Indígenas (ALIPAI), para a definição do tema da pesquisa, a variedade lexical do português de sociedades indígenas Tupí-Guaraní. A pesquisa apresentou como objetivo geral mapear parte da diversidade lexical do português dos Asuriní do Xingu e dos Araweté. O estudo se justifica pelo fato da variedade do português falado por essas duas etnias indígenas nunca ser registrado e nem interpretado sob a perspectiva de uma abordagem variacionista. Para a formação do corpus, selecionamos quatro aldeias que serviram como pontos linguísticos, são elas: Itaaka, Kwatinemu, Ipixuna e Pakaña. As duas primeiras aldeias pertencem aos Asuriní e as duas últimas, aos Araweté. Em cada ponto, trabalhamos com quatro colaboradores indígenas estratificados por sexo (homem e mulher) e por faixa etária (pessoas de 18 a 25 anos e pessoas de 35 a 45 anos), o que totalizou dezesseis colaboradores. Os dados foram coletados a partir da aplicação do questionário semântico-lexical (QSL) do projeto Atlas Linguístico do Brasil. Após os procedimentos de coleta de dados, eles foram tratados e mapeados em cartas linguísticas. Os resultados das cartas mostram que a sociedade Asuriní do Xingu apresenta mais diversidade lexical em relação à sociedade Araweté para o português pesquisado e que os homens jovens dessas duas sociedades são o perfil social que mais manifesta variação do léxico. Assim, os Asuriní do Xingu e os Araweté apresentam níveis diferentes de conhecimento lexical do português bem como os falantes das distintas etnias apresentam níveis diferenciados desse conhecimento dentro de suas sociedades, conhecimento que sofre influências sociolinguísticas do entorno, influências geográficas e influências de fatores sócio-culturais desses dois povos. |
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2019-08-26T16:37:32Z2019-08-26T16:37:32Z2018-10-25ALVES, Fábio Luidy de Oliveira. A variedade do português falado pelos asuriní do Xingu e pelos Araweté: um estudo geossociolinguístico. Orientadora: Marilúcia Barros de Oliveira. 2018. 159 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11540. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11540O presente trabalho é um estudo geossociolinguístico do português falado pelos Asuriní do Xingu e pelos Araweté. O estudo levou em consideração orientações de novas tendências de pesquisas geolinguísticas em áreas indígenas, a saber: os projetos Atlas Lingüístico Guaraní-Románico (ALGR) e Atlas Linguístico do Português em Áreas Indígenas (ALIPAI), para a definição do tema da pesquisa, a variedade lexical do português de sociedades indígenas Tupí-Guaraní. A pesquisa apresentou como objetivo geral mapear parte da diversidade lexical do português dos Asuriní do Xingu e dos Araweté. O estudo se justifica pelo fato da variedade do português falado por essas duas etnias indígenas nunca ser registrado e nem interpretado sob a perspectiva de uma abordagem variacionista. Para a formação do corpus, selecionamos quatro aldeias que serviram como pontos linguísticos, são elas: Itaaka, Kwatinemu, Ipixuna e Pakaña. As duas primeiras aldeias pertencem aos Asuriní e as duas últimas, aos Araweté. Em cada ponto, trabalhamos com quatro colaboradores indígenas estratificados por sexo (homem e mulher) e por faixa etária (pessoas de 18 a 25 anos e pessoas de 35 a 45 anos), o que totalizou dezesseis colaboradores. Os dados foram coletados a partir da aplicação do questionário semântico-lexical (QSL) do projeto Atlas Linguístico do Brasil. Após os procedimentos de coleta de dados, eles foram tratados e mapeados em cartas linguísticas. Os resultados das cartas mostram que a sociedade Asuriní do Xingu apresenta mais diversidade lexical em relação à sociedade Araweté para o português pesquisado e que os homens jovens dessas duas sociedades são o perfil social que mais manifesta variação do léxico. Assim, os Asuriní do Xingu e os Araweté apresentam níveis diferentes de conhecimento lexical do português bem como os falantes das distintas etnias apresentam níveis diferenciados desse conhecimento dentro de suas sociedades, conhecimento que sofre influências sociolinguísticas do entorno, influências geográficas e influências de fatores sócio-culturais desses dois povos.The present text is a geossociolinguistic study of the portuguese spoken by the Asuriní do Xingu and the Araweté. The research have considered the recent geolinguistic studies in indigenous territories, the atlas of the Guaranitic zones (Atlas Lingüístico Guaraní-Románico, ALGR) and the atlas of portuguese of indigenous areas (Atlas Linguístico do Português em Áreas Indígenas, ALIPAI), for the definition of its theme which is the portuguese lexical variety of Tupí-Guaraní indigenous societies. The study aims to map part of the lexical diversity of the portuguese of the Asuriní do Xingu and the Araweté. The research is justified because the portuguese of the two indigenous ethnic groups has never been registered nor interpreted by a variationist approach. The data were collected through the semantic-lexical questionnaire of the Linguistic Atlas of Brazil from 4 indigenous collaborators per village, 2 Araweté villages, Ipixuna and Pakaña, and 2 Asuriní villages, Itaaka and Kwatinemu. That is, 16 people in total and four communities. The indigenous collaborators were stratified by sex (men and women) and age group (young people and middle-age people). After data collection, they were treated and mapped. The results show that the Asuriní do Xingu society presents more lexical diversity in relation to the Araweté society for the investigated portuguese and that the young men of these two societies are the social profile that most presents lexical variation. Thus, the Asuriní do Xingu and the Araweté present different levels of lexical knowledge in portuguese as well as the speakers of each ethnic group present different levels of that knowledge within their societies that undergo sociolinguistic influences of the surroundings, geographic influences and influences of socio-cultural factors of these two peopleCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em LetrasUFPABrasilInstituto de Letras e Comunicação1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::SOCIOLINGUISTICA E DIALETOLOGIAANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAISESTUDOS LINGUÍSTICOSDialetologiaLinguagem e línguas - VariaçãoLíngua tupi-guaraniÍndios arawetéA variedade do português falado pelos asuriní do xingu e pelos araweté: um estudo geossociolinguísticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisOLIVEIRA, Marilúcia Barros dehttp://lattes.cnpq.br/9728768970430501http://lattes.cnpq.br/1610296434072906ALVES, Fábio Ludy de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_VariedadePortuguesFalado.pdfDissertacao_VariedadePortuguesFalado.pdfapplication/pdf8041462http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11540/1/Dissertacao_VariedadePortuguesFalado.pdfb5e8a4e3bdb972e8681f74ab1095962cMD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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