Geologia, petrologia e geoquímica dos granitóides cálcico-alcalinos da região de Portovelo-Zaruma, El Oro-Equador
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11472 |
Resumo: | Na região de Portovelo-Zaruma, no sudoeste do Equador, na encosta Ocidental da Cordilheira Ocidental dos Andes Equatorianos, ocorrem cinco corpos granitóides (El Prado, Guayabo-Porotillo, Ambocas, Rios Luis-Ambocas e Amarillo-Pindo) os quais foram mapeados na escala 1: 60.000. As demais unidades aflorantes na região ainda carecem de estudos mais aprofundados, tendo sido efetuado apenas um reconhecimento regional nas mesmas. Destacam-se : o Grupo Tahuin, subdividido nas Formações San Roque e Capiro, ambas provavelmente do Paleozóico. A primeira é composta de quartzitos, xistos, gnaisses, migmatitos e anfibolitos, este último pertencente possivelmente ao Grupo Piedras. A segunda é representada por quartzitos, filitos e xistos; Formação Celica, possivelmente de idade Cretácea, composta por basaltos e andesitos; acha-se dobrada e recoberta discordantemente por outra sequência vulcânica terciária formada por rochas piroclásticas e derrames andesíticos. Os vários corpos granitóides afloram em áreas muito próximas e, tendo em vista as suas semelhanças geológicas e petrográficas, é possível que representem partes descontínuas de um único batólito, exposto descontinuamente no atual nível de erosão. As idades desses granitóides não são definidas sendo, entretanto, consideradas triássicas a cretáceas. O granitóide El Prado secciona a Formação Capiro. Apresenta forma alongada na direção NW-SE, com dimensões aproximadas de 10 km de comprimento por 3 km de largura. O granitóide Guayabo-Porotillo está colocado no Grupo Tahuin e apresenta forma alongada na direção NW-SE, e dimensões aproximadas de 7 km de comprimento por 3 km de largura. O granitóide Ambocas apresenta forma grosseiramente circular, com aproximadamente 3 km de diâmetro e secciona a Formação Capiro. Os granitóides Rios Luis-Ambocas e Amarillo-Pindo são muito pequenos e seccionam as Formações San Roque e Capiro, respectivamente. As relações desses granitóides com a Formação Celica não são conclusivas, pois os contatos existentes acham-se encobertos ou em áreas inacessíveis. Considerando o conjunto de granitóides, as fácies presentes caracterizam uma série expandida que inclui: gabros, quartzo-gabros, quartzo-dioritos, tonalitos, granodioritos e monzogranitos. No diagrama Q-A-P, seguem preferencialmente o trend cálcio-alcalino tonalítico, mas há amostras granodioríticas e monzograníticas que se dispõem segundo o trend cálcio-alcalino granodiorítico. Foram distinguidos dois conjuntos de rochas: (a) relativamente enriquecidas em minerais máficos, com rochas máficas a intermediárias, em que são dominantes gabros, quartzo-gabros e quartzo-dioritos. (b) rochas granitóides tonalíticas, granodioríticas e monzograníticas de caráter mais félsico. os minerais máficos são piroxênios, anfibólios e biotita no primeiro grupo e biotita no segundo. As rochas félsicas do corpo Guayabo-Porotillo apresentam frequentemente muscovita primária e enriquecimento em quartzo, bem como intensa alteração hidrotermal. A muscovita também é uma fase importante nos granitóides dos corpos Ambocas, rios Luis-Ambocas e rios Amarillo-Pindo. O anfibólio é expressivo em alguns granitóides do corpo El Prado. As texturas das rochas máficas a intermediárias são porfiríticas, pilotaxíticas, ou seriadas, havendo localmente texturas em peneira nos plagioclásios. As rochas félsicas apresentam textura granular hipidiomórfica dominante, granulação média e não exibem evidências de deformação. Os dados geoquímicos desses granitóides revelam a existência de um intervalo composicional entre as rochas máfico-intermediárias e as félsicas. Entretanto, o conjunto enquadra-se perfeitamente em uma série cálcio-alcalina, cujas características são análogas às observadas no magmatismo plutônico andino de arco continental. As rochas máficas intermediárias são claramente metaluminosas. As rochas enriquecidas em muscovita são peraluminosas a fortemente peraluminosas, havendo uma descontinuidade entre os dois conjuntos ao invés de uma passagem gradual. No diagrama razão logarítmica de cálcio/álcalis vs. sílica, as rochas situam-se dominantemente no campo dos granitóides cálcio-alcalinos de arcos normais. Porém, diversas amostras dos granitóides enriquecidos em sílica localizam-se fora do trend geral, refletindo contaminação crustal ou forte alteração hidrotermal. Dentre os vários corpos, as amostras de El Prado parecem as menos perturbadas. Elas seguem um trend muito similar ao das séries do cinturão móvel da Nova Guiné e dos granodioritos tardios do Panamá. Os elementos traços confirmam um ambiente tectônico de arco vulcânico (VAG). Dentre os dois conjuntos de granitóides, os metaluminosos assemelham-se em termos petrográficos e geoquímicos aos granitos do tipo I australiano. Entretanto, em relação ao ambiente tectônico, correspondem melhor aos granitos do tipo I cordilheirano. Os granitóides peraluminosos, à primeira vista análogos aos granitos do tipo S australianos, deles divergem uma vez que não exibem cordierita, mineral típico dos granitóides do tipo S australiano. Admite-se que os granitóides peraluminosos derivaram de magmas do tipo I, contaminados localmente com material metassedimentar através de processos de assimilação, assemelhando-se ao descrito no SW da América do Norte. Outras possibilidades, válidas, sobretudo para as rochas extremamente peraluminoas, seriam a sua descrição a partir de uma fonte sedimentar ou o seu empobrecimento acentuado em álcalis ser devido a transformações subsolidus. |
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2019-08-20T18:09:46Z2019-08-20T18:09:46Z1996-07-30LOYOLA PAZ, Jorge Eduardo. Geologia, petrologia e geoquímica dos granitóides cálcico-alcalinos da região de Portovelo-Zaruma, El Oro-Equador. Orientador: Roberto Dall'agnol. 1996. 149 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Petrologia) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1996. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11472. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11472Na região de Portovelo-Zaruma, no sudoeste do Equador, na encosta Ocidental da Cordilheira Ocidental dos Andes Equatorianos, ocorrem cinco corpos granitóides (El Prado, Guayabo-Porotillo, Ambocas, Rios Luis-Ambocas e Amarillo-Pindo) os quais foram mapeados na escala 1: 60.000. As demais unidades aflorantes na região ainda carecem de estudos mais aprofundados, tendo sido efetuado apenas um reconhecimento regional nas mesmas. Destacam-se : o Grupo Tahuin, subdividido nas Formações San Roque e Capiro, ambas provavelmente do Paleozóico. A primeira é composta de quartzitos, xistos, gnaisses, migmatitos e anfibolitos, este último pertencente possivelmente ao Grupo Piedras. A segunda é representada por quartzitos, filitos e xistos; Formação Celica, possivelmente de idade Cretácea, composta por basaltos e andesitos; acha-se dobrada e recoberta discordantemente por outra sequência vulcânica terciária formada por rochas piroclásticas e derrames andesíticos. Os vários corpos granitóides afloram em áreas muito próximas e, tendo em vista as suas semelhanças geológicas e petrográficas, é possível que representem partes descontínuas de um único batólito, exposto descontinuamente no atual nível de erosão. As idades desses granitóides não são definidas sendo, entretanto, consideradas triássicas a cretáceas. O granitóide El Prado secciona a Formação Capiro. Apresenta forma alongada na direção NW-SE, com dimensões aproximadas de 10 km de comprimento por 3 km de largura. O granitóide Guayabo-Porotillo está colocado no Grupo Tahuin e apresenta forma alongada na direção NW-SE, e dimensões aproximadas de 7 km de comprimento por 3 km de largura. O granitóide Ambocas apresenta forma grosseiramente circular, com aproximadamente 3 km de diâmetro e secciona a Formação Capiro. Os granitóides Rios Luis-Ambocas e Amarillo-Pindo são muito pequenos e seccionam as Formações San Roque e Capiro, respectivamente. As relações desses granitóides com a Formação Celica não são conclusivas, pois os contatos existentes acham-se encobertos ou em áreas inacessíveis. Considerando o conjunto de granitóides, as fácies presentes caracterizam uma série expandida que inclui: gabros, quartzo-gabros, quartzo-dioritos, tonalitos, granodioritos e monzogranitos. No diagrama Q-A-P, seguem preferencialmente o trend cálcio-alcalino tonalítico, mas há amostras granodioríticas e monzograníticas que se dispõem segundo o trend cálcio-alcalino granodiorítico. Foram distinguidos dois conjuntos de rochas: (a) relativamente enriquecidas em minerais máficos, com rochas máficas a intermediárias, em que são dominantes gabros, quartzo-gabros e quartzo-dioritos. (b) rochas granitóides tonalíticas, granodioríticas e monzograníticas de caráter mais félsico. os minerais máficos são piroxênios, anfibólios e biotita no primeiro grupo e biotita no segundo. As rochas félsicas do corpo Guayabo-Porotillo apresentam frequentemente muscovita primária e enriquecimento em quartzo, bem como intensa alteração hidrotermal. A muscovita também é uma fase importante nos granitóides dos corpos Ambocas, rios Luis-Ambocas e rios Amarillo-Pindo. O anfibólio é expressivo em alguns granitóides do corpo El Prado. As texturas das rochas máficas a intermediárias são porfiríticas, pilotaxíticas, ou seriadas, havendo localmente texturas em peneira nos plagioclásios. As rochas félsicas apresentam textura granular hipidiomórfica dominante, granulação média e não exibem evidências de deformação. Os dados geoquímicos desses granitóides revelam a existência de um intervalo composicional entre as rochas máfico-intermediárias e as félsicas. Entretanto, o conjunto enquadra-se perfeitamente em uma série cálcio-alcalina, cujas características são análogas às observadas no magmatismo plutônico andino de arco continental. As rochas máficas intermediárias são claramente metaluminosas. As rochas enriquecidas em muscovita são peraluminosas a fortemente peraluminosas, havendo uma descontinuidade entre os dois conjuntos ao invés de uma passagem gradual. No diagrama razão logarítmica de cálcio/álcalis vs. sílica, as rochas situam-se dominantemente no campo dos granitóides cálcio-alcalinos de arcos normais. Porém, diversas amostras dos granitóides enriquecidos em sílica localizam-se fora do trend geral, refletindo contaminação crustal ou forte alteração hidrotermal. Dentre os vários corpos, as amostras de El Prado parecem as menos perturbadas. Elas seguem um trend muito similar ao das séries do cinturão móvel da Nova Guiné e dos granodioritos tardios do Panamá. Os elementos traços confirmam um ambiente tectônico de arco vulcânico (VAG). Dentre os dois conjuntos de granitóides, os metaluminosos assemelham-se em termos petrográficos e geoquímicos aos granitos do tipo I australiano. Entretanto, em relação ao ambiente tectônico, correspondem melhor aos granitos do tipo I cordilheirano. Os granitóides peraluminosos, à primeira vista análogos aos granitos do tipo S australianos, deles divergem uma vez que não exibem cordierita, mineral típico dos granitóides do tipo S australiano. Admite-se que os granitóides peraluminosos derivaram de magmas do tipo I, contaminados localmente com material metassedimentar através de processos de assimilação, assemelhando-se ao descrito no SW da América do Norte. Outras possibilidades, válidas, sobretudo para as rochas extremamente peraluminoas, seriam a sua descrição a partir de uma fonte sedimentar ou o seu empobrecimento acentuado em álcalis ser devido a transformações subsolidus.In the Portovelo-Zaruma region, southwest Equator, occidental side of Cordillera Occidental of the Equatorian Andes, were mapped, at 1: 60.000 scale, five granite bodies: El Prado, Guayabo-Porotillo, Ambocas, Rios Luis-Ambocas anda Amarillo-Pindo. The other geological units are the Paleozoic Tahuim Group, composed by the San Roque Formation (quartzites, schists, gneisses, migmatites and amphibolites) and the Capiro Formation (quartzites, schists and phyllites); the Cretaceous Celica Formation (basalts and andesites), folded and discordantly overlay by Tertiary pyroclastics and andesitic flows. The granite bodies outcrop in very close areas, and probably are part of a unique batholith, only discontinuously exposed by the erosive processes. The granites are not dated, and are supposed to be of Triassic to Cretaceous age. The El Prado Granite intrude the Capiro Formation. It shows a elongated shape in the NW-SE trend (10 x 3 km). The Guayabo-Potillo Granite cuts the Tahuim Group, also showing an elongated shape in the NW-SE trend (7 x 3 km). The Ambocas Granite shows a near circular shape small bodies, and intrude the San Roque and Capiro formations, respectively. The relationships between all these granites and the Celica Formation are not conclusive due to the inaccessibility of the contact zones or by the fact that they are covered by colluvial deposits. The modal compositions of the granites shows span a expanded range, including gabbros, quartz gabbros, quartz diorites, tonalites, granodiorites and monzogranites. In the QAP diagram the rock follow preferentially the calc-alkaline tonalitic trend, but some granodiorites and monzogranites display a calc-alkaline granodioritic trend. Two rock groups were distinguished: (a) mafic to intermediate mafic-rich rocks - gabbros, quartz gabbros and quartz diorites; (b) felsic granitoids rocks - tonalites, granodiorites, and monzogranites. The dominant mafic minerals of the (a) group are pyroxenes, amphiboles and biotite, and biotite in the (b) group. The felsic rocks of the Guayabo-Porotillo body commonly show primary muscovite, are quartz-rich, and were affected by a strong hydrothermal alteration. Muscovite is also relatively abundant in the granitoids of the Ambocas, Luis-Ambocas rivers and Pindo-Amarillo rivers bodies. Amphibole is an important phase only in some granitoids of the El Prado body. The textures of the mafic and intermdiate rocks are porphyritic, pilotaxitic or seriated. Locally the plagioclase shows sieve texture. The felsic rocks are not deformed, and display a medium grained hypidiomorphic texture. According to the geochemical data about these granites there is a compositional gap between the mafic/intermediate and felsic rocks. Nevertheless, the studied rocks, fit the calc-alkaline trend displayed by the continental arc plutonic magmatism of the Andean chain. The mafic rocks are metaluminous and the amphibole-bearing felsic rocks are weakly metaluminous. The muscovite-bearing rocks are strongly peraluminous. A deep compositional gap between the two sets is clearly seen. In the diagram Ca+alkalis vs. SiO2 the rocks plot in the normal arc-related calc-alkaline granites field. However, some samples do not follow the general trend, probably due to crustal contamination or hydrothermal alteration. The El Prado rocks are less disturbed, following a trend very similar to that dis played by New Guinea Series or by the late granodiorites of Panama. The trace elements contents are similar to that of the volcanic arc granites (VAG). The metaluminous granites are petrographic and geochemically very similar to the I-type granites, but their tectonic enviroment is close to that of the Cordilleran I-type granites. The peraluminous granites, at a first sight, are similar to the S-type granites Australian granites, but are not cordierite-bearing, an index mineral of the Australian S-type granites. To explain the constrasting aspects between the metaluminous and the strongly peraluminous granitoids, it is proposed the hypothesis that the latter are derived from an I-type magma, contaminated by metasedimentary crustal rocks, by an assimilation process, similar to that described in the SW of USA. Other hyphotesis, considered more specifically for the extremely peraluminous granitoids, are: (a) their derivation from sedimentary sources; (b) a leaching of alkalis related to strong subsolidus hydrothermal processes, modifying the primary igneous compositions.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICAPETROLOGIA E EVOLUÇÃO CRUSTALGEOQUÍMICA E PETROLOGIAGeologiaPetrologiaGeoquímicaGranitóidesEquador - PaísGeologia, petrologia e geoquímica dos granitóides cálcico-alcalinos da região de Portovelo-Zaruma, El Oro-Equadorinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisDALL'AGNOL, Robertohttp://lattes.cnpq.br/2158196443144675LOYOLA PAZ, Jorge Eduardoinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_GeologiaPetrologiaGeoquimica.pdfDissertacao_GeologiaPetrologiaGeoquimica.pdfapplication/pdf349268172http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11472/1/Dissertacao_GeologiaPetrologiaGeoquimica.pdfa6893ff54d6fdfc6da8fbbc514608734MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11472/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11472/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11472/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81893http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11472/5/license.txt05334bc404dd4f5d1422c7a96d2f7a17MD552011/114722020-02-14 16:36:30.882oai:repositorio.ufpa.br:2011/11472TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEJyYWlsbGUgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJCVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUkJVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSQlVGUEEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgCmUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSAKbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUkJVRlBBIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyAKbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIApPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUkJVRlBBIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232020-02-14T19:36:30Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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Na região de Portovelo-Zaruma, no sudoeste do Equador, na encosta Ocidental da Cordilheira Ocidental dos Andes Equatorianos, ocorrem cinco corpos granitóides (El Prado, Guayabo-Porotillo, Ambocas, Rios Luis-Ambocas e Amarillo-Pindo) os quais foram mapeados na escala 1: 60.000. As demais unidades aflorantes na região ainda carecem de estudos mais aprofundados, tendo sido efetuado apenas um reconhecimento regional nas mesmas. Destacam-se : o Grupo Tahuin, subdividido nas Formações San Roque e Capiro, ambas provavelmente do Paleozóico. A primeira é composta de quartzitos, xistos, gnaisses, migmatitos e anfibolitos, este último pertencente possivelmente ao Grupo Piedras. A segunda é representada por quartzitos, filitos e xistos; Formação Celica, possivelmente de idade Cretácea, composta por basaltos e andesitos; acha-se dobrada e recoberta discordantemente por outra sequência vulcânica terciária formada por rochas piroclásticas e derrames andesíticos. Os vários corpos granitóides afloram em áreas muito próximas e, tendo em vista as suas semelhanças geológicas e petrográficas, é possível que representem partes descontínuas de um único batólito, exposto descontinuamente no atual nível de erosão. As idades desses granitóides não são definidas sendo, entretanto, consideradas triássicas a cretáceas. O granitóide El Prado secciona a Formação Capiro. Apresenta forma alongada na direção NW-SE, com dimensões aproximadas de 10 km de comprimento por 3 km de largura. O granitóide Guayabo-Porotillo está colocado no Grupo Tahuin e apresenta forma alongada na direção NW-SE, e dimensões aproximadas de 7 km de comprimento por 3 km de largura. O granitóide Ambocas apresenta forma grosseiramente circular, com aproximadamente 3 km de diâmetro e secciona a Formação Capiro. Os granitóides Rios Luis-Ambocas e Amarillo-Pindo são muito pequenos e seccionam as Formações San Roque e Capiro, respectivamente. As relações desses granitóides com a Formação Celica não são conclusivas, pois os contatos existentes acham-se encobertos ou em áreas inacessíveis. Considerando o conjunto de granitóides, as fácies presentes caracterizam uma série expandida que inclui: gabros, quartzo-gabros, quartzo-dioritos, tonalitos, granodioritos e monzogranitos. No diagrama Q-A-P, seguem preferencialmente o trend cálcio-alcalino tonalítico, mas há amostras granodioríticas e monzograníticas que se dispõem segundo o trend cálcio-alcalino granodiorítico. Foram distinguidos dois conjuntos de rochas: (a) relativamente enriquecidas em minerais máficos, com rochas máficas a intermediárias, em que são dominantes gabros, quartzo-gabros e quartzo-dioritos. (b) rochas granitóides tonalíticas, granodioríticas e monzograníticas de caráter mais félsico. os minerais máficos são piroxênios, anfibólios e biotita no primeiro grupo e biotita no segundo. As rochas félsicas do corpo Guayabo-Porotillo apresentam frequentemente muscovita primária e enriquecimento em quartzo, bem como intensa alteração hidrotermal. A muscovita também é uma fase importante nos granitóides dos corpos Ambocas, rios Luis-Ambocas e rios Amarillo-Pindo. O anfibólio é expressivo em alguns granitóides do corpo El Prado. As texturas das rochas máficas a intermediárias são porfiríticas, pilotaxíticas, ou seriadas, havendo localmente texturas em peneira nos plagioclásios. As rochas félsicas apresentam textura granular hipidiomórfica dominante, granulação média e não exibem evidências de deformação. Os dados geoquímicos desses granitóides revelam a existência de um intervalo composicional entre as rochas máfico-intermediárias e as félsicas. Entretanto, o conjunto enquadra-se perfeitamente em uma série cálcio-alcalina, cujas características são análogas às observadas no magmatismo plutônico andino de arco continental. As rochas máficas intermediárias são claramente metaluminosas. As rochas enriquecidas em muscovita são peraluminosas a fortemente peraluminosas, havendo uma descontinuidade entre os dois conjuntos ao invés de uma passagem gradual. No diagrama razão logarítmica de cálcio/álcalis vs. sílica, as rochas situam-se dominantemente no campo dos granitóides cálcio-alcalinos de arcos normais. Porém, diversas amostras dos granitóides enriquecidos em sílica localizam-se fora do trend geral, refletindo contaminação crustal ou forte alteração hidrotermal. Dentre os vários corpos, as amostras de El Prado parecem as menos perturbadas. Elas seguem um trend muito similar ao das séries do cinturão móvel da Nova Guiné e dos granodioritos tardios do Panamá. Os elementos traços confirmam um ambiente tectônico de arco vulcânico (VAG). Dentre os dois conjuntos de granitóides, os metaluminosos assemelham-se em termos petrográficos e geoquímicos aos granitos do tipo I australiano. Entretanto, em relação ao ambiente tectônico, correspondem melhor aos granitos do tipo I cordilheirano. Os granitóides peraluminosos, à primeira vista análogos aos granitos do tipo S australianos, deles divergem uma vez que não exibem cordierita, mineral típico dos granitóides do tipo S australiano. Admite-se que os granitóides peraluminosos derivaram de magmas do tipo I, contaminados localmente com material metassedimentar através de processos de assimilação, assemelhando-se ao descrito no SW da América do Norte. Outras possibilidades, válidas, sobretudo para as rochas extremamente peraluminoas, seriam a sua descrição a partir de uma fonte sedimentar ou o seu empobrecimento acentuado em álcalis ser devido a transformações subsolidus. |
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LOYOLA PAZ, Jorge Eduardo. Geologia, petrologia e geoquímica dos granitóides cálcico-alcalinos da região de Portovelo-Zaruma, El Oro-Equador. Orientador: Roberto Dall'agnol. 1996. 149 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Petrologia) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 1996. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11472. Acesso em:. |
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