Ensinar-aprender filosofias com filósofas : práticas pedagógicas decoloniais no ensino médio
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30222 |
Resumo: | Esta tese tem como implicações iniciais a compreensão de que a história da filosofia é ainda um campo de conhecimento arraigado em premissas de silenciamentos e exclusões. Os espaços de formação inicial e pós-graduação desta área ainda são constituídos por uma discrepante diferença da presença de homens e mulheres e de toda a diversidade que compõem os gêneros. Essas exclusões/ausências estão implicadas diretamente na concepção de história da filosofia evocada no singular, no masculino e situada desde pressupostos eurocêntricos e ocidentais. O Ensino de Filosofia na Educação Básica, e aqui especificamente no Ensino Médio, encontra-se cruzado por concepções que advém desses espaços de formação inicial, mas também da pluralidade de experiências e sujeitas/os que compõem os processos de ensino-aprendizagem da Filosofia acampada no batente da escola. Dessa maneira, essa pesquisa está fundamentada teórico-metodologicamente na perspectiva decolonial e feminista, alicerçada na crítica aos moldes modernos/coloniais de exclusões e silenciamentos das mulheres e suas produções de conhecimentos, como também na Pedagogia Decolonial enquanto teoria educacional que desmobiliza o projeto hegemônico de escola, ao tempo em que legitima saberes e culturas, banindo colonialidades de saber-ser dos espaços formativos. Assim, o objetivo principal foi investigar práticas pedagógicas orientadas por uma teoria decolonial e feminista que potencialize o ensino-aprendizagem de filosofia no Ensino Médio a partir da produção filosófica de Filósofas. Nesse sentido, visando a abordagem metodológica descolonizadora, utilizei dos princípios colaborativos da Pesquisa-Ação Pedagógica (PAPe) como via horizontalizadora no desenvolvimento de pesquisa no campo educacional escolar. Assim as ações/encontros foram desenvolvidas no âmbito escolar, nas aulas de filosofia, juntamente com a docente e uma turma do terceiro ano do Ensino Médio. Os instrumentos de pesquisa foram entrevistas abertas ou em profundidade com a docente, formulário on-line e registros nos Diários Filosóficos. As informações do formulário sinalizaram abertura e interesse na pesquisa, e os Diários Filosóficos foram analisados na perspectiva da Análise Textual Discursiva (ATD), como possibilidade e pressupostos de reflexões e argumentos que permitem uma elaboração coletiva acerca dos elementos discursivos que se apresentam com considerada recorrência nos registros das/os estudantes. Como resultado, observei a receptividade curiosa e interesse em descobrir novas narrativas e personagens da história da filosofia, com destaque para Filósofas do Sul Global, engajadas contra o colonialismo, como Lélia Gonzalez e Sophie Olúwọlé, bem como para Filósofas que são referências importantes para o início do movimento feminista europeu, como Christine de Pizan e Mary Wollstonecraft. Essas Filósofas acamparam presenças nos Diários Filosóficos das/os estudantes, nas ações e nas inspirações de artes elaboradas por elas/eles. Assim, com o desenvolvimento metodológico proposto, compreendo que a pesquisa aqui apresentada com seus resultados, reitera o argumento de tese, afirmando que a mediação da prática pedagógica decolonial possibilita condições curriculares para a presença de Filósofas no âmbito escolar, nas turmas de nível médio, possibilitando às/aos estudantes novas narrativas e saberes filosóficos não restritos à universalidade colonizadora, geopoliticamente hegemônica, eurocentrada e androcentrada. |
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2024-05-15T11:41:45Z2023-10-062024-05-15T11:41:45Z2023-09-29https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/30222Esta tese tem como implicações iniciais a compreensão de que a história da filosofia é ainda um campo de conhecimento arraigado em premissas de silenciamentos e exclusões. Os espaços de formação inicial e pós-graduação desta área ainda são constituídos por uma discrepante diferença da presença de homens e mulheres e de toda a diversidade que compõem os gêneros. Essas exclusões/ausências estão implicadas diretamente na concepção de história da filosofia evocada no singular, no masculino e situada desde pressupostos eurocêntricos e ocidentais. O Ensino de Filosofia na Educação Básica, e aqui especificamente no Ensino Médio, encontra-se cruzado por concepções que advém desses espaços de formação inicial, mas também da pluralidade de experiências e sujeitas/os que compõem os processos de ensino-aprendizagem da Filosofia acampada no batente da escola. Dessa maneira, essa pesquisa está fundamentada teórico-metodologicamente na perspectiva decolonial e feminista, alicerçada na crítica aos moldes modernos/coloniais de exclusões e silenciamentos das mulheres e suas produções de conhecimentos, como também na Pedagogia Decolonial enquanto teoria educacional que desmobiliza o projeto hegemônico de escola, ao tempo em que legitima saberes e culturas, banindo colonialidades de saber-ser dos espaços formativos. Assim, o objetivo principal foi investigar práticas pedagógicas orientadas por uma teoria decolonial e feminista que potencialize o ensino-aprendizagem de filosofia no Ensino Médio a partir da produção filosófica de Filósofas. Nesse sentido, visando a abordagem metodológica descolonizadora, utilizei dos princípios colaborativos da Pesquisa-Ação Pedagógica (PAPe) como via horizontalizadora no desenvolvimento de pesquisa no campo educacional escolar. Assim as ações/encontros foram desenvolvidas no âmbito escolar, nas aulas de filosofia, juntamente com a docente e uma turma do terceiro ano do Ensino Médio. Os instrumentos de pesquisa foram entrevistas abertas ou em profundidade com a docente, formulário on-line e registros nos Diários Filosóficos. As informações do formulário sinalizaram abertura e interesse na pesquisa, e os Diários Filosóficos foram analisados na perspectiva da Análise Textual Discursiva (ATD), como possibilidade e pressupostos de reflexões e argumentos que permitem uma elaboração coletiva acerca dos elementos discursivos que se apresentam com considerada recorrência nos registros das/os estudantes. Como resultado, observei a receptividade curiosa e interesse em descobrir novas narrativas e personagens da história da filosofia, com destaque para Filósofas do Sul Global, engajadas contra o colonialismo, como Lélia Gonzalez e Sophie Olúwọlé, bem como para Filósofas que são referências importantes para o início do movimento feminista europeu, como Christine de Pizan e Mary Wollstonecraft. Essas Filósofas acamparam presenças nos Diários Filosóficos das/os estudantes, nas ações e nas inspirações de artes elaboradas por elas/eles. Assim, com o desenvolvimento metodológico proposto, compreendo que a pesquisa aqui apresentada com seus resultados, reitera o argumento de tese, afirmando que a mediação da prática pedagógica decolonial possibilita condições curriculares para a presença de Filósofas no âmbito escolar, nas turmas de nível médio, possibilitando às/aos estudantes novas narrativas e saberes filosóficos não restritos à universalidade colonizadora, geopoliticamente hegemônica, eurocentrada e androcentrada.Esta tesis tiene como implicaciones iniciales la comprensión de que la historia de la filosofía sigue siendo un campo de conocimiento arraigado en supuestos de silenciamiento y exclusión. Los espacios de formación inicial y de posgrado en esta área aún están constituidos por una diferencia discrepante en la presencia de hombres y mujeres y toda la diversidad que configura los géneros. Estas exclusiones/ausencias están directamente involucradas en la concepción de la historia de la filosofía evocada en singular, en masculino y situada desde presupuestos eurocéntricos y occidentales. La Enseñanza de la Filosofía en la Educación Básica, y aquí específicamente en la Secundaria, está atravesada por conceptos que provienen de estos espacios de formación inicial, pero también de la pluralidad de experiencias y materias que conforman los procesos de enseñanza-aprendizaje del Campamento de Filosofía en el Puerta de la escuela. De esta manera, esta investigación se fundamenta teórica y metodológicamente en la perspectiva decolonial y feminista, basada en la crítica a los modelos moderno/colonial de exclusión y silenciamiento de las mujeres y su producción de conocimiento, así como en la Pedagogía Decolonial como teoría educativa que desmoviliza el proyecto hegemónico de la escuela, al mismo tiempo que legitima conocimientos y culturas, desterrando las colonialidades del saber hacer de los espacios de formación. Así, el objetivo principal fue investigar las configuraciones de prácticas pedagógicas guiadas por una teoría decolonial y feminista que potenciarían la enseñanza-aprendizaje de la filosofía basada en Filósofas. En este sentido, apuntando a un enfoque metodológico descolonizador, utilicé los principios colaborativos de la Investigación Acción Pedagógica (PAPe) como vía horizontal en el desarrollo de investigaciones en el campo de la educación escolar. Así, las acciones/encuentros se desarrollaron en el ámbito escolar, en las clases de filosofía, junto con la docente y un grupo de tercer año de secundaria. Los instrumentos de investigación fueron entrevistas abiertas o en profundidad al profesor, un formulario en línea y registros en los Diarios Filosóficos. Las informaciones sobre la forma señalaron apertura e interés en la investigación, y los Diarios Filosóficos fueron analizados desde la perspectiva del Análisis Textual Discursivo (ATD), como posibilidad y presupuestos para reflexiones y argumentaciones que permitan una elaboración colectiva sobre los elementos discursivos que se presenta una recurrencia considerable en los expedientes de los estudiantes. Como resultado, observé una curiosa receptividad e interés por descubrir nuevas narrativas y personajes en la historia de la filosofía, con énfasis en Filósofos del Sur Global, comprometidos contra el colonialismo, como Lélia González y Sophie Olúwọlé, así como Filósofos que son referentes importantes del primer movimiento feminista europeo, como Christine de Pizan y Mary Wollstonecraft. Estos Filósofos acamparon presencias en los Diarios Filosóficos de los estudiantes, en las acciones e inspiraciones de las artes elaboradas por ellos. Así, con el desarrollo metodológico propuesto, entiendo que la investigación aquí presentada con sus resultados, reitera el argumento de tesis, afirmando que la mediación de la práctica pedagógica decolonial posibilita condiciones curriculares para la presencia de los Filósofos en el ambiente escolar, en las clases de secundaria, proporcionar a los estudiantes nuevas narrativas y conocimientos filosóficos que no se limiten a la universalidad colonizadora, geopolíticamente hegemónica, eurocéntrica y androcéntrica.ABSTRACT This thesis has as initial implications the understanding that the history of philosophy is still a field of knowledge rooted in assumptions of silencing and exclusion. The spaces for initial and postgraduate training in this area are still constituted by a discrepant difference in the presence of men and women and all the diversity that make up the genders. These exclusions/absences are directly involved in the conception of the history of philosophy evoked in the singular, in the masculine and situated from Eurocentric and Western assumptions. The Teaching of Philosophy in Basic Education, and here specifically in High School, is crossed by concepts that come from these spaces of initial training, but also from the plurality of experiences and subjects that make up the teaching-learning processes of Camp Philosophy at the school gate. In this way, this research is theoretically and methodologically based on the decolonial and feminist perspective, based on the critique of modern/colonial models of exclusion and silencing of women and their production of knowledge, as well as on Decolonial Pedagogy as an educational theory that demobilizes the hegemonic project of school, at the same time that it legitimizes knowledge and cultures, banishing colonialities of know-how from training spaces. Thus, the main objective was to investigate the configurations of pedagogical practices guided by a decolonial and feminist theory that would enhance the teaching-learning of philosophy based on Philosophers. In this sense, aiming at a decolonizing methodological approach, I used the collaborative principles of Pedagogical Action Research (PAPe) as a horizontal way in the development of research in the field of school education. Thus, the actions/meetings were developed in the school environment, in philosophy classes, together with the teacher and a group of the third year of high school. The research instruments were open or in-depth interviews with the professor, an online form and records in the Philosophical Diaries. The information on the form signaled openness and interest in the research, and the Philosophical Diaries were analyzed from the perspective of Discursive Textual Analysis (ATD), as a possibility and assumptions for reflections and arguments that allow a collective elaboration about the discursive elements that are presented with considerable recurrence in student records. As a result, I observed a curious receptivity and interest in discovering new narratives and characters in the history of philosophy, with emphasis on Philosophers from the Global South, engaged against colonialism, such as Lélia Gonzalez and Sophie Olúwọlé, as well as Philosophers who are important references for the early European feminist movement, such as Christine de Pizan and Mary Wollstonecraft. These Philosophers camped presences in the Philosophical Diaries of the students, in the actions and inspirations of arts elaborated by them. Thus, with the proposed methodological development, I understand that the research presented here with its results, reiterates the thesis argument, stating that the mediation of decolonial pedagogical practice enables curricular conditions for the presence of Philosophers in the school environment, in high school classes, providing students with new narratives and philosophical knowledge that are not restricted to the colonizing, geopolitically hegemonic, Eurocentric and androcentric universality.Submitted by Jackson Nunes (jackson@biblioteca.ufpb.br) on 2024-05-15T11:41:45Z No. of bitstreams: 3 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) GabrielaDaNóbregaCarreiro_Tese.pdf: 11453940 bytes, checksum: eb9626fa820b67c74ac505ba37a851c9 (MD5) GabrielaDaNóbregaCarreiro_Tese_Ficha_SIGAA.pdf: 2116 bytes, checksum: 64f712ebd93eb6233d5e6dbfa03618f7 (MD5)Made available in DSpace on 2024-05-15T11:41:45Z (GMT). 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Sustentabilidade Estratégias ambientais Competitividade Agronegócio Enseñanza de la filosofía Teoría decolonial Filósofas Prácticas pedagógicas decoloniales Teaching philosophy Decolonial theory Philosophical women Decolonial pedagogical practices |
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Esta tese tem como implicações iniciais a compreensão de que a história da filosofia é ainda um campo de conhecimento arraigado em premissas de silenciamentos e exclusões. Os espaços de formação inicial e pós-graduação desta área ainda são constituídos por uma discrepante diferença da presença de homens e mulheres e de toda a diversidade que compõem os gêneros. Essas exclusões/ausências estão implicadas diretamente na concepção de história da filosofia evocada no singular, no masculino e situada desde pressupostos eurocêntricos e ocidentais. O Ensino de Filosofia na Educação Básica, e aqui especificamente no Ensino Médio, encontra-se cruzado por concepções que advém desses espaços de formação inicial, mas também da pluralidade de experiências e sujeitas/os que compõem os processos de ensino-aprendizagem da Filosofia acampada no batente da escola. Dessa maneira, essa pesquisa está fundamentada teórico-metodologicamente na perspectiva decolonial e feminista, alicerçada na crítica aos moldes modernos/coloniais de exclusões e silenciamentos das mulheres e suas produções de conhecimentos, como também na Pedagogia Decolonial enquanto teoria educacional que desmobiliza o projeto hegemônico de escola, ao tempo em que legitima saberes e culturas, banindo colonialidades de saber-ser dos espaços formativos. Assim, o objetivo principal foi investigar práticas pedagógicas orientadas por uma teoria decolonial e feminista que potencialize o ensino-aprendizagem de filosofia no Ensino Médio a partir da produção filosófica de Filósofas. Nesse sentido, visando a abordagem metodológica descolonizadora, utilizei dos princípios colaborativos da Pesquisa-Ação Pedagógica (PAPe) como via horizontalizadora no desenvolvimento de pesquisa no campo educacional escolar. Assim as ações/encontros foram desenvolvidas no âmbito escolar, nas aulas de filosofia, juntamente com a docente e uma turma do terceiro ano do Ensino Médio. Os instrumentos de pesquisa foram entrevistas abertas ou em profundidade com a docente, formulário on-line e registros nos Diários Filosóficos. As informações do formulário sinalizaram abertura e interesse na pesquisa, e os Diários Filosóficos foram analisados na perspectiva da Análise Textual Discursiva (ATD), como possibilidade e pressupostos de reflexões e argumentos que permitem uma elaboração coletiva acerca dos elementos discursivos que se apresentam com considerada recorrência nos registros das/os estudantes. Como resultado, observei a receptividade curiosa e interesse em descobrir novas narrativas e personagens da história da filosofia, com destaque para Filósofas do Sul Global, engajadas contra o colonialismo, como Lélia Gonzalez e Sophie Olúwọlé, bem como para Filósofas que são referências importantes para o início do movimento feminista europeu, como Christine de Pizan e Mary Wollstonecraft. Essas Filósofas acamparam presenças nos Diários Filosóficos das/os estudantes, nas ações e nas inspirações de artes elaboradas por elas/eles. Assim, com o desenvolvimento metodológico proposto, compreendo que a pesquisa aqui apresentada com seus resultados, reitera o argumento de tese, afirmando que a mediação da prática pedagógica decolonial possibilita condições curriculares para a presença de Filósofas no âmbito escolar, nas turmas de nível médio, possibilitando às/aos estudantes novas narrativas e saberes filosóficos não restritos à universalidade colonizadora, geopoliticamente hegemônica, eurocentrada e androcentrada. |
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2023 |
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