Crítica ao trato com o conhecimento da educação física durante o ensino remoto emergencial: realidade em uma escola pública de João Pessoa - PB

• Autor(a) principal: Silva, Nathália Carolina da
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/27295
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICA; Ensino Remoto; Educação Física; Trato Com o Conhecimento; Materialismo Histórico-dialético

A partir da instauração da pandemia, em meio a realidade de desemprego e mortes causadas pela COVID-19, as escolas tentaram se adequar utilizando estratégias para manter o contato com os seus estudantes, o ensino remoto foi discutido como um exemplo dessa ação. O objetivo deste estudo foi analisar a realidade do trato com o conhecimento, da participação e da aprendizagem na disciplina de educação física no período de 2020-2021, na Escola Municipal Antônio Santos Coelho Neto em João Pessoa-PB durante o ensino remoto. A população foi composta por 14 pessoas, 13 estudantes do 7º ano A que responderam um questionário sociodemográfico, de participação e aprendizagem, e o professor de educação física do fundamental II que, para além de um questionário sociodemográfico, formação acadêmica e realidade durante as aulas remotas, também participou de uma entrevista semiestruturada sobre a seleção, sistematização e organização dos conteúdos. Para a análise dos dados foram utilizadas duas técnicas, a estatística descritiva e a análise de conteúdo de Bardin, para chegar a uma interpretação de natureza materialista histórico-dialética. Constatou-se que, dentro da realidade da escola, de construção de atividades para enviar para os estudantes por um aplicativo de mensagens, sem o auxílio presencial do professor, a família se tornou a principal responsável pela mediação do ensino, tarefa que não é de sua responsabilidade ou domínio. É importante destacar também que os professores e gestores precisaram repensar suas práticas sem ajuda de políticas públicas ou de instruções de órgãos educacionais municipais ou estaduais e que, as atividades educacionais, nesse modelo de ensino, podem ter dissociado a tríade conteúdo-forma-destinatário, pela ruptura da natureza da educação, dificultando a realização da sua especificidade, o trato com os conhecimentos da educação física e a aprendizagem dos estudantes.