Relação entre saúde materno-infantil e insegurança alimentar em famílias com recém-nascidos de João Pessoa-PB.
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/859 |
Resumo: | A Insegurança Alimentar (INSAN) está vinculada ao agravamento das doenças infecciosas e carenciais em algumas regiões e grupos populacionais de risco, principalmente em crianças e gestantes. O grupo materno-infantil destaca-se pela grande vulnerabilidade nutricional a que estão sujeitos, bem como por demandas que requerem prioridade na assistência. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a relação entre fatores envolvidos na saúde materno-infantil e a situação da insegurança alimentar em famílias com recém-nascidos residentes na cidade de João Pessoa/Paraíba, através da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Trata-se de um estudo de uma coorte de nascimentos, iniciado no Instituto Cândida Vargas e na Maternidade Frei Damião, João Pessoa. A população correspondeu às parturientes admitidas nas maternidades, e seus respectivos filhos, que foram acompanhados no nascimento e após o segundo mês de vida. As mães residentes em João Pessoa, não deviam apresentar problemas psiquiátricos ou metabólicos, além de terem concordado em participar da pesquisa e assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Não foram incluídas mães que tivessem algum comprometimento que influenciasse na frequência de ocorrência dos desfechos medidos no estudo. A coleta de dados ocorreu em duas etapas, a primeira nas maternidades totalizando 380 mães participantes, as informações coletadas foram os dados pessoais, antropometria da criança, peso pré- gestacional e no final da gestação e antecedentes obstétricos. A segunda no domicílio familiar, onde foi aplicado um questionário semi-estruturado contendo dados sobre peso e estatura da mãe, morbidades referidas da criança e aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), totalizando 222 mães. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS Statistics, versão 21.0. Os resultados mostraram que 41% das mães estavam em situação de Segurança Alimentar; 43,2% em Insegurança Alimentar Leve; 9,0% em Insegurança Alimentar Moderada e 6,8% em Insegurança Alimentar Grave, totalizando 41% em SAN e 59% em INSAN. Com relação ao grupo exposto (ia moderada + ia grave) e não exposto (sa + ia leve), 15,8% das famílias foram classificadas como expostas e 84,2% como não expostas. A idade das mães em insegurança alimentar (71,4%) foi maior (25 a 35 anos), (p= 0,010), bem como tinham mais filhos (85,7%), (p= 0,000). Quanto ao estado nutricional no final da gestação houve diferença significativa (p= 0,030) entre os grupos, onde as mães em insegurança alimentar estavam com maior baixo peso (18,8%), e as em segurança alimentar com maiores níveis de sobrepeso (31,1%) e obesidade (26,3%). Não houve relação entre o tipo de parto e sexo da criança e a situação de (in)segurança alimentar (p= 0,201), (p= 0,082), respectivamente. Não houve relação entre anemia (p= 0,429), febre (p= 0,406) e tosse (p= 0,540), porém foi visto uma tendência das crianças em famílias sob situação de insegurança alimentar, apresentarem mais diarreia (17,1%) e dor de ouvido (8,6%) (p= 0,051). Percebe-se que a insegurança alimentar ainda é um fator condicionante na saúde da população, principalmente em grupos vulneráveis como gestantes e crianças. De modo que, estudos como este são necessários para avaliar a situação de (in)segurança alimentar da população em diversas localidades do país e detectar diferentes realidades nutricionais. |
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2015-02-24T15:05:27Z2015-02-24T15:05:27Z2015-02-24https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/859A Insegurança Alimentar (INSAN) está vinculada ao agravamento das doenças infecciosas e carenciais em algumas regiões e grupos populacionais de risco, principalmente em crianças e gestantes. O grupo materno-infantil destaca-se pela grande vulnerabilidade nutricional a que estão sujeitos, bem como por demandas que requerem prioridade na assistência. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a relação entre fatores envolvidos na saúde materno-infantil e a situação da insegurança alimentar em famílias com recém-nascidos residentes na cidade de João Pessoa/Paraíba, através da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar. Trata-se de um estudo de uma coorte de nascimentos, iniciado no Instituto Cândida Vargas e na Maternidade Frei Damião, João Pessoa. A população correspondeu às parturientes admitidas nas maternidades, e seus respectivos filhos, que foram acompanhados no nascimento e após o segundo mês de vida. As mães residentes em João Pessoa, não deviam apresentar problemas psiquiátricos ou metabólicos, além de terem concordado em participar da pesquisa e assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Não foram incluídas mães que tivessem algum comprometimento que influenciasse na frequência de ocorrência dos desfechos medidos no estudo. A coleta de dados ocorreu em duas etapas, a primeira nas maternidades totalizando 380 mães participantes, as informações coletadas foram os dados pessoais, antropometria da criança, peso pré- gestacional e no final da gestação e antecedentes obstétricos. A segunda no domicílio familiar, onde foi aplicado um questionário semi-estruturado contendo dados sobre peso e estatura da mãe, morbidades referidas da criança e aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), totalizando 222 mães. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS Statistics, versão 21.0. Os resultados mostraram que 41% das mães estavam em situação de Segurança Alimentar; 43,2% em Insegurança Alimentar Leve; 9,0% em Insegurança Alimentar Moderada e 6,8% em Insegurança Alimentar Grave, totalizando 41% em SAN e 59% em INSAN. Com relação ao grupo exposto (ia moderada + ia grave) e não exposto (sa + ia leve), 15,8% das famílias foram classificadas como expostas e 84,2% como não expostas. A idade das mães em insegurança alimentar (71,4%) foi maior (25 a 35 anos), (p= 0,010), bem como tinham mais filhos (85,7%), (p= 0,000). Quanto ao estado nutricional no final da gestação houve diferença significativa (p= 0,030) entre os grupos, onde as mães em insegurança alimentar estavam com maior baixo peso (18,8%), e as em segurança alimentar com maiores níveis de sobrepeso (31,1%) e obesidade (26,3%). Não houve relação entre o tipo de parto e sexo da criança e a situação de (in)segurança alimentar (p= 0,201), (p= 0,082), respectivamente. Não houve relação entre anemia (p= 0,429), febre (p= 0,406) e tosse (p= 0,540), porém foi visto uma tendência das crianças em famílias sob situação de insegurança alimentar, apresentarem mais diarreia (17,1%) e dor de ouvido (8,6%) (p= 0,051). Percebe-se que a insegurança alimentar ainda é um fator condicionante na saúde da população, principalmente em grupos vulneráveis como gestantes e crianças. De modo que, estudos como este são necessários para avaliar a situação de (in)segurança alimentar da população em diversas localidades do país e detectar diferentes realidades nutricionais.The food insecurity (Insan) is linked to worsening of infectious and deficiency diseases in some regions and population groups at risk, especially in children and pregnant women. The mother-child group is distinguished by great nutritional vulnerability to which they are subject, as well as demands that require priority in assistance. Therefore, this study aimed to analyze the relationship between factors involved in maternal and child health and the situation of food insecurity in families with newborns living in the city of João Pessoa / Paraíba, through the application of the Brazilian Food Insecurity Scale . This is a study of a birth cohort, initiated in Candida Institute Vargas and Maternity Frei Damiao, João Pessoa. The population corresponded to pregnant women admitted in hospitals, and their children, who were seen at birth and after the second month of life. Mothers living in Joao Pessoa, should not present with psychiatric or metabolic problems, and have agreed to participate and signed the informed consent form - IC. No mothers who had some involvement to influence the frequency of occurrence of outcomes measured in the study were included. Data collection occurred in two stages, the first mothers in maternity hospitals totaling 380 participants, key information was collected personal data, anthropometry of children, and prepregnancy weight in late pregnancy and obstetric history. The second in the family home, where a semi-structured questionnaire was administered containing data on weight and height of the mother; morbidities of children and implementation of the Brazilian Food Insecurity Scale (EBIA), totaling 222 mothers. Data were analyzed using the statistical program SPSS, version 21.0. The results showed that 41% of mothers were in a situation of food security; 43.2% in Food Insecurity Light; 9.0% moderately food insecure and 6.8% in Severe Food Insecurity, totaling 41% SAN and 59% in INSAN. Regarding the exposed group (ia ia moderate + severe) and unexposed (sa + was mild), 15.8% of households were classified as exposed and 84.2% as not exposed. The age of mothers in food insecurity (71.4%) was higher (25-35 years) (p = 0.010) and had more children (85.7%) (p = 0.000). Regarding nutritional status in late pregnancy was no significant difference (p = 0.030) between the groups, where mothers were food insecure with greater underweight (18.8%), and food safety with higher levels of overweight (31 1%) and obese (26.3%). There was no relationship between the type of birth and sex of the child and the situation of food (in) security (p = 0.201) (p = 0.082), respectively. There was no relationship between anemia (p = 0.429), fever (p = 0.406) and cough (p = 0.540), but was seen a trend of children in households in food insecure, experiencing more diarrhea (17.1%) and ear pain (8.6%) (p = 0.051). It is noticed that food insecurity is still a determinant factor in the health of the population, especially vulnerable groups such as pregnant women and children. So that, studies like this are needed to assess the situation of food (in) security of the population in various locations around the country and detect different nutritional realities.Submitted by Fernando Vieira (nandogusto6@gmail.com) on 2015-02-24T15:05:27Z No. of bitstreams: 1 AMMS23022015.pdf: 1004243 bytes, checksum: d061f07f722641e2762a5f0a55b24bd4 (MD5)Made available in DSpace on 2015-02-24T15:05:27Z (GMT). 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