Performando o respeito : uma análise das performances de gêneros e sexualidades utilizando o Teatro do Oprimido em turmas do ensino fundamental.
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/31199 |
Resumo: | O presente trabalho surge a partir dos anseios e inquietações sobre como as relações de gêneros e sexualidades, pautadas por um sistema patriarcal, podem promover desigualdades e violências. A escola como parte integrante de nossa sociedade, por muitas vezes acaba reforçando ou produzindo desigualdades, estereótipos e violências de gêneros. Buscando observar como essas relações se constituem dentro da sociedade e no ambiente escolar, esta pesquisa visa analisar as performances de gêneros de alunas/os dos 5° anos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Aruanda, localizada no Bairro dos Bancários - João Pessoa/PB, através da realização de duas oficinas utilizando o Teatro do Oprimido, no ano de 2023. Estas oficinas foram realizadas junto ao Programa de Licenciatura - Prolicen/UFPB chamado “Educação para não violência: articulando formação inicial e continuada de professoras/es no âmbito da Educação Básica”. Através de uma pesquisa exploratória de abordagem qualitativa (Martins, 2004), que utiliza o procedimento da pesquisa-ação (Thiollent, 1986), o presente trabalho busca analisar o entendimento das/os alunas/os acerca das questões de gêneros e sexualidades através de suas perfomances. Os aspectos analisados neste trabalho serão os marcadores sociais de gênero e sexualidade, para tal, foi utilizada como instrumento de análise a abordagem da antropologia da performance de Bauman and Briggs (Bauman, 1977; Bauman e Briggs, 1990). O objetivo é perceber como as identidades de gêneros e a percepção sobre as sexualidades estão sendo performadas por essas crianças. Assim como, poder contribuir com práticas que prezam pela equidade de gêneros, ressignificando conceitos e preconceitos que socialmente estão enraizados, promovendo assim uma educação para a não violência e para os direitos. Em relação às apreensões e entendimentos das/os alunas/os acerca de gêneros e sexualidades e como impactam em suas performances na sociedade, e especificamente dentro das oficinas analisadas, foi possível perceber que as crianças reproduzem discursos e ações a partir de referências que surgem através da socialização com pares adultos da família, igreja ou demais agentes e instituições sociais, os quais se baseiam em uma estrutura cis-héteronormativa. A construção de pensamentos e ações que causaram reflexões e estranhamentos na maneira como as/os alunas/os enxergam as relações de gêneros e sexualidades foi possível através da contribuição de alguns instrumentos e pedagogias que utilizamos na realização do Prolicen. Dentre eles, cito a contribuição das técnicas do TO que foram utilizadas na construção das oficinas, através delas, acredito, foi possível promover um espaço dialógico, reflexivo, crítico e com possibilidades de ações que podem mudar a forma como as/os alunos enxergam a relação entre elas/es. Entretanto, a utilização de pedagogias transgressoras como o Teatro do Oprimido, foi capaz de causar estranhamentos e reflexões na forma como as/os alunas/os enxergam as relações de gêneros e sexualidades. Promovendo um espaço dialógico, reflexivo, crítico e com possibilidades de ações que podem mudar a forma como as/os alunos enxergam a relação entre elas/es. |
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2024-07-29T11:12:08Z2024-05-302024-07-29T11:12:08Z2024-05-30https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/31199O presente trabalho surge a partir dos anseios e inquietações sobre como as relações de gêneros e sexualidades, pautadas por um sistema patriarcal, podem promover desigualdades e violências. A escola como parte integrante de nossa sociedade, por muitas vezes acaba reforçando ou produzindo desigualdades, estereótipos e violências de gêneros. Buscando observar como essas relações se constituem dentro da sociedade e no ambiente escolar, esta pesquisa visa analisar as performances de gêneros de alunas/os dos 5° anos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Aruanda, localizada no Bairro dos Bancários - João Pessoa/PB, através da realização de duas oficinas utilizando o Teatro do Oprimido, no ano de 2023. Estas oficinas foram realizadas junto ao Programa de Licenciatura - Prolicen/UFPB chamado “Educação para não violência: articulando formação inicial e continuada de professoras/es no âmbito da Educação Básica”. Através de uma pesquisa exploratória de abordagem qualitativa (Martins, 2004), que utiliza o procedimento da pesquisa-ação (Thiollent, 1986), o presente trabalho busca analisar o entendimento das/os alunas/os acerca das questões de gêneros e sexualidades através de suas perfomances. Os aspectos analisados neste trabalho serão os marcadores sociais de gênero e sexualidade, para tal, foi utilizada como instrumento de análise a abordagem da antropologia da performance de Bauman and Briggs (Bauman, 1977; Bauman e Briggs, 1990). O objetivo é perceber como as identidades de gêneros e a percepção sobre as sexualidades estão sendo performadas por essas crianças. 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Dentre eles, cito a contribuição das técnicas do TO que foram utilizadas na construção das oficinas, através delas, acredito, foi possível promover um espaço dialógico, reflexivo, crítico e com possibilidades de ações que podem mudar a forma como as/os alunos enxergam a relação entre elas/es. Entretanto, a utilização de pedagogias transgressoras como o Teatro do Oprimido, foi capaz de causar estranhamentos e reflexões na forma como as/os alunas/os enxergam as relações de gêneros e sexualidades. Promovendo um espaço dialógico, reflexivo, crítico e com possibilidades de ações que podem mudar a forma como as/os alunos enxergam a relação entre elas/es.El presente trabajo surge de las ansiedades y inquietudes sobre cómo las relaciones de géneros y sexualidades, guiadas por un sistema patriarcal, pueden promover las desigualdades y la violencia. La escuela, como parte integrante de nuestra sociedad, muchas veces acaba reforzando o produciendo desigualdades, estereotipos y violencia de géneros. Buscando observar cómo se constituyen estas relaciones dentro de la sociedad y en el ambiente educativo, esta investigación tiene como objetivo analizar los actos performativos de género de estudiantes de 5º grado de la Escuela Primaria Municipal Aruanda, ubicada en el Barrio Bancários - João Pessoa/PB, por medio de la realización de dos talleres utilizando el Teatro del Oprimido, en el año 2023. El taller se realizó en conjunto con el Programa Prolicen: Educación para la no violencia y los derechos: juntando educación inicial y continua de profesoras/es en el ámbito de La educación primaria y secundaria. Por medio de una investigación exploratoria con enfoque cualitativo (Martins, 2004), que utiliza el procedimiento de investigación-acción (Thiollent, 1986), el presente trabajo busca analizar la comprensión de los estudiantes sobre cuestiones de género y sexualidad a través de sus actos performativos. Los aspectos analizados en este trabajo serán los marcadores sociales de géneros y sexualidads, para ello, se utilizará el enfoque de la antropología de la performance de Bauman y Briggs (Bauman, 1977; Bauman y Briggs, 1990). El objetivo es comprender cómo las identidades de géneros y cómo la percepción de las sexualidades están siendo performadas por estos niños. Así como poder contribuir a prácticas que valoren la igualdad de géneros, resignificando conceptos y prejuicios que están arraigados socialmente, promoviendo así la educación para la no violencia y los derechos. En relación a las aprehensiones y comprensiones de los estudiantes sobre los géneros y las sexualidades y cómo impactan en sus actos performativos en la sociedad, y específicamente dentro de los talleres analizados, fue posible percibir que los niños reproducen discursos y acciones a partir de referencias que surgen a través de la socialización con pares adultos en la familia, la iglesia u otros agentes sociales e instituciones. que se basan en un marco cis-heteronormativo. Sin embargo, el uso de pedagogías transgresoras, como el Teatro del Oprimido, fue capaz de provocar extrañeza y reflejos en la forma en que los estudiantes ven las relaciones de género y de sexualidads. Promoviendo un espacio dialógico, reflexivo, crítico y con posibilidades de acciones que puedan cambiar la forma en que los estudiantes ven la relación entre ellos.Submitted by Susiquine Silva (biblioteca@ccta.ufpb.br) on 2024-07-29T11:12:08Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) WMB30052024.pdf: 939287 bytes, checksum: 9669d9f597658aa45e70b5cea2a3f86b (MD5)Made available in DSpace on 2024-07-29T11:12:08Z (GMT). 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