MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MENDONÇA, BÁRBARA LETÍCIA ARAÚJO FERREIRA DE
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28142
Resumo: A presente monografia tem como cerne a investigação que se faz acerca do papel desempenhado pelo Brasil na implementação da agenda “Mulheres, Paz e Segurança” anunciada pela Organização das Nações Unidas e, particularmente, a análise relativa ao seu plano nacional de ação. A referida agenda foi criada como resposta à aprovação da Resolução nº 1.325/2000, que inaugurou o debate a respeito da promoção da igualdade de gênero em ações relacionadas à paz e à segurança internacionais, bem como fomenta o reconhecimento das mulheres como promotoras de efetivas ações enquanto agentes de transformação dos cenários de guerra. A discussão que norteia a tutela dos direitos humanos das mulheres indica a relevância jurídico- acadêmica e social do tema, de modo que é salutar o destaque das singularidades em que meninas e mulheres estão inseridas, principalmente aquelas sujeitas aos conflitos armados ainda sem solução de continuidade. O objetivo geral da pesquisa reside na investigação sobre a participação brasileira na implementação da referida agenda e a contribuição prestada à promoção da igualdade de gênero e proteção de mulheres e meninas submetidas à realidade de conflito, a fim de compreender os entraves presentes e as soluções cabíveis para a efetivação da Resolução nº 1.325/2000 e, mais especificamente, pretende-se: apresentar noções gerais acerca dos direitos humanos das mulheres; expor o histórico de criação da agenda MPS; avaliar o conteúdo e alcance do Plano Nacional de Ação sobre Mulheres, Paz e Segurança; e, finalmente, apontar os principais obstáculos enfrentados pelo Brasil diante da efetivação da dita agenda, bem como algumas soluções hábeis a promover o deslinde da questão. A pesquisa é de natureza jurídico-dogmática, uma vez que se propõe ao estudo das premissas atinentes à regulamentação jurídico-normativa da agenda MPS, à luz dos dispositivos internacionais, constitucionais e infraconstitucionais que regem a matéria; então, o trabalho foi dividido em três capítulos que tratarão, respectivamente: da tutela dos direitos humanos, principalmente, das mulheres; da exposição do conteúdo da agenda “Mulheres, Paz e Segurança”; e da análise do Plano de Ação Brasileiro. Destarte, recorre-se ao emprego do método de abordagem hipotético- dedutivo, perfazendo-se estudo crítico acerca dos posicionamentos doutrinários e das legislações internacionais e nacionais a respeito do tema, e ao uso de métodos de procedimento histórico, comparativo e interpretativo e da técnica de pesquisa bibliográfica e documental para coleta de dados, tendo como resultado que a adoção do PNA para implementação da agenda “Mulheres, Paz e Segurança” demonstra que o Brasil assumiu uma postura ativa, integrando o referido debate em âmbito doméstico e anuindo ao teor dos objetivos internacionais postos sobre a matéria; apesar disso, o plano nacional de ação brasileiro ainda não alcançou executabilidade prática e conclui-se, forçosamente, que o Brasil precisa tomar medidas para enfrentar os impasses estruturais postos diante deste mister, inclusive a partir da necessária retomada da presença brasileira nos debates do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a agenda “Mulheres, Paz e Segurança”.
id UFPB-2_b43cd264de1cc786b8c2336089a8a057
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpb.br:123456789/28142
network_acronym_str UFPB-2
network_name_str Repositório Institucional da UFPB
repository_id_str
spelling 2023-08-30T12:49:15Z2021-01-202023-08-30T12:49:15Z2020-12-04https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28142A presente monografia tem como cerne a investigação que se faz acerca do papel desempenhado pelo Brasil na implementação da agenda “Mulheres, Paz e Segurança” anunciada pela Organização das Nações Unidas e, particularmente, a análise relativa ao seu plano nacional de ação. A referida agenda foi criada como resposta à aprovação da Resolução nº 1.325/2000, que inaugurou o debate a respeito da promoção da igualdade de gênero em ações relacionadas à paz e à segurança internacionais, bem como fomenta o reconhecimento das mulheres como promotoras de efetivas ações enquanto agentes de transformação dos cenários de guerra. A discussão que norteia a tutela dos direitos humanos das mulheres indica a relevância jurídico- acadêmica e social do tema, de modo que é salutar o destaque das singularidades em que meninas e mulheres estão inseridas, principalmente aquelas sujeitas aos conflitos armados ainda sem solução de continuidade. O objetivo geral da pesquisa reside na investigação sobre a participação brasileira na implementação da referida agenda e a contribuição prestada à promoção da igualdade de gênero e proteção de mulheres e meninas submetidas à realidade de conflito, a fim de compreender os entraves presentes e as soluções cabíveis para a efetivação da Resolução nº 1.325/2000 e, mais especificamente, pretende-se: apresentar noções gerais acerca dos direitos humanos das mulheres; expor o histórico de criação da agenda MPS; avaliar o conteúdo e alcance do Plano Nacional de Ação sobre Mulheres, Paz e Segurança; e, finalmente, apontar os principais obstáculos enfrentados pelo Brasil diante da efetivação da dita agenda, bem como algumas soluções hábeis a promover o deslinde da questão. A pesquisa é de natureza jurídico-dogmática, uma vez que se propõe ao estudo das premissas atinentes à regulamentação jurídico-normativa da agenda MPS, à luz dos dispositivos internacionais, constitucionais e infraconstitucionais que regem a matéria; então, o trabalho foi dividido em três capítulos que tratarão, respectivamente: da tutela dos direitos humanos, principalmente, das mulheres; da exposição do conteúdo da agenda “Mulheres, Paz e Segurança”; e da análise do Plano de Ação Brasileiro. Destarte, recorre-se ao emprego do método de abordagem hipotético- dedutivo, perfazendo-se estudo crítico acerca dos posicionamentos doutrinários e das legislações internacionais e nacionais a respeito do tema, e ao uso de métodos de procedimento histórico, comparativo e interpretativo e da técnica de pesquisa bibliográfica e documental para coleta de dados, tendo como resultado que a adoção do PNA para implementação da agenda “Mulheres, Paz e Segurança” demonstra que o Brasil assumiu uma postura ativa, integrando o referido debate em âmbito doméstico e anuindo ao teor dos objetivos internacionais postos sobre a matéria; apesar disso, o plano nacional de ação brasileiro ainda não alcançou executabilidade prática e conclui-se, forçosamente, que o Brasil precisa tomar medidas para enfrentar os impasses estruturais postos diante deste mister, inclusive a partir da necessária retomada da presença brasileira nos debates do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a agenda “Mulheres, Paz e Segurança”.This Project intends to shed light on the role played by Brazil in the implementation of the “Women, Peace and Security” agenda announced by the United Nations and, in particular, the analysis to the approval of Resolution 1325/2000. This opened the debate regarding the promotion of gender equality in actions related to international peace and security, as well as promoting the recognition of women as promoters of effective actions as agents of transformation of war scenarios. The discussion that guides the protection of women´s human rights indicates the legal, academic and social relevance of the theme, in that the importance of highlighting the singularities in which girls and women are into, especially those in the armed conflicts. The main goal of this research is to analysis the Brazilian participation in the implementation of the mentioned agenda and the contribution given to the promotion of gender equality and protection of women and girls submitted to the reality of conflict. In addiction of, it is valuable to understand the present obstacles and the appropriate solutions for the implementation of Resolution 1325/2000. Morevor, it is intended: to present general notions about the human rights of women; expose the history of creation of the WPS agenda; evaluate the content of the National Action Plan on Women, Peace and Security; and, finally, to point out the main obstacles faced by Brazil´s implementation of this agenda, as well as some solutions that are capable of promoting the issue´s resolution. The research is of a juridical- dogmatic nature, as it proposes to study the premises concerning the legal-normative regulation of the WPS agenda. In the light of international, constitutional and infra-constitutional provisions that govern the matter, the work was then divided into three chapters that will deal respectively: with the protection of human rights, mainly of women´s rights; the presentation of the content of the WPS agenda; and the analysis of the Brazilian Action Plan. Therefore, it used the hypothetical-deductive approach method, making a critical study about the doctrinal positions, international and national legislation on the subject. The use of historical procedure methods were also evident, such as: comparative, interpretative, bibliographic and documented research techniques for data collection. The result of this being the adoption of the NAP for the implementation of the WPS agenda, demonstrating that Brazil has taken an active role - through the integration of the aforementioned debate as a domestic affair and complying with the content of the international objectives on the matter. However, the Brazilian NAP has not yet reached practical feasibility and therefore it must be concluded that Brazil needs to take measures to face the structural impasses posed by this issue, emphasizing the reintegration of Brazil in this international debate, especially in the United Nations Security Council.Submitted by Gracineide Silva (gracineideehelena@gmail.com) on 2023-08-30T12:49:15Z No. of bitstreams: 1 BLAFM 041220.pdf: 809858 bytes, checksum: 7e0ef2cea8fa9cf1786430c3653c326e (MD5)Made available in DSpace on 2023-08-30T12:49:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 BLAFM 041220.pdf: 809858 bytes, checksum: 7e0ef2cea8fa9cf1786430c3653c326e (MD5) Previous issue date: 2020-12-04porUniversidade Federal da ParaíbaUFPBBrasilCiências JurídicasCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITODireito InternacionalDireitos Humanos - MulhereConflitos ArmadosInternational LawWomen´s Human Rights.Armed Conflicts.MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisAbrantes, Giorggia Petrucce Lacerda e Silvahttp://lattes.cnpq.br/4116316852116492MENDONÇA, BÁRBARA LETÍCIA ARAÚJO FERREIRA DEACHESON, Ray. Womens, weapons and wars: a gendered critique of multilateral instruments. Women´s international league for peace & freedom. 2015. ALVES, J. E. D; Corrêa, S. Igualdade e desigualdade de gênero no Brasil: um panorama preliminar, 15 anos depois do Cairo. In: Seminário Brasil. Belo Horizonte: Abep. 2009. AGUIAR, Bruna Soares; PEREIRA, Matheus Ribeiro. O antifeminismo como backlash nos discursos do governo Bolsonaro. Revista de Discentes de Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos. Volume 7, número 3. São Carlos: 2019. p. 8-35. BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 2004. BRASIL, Ministério da Defesa. Histórico da participação brasileira em missões da ONU. Disponível em: <https://www.gov.br/de0fesa/pt-br/assuntos/relacoes- internacionais/copy_of_missoes-de-paz/historico-da-participacao-brasileira-em-missoes-da- onu>. Acesso em: 25 nov. 2020. BRASIL, Ministério das Relações Exteriores. Plano Nacional de Ação sobre Mulheres, Paz e Segurança. Brasília: FUNAG, 2017. BRASIL. Constituição da república federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da República. Disponível em: https://bit.ly/30KJCsG. Acesso em: 21 out. 2020 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. 6ª ed. rev. Coimbra: Livraria Almeidina. 1993. Cf. BRASIL. Lei nº. 12.593 de 18 de janeiro de 2012 - Institui o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/Anexos/anl12593.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2020. COMITÉ INTERNACIONAL DE LA CRUZ ROJA. Responder a las necessidades de las mujeres afectadas por conflitos armados: Guía Práctica del CICR. Genebra, 2006. Dados coletados no observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e do Caribe. Disponível em: < https://oig.cepal.org/pt/indicadores/feminicidio-ou- femicidio#:~:text=Informa%C3%A7%C3%B5es%20oficiais%20de%2015%20pa%C3%ADs es,feminic%C3%ADdio%20ou%20femic%C3%ADdio%20em%202018.>. Acesso em: 23 nov. 2020. DONADÍO, Marcela R. Engendering peacekeeping. The cases of Haiti and Democratic Republico of Congo: a gender and security analysis from a Latin American perspective. 1ª.ed. Buenos Aires: RESDAL, 2013. DONADIO, Marcela; RIAL, Juan. La agenda de mujer, paz e seguridade em el año de su revisión: la resolución 1325 em la esfera militar y policial. Buenos Aires: Red de Seguridad y Defensa de América Latina. 2015. DRUMOND, Paula; REBELO, Tamya. Implementando a agenda sobre “Mulheres, Paz e Segurança” no Brasil: uma revisão do Plano Nacional de Ação. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2018. 73 DRUMOND, Paula; REBELO, Tamya. Implementando a agenda sobre “Mulheres, Paz e Segurança” no Brasil: uma revisão do Plano Nacional de Ação. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2018. EL PAÍS, América Latina é a região mais letal para mulheres. Brasil. 2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/24/actualidad/1543075049_751281.html>. Acesso em: 23 nov. 2020. GIANNINI, Renata A. Construindo Planos Nacionais de Ação eficazes: coletânea de boas práticas. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé, 2016. GIANNINI, Renata Avelar e outros. A agenda sobre mulheres, paz e segurança no contexto latino-americano: desafios e oportunidades. Irio Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2018. p.1. GIANNINI, Renata Avelar; e outros. A agenda sobre mulheres, paz e segurança no contexto latino-americano. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2018. GIANNINI, Renata; LIMA, Mariana e outro. Implementing UNSC Resolution 1325 in Brazil: surmounting challenges and promoting equality. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2015. GIANNINI, Renata. Promover gênero e consolidar a paz: a experiência brasileira. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2014. HAMANN, Eduarda. A força de uma trajetória: O Brasil e as operações de paz da ONU (1948- 2015). Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2019. HAMANN, Eduarda; MIR, Wasim. É tempo de reengajar: o Brasil e as operações de manutenção da paz da ONU. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2019. LIMA, Antonio Teixeira. Guerra, paz e os corpos das mulheres: um olhar nativo sobre a conferência de Beijing. Brasília: IPEA. MAYANJA, Rachel. Les conflits armés et le femmes – La résolution 1325 du Conseil de sécurité: diz ans d´existence. Disponível em: < https://www.un.org/fr/chronicle/article/les- conflits-armes-et-le-femmes-la-resolution-1325-du-conseil-de-securite-dix-ans-dexistence>. Acesso em: 17. nov. 2020. MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direito internacional público. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. MENGER, K; SERPA, R. Questão de gênero em conflitos: a violência contra a mulher como arma de guerra. In: UFRGSMUN Model United Nations. Conselho de Paz e Segurança da União Africana. Porto Alegre: UFRGSMUN Model United Nations, 2016. v. 4. P. 244-279. MIRANDA, C. M.; PARENTE, T. G. Plataforma de Ação de Pequim, avanços e entraves ao gender mainstreaming. OPSIS, Catalão – GO, v. 14, n. 1, p. 415 – 430, jan./jun. 2014. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1325. 2000. Disponível em: < http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_pazeseg/Mulheres_paz/1325-2000-PT.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1325. 2000. Disponível em: < https://www.gov.br/mre/pt-br/media/1325-2000-pt.pdf>. Acesso em: 19 de nov. de 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1820. 2008. Disponível em: < http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_pazeseg/Mulheres_paz/1820-2008-PT.pdf>. Acesso em: 18 nov.2020. 74 NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1888. 2009. Disponível em: < https://www.gov.br/mre/pt-br/media/1888-2009-pt.pdf>. Acesso em: 18 nov.2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1889. 2009. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_pazeseg/Mulheres_paz/1889-2009-PT.pdf>. Acesso em: 18 nov.2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1960. 2010. Disponível em: <https://www.gov.br/mre/pt-br/media/resolucao1960en.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2106. 2013. Disponível em: <https://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2013/12/resolucao_csnu.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2122. 2013. Disponível em: <https://www.gov.br/mre/pt-br/media/resolucao2122en.pdf>. Aceso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2242. 2015. Disponível em: <https://www.gov.br/mre/pt-br/media/2242-2015-pt.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2272. 2016. Disponível em: <https://www.un.org/press/en/2016/sc12277.doc.htm>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2467. 2019. Disponível em: <https://undocs.org/en/S/RES/2467(2019)>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS. Carta das Nações Unidas. São Francisco: Nações Unidas, 1945. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D19841.htm. Acesso em: 24 set. Art. 1º, III. NGO WORKING GROUP ON WOMEN, PEACE AND SECURITY. From Local to Global: making peace work for women. Nova York. 2005. ONU FEMMES. Conférences mondiales sur les femme. Disponível em: <https://www.unwomen.org/fr/how-we-work/intergovernmental-support/world-conferences- on- women#:~:text=La%20D%C3%A9claration%20et%20le%20Programme,mati%C3%A8re%2 0d'%C3%A9galit%C3%A9%20des%20sexes>. Acesso em: 05 nov. 2020 PANKHURST, Donna. Why does the Security Council have few teeth? A reflection on women and armed conflict 20 years after Beijing 1995. UNRISD. 2015. Disponível em: <https://www.unrisd.org/beijing+20-pankhurst>. Acesso em: 05 nov. 2020. PEACE WOMEN, WPS Implementation. National- Level Implementation. Disponível em: < https://www.peacewomen.org/member-states>. Acesso em: 19 nov. 2020. PIOVESAN, Flávia. A proteção internacional dos direitos humanos das mulheres. Cadernos Jurídicos, São Paulo, ano 15, nº 38, p. 21-34, jan./abr. 2014. PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e direito constitucional internacional. 14. ed, rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013. PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. PORTELLA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito internacional público e privado: incluindo noções de direitos humanos e direito comunitário. 12. ed. Salvador: JusPODIVM, 2020. RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2014. 75 REVISTA ÉPOCA. Brasil paga dívida com ONU e banco do Brics. Disponível em: < https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2019/12/brasil-paga-divida-com-onu-e-banco- do- brics.html#:~:text=Governo%20vai%20pagar%20d%C3%ADvidas%20que%20somam%20R %24%201%2C815%20bilh%C3%A3o&text=O%20governo%20federal%20pagar%C3%A1 %20d%C3%ADvidas,at%C3%A9%20o%20fim%20do%20ano.>. Acesso em: 27 nov. 2020. SANTOS, Boaventura de Souza apud PIOVESAN, Flávia. A proteção internacional dos direitos humanos das mulheres. Cadernos Jurídicos, São Paulo, ano 15, nº 38, p. 21-34, jan./abr. 2014. SARDENBERG, Ronaldo Mota. O Brasil e as Nações Unidas. Brasília: FUNAG. 2013. SCHWETHER, Natália Diniz. Mulheres, paz e segurança na América do Sul: o processo de implementação de uma agenda chave. Revista Conjuntura Austral. 2020. Disponível em: <https://www.seer.ufrgs.br/ConjunturaAustral/article/view/103179/59164>. Acesso em: 23 nov. 2020. SIDNEY, Giovanna Monteiro. The productive power of women, peace and security in Brazil: a militarizing, gendering and othering National Action Plan. CEU eTD Collection. Budapeste: 2018. UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Parliaments as partners supporting the Women Peace and Security Agenda. Oslo. 2019. UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Parliaments as partners supporting the Women Peace and Security Agenda. Oslo. 2019. UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Parliaments as partners supporting the Women Peace and Security Agenda. Oslo. 2019. UNITED NATIONS, Women. Preventing conflict transforming justice securing the peace: a global study on the implementation of United Nations Security Council resolution 1325. Nova York: 2015. UNWOMEN. The United Nations fourth world conference on women - Beijing, China - september 1995: Action for equality, development and peace. Disponível em: <https://www.un.org/womenwatch/daw/beijing/platform/armed.htm> Acesso em: 05 nov. 2020. VETTORASSI, Andréa; OLIVEIRA, Dijaci David de; BENEVIDES, Rubens de Freitas. Direitos Humanos no Brasil: os ataques às humanidades no governo Bolsonaro. Revista Humanidades e Inovação v.7, n-20. 2020. p. 408.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBTEXTBLAFM 041220.pdf.txtBLAFM 041220.pdf.txtExtracted texttext/plain204260https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/28142/3/BLAFM%20041220.pdf.txtc68f374808e1209f746dec6c3ecedff3MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82390https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/28142/2/license.txte20ac18e101915e6935b82a641b985c0MD52ORIGINALBLAFM 041220.pdfBLAFM 041220.pdfapplication/pdf809858https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/28142/1/BLAFM%20041220.pdf7e0ef2cea8fa9cf1786430c3653c326eMD51123456789/281422023-08-31 03:16:52.499QVVUT1JJWkHDh8ODTyBFIExJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBdXRvcml6byBlIGVzdG91IGRlIGFjb3JkbywgbmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBhdXRvLWRlcG9zaXRhZGEsIGNvbmZvcm1lIExlaSBuwrogOTYxMC85OCwgb3Mgc2VndWludGVzIHRlcm1vczoKIApEYSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2YSAKTyBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZTogCmEpIE8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0ZSB0ZXJtby4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuIApiKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0ZSB0ZXJtbywgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyB0cmFiYWxobyBlbnRyZWd1ZS4gCmMpIFNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCmQpIENvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBvIGRpcmVpdG8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgdHJhZHV6aXIsIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KZSkgVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgpmKSBWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKRG9zIEVtYmFyZ29zIGUgUmVzdHJpw6fDtWVzIGRlIEFjZXNzbwpPIGVtYmFyZ28gcG9kZXLDoSBzZXIgbWFudGlkbyBwb3IgYXTDqSAxICh1bSkgYW5vLCBwb2RlbmRvIHNlciBwcm9ycm9nYWRvIHBvciBpZ3VhbCBwZXLDrW9kbywgY29tIGEgbmVjZXNzaWRhZGUgZGUgYW5leGFyIGRvY3VtZW50b3MgY29tcHJvYmF0w7NyaW9zLiBPIHJlc3VtbyBlIG9zIG1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcyBzZXLDo28gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCLgpPIGRlcMOzc2l0byBkbyB0cmFiYWxobyDDqSBvYnJpZ2F0w7NyaW8sIGluZGVwZW5kZW50ZSBkbyBlbWJhcmdvLgpRdWFuZG8gZW1iYXJnYWRvLCBvIHRyYWJhbGhvIHBlcm1hbmVjZXLDoSBpbmRpc3BvbsOtdmVsIGVucXVhbnRvIHZpZ29yYXIgYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzLiBQYXNzYWRvIG8gcGVyw61vZG8gZG8gZW1iYXJnbywgbyB0cmFiYWxobyBzZXLDoSBhdXRvbWF0aWNhbWVudGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEIuIAo=Repositório InstitucionalPUB
dc.title.pt_BR.fl_str_mv MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOS
title MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOS
spellingShingle MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOS
MENDONÇA, BÁRBARA LETÍCIA ARAÚJO FERREIRA DE
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
Direito Internacional
Direitos Humanos - Mulhere
Conflitos Armados
International Law
Women´s Human Rights.
Armed Conflicts.
title_short MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOS
title_full MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOS
title_fullStr MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOS
title_full_unstemmed MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOS
title_sort MULHERES, PAZ E SEGURANÇA: UM OLHAR SOBRE O PLANO DE AÇÃO BRASILEIRO E A EFETIVAÇÃO DA TUTELA DOS DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES EM SITUAÇÃO DE CONFLITOS ARMADOS
author MENDONÇA, BÁRBARA LETÍCIA ARAÚJO FERREIRA DE
author_facet MENDONÇA, BÁRBARA LETÍCIA ARAÚJO FERREIRA DE
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Abrantes, Giorggia Petrucce Lacerda e Silva
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4116316852116492
dc.contributor.author.fl_str_mv MENDONÇA, BÁRBARA LETÍCIA ARAÚJO FERREIRA DE
contributor_str_mv Abrantes, Giorggia Petrucce Lacerda e Silva
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
topic CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
Direito Internacional
Direitos Humanos - Mulhere
Conflitos Armados
International Law
Women´s Human Rights.
Armed Conflicts.
dc.subject.por.fl_str_mv Direito Internacional
Direitos Humanos - Mulhere
Conflitos Armados
International Law
Women´s Human Rights.
Armed Conflicts.
description A presente monografia tem como cerne a investigação que se faz acerca do papel desempenhado pelo Brasil na implementação da agenda “Mulheres, Paz e Segurança” anunciada pela Organização das Nações Unidas e, particularmente, a análise relativa ao seu plano nacional de ação. A referida agenda foi criada como resposta à aprovação da Resolução nº 1.325/2000, que inaugurou o debate a respeito da promoção da igualdade de gênero em ações relacionadas à paz e à segurança internacionais, bem como fomenta o reconhecimento das mulheres como promotoras de efetivas ações enquanto agentes de transformação dos cenários de guerra. A discussão que norteia a tutela dos direitos humanos das mulheres indica a relevância jurídico- acadêmica e social do tema, de modo que é salutar o destaque das singularidades em que meninas e mulheres estão inseridas, principalmente aquelas sujeitas aos conflitos armados ainda sem solução de continuidade. O objetivo geral da pesquisa reside na investigação sobre a participação brasileira na implementação da referida agenda e a contribuição prestada à promoção da igualdade de gênero e proteção de mulheres e meninas submetidas à realidade de conflito, a fim de compreender os entraves presentes e as soluções cabíveis para a efetivação da Resolução nº 1.325/2000 e, mais especificamente, pretende-se: apresentar noções gerais acerca dos direitos humanos das mulheres; expor o histórico de criação da agenda MPS; avaliar o conteúdo e alcance do Plano Nacional de Ação sobre Mulheres, Paz e Segurança; e, finalmente, apontar os principais obstáculos enfrentados pelo Brasil diante da efetivação da dita agenda, bem como algumas soluções hábeis a promover o deslinde da questão. A pesquisa é de natureza jurídico-dogmática, uma vez que se propõe ao estudo das premissas atinentes à regulamentação jurídico-normativa da agenda MPS, à luz dos dispositivos internacionais, constitucionais e infraconstitucionais que regem a matéria; então, o trabalho foi dividido em três capítulos que tratarão, respectivamente: da tutela dos direitos humanos, principalmente, das mulheres; da exposição do conteúdo da agenda “Mulheres, Paz e Segurança”; e da análise do Plano de Ação Brasileiro. Destarte, recorre-se ao emprego do método de abordagem hipotético- dedutivo, perfazendo-se estudo crítico acerca dos posicionamentos doutrinários e das legislações internacionais e nacionais a respeito do tema, e ao uso de métodos de procedimento histórico, comparativo e interpretativo e da técnica de pesquisa bibliográfica e documental para coleta de dados, tendo como resultado que a adoção do PNA para implementação da agenda “Mulheres, Paz e Segurança” demonstra que o Brasil assumiu uma postura ativa, integrando o referido debate em âmbito doméstico e anuindo ao teor dos objetivos internacionais postos sobre a matéria; apesar disso, o plano nacional de ação brasileiro ainda não alcançou executabilidade prática e conclui-se, forçosamente, que o Brasil precisa tomar medidas para enfrentar os impasses estruturais postos diante deste mister, inclusive a partir da necessária retomada da presença brasileira nos debates do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a agenda “Mulheres, Paz e Segurança”.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-12-04
dc.date.available.fl_str_mv 2021-01-20
2023-08-30T12:49:15Z
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-30T12:49:15Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28142
url https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28142
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.references.pt_BR.fl_str_mv ACHESON, Ray. Womens, weapons and wars: a gendered critique of multilateral instruments. Women´s international league for peace & freedom. 2015. ALVES, J. E. D; Corrêa, S. Igualdade e desigualdade de gênero no Brasil: um panorama preliminar, 15 anos depois do Cairo. In: Seminário Brasil. Belo Horizonte: Abep. 2009. AGUIAR, Bruna Soares; PEREIRA, Matheus Ribeiro. O antifeminismo como backlash nos discursos do governo Bolsonaro. Revista de Discentes de Ciência Política da Universidade Federal de São Carlos. Volume 7, número 3. São Carlos: 2019. p. 8-35. BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 15. ed. São Paulo: Malheiros, 2004. BRASIL, Ministério da Defesa. Histórico da participação brasileira em missões da ONU. Disponível em: <https://www.gov.br/de0fesa/pt-br/assuntos/relacoes- internacionais/copy_of_missoes-de-paz/historico-da-participacao-brasileira-em-missoes-da- onu>. Acesso em: 25 nov. 2020. BRASIL, Ministério das Relações Exteriores. Plano Nacional de Ação sobre Mulheres, Paz e Segurança. Brasília: FUNAG, 2017. BRASIL. Constituição da república federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da República. Disponível em: https://bit.ly/30KJCsG. Acesso em: 21 out. 2020 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. 6ª ed. rev. Coimbra: Livraria Almeidina. 1993. Cf. BRASIL. Lei nº. 12.593 de 18 de janeiro de 2012 - Institui o Plano Plurianual da União para o período de 2012 a 2015. Disponível em: < https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/Anexos/anl12593.pdf>. Acesso em: 25 nov. 2020. COMITÉ INTERNACIONAL DE LA CRUZ ROJA. Responder a las necessidades de las mujeres afectadas por conflitos armados: Guía Práctica del CICR. Genebra, 2006. Dados coletados no observatório de Igualdade de Gênero da América Latina e do Caribe. Disponível em: < https://oig.cepal.org/pt/indicadores/feminicidio-ou- femicidio#:~:text=Informa%C3%A7%C3%B5es%20oficiais%20de%2015%20pa%C3%ADs es,feminic%C3%ADdio%20ou%20femic%C3%ADdio%20em%202018.>. Acesso em: 23 nov. 2020. DONADÍO, Marcela R. Engendering peacekeeping. The cases of Haiti and Democratic Republico of Congo: a gender and security analysis from a Latin American perspective. 1ª.ed. Buenos Aires: RESDAL, 2013. DONADIO, Marcela; RIAL, Juan. La agenda de mujer, paz e seguridade em el año de su revisión: la resolución 1325 em la esfera militar y policial. Buenos Aires: Red de Seguridad y Defensa de América Latina. 2015. DRUMOND, Paula; REBELO, Tamya. Implementando a agenda sobre “Mulheres, Paz e Segurança” no Brasil: uma revisão do Plano Nacional de Ação. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2018. 73 DRUMOND, Paula; REBELO, Tamya. Implementando a agenda sobre “Mulheres, Paz e Segurança” no Brasil: uma revisão do Plano Nacional de Ação. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2018. EL PAÍS, América Latina é a região mais letal para mulheres. Brasil. 2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/24/actualidad/1543075049_751281.html>. Acesso em: 23 nov. 2020. GIANNINI, Renata A. Construindo Planos Nacionais de Ação eficazes: coletânea de boas práticas. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé, 2016. GIANNINI, Renata Avelar e outros. A agenda sobre mulheres, paz e segurança no contexto latino-americano: desafios e oportunidades. Irio Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2018. p.1. GIANNINI, Renata Avelar; e outros. A agenda sobre mulheres, paz e segurança no contexto latino-americano. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2018. GIANNINI, Renata; LIMA, Mariana e outro. Implementing UNSC Resolution 1325 in Brazil: surmounting challenges and promoting equality. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2015. GIANNINI, Renata. Promover gênero e consolidar a paz: a experiência brasileira. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2014. HAMANN, Eduarda. A força de uma trajetória: O Brasil e as operações de paz da ONU (1948- 2015). Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2019. HAMANN, Eduarda; MIR, Wasim. É tempo de reengajar: o Brasil e as operações de manutenção da paz da ONU. Rio de Janeiro: Instituto Igarapé. 2019. LIMA, Antonio Teixeira. Guerra, paz e os corpos das mulheres: um olhar nativo sobre a conferência de Beijing. Brasília: IPEA. MAYANJA, Rachel. Les conflits armés et le femmes – La résolution 1325 du Conseil de sécurité: diz ans d´existence. Disponível em: < https://www.un.org/fr/chronicle/article/les- conflits-armes-et-le-femmes-la-resolution-1325-du-conseil-de-securite-dix-ans-dexistence>. Acesso em: 17. nov. 2020. MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de direito internacional público. 12. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019. MENGER, K; SERPA, R. Questão de gênero em conflitos: a violência contra a mulher como arma de guerra. In: UFRGSMUN Model United Nations. Conselho de Paz e Segurança da União Africana. Porto Alegre: UFRGSMUN Model United Nations, 2016. v. 4. P. 244-279. MIRANDA, C. M.; PARENTE, T. G. Plataforma de Ação de Pequim, avanços e entraves ao gender mainstreaming. OPSIS, Catalão – GO, v. 14, n. 1, p. 415 – 430, jan./jun. 2014. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1325. 2000. Disponível em: < http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_pazeseg/Mulheres_paz/1325-2000-PT.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1325. 2000. Disponível em: < https://www.gov.br/mre/pt-br/media/1325-2000-pt.pdf>. Acesso em: 19 de nov. de 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1820. 2008. Disponível em: < http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_pazeseg/Mulheres_paz/1820-2008-PT.pdf>. Acesso em: 18 nov.2020. 74 NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1888. 2009. Disponível em: < https://www.gov.br/mre/pt-br/media/1888-2009-pt.pdf>. Acesso em: 18 nov.2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1889. 2009. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/images/ed_pazeseg/Mulheres_paz/1889-2009-PT.pdf>. Acesso em: 18 nov.2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 1960. 2010. Disponível em: <https://www.gov.br/mre/pt-br/media/resolucao1960en.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2106. 2013. Disponível em: <https://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2013/12/resolucao_csnu.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2122. 2013. Disponível em: <https://www.gov.br/mre/pt-br/media/resolucao2122en.pdf>. Aceso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2242. 2015. Disponível em: <https://www.gov.br/mre/pt-br/media/2242-2015-pt.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2272. 2016. Disponível em: <https://www.un.org/press/en/2016/sc12277.doc.htm>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS, Conselho de Segurança. Resolução 2467. 2019. Disponível em: <https://undocs.org/en/S/RES/2467(2019)>. Acesso em: 18 nov. 2020. NAÇÕES UNIDAS. Carta das Nações Unidas. São Francisco: Nações Unidas, 1945. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D19841.htm. Acesso em: 24 set. Art. 1º, III. NGO WORKING GROUP ON WOMEN, PEACE AND SECURITY. From Local to Global: making peace work for women. Nova York. 2005. ONU FEMMES. Conférences mondiales sur les femme. Disponível em: <https://www.unwomen.org/fr/how-we-work/intergovernmental-support/world-conferences- on- women#:~:text=La%20D%C3%A9claration%20et%20le%20Programme,mati%C3%A8re%2 0d'%C3%A9galit%C3%A9%20des%20sexes>. Acesso em: 05 nov. 2020 PANKHURST, Donna. Why does the Security Council have few teeth? A reflection on women and armed conflict 20 years after Beijing 1995. UNRISD. 2015. Disponível em: <https://www.unrisd.org/beijing+20-pankhurst>. Acesso em: 05 nov. 2020. PEACE WOMEN, WPS Implementation. National- Level Implementation. Disponível em: < https://www.peacewomen.org/member-states>. Acesso em: 19 nov. 2020. PIOVESAN, Flávia. A proteção internacional dos direitos humanos das mulheres. Cadernos Jurídicos, São Paulo, ano 15, nº 38, p. 21-34, jan./abr. 2014. PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e direito constitucional internacional. 14. ed, rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2013. PIOVESAN, Flávia. Temas de direitos humanos. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. PORTELLA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito internacional público e privado: incluindo noções de direitos humanos e direito comunitário. 12. ed. Salvador: JusPODIVM, 2020. RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2014. 75 REVISTA ÉPOCA. Brasil paga dívida com ONU e banco do Brics. Disponível em: < https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2019/12/brasil-paga-divida-com-onu-e-banco- do- brics.html#:~:text=Governo%20vai%20pagar%20d%C3%ADvidas%20que%20somam%20R %24%201%2C815%20bilh%C3%A3o&text=O%20governo%20federal%20pagar%C3%A1 %20d%C3%ADvidas,at%C3%A9%20o%20fim%20do%20ano.>. Acesso em: 27 nov. 2020. SANTOS, Boaventura de Souza apud PIOVESAN, Flávia. A proteção internacional dos direitos humanos das mulheres. Cadernos Jurídicos, São Paulo, ano 15, nº 38, p. 21-34, jan./abr. 2014. SARDENBERG, Ronaldo Mota. O Brasil e as Nações Unidas. Brasília: FUNAG. 2013. SCHWETHER, Natália Diniz. Mulheres, paz e segurança na América do Sul: o processo de implementação de uma agenda chave. Revista Conjuntura Austral. 2020. Disponível em: <https://www.seer.ufrgs.br/ConjunturaAustral/article/view/103179/59164>. Acesso em: 23 nov. 2020. SIDNEY, Giovanna Monteiro. The productive power of women, peace and security in Brazil: a militarizing, gendering and othering National Action Plan. CEU eTD Collection. Budapeste: 2018. UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Parliaments as partners supporting the Women Peace and Security Agenda. Oslo. 2019. UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Parliaments as partners supporting the Women Peace and Security Agenda. Oslo. 2019. UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Parliaments as partners supporting the Women Peace and Security Agenda. Oslo. 2019. UNITED NATIONS, Women. Preventing conflict transforming justice securing the peace: a global study on the implementation of United Nations Security Council resolution 1325. Nova York: 2015. UNWOMEN. The United Nations fourth world conference on women - Beijing, China - september 1995: Action for equality, development and peace. Disponível em: <https://www.un.org/womenwatch/daw/beijing/platform/armed.htm> Acesso em: 05 nov. 2020. VETTORASSI, Andréa; OLIVEIRA, Dijaci David de; BENEVIDES, Rubens de Freitas. Direitos Humanos no Brasil: os ataques às humanidades no governo Bolsonaro. Revista Humanidades e Inovação v.7, n-20. 2020. p. 408.
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Paraíba
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPB
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Ciências Jurídicas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal da Paraíba
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPB
instname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
instacron:UFPB
instname_str Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
instacron_str UFPB
institution UFPB
reponame_str Repositório Institucional da UFPB
collection Repositório Institucional da UFPB
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/28142/3/BLAFM%20041220.pdf.txt
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/28142/2/license.txt
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/28142/1/BLAFM%20041220.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv c68f374808e1209f746dec6c3ecedff3
e20ac18e101915e6935b82a641b985c0
7e0ef2cea8fa9cf1786430c3653c326e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1777562305198817280