La variedad lingüística en clases de ele : análisis del punto de vista de profesores y libros didácticos adoptados en escuelas públicas de paraíba

• Autor(a) principal: Gomes, Maria Helena Pereira
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28398
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS; Livro didático; Variação linguística; spanhol como língua estrangeira

Dentro do cenário do ensino de Espanhol como Língua Estrangeira (ELE) no Brasil, especificamente, uma questão muito discutida é a de como a variação linguística é abordada nas aulas de ELE e qual variedade o professor deve ensinar aos alunos. Paraquett (2012) e Moreno Fernández (2010) apontam que a variedade peninsular continua predominando, tanto em materiais didáticos como no processo de ensino-aprendizagem, pois é considerada como “pura”, “original”. O Brasil está localizado na América, cercado de países hispanohablantes e, por isso, essa não deveria ser a única variedade utilizada no país. Este Trabalho de Conclusão de Curso busca contribuir para as áreas da Sociolinguística e da Linguística Aplicada, portanto, propõe uma pesquisa bibliográfica sob o aporte teórico de estudiosos como Ponte (2010), Teixeira (2011), Sousa (2013) com o objetivo de apresentar conceitos sobre o livro didático (LD) e traçar um breve panorama sobre os programas criados no Brasil. Além disso, definir variação linguística, os tipos de variedades e a partir de quando começou a aparecer nos materiais didáticos adotados no Brasil. O corpus da pesquisa consistiu na aplicação e análise de um questionário qualitativo respondido por dezessete professores de ELE da Paraíba e análise da primeira unidade do primeiro volume de dois dos livros didáticos (Cercanía Joven e Sentidos en Lengua Española) selecionados pelo PNLD e utilizados na rede pública. Os resultados obtidos mostram que todos os docentes consideram importante trabalhar a variação linguística, ainda que a opinião de alguns demonstre que não conseguem reconhecê-la e apresentam respostas genéricas. No que se refere aos dois livros analisados, conclui-se que expõem bastante material relacionado à Hispanoamérica e, inclusive, a Guiné Equatorial, pertencente ao continente africano, há muitos aspectos relacionados à variedade diatópica. Por mais que os dois livros mostrem escritores, cantores (artistas em geral) poderiam demonstrar a língua em uso como, por exemplo, diálogos entre pessoas de diferentes lugares e de diferentes âmbitos/contextos sociais. Apesar disso, não é possível negar que estão muito bem elaborados e não focam somente na variedade peninsular, este quadro está mudando com o passar do tempo e isto é um ponto muito positivo.