“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoense
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25511 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo analisar os movimentos de reafricanização do candomblé de João Pessoa, na Paraíba, a partir do discurso da ialorixá Mãe Renilda Bezerra de Albuquerque. Entende-se por movimentos de reafricanização as tentativas das comunidades afrodescendentes de retomarem os valores africanos para resgatarem ou construírem tradições que expressem a particularidade de uma identidade negro-orientada. A tradição dos estudos sobre o tema tem demonstrado que os terreiros reafricanizados promovem, através de modificações no culto, uma maior aproximação com o modelo religioso africano contemporâneo, mas pontuam também que esse movimento não se dá de forma absoluta, mesmo quando os envolvidos nessa busca acreditam em uma pureza ritual. Cada grupo possui uma especificidade e uma forma diferente de processar esses diálogos com o continente africano e se, por um lado, há muitos trabalhos sobre o tema, por outro, a forma como o fenômeno acontece no campo religioso afro-paraibano tem sido pouco explorada. Assim, esta pesquisa tem uma perspectiva empírica e realizou-se com base na análise de documentos sobre a ialorixá disponíveis na internet e de dados recolhidos no campo. Os resultados alcançados apontam para uma reafricanização no terreiro investigado, baseada na concepção de força ritual (quanto mais perto dos rituais africanos, mais forte e mais legítimo é o culto), na descatolização (rejeição ao sincretismo com uma religião de origem colonial e hegemônica) e em um discurso anticolonial associado a uma estratégia política de luta por reconhecimento e de marcação das diferenças. |
id |
UFPB-2_ed98f0db7c5cf6ef39d8eadf2fbf3678 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpb.br:123456789/25511 |
network_acronym_str |
UFPB-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPB |
repository_id_str |
|
spelling |
2022-11-28T18:18:00Z2022-09-272022-11-28T18:18:00Z2021-08-31https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25511Este trabalho tem por objetivo analisar os movimentos de reafricanização do candomblé de João Pessoa, na Paraíba, a partir do discurso da ialorixá Mãe Renilda Bezerra de Albuquerque. Entende-se por movimentos de reafricanização as tentativas das comunidades afrodescendentes de retomarem os valores africanos para resgatarem ou construírem tradições que expressem a particularidade de uma identidade negro-orientada. A tradição dos estudos sobre o tema tem demonstrado que os terreiros reafricanizados promovem, através de modificações no culto, uma maior aproximação com o modelo religioso africano contemporâneo, mas pontuam também que esse movimento não se dá de forma absoluta, mesmo quando os envolvidos nessa busca acreditam em uma pureza ritual. Cada grupo possui uma especificidade e uma forma diferente de processar esses diálogos com o continente africano e se, por um lado, há muitos trabalhos sobre o tema, por outro, a forma como o fenômeno acontece no campo religioso afro-paraibano tem sido pouco explorada. Assim, esta pesquisa tem uma perspectiva empírica e realizou-se com base na análise de documentos sobre a ialorixá disponíveis na internet e de dados recolhidos no campo. Os resultados alcançados apontam para uma reafricanização no terreiro investigado, baseada na concepção de força ritual (quanto mais perto dos rituais africanos, mais forte e mais legítimo é o culto), na descatolização (rejeição ao sincretismo com uma religião de origem colonial e hegemônica) e em um discurso anticolonial associado a uma estratégia política de luta por reconhecimento e de marcação das diferenças.This work aims to analyze the re-Africanization movements of candomblé in João Pessoa, in Paraíba, from the discourse of the ialorixá Mãe Renilda Bezerra de Albuquerque. Reafricanization movements are understood as the attempts of Afro-descendant communities to retake African values to rescue or build traditions that express the particularity of a black-oriented identity. The tradition of studies on the subject has shown that the Reafricanized temples promote, through changes in their worship, a greater approximation with the contemporary African religious model, but they also point out that this movement does not take place in an absolute way, even when those involved in this quest believe in a ritual purity. Each group has a specificity and a different way of processing these dialogues with the African continent, and if, on the one hand, there are many works on the subject, on the other hand, the way in which the phenomenon occurs in the Afro-Paraíba religious field has been little explored. Thus, this research has an empirical perspective and was carried out based on the analysis of documents about the ialorixá available on the internet and data collected in the field. The results achieved point to a re-Africanization in the investigated temple, based on the concept of ritual force (the closer to African rituals, the stronger and more legitimate the cult), on de-Catholicization (rejection of syncretism with a religion of colonial and hegemonic origin) and in an anti-colonial discourse associated with a political strategy of struggle for recognition and the marking of differences.Submitted by Fernando Augusto Alves Vieira (fernandovieira@biblioteca.ufpb.br) on 2022-11-09T10:57:24Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) BárbaraLunaDeAraújo_Tese.pdf: 2340858 bytes, checksum: e77ecd301c73995dee288a55df5a5518 (MD5)Approved for entry into archive by Biblioteca Digital de Teses e Dissertações BDTD (bdtd@biblioteca.ufpb.br) on 2022-11-28T18:18:00Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) BárbaraLunaDeAraújo_Tese.pdf: 2340858 bytes, checksum: e77ecd301c73995dee288a55df5a5518 (MD5)Made available in DSpace on 2022-11-28T18:18:00Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) BárbaraLunaDeAraújo_Tese.pdf: 2340858 bytes, checksum: e77ecd301c73995dee288a55df5a5518 (MD5) Previous issue date: 2021-08-31Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal da ParaíbaPrograma de Pós-Graduação em SociologiaUFPBBrasilSociologiaAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIACandombléLuta por reconhecimentoReafricanizaçãoFight for recognitionRe-africanization“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoenseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisMatos, Teresa Cristina Furtadohttp://lattes.cnpq.br/659768702527570004526618462http://lattes.cnpq.br/6488403897334344Araújo, Bárbara Luna dereponame:Repositório Institucional da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBTEXTBárbaraLunaDeAraújo_Tese.pdf.txtBárbaraLunaDeAraújo_Tese.pdf.txtExtracted texttext/plain365896https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25511/4/B%c3%a1rbaraLunaDeAra%c3%bajo_Tese.pdf.txt9bf0e2672c073e34295b38303d15e7c1MD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82390https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25511/3/license.txte20ac18e101915e6935b82a641b985c0MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25511/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52ORIGINALBárbaraLunaDeAraújo_Tese.pdfBárbaraLunaDeAraújo_Tese.pdfapplication/pdf2340858https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25511/1/B%c3%a1rbaraLunaDeAra%c3%bajo_Tese.pdfe77ecd301c73995dee288a55df5a5518MD51123456789/255112023-05-22 14:23:17.829QVVUT1JJWkHDh8ODTyBFIExJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBdXRvcml6byBlIGVzdG91IGRlIGFjb3JkbywgbmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBhdXRvLWRlcG9zaXRhZGEsIGNvbmZvcm1lIExlaSBuwrogOTYxMC85OCwgb3Mgc2VndWludGVzIHRlcm1vczoKIApEYSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2YSAKTyBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZTogCmEpIE8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0ZSB0ZXJtby4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuIApiKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0ZSB0ZXJtbywgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyB0cmFiYWxobyBlbnRyZWd1ZS4gCmMpIFNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCmQpIENvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBvIGRpcmVpdG8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgdHJhZHV6aXIsIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KZSkgVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgpmKSBWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKRG9zIEVtYmFyZ29zIGUgUmVzdHJpw6fDtWVzIGRlIEFjZXNzbwpPIGVtYmFyZ28gcG9kZXLDoSBzZXIgbWFudGlkbyBwb3IgYXTDqSAxICh1bSkgYW5vLCBwb2RlbmRvIHNlciBwcm9ycm9nYWRvIHBvciBpZ3VhbCBwZXLDrW9kbywgY29tIGEgbmVjZXNzaWRhZGUgZGUgYW5leGFyIGRvY3VtZW50b3MgY29tcHJvYmF0w7NyaW9zLiBPIHJlc3VtbyBlIG9zIG1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcyBzZXLDo28gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCLgpPIGRlcMOzc2l0byBkbyB0cmFiYWxobyDDqSBvYnJpZ2F0w7NyaW8sIGluZGVwZW5kZW50ZSBkbyBlbWJhcmdvLgpRdWFuZG8gZW1iYXJnYWRvLCBvIHRyYWJhbGhvIHBlcm1hbmVjZXLDoSBpbmRpc3BvbsOtdmVsIGVucXVhbnRvIHZpZ29yYXIgYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzLiBQYXNzYWRvIG8gcGVyw61vZG8gZG8gZW1iYXJnbywgbyB0cmFiYWxobyBzZXLDoSBhdXRvbWF0aWNhbWVudGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEIuIAo=Repositório InstitucionalPUB |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoense |
title |
“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoense |
spellingShingle |
“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoense Araújo, Bárbara Luna de CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA Candomblé Luta por reconhecimento Reafricanização Fight for recognition Re-africanization |
title_short |
“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoense |
title_full |
“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoense |
title_fullStr |
“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoense |
title_full_unstemmed |
“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoense |
title_sort |
“Jeje não é água, Jeje é raíz que estronda”: reafricanização e luta por reconhecimento no discurso de uma Ialorixá pessoense |
author |
Araújo, Bárbara Luna de |
author_facet |
Araújo, Bárbara Luna de |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Matos, Teresa Cristina Furtado |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6597687025275700 |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
04526618462 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6488403897334344 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Araújo, Bárbara Luna de |
contributor_str_mv |
Matos, Teresa Cristina Furtado |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA Candomblé Luta por reconhecimento Reafricanização Fight for recognition Re-africanization |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Candomblé Luta por reconhecimento Reafricanização Fight for recognition Re-africanization |
description |
Este trabalho tem por objetivo analisar os movimentos de reafricanização do candomblé de João Pessoa, na Paraíba, a partir do discurso da ialorixá Mãe Renilda Bezerra de Albuquerque. Entende-se por movimentos de reafricanização as tentativas das comunidades afrodescendentes de retomarem os valores africanos para resgatarem ou construírem tradições que expressem a particularidade de uma identidade negro-orientada. A tradição dos estudos sobre o tema tem demonstrado que os terreiros reafricanizados promovem, através de modificações no culto, uma maior aproximação com o modelo religioso africano contemporâneo, mas pontuam também que esse movimento não se dá de forma absoluta, mesmo quando os envolvidos nessa busca acreditam em uma pureza ritual. Cada grupo possui uma especificidade e uma forma diferente de processar esses diálogos com o continente africano e se, por um lado, há muitos trabalhos sobre o tema, por outro, a forma como o fenômeno acontece no campo religioso afro-paraibano tem sido pouco explorada. Assim, esta pesquisa tem uma perspectiva empírica e realizou-se com base na análise de documentos sobre a ialorixá disponíveis na internet e de dados recolhidos no campo. Os resultados alcançados apontam para uma reafricanização no terreiro investigado, baseada na concepção de força ritual (quanto mais perto dos rituais africanos, mais forte e mais legítimo é o culto), na descatolização (rejeição ao sincretismo com uma religião de origem colonial e hegemônica) e em um discurso anticolonial associado a uma estratégia política de luta por reconhecimento e de marcação das diferenças. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-08-31 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-11-28T18:18:00Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-09-27 2022-11-28T18:18:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25511 |
url |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/25511 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Paraíba |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPB |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Sociologia |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Paraíba |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPB instname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB) instacron:UFPB |
instname_str |
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) |
instacron_str |
UFPB |
institution |
UFPB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPB |
collection |
Repositório Institucional da UFPB |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25511/4/B%c3%a1rbaraLunaDeAra%c3%bajo_Tese.pdf.txt https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25511/3/license.txt https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25511/2/license_rdf https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/25511/1/B%c3%a1rbaraLunaDeAra%c3%bajo_Tese.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
9bf0e2672c073e34295b38303d15e7c1 e20ac18e101915e6935b82a641b985c0 c4c98de35c20c53220c07884f4def27c e77ecd301c73995dee288a55df5a5518 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1777562273226686464 |