HISTÓRIAS DE LUTA CONVERTIDAS EM SABERES DE RESISTÊNCIA NA CONSTITUIÇÃO DE IDENTIDADES QUILOMBOLAS EM PALMAS
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Caderno de Letras (Pelotas. Online) |
Texto Completo: | http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/view/20748 |
Resumo: | Este artigo tematiza e discute o que nos ensina a comunidade quilombola de Palmas a partir de narrativas sobre a sua constituição. Assumimos uma abordagem de pesquisa de cunho qualitativo (CHIZOTTI, 2006) e a perspectiva da Linguística Aplicada indisciplinar (MOITA LOPES, 1998, 2008; CAVALCANTI, 1986, 2008). Como percurso metodológico para a geração de dados, utilizamos a pesquisa narrativa, seguindo as orientações de Clandinin e Connelly (2015), Toledo, Soligo e Simas (2014) e Jovchelovitch e Bauer (2015), além de dados documentais para expandir as narrativas dos participantes. Para compreender o contexto da constituição das comunidades quilombolas no país, apoiamo-nos em Moura (2001), Munanga (2001) e Maestri (2001); para o conceito de identidade, identidade cultural e diáspora, em Hall (2003, 2005); Munanga (1994, 2006) e Gomes (2005). Os resultados da pesquisa mostram que as identidades quilombolas estão em construção em meio a conflitos e disputas territoriais narrados em histórias de luta que têm como pano de fundo as políticas públicas de reconhecimento dos quilombos. Ao serem contadas e recontadas, essas narrativas convertem-se em saberes que sustentam a necessidade de auto-reconhecimento e auto-definição, pois o ato de se reconhecer e se determinar quilombola e a organização comunitária são estruturantes da postura de resistência assumida. Ao reconhecerem e renarrarem a luta, os participantes da pesquisa constituem saberes que proporcionam o conhecimento de si, denominados nesta pesquisa de saberes de resistência. Ao narrarem suas trajetórias de luta pela terra, os participantes se reconhecem como quilombolas e nos colocam diante da potente fluidez de identidades forjadas pela (des)invisibilização da história do povo negro. |
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HISTÓRIAS DE LUTA CONVERTIDAS EM SABERES DE RESISTÊNCIA NA CONSTITUIÇÃO DE IDENTIDADES QUILOMBOLAS EM PALMASComunidade quilombola de Palmas; Saberes de resistência; Pesquisa narrativa.Este artigo tematiza e discute o que nos ensina a comunidade quilombola de Palmas a partir de narrativas sobre a sua constituição. Assumimos uma abordagem de pesquisa de cunho qualitativo (CHIZOTTI, 2006) e a perspectiva da Linguística Aplicada indisciplinar (MOITA LOPES, 1998, 2008; CAVALCANTI, 1986, 2008). Como percurso metodológico para a geração de dados, utilizamos a pesquisa narrativa, seguindo as orientações de Clandinin e Connelly (2015), Toledo, Soligo e Simas (2014) e Jovchelovitch e Bauer (2015), além de dados documentais para expandir as narrativas dos participantes. Para compreender o contexto da constituição das comunidades quilombolas no país, apoiamo-nos em Moura (2001), Munanga (2001) e Maestri (2001); para o conceito de identidade, identidade cultural e diáspora, em Hall (2003, 2005); Munanga (1994, 2006) e Gomes (2005). Os resultados da pesquisa mostram que as identidades quilombolas estão em construção em meio a conflitos e disputas territoriais narrados em histórias de luta que têm como pano de fundo as políticas públicas de reconhecimento dos quilombos. Ao serem contadas e recontadas, essas narrativas convertem-se em saberes que sustentam a necessidade de auto-reconhecimento e auto-definição, pois o ato de se reconhecer e se determinar quilombola e a organização comunitária são estruturantes da postura de resistência assumida. Ao reconhecerem e renarrarem a luta, os participantes da pesquisa constituem saberes que proporcionam o conhecimento de si, denominados nesta pesquisa de saberes de resistência. Ao narrarem suas trajetórias de luta pela terra, os participantes se reconhecem como quilombolas e nos colocam diante da potente fluidez de identidades forjadas pela (des)invisibilização da história do povo negro.Universidade Federal de PelotasJacinto, Luís César RodriguesDornelles, Clara2021-09-08info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/view/2074810.15210/cdl.v0i40.20748Caderno de Letras; n. 40 (2021): LINGUAGEM, NARRATIVAS E SUBJETIVIDADES; 59-762358-14090102-957610.15210/cdl.v0i40reponame:Caderno de Letras (Pelotas. Online)instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELporhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/view/20748/13482http://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/article/downloadSuppFile/20748/12891Direitos autorais 2021 Luís César Rodrigues Jacinto, Clara Dornelleshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccess2021-09-08T22:13:40Zoai:ojs.10.0.0.224:article/20748Revistahttps://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/indexPUBhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/cadernodeletras/oaicadernodeletras@ufpel.edu.br||cadernodeletras@ufpel.edu.br|| hjcribeiro@gmail.com|| fonseca.claudialorena@gmail.com2358-14090102-9576opendoar:2021-09-08T22:13:40Caderno de Letras (Pelotas. Online) - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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