Adaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18351 |
Resumo: | Espécies vegetais que ocorrem na Caatinga estão submetidas ao clima semiárido que se caracteriza por altas temperaturas, baixa precipitação e elevadas taxas de transpiração, que favoreceram o desenvolvimento de adaptações morfoanatômicas, ecológicas e fisiológicas. Esse ambiente xérico abriga inúmeras plantas conhecidas como xerófitas, cujos caracteres xeromórficos estão envolvidos principalmente com o estresse hídrico. Na maioria das vezes, o estrato herbáceo, considerado efêmero, é negligenciado quanto à sua investigação em detrimento das espécies que se mantém na paisagem, como as arbustivas e arbóreas, tendo sua biologia pouco explorada e consequentemente pouco compreendida quanto às estratégias de sobrevivência em ambientes xéricos como a caatinga. Assim, esse trabalho objetivou caracterizar morfoanatomicamente espécies de herbáceas identificando caracteres adaptativos típicos e como estes podem ser influenciados pela dificuldade de obtenção de água motivada pela distância do curso de água em três áreas classificadas em: AA-curso de água ausente, AT-curso de água temporário, AP-curso de água permanente. As espécies estudadas apresentaram características xeromórficas típicas, as quais conferem vantagem adaptativa em ambientes semiáridos, tais como a presença de: cutícula espessa, parênquima paliçádico com várias camadas incluindo mesofilo isobilateral, um indumento denso marcado pela presença de muitos tricomas, cristais de oxalato de cálcio, aumento da região cortical radicular, variações na atividade cambial e densidade de elementos de vaso e fibras xilemáticas. O índice de plasticidade fenotípica apresentou maiores valores para as espécies perenes indicando ajustamento às condições ambientais. Entretanto, os caracteres xeromórficos sofrem poucas alterações significativas nas diferentes áreas estudadas, porém, esses parâmetros foram relevantes para compreender o comportamento das herbáceas no ambiente e podem servir de base para novos estudos envolvendo herbáceas e xerófitas de modo geral. No mais, aspectos como variações cambiais associados à ultraestrutura de organelas e parede celular de tecidos distintos, pode ser a chave para a compreensão de respostas à disponibilidade hídrica nas áreas aqui estudadas. |
id |
UFPE_0148738ddc8d161d678d9f1808801865 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18351 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
SILVA, Silvia Roberta Santoshttp://lattes.cnpq.br/1099707946134806http://lattes.cnpq.br/7698129210233812ARRUDA, Emília Cristina Pereira deALMEIDA-CORTEZ, Jarcilene Silva de2017-02-21T14:28:20Z2017-02-21T14:28:20Z2016-02-29https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18351Espécies vegetais que ocorrem na Caatinga estão submetidas ao clima semiárido que se caracteriza por altas temperaturas, baixa precipitação e elevadas taxas de transpiração, que favoreceram o desenvolvimento de adaptações morfoanatômicas, ecológicas e fisiológicas. Esse ambiente xérico abriga inúmeras plantas conhecidas como xerófitas, cujos caracteres xeromórficos estão envolvidos principalmente com o estresse hídrico. Na maioria das vezes, o estrato herbáceo, considerado efêmero, é negligenciado quanto à sua investigação em detrimento das espécies que se mantém na paisagem, como as arbustivas e arbóreas, tendo sua biologia pouco explorada e consequentemente pouco compreendida quanto às estratégias de sobrevivência em ambientes xéricos como a caatinga. Assim, esse trabalho objetivou caracterizar morfoanatomicamente espécies de herbáceas identificando caracteres adaptativos típicos e como estes podem ser influenciados pela dificuldade de obtenção de água motivada pela distância do curso de água em três áreas classificadas em: AA-curso de água ausente, AT-curso de água temporário, AP-curso de água permanente. As espécies estudadas apresentaram características xeromórficas típicas, as quais conferem vantagem adaptativa em ambientes semiáridos, tais como a presença de: cutícula espessa, parênquima paliçádico com várias camadas incluindo mesofilo isobilateral, um indumento denso marcado pela presença de muitos tricomas, cristais de oxalato de cálcio, aumento da região cortical radicular, variações na atividade cambial e densidade de elementos de vaso e fibras xilemáticas. O índice de plasticidade fenotípica apresentou maiores valores para as espécies perenes indicando ajustamento às condições ambientais. Entretanto, os caracteres xeromórficos sofrem poucas alterações significativas nas diferentes áreas estudadas, porém, esses parâmetros foram relevantes para compreender o comportamento das herbáceas no ambiente e podem servir de base para novos estudos envolvendo herbáceas e xerófitas de modo geral. No mais, aspectos como variações cambiais associados à ultraestrutura de organelas e parede celular de tecidos distintos, pode ser a chave para a compreensão de respostas à disponibilidade hídrica nas áreas aqui estudadas.CAPESPlant species that occur in the Caatinga are subject to the semiarid climate characterized by high temperatures, low rainfall and high transpiration rates, which favored the development of morphoanatomic, ecological and physiological adaptations. This xeric environment covers numerous plants known as xerophytes, whose xeromorphic characters are mainly involved with water stress. In most cases, the herbaceous stratum, considered ephemeral, is neglected as its research to the detriment of species that remains in the landscape, such as shrub and tree, with its unspoilt biology and therefore little understood about the survival strategies in environments xeric such as Caatinga. So, This study aimed to feature morphological and anatomically herbaceous species identifying typical adaptive characters and how these can be influenced by the difficulty of obtaining water driven by the distance of the watercourse in three areas classified as: AA – no water course, AT- temporary water course and AP-permanent water course. The species present typical xeromorphic characteristics which confer adaptive advantage in semi-arid environments, such as the presence of: a thick cuticle, palisade parenchyma with multiple layers including isobilateral mesophyll, a dense indumentum marked by the presence of many trichomes, calcium oxalate crystals, increased root cortical region, variations in foreign exchange activity and density of vessel elements and xylem fiber. The phenotypic plasticity index shows higher values for perennial species indicating adjustment to environmental conditions. However, xeromorphic characters suffer few significant changes in the different areas studied, however, these parameters are relevant to understanding the behavior of herbaceous on the environment and provide the basis for new studies involving herbaceous and in general xerophytes. Therefore, aspects such as currency fluctuations associated with ultra organelles structure and cell wall distinct tissues, may hold the key to understanding responses to water availability in the areas studied here.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessanatomiaCaatingaxerófitashistoquímicaescassez hídricaanatomyCaatingaxerophyteshistochemistrywater deficitAdaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILSILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf.jpgSILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1163https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/5/SILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf.jpgc29cee4733d56679ee6bcff8a4de82f3MD55ORIGINALSILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdfSILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdfapplication/pdf1500355https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/1/SILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf1e02b5fad9ccef21b9e9af2f593d567cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTSILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf.txtSILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf.txtExtracted texttext/plain142738https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/4/SILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf.txt20ca4a24fd4629b3b8352f6926ae9f16MD54123456789/183512019-10-26 02:42:21.783oai:repositorio.ufpe.br:123456789/18351TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T05:42:21Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Adaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricas |
title |
Adaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricas |
spellingShingle |
Adaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricas SILVA, Silvia Roberta Santos anatomia Caatinga xerófitas histoquímica escassez hídrica anatomy Caatinga xerophytes histochemistry water deficit |
title_short |
Adaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricas |
title_full |
Adaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricas |
title_fullStr |
Adaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricas |
title_full_unstemmed |
Adaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricas |
title_sort |
Adaptações morfoanatômicas de herbáceas em resposta a condições xéricas |
author |
SILVA, Silvia Roberta Santos |
author_facet |
SILVA, Silvia Roberta Santos |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1099707946134806 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7698129210233812 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SILVA, Silvia Roberta Santos |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
ARRUDA, Emília Cristina Pereira de |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
ALMEIDA-CORTEZ, Jarcilene Silva de |
contributor_str_mv |
ARRUDA, Emília Cristina Pereira de ALMEIDA-CORTEZ, Jarcilene Silva de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
anatomia Caatinga xerófitas histoquímica escassez hídrica anatomy Caatinga xerophytes histochemistry water deficit |
topic |
anatomia Caatinga xerófitas histoquímica escassez hídrica anatomy Caatinga xerophytes histochemistry water deficit |
description |
Espécies vegetais que ocorrem na Caatinga estão submetidas ao clima semiárido que se caracteriza por altas temperaturas, baixa precipitação e elevadas taxas de transpiração, que favoreceram o desenvolvimento de adaptações morfoanatômicas, ecológicas e fisiológicas. Esse ambiente xérico abriga inúmeras plantas conhecidas como xerófitas, cujos caracteres xeromórficos estão envolvidos principalmente com o estresse hídrico. Na maioria das vezes, o estrato herbáceo, considerado efêmero, é negligenciado quanto à sua investigação em detrimento das espécies que se mantém na paisagem, como as arbustivas e arbóreas, tendo sua biologia pouco explorada e consequentemente pouco compreendida quanto às estratégias de sobrevivência em ambientes xéricos como a caatinga. Assim, esse trabalho objetivou caracterizar morfoanatomicamente espécies de herbáceas identificando caracteres adaptativos típicos e como estes podem ser influenciados pela dificuldade de obtenção de água motivada pela distância do curso de água em três áreas classificadas em: AA-curso de água ausente, AT-curso de água temporário, AP-curso de água permanente. As espécies estudadas apresentaram características xeromórficas típicas, as quais conferem vantagem adaptativa em ambientes semiáridos, tais como a presença de: cutícula espessa, parênquima paliçádico com várias camadas incluindo mesofilo isobilateral, um indumento denso marcado pela presença de muitos tricomas, cristais de oxalato de cálcio, aumento da região cortical radicular, variações na atividade cambial e densidade de elementos de vaso e fibras xilemáticas. O índice de plasticidade fenotípica apresentou maiores valores para as espécies perenes indicando ajustamento às condições ambientais. Entretanto, os caracteres xeromórficos sofrem poucas alterações significativas nas diferentes áreas estudadas, porém, esses parâmetros foram relevantes para compreender o comportamento das herbáceas no ambiente e podem servir de base para novos estudos envolvendo herbáceas e xerófitas de modo geral. No mais, aspectos como variações cambiais associados à ultraestrutura de organelas e parede celular de tecidos distintos, pode ser a chave para a compreensão de respostas à disponibilidade hídrica nas áreas aqui estudadas. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-02-29 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2017-02-21T14:28:20Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2017-02-21T14:28:20Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18351 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18351 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/5/SILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/1/SILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18351/4/SILVIA_ROBERTA_SANTOS.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
c29cee4733d56679ee6bcff8a4de82f3 1e02b5fad9ccef21b9e9af2f593d567c 66e71c371cc565284e70f40736c94386 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 20ca4a24fd4629b3b8352f6926ae9f16 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310885756108800 |