Relação entre estado nutricional e funcionalidade em crianças com paralisia cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: BEZERRA, Pollyanna Brandão
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25032
Resumo: Crianças com paralisia cerebral (PC) sofrem lesão no sistema nervoso central em desenvolvimento, o que provoca alterações no movimento e na postura. Estes comprometimentos provocam repercussões na aquisição de habilidades que é essencial para o desempenho de atividades funcionais. A funcionalidade é uma condição complexa resultante da combinação de aspectos pessoais e contextuais, e pode está relacionada ao estado nutricional. Por esse motivo, compreender de que maneira a funcionalidade está relacionada ao estado nutricional é relevante para o direcionamento do tratamento desta população. O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre estado nutricional e funcionalidade em crianças com paralisia cerebral entre três e sete anos de idade. Trata-se de um estudo do tipo série de casos, realizado no período de janeiro a agosto de 2016, na Associação de Assistência à Criança Deficiente, na Fundação Giacomo e Lucia Perrone e no ambulatório de Fisioterapia do Hospital das Clínicas/UFPE. Participaram 53 crianças com diagnóstico de PC, entre três e sete anos de idade, níveis de comprometimento motor leve e moderado classificados pelo Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), matriculadas nos programas de reabilitação regular há pelo menos seis meses. A avaliação do estado nutricional foi realizada através de antropometria e bioimpedância elétrica, e para avaliação da funcionalidade foi aplicado o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Entre as 53 crianças avaliadas, a maior parte era do sexo masculino (60,4%) e com idade entre 3 e 4 anos (69,8%). Os participantes classificados com comprometimento motor leve foram mais altos (p=0,01), com maior percentual de massa magra (p=0,04) e de água corporal total (p=0,04) quando comparadas às crianças com comprometimento moderado, e o inverso ocorreu com o percentual de gordura (p=0,04). Na análise da relação entre funcionalidade e GMFCS foram encontradas diferenças significantes entre os grupos leve e moderado, no que se refere às habildades funcionais de mobilidade (p<0,001), assim como na assistência do cuidador tanto em autocuidado (p=0,03), quanto em mobilidade (p<0,001). Quanto às habilidades funcionais, apenas 17% das crianças demonstraram desempenho adequado nas atividades de mobilidade e 20,8% nas de autocuidado, ao contrário da função social, em que 79,2% tinha desempenho adequado. Na dependência do cuidador adequada para idade, apenas 20,8% apresentou uma depedência adequada na mobilidade, 49,1% no autocuidado e 58,5% na função social. E em relação a associação entre parâmetros clínicos e nutricionais com a funcionalidade, observou-se que crianças com maior massa magra e menor gordura corporal apresentaram melhor desempenho nas atividades do domínio autocuidado. Concluiu-se que crianças com PC de comprometimento motor moderado apresentam maiores alterações de composição corporal do que crianças de comprometimento leve. Além disso, o estado nutricional possui relação com o grau de comprometimento motor e com o domínio de autocuidado da funcionalidade.
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spelling BEZERRA, Pollyanna Brandãohttp://lattes.cnpq.br/8696909692495217http://lattes.cnpq.br/9698501005409086ANTUNES, Margarida Maria de CastroCABRAL, Poliana Coelho2018-07-09T19:32:14Z2018-07-09T19:32:14Z2017-02-23https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25032ark:/64986/001300000j9xrCrianças com paralisia cerebral (PC) sofrem lesão no sistema nervoso central em desenvolvimento, o que provoca alterações no movimento e na postura. Estes comprometimentos provocam repercussões na aquisição de habilidades que é essencial para o desempenho de atividades funcionais. A funcionalidade é uma condição complexa resultante da combinação de aspectos pessoais e contextuais, e pode está relacionada ao estado nutricional. Por esse motivo, compreender de que maneira a funcionalidade está relacionada ao estado nutricional é relevante para o direcionamento do tratamento desta população. O objetivo deste estudo foi investigar a relação entre estado nutricional e funcionalidade em crianças com paralisia cerebral entre três e sete anos de idade. Trata-se de um estudo do tipo série de casos, realizado no período de janeiro a agosto de 2016, na Associação de Assistência à Criança Deficiente, na Fundação Giacomo e Lucia Perrone e no ambulatório de Fisioterapia do Hospital das Clínicas/UFPE. Participaram 53 crianças com diagnóstico de PC, entre três e sete anos de idade, níveis de comprometimento motor leve e moderado classificados pelo Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS), matriculadas nos programas de reabilitação regular há pelo menos seis meses. A avaliação do estado nutricional foi realizada através de antropometria e bioimpedância elétrica, e para avaliação da funcionalidade foi aplicado o Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Entre as 53 crianças avaliadas, a maior parte era do sexo masculino (60,4%) e com idade entre 3 e 4 anos (69,8%). Os participantes classificados com comprometimento motor leve foram mais altos (p=0,01), com maior percentual de massa magra (p=0,04) e de água corporal total (p=0,04) quando comparadas às crianças com comprometimento moderado, e o inverso ocorreu com o percentual de gordura (p=0,04). Na análise da relação entre funcionalidade e GMFCS foram encontradas diferenças significantes entre os grupos leve e moderado, no que se refere às habildades funcionais de mobilidade (p<0,001), assim como na assistência do cuidador tanto em autocuidado (p=0,03), quanto em mobilidade (p<0,001). Quanto às habilidades funcionais, apenas 17% das crianças demonstraram desempenho adequado nas atividades de mobilidade e 20,8% nas de autocuidado, ao contrário da função social, em que 79,2% tinha desempenho adequado. 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Functionality is a complex condition resulting from the combination of personal and contextual aspects, and may be related to nutritional status. For this reason, understanding how the functionality is related to nutritional status is relevant for targeting the treatment of this population. The objective of this study was to investigate the relationship between nutritional status and functionality in children with cerebral palsy between three and seven years of age. This is a case-series study, carried out from January to August 2016, at the Association for Assistance to the Disabled Child, at the Giacomo and Lucia Perrone Foundation, and at the Physiotherapy outpatient clinic of the Hospital das Clínicas/UFPE. Participants were 53 children with a diagnosis of PC, between three and seven years of age, levels of motor impairment mild and moderate classified by the Gross Motor Function Classification System (GMFCS) enrolled in regular rehabilitation programs for at least six months. The evaluation of nutritional status was performed through anthropometry and electrical bioimpedance, and for the evaluation of the functionality, the Pediatric Disability Assessment Inventory (PEDI) was applied. Among the 53 children evaluated, the majority were male (60.4%) and aged between 3 and 4 years (69.8%). Participants classified with mild motor impairment were higher (p=0.01), with a higher percentage of lean mass (p=0.04) and total body water (p=0.04) compared to children with moderate impairment, and the opposite occurred with the fat percentage (p=0,04). In the analysis of the relationship between functionality and GMFCS, significant differences were found between the mild and moderate groups regarding functional mobility (p <0.001), as well as caregiver care in both self-care (p=0.03), and in mobility (p<0.001). As for functional abilities, only 17% of the children showed adequate performance in the mobility activities and 20.8% in the self-care activities, in contrast to the social function, in which 79.2% had adequate performance. Depending on the age-appropriate caregiver, only 20.8% had adequate mobility, 49.1% self-care and 58.5% social function. And in relation to the association between clinical and nutritional parameters with the functionality, it was observed that children with greater lean mass and lower body fat presented better performance in the activities of the self-care domain. It was concluded that children with moderate motor impairment have higher body composition changes than children with mild impairment. In addition, the nutritional status is related to the degree of motor impairment and to the self-care domain of the functionality.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do AdolescenteUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessParalisia cerebralCriançaEstado nutricionalComposição corporalFunçãoRelação entre estado nutricional e funcionalidade em crianças com paralisia cerebralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Pollyanna Brandão Bezerra.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Pollyanna Brandão Bezerra.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1107https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25032/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pollyanna%20Brand%c3%a3o%20Bezerra.pdf.jpg3366866f0cc06a15f5f59a63b364af6cMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Pollyanna Brandão Bezerra.pdfDISSERTAÇÃO Pollyanna Brandão Bezerra.pdfapplication/pdf5380515https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25032/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Pollyanna%20Brand%c3%a3o%20Bezerra.pdfc1cc0472ae9267c823b315560668d562MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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