Vigilância sobre os contatos de hanseníase no município de João Pessoa: soroprevalência anti-NDO-LID-1 e adesão ao Programa Nacional de Controle da Hanseníase
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17987 |
Resumo: | A hanseníase ainda representa um grave problema de Saúde Pública no Brasil, com número absoluto de casos novos atingindo em torno de 30.000/ano. O Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH), no sentido de aumentar a detecção e tratamento precoce da doença, preconiza a avaliação dermatoneurológica e a vacinação BCG em contatos intradomiciliares de hanseníase. Além desta avaliação clínica, estudos sorológicos utilizando antígenos específicos do M. leprae vêm demonstrando alta especificidade, sendo relatada a relação entre a positividade sorológica nos contatos e o maior risco de adoecimento. O presente estudo teve como objetivos estimar a soroprevalência anti-NDO-LID-1 em contatos de casos novos de hanseníase e avaliar a adesão dos mesmos ao PNCH, através de um estudo transversal e um estudo caso-controle, respectivamente. Metodologia: a população estudada foram os contatos de casos novos de hanseníase residentes na cidade de João Pessoa, Paraíba nos anos de 2012 e 2013 (na etapa transversal) e no ano de 2013 (na etapa caso-controle). Utilizou-se o teste sorológico rápido NDOLID- 1 para aferir a soroprevalência e a adesão ao PNCH foi aferida através da resposta a um questionário padronizado. Toda a coleta de dados foi domiciliar. Resultados da etapa transversal: foram identificados 135 casos novos de hanseníase, com 405 contatos estudados. A soroprevalência foi de 23% (93/405), sendo maior no sexo feminino (25,9%-58/224), com tempo médio de convívio entre cinco e 10 anos (44%- 22/50) e naqueles que dormiam no mesmo cômodo e na mesma cama (26,3%-31/118) do caso índice. Em menores de quinze anos, a soroprevalência alcançou 27,7% de positividade. Não houve associação da com variáveis biossociais (faixa etária e sexo), passado de tratamento pra hanseníase, vacinação BCG e variáveis relacionadas ao caso índice (grau de parentesco, frequência de contato e tempo de convívio). Resultados da etapa caso-controle: dentre os 231 contatos, apenas 31 (13,4%) haviam aderido ao PNCH, através da realização do exame dermatoneurológico. Não foi observada associação significativa da baixa adesão com as variáveis do contato como sexo, cor da pele, faixa etária, escolaridade, estado civil, renda familiar, tabagismo, etilismo, uso de drogas ilícitas e distância do posto de saúde. Observou-se maior adesão ao PNCH dos contatos de casos de hanseníase com maior idade média e naqueles relacionados às formas dimorfa e virchowiana. A maioria dos contatos que não aderiram ao Programa 8 Nacional de Controle da Hanseníase relataram como justificativa a desinformação sobre a necessidade de fazê-lo, fator este determinante para a não adesão ao programa (OR=0,04, p-valor=0,001). Conclusões: a população de contatos estudada apresentou uma elevada taxa de soroprevalência e uma baixa adesão ao exame dermatoneurológico, denotando haver um alta carga bacilar do M. leprae circulante e uma vigilância sobre os contatos ainda negligenciada. |
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MARQUES, Danielle Medeiroshttp://lattes.cnpq.br/3402156278849393http://lattes.cnpq.br/8153478596620105XIMENES, Ricardo Arraes de Alencar2016-10-14T13:03:49Z2016-10-14T13:03:49Z2016-02-29https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17987ark:/64986/001300000crh5A hanseníase ainda representa um grave problema de Saúde Pública no Brasil, com número absoluto de casos novos atingindo em torno de 30.000/ano. O Programa Nacional de Controle da Hanseníase (PNCH), no sentido de aumentar a detecção e tratamento precoce da doença, preconiza a avaliação dermatoneurológica e a vacinação BCG em contatos intradomiciliares de hanseníase. Além desta avaliação clínica, estudos sorológicos utilizando antígenos específicos do M. leprae vêm demonstrando alta especificidade, sendo relatada a relação entre a positividade sorológica nos contatos e o maior risco de adoecimento. O presente estudo teve como objetivos estimar a soroprevalência anti-NDO-LID-1 em contatos de casos novos de hanseníase e avaliar a adesão dos mesmos ao PNCH, através de um estudo transversal e um estudo caso-controle, respectivamente. Metodologia: a população estudada foram os contatos de casos novos de hanseníase residentes na cidade de João Pessoa, Paraíba nos anos de 2012 e 2013 (na etapa transversal) e no ano de 2013 (na etapa caso-controle). Utilizou-se o teste sorológico rápido NDOLID- 1 para aferir a soroprevalência e a adesão ao PNCH foi aferida através da resposta a um questionário padronizado. Toda a coleta de dados foi domiciliar. Resultados da etapa transversal: foram identificados 135 casos novos de hanseníase, com 405 contatos estudados. A soroprevalência foi de 23% (93/405), sendo maior no sexo feminino (25,9%-58/224), com tempo médio de convívio entre cinco e 10 anos (44%- 22/50) e naqueles que dormiam no mesmo cômodo e na mesma cama (26,3%-31/118) do caso índice. Em menores de quinze anos, a soroprevalência alcançou 27,7% de positividade. Não houve associação da com variáveis biossociais (faixa etária e sexo), passado de tratamento pra hanseníase, vacinação BCG e variáveis relacionadas ao caso índice (grau de parentesco, frequência de contato e tempo de convívio). Resultados da etapa caso-controle: dentre os 231 contatos, apenas 31 (13,4%) haviam aderido ao PNCH, através da realização do exame dermatoneurológico. Não foi observada associação significativa da baixa adesão com as variáveis do contato como sexo, cor da pele, faixa etária, escolaridade, estado civil, renda familiar, tabagismo, etilismo, uso de drogas ilícitas e distância do posto de saúde. Observou-se maior adesão ao PNCH dos contatos de casos de hanseníase com maior idade média e naqueles relacionados às formas dimorfa e virchowiana. A maioria dos contatos que não aderiram ao Programa 8 Nacional de Controle da Hanseníase relataram como justificativa a desinformação sobre a necessidade de fazê-lo, fator este determinante para a não adesão ao programa (OR=0,04, p-valor=0,001). Conclusões: a população de contatos estudada apresentou uma elevada taxa de soroprevalência e uma baixa adesão ao exame dermatoneurológico, denotando haver um alta carga bacilar do M. leprae circulante e uma vigilância sobre os contatos ainda negligenciada.CNPqLeprosy is a serious health public problem in Brazil, with new absolute cases ranging around 30,000 / year. The National Program of Leprosy Control (NPLC) recommends skin and nerves examination and BCG vaccination in all households leprosy contacts (HHC). Besides, serological studies using specific antigens of M. leprae had demonstrated correlation between seropositivity in contacts and increased risk of illness. This study aimed to assess positivity to anti- NDO-LID-1 test and to evaluate the adherence to NPLC among contacts of newly leprosy cases at João Pessoa, Paraíba, 2012 and 2013, using a cross-sectional and a case-control study. Methodology: the study population were contacts of new leprosy cases residents at João Pessoa, Paraíba in 2012 and 2013 (cross-sectional study) and 2013 (casecontrol study). The serological test used to assess seroprevalence was anti-NDOLID- 1 rapid test and the adherence to PNCH was measured by response to a standard questionnaire. All data collection was did at home.Cross-sectional results: there were identified 135 new cases of leprosy, with 405 contacts studied. Serological positivity to anti-NDO-LID-1 was 23% (93/405), higher in females (25.9% -58 / 224), with average living time between five and 10 years (44% - 22/50) and those who slept in the same room and the same bed (26.3% -31 / 118) of the index case. The seroprevalence among contacts under fifteen years reached 27.7% positivity. There was no association with biossocial variables (age and gender), past treatment for leprosy, BCG vaccination and variables related to the index case (degree of relationship, frequency of contact and interaction time). Case-control results: 13.4% (31/231) of the contacts had accomplished the skin and nerves examination, as recommended. There was no significant association with gender, age, ethnicity, instruction degree, marital status, family income, smoking, alcohol use, illicit drugs use and distance from the health center. There was better adherence in contacts of elderly index cases and from borderline and lepromatous forms. Misinformation about the need of doing the dermatologic exam was a determinant factor for non-adherence to the program (OR=0.04, p-value= 0.001). Conclusions: the seropositivity in leprosy contacts was high and adherence to NPLC was low, showing that surveillance needs to be improved.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Medicina TropicalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessHanseníaseSorologiaContatosVigilânciaLeprosySerologyContactsSurveillanceVigilância sobre os contatos de hanseníase no município de João Pessoa: soroprevalência anti-NDO-LID-1 e adesão ao Programa Nacional de Controle da Hanseníaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDANIELLE_MEDEIROS_MARQUES_TESE_BC_UFPE_2016[1] 18ago.pdfDANIELLE_MEDEIROS_MARQUES_TESE_BC_UFPE_2016[1] 18ago.pdfapplication/pdf1939643https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17987/1/DANIELLE_MEDEIROS_MARQUES_TESE_BC_UFPE_2016%5b1%5d%2018ago.pdfe745bb62b8c1fd6f324e774f998313d0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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