Novo método para obtenção de hidrolisado protéico, cálcio, quitina, carotenóides e glicosaminoglicanos de cabeças de camarão
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1704 |
Resumo: | Nos últimos anos, a indústria pesqueira brasileira tem vivenciado um período importante de desenvolvimento. Mas, juntamente com o crescimento na produção, temse o aumento da quantidade de resíduos gerados no processamento do pescado, que usualmente são descartados no ambiente, causando poluição. Os resíduos do processamento são constituídos por cabeças, carcaças e vísceras de peixes, cabeças e cascas de crustáceos e fauna acompanhante, e podem representar de 20 a 70% do pescado comercializado. O aproveitamento dos resíduos incrementa a economia do setor industrial pesqueiro e permite que essa atividade seja mais ecologicamente sustentável e economicamente viável. O mal uso de subprodutos do processamento de pescados é considerado por muitos um desperdício de moléculas biativas valiosas. As cabeças de camarão representam um dos principais resíduos do processamento de pescados e constituindo em até 50% do peso total do animal. Esse material é utilizado atualmente como fonte de proteína e na produção de quitina das cascas, matéria prima para produção comercial de quitosana. Diversos métodos são empregados para a recuperação de hidrolisados protéicos e quitina, dentre eles a hidrólise utilizando proteases exógenas. Entretanto, o emprego destas enzimas encarece o processo tornando-o pouco adequado para o uso industrial. Nas cabeças de camarões estão contidas as vísceras (parte do trato digestivo) que possuem enzimas hidrolíticas que podem ser aplicadas na solubilização dos tecidos e deproteinização das cascas, facilitando as etapas de extração e purificação dos produtos. No presente trabalho é descrito um novo método para obtenção de vários compostos a partir de cabeças de camarão (Litopenaeus vannamei) submetidas à autólise. No processo, foi obtido hidrolisado protéico, carotenóides, quitina e quitosana e glicosaminoglicanos sulfatados. A partir de 1kg de cabeças obteve-se 1,46L de hidrolisado protéico (solução a 9%) e 194mg de carotenóides totais, sendo 111,96mg de carotenóides não identificados e 82,56mg de astaxantina. A partir de 53g de carapaça foram obtidas cerca de 25g de quitina e 17g de quitosana. Quitina e quitosana foram analisadas por espectroscopia de 13C-RMN e FT-IR para comprovar a efetiva desacetilação dos resíduos de Nacetilglucosamina. O grau de desacetilação foi calculado por titulação potenciométrica, análise elementar e FT-IR para quitosana produzidas a partir uma e duas desacetilações bem como a quitosana purificada. Os valores obtidos encontram-se ente 60-80%. O conteúdo de glicosaminoglicanos obtidos do sedimento após extração de carotenóides e lipídios foi de 23,32 μg kg-1 de subproduto e mostraram migração eletroforética semelhante aos padrões de mamífero. As frações precipitadas foram suscetíveis à ação das heparitinases I e II, o que sugere a presença de um heparam sulfato. As biomoléculas recuperadas a partir de cabeças de camarão possibilitam um amplo espectro de aplicações como na suplementação e formulação de rações animais, em abordagens biomédicas e biotecnológicas |
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CAHÚ, Thiago BarbosaBEZERRA, Ranilson de Souza2014-06-12T15:51:56Z2014-06-12T15:51:56Z2010-01-31Barbosa Cahú, Thiago; de Souza Bezerra, Ranilson. Novo método para obtenção de hidrolisado protéico, cálcio, quitina, carotenóides e glicosaminoglicanos de cabeças de camarão. 2010. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Fisiologia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1704Nos últimos anos, a indústria pesqueira brasileira tem vivenciado um período importante de desenvolvimento. Mas, juntamente com o crescimento na produção, temse o aumento da quantidade de resíduos gerados no processamento do pescado, que usualmente são descartados no ambiente, causando poluição. Os resíduos do processamento são constituídos por cabeças, carcaças e vísceras de peixes, cabeças e cascas de crustáceos e fauna acompanhante, e podem representar de 20 a 70% do pescado comercializado. O aproveitamento dos resíduos incrementa a economia do setor industrial pesqueiro e permite que essa atividade seja mais ecologicamente sustentável e economicamente viável. O mal uso de subprodutos do processamento de pescados é considerado por muitos um desperdício de moléculas biativas valiosas. As cabeças de camarão representam um dos principais resíduos do processamento de pescados e constituindo em até 50% do peso total do animal. Esse material é utilizado atualmente como fonte de proteína e na produção de quitina das cascas, matéria prima para produção comercial de quitosana. Diversos métodos são empregados para a recuperação de hidrolisados protéicos e quitina, dentre eles a hidrólise utilizando proteases exógenas. Entretanto, o emprego destas enzimas encarece o processo tornando-o pouco adequado para o uso industrial. Nas cabeças de camarões estão contidas as vísceras (parte do trato digestivo) que possuem enzimas hidrolíticas que podem ser aplicadas na solubilização dos tecidos e deproteinização das cascas, facilitando as etapas de extração e purificação dos produtos. No presente trabalho é descrito um novo método para obtenção de vários compostos a partir de cabeças de camarão (Litopenaeus vannamei) submetidas à autólise. No processo, foi obtido hidrolisado protéico, carotenóides, quitina e quitosana e glicosaminoglicanos sulfatados. A partir de 1kg de cabeças obteve-se 1,46L de hidrolisado protéico (solução a 9%) e 194mg de carotenóides totais, sendo 111,96mg de carotenóides não identificados e 82,56mg de astaxantina. A partir de 53g de carapaça foram obtidas cerca de 25g de quitina e 17g de quitosana. Quitina e quitosana foram analisadas por espectroscopia de 13C-RMN e FT-IR para comprovar a efetiva desacetilação dos resíduos de Nacetilglucosamina. 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