Habilidades argumentativas : do debate crítico à argumentação cotidiana
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17730 |
Resumo: | O presente trabalho visa o estudo do desenvolvimento de competências argumentativas em estudantes do curso de Psicologia da UFPE a partir da experiência em uma disciplina eletiva do primeiro período do curso (doravante citada como DIP). Este estudo fez uso do banco de dados de um projeto-mãe chamado “O Debate Crítico como contexto de desenvolvimento do pensamento reflexivo”, projeto que adaptou para sala de aula o modelo do Debate Crítico para estimular o desenvolvimento do pensamento reflexivo através do ensino de habilidades argumentativas. O Debate Crítico foi primeiro proposto por Fuentes (2010), pensador chileno, onde o debate serviria como atividade de intensa atividade cognitiva e discursiva, e, para, além disto, atividade dialógica (consideração da voz do outro) e dialética (construção ponderada do conhecimento). Características que se mostraram interessantes para adaptação e aplicação no contexto de sala de aula na Universidade. Objetivo do trabalho é investigar de que maneira o desenvolvimento das competências argumentativas aprendidos em sala de aula podem ser observados longe de seu contexto de gênese, ou seja, em ambientes de configurações diferentes ao da sala de aula, de conteúdo, professor e condições da discussão. Entende-se desenvolvimento como processos de mudança que afetam de forma integral a constituição dos sujeitos, no caso deste estudo, se está diante de processos de mudança na do pensamento reflexivo, caracterizado sumariamente como processo de autorregulação do pensamento. Isto justifica a articulação com argumentação, aqui entendida como atividade cognitivo-discursiva de natureza dialógica/dialética que mobiliza de forma explícita a dimensão reflexiva da cognição. Este estudo filia-se à correntes qualitativas de metodologia da pesquisa em psicologia, em especial, focando nos aspectos discursivos dos dados construídos. Os participantes (3) foram estudantes que participaram da disciplina eletiva referida e que participaram de um debate atípico ocorrido em sala de aula. Foram analisados trechos de participações destes alunos em 5 situações diferentes de uso argumentativo, escolhidas em função do grau de afastamento da situação inicial: a participação no Debate Crítico em sala de aula, contexto esse entendido como o zero do ensino formal de argumentação para os alunos no ensino superior. As situações estudadas foram: o Debate Crítico, um momento atípico dentro da DIP, ciclo de aulas de outra disciplina do curso, um grupo focal temático e a solicitação de material de redes sociais onde o estudante acredite haver usado a argumentação. Os parâmetros de afastamento foram: as regras da interação entre os participantes, a temática da discussão, o contexto onde se inseria e a presença de mediador (professor ou pesquisador). A argumentação foi analisada a partir da unidade triádica formulada por Leitão que ajudará na identificação dos episódios argumentativos e em sua estrutura. Foi feita uma análise do discurso para investigar a transformação dos usos da argumentação em função do distanciamento do Debate Crítico. Os principais resultados deste estudo sugerem que a unidade de análise de Leitão consegue abarcar o fenômeno argumentativo em diferentes contextos discursivos de produção, que o ensino de argumentação ganha outras formas a medida que se afasta do contexto inicial: sendo o foco em justificar suas posições, o endereçamento, a caracterização de seus posicionamentos em forma de polêmicas entre duas posições e a consideração de posições alternativas marcas que sugerem desenvolvimento de competências aprendidas em sala de aula para além de contextos não escolares. O que leva a discussão dos diferentes propósitos que sustentam o ensino da argumentação em sala de aula: argumentação para construir conhecimento e para tomar posicionamento no mundo, ou seja, um modo de pensar e agir no mundo. |
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MACÊDO, Gabriel Fortes Cavalcanti DeSANTOS, Leitão Santos2016-08-22T19:07:34Z2016-08-22T19:07:34Z2014-02-27https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17730ark:/64986/001300000w8b4O presente trabalho visa o estudo do desenvolvimento de competências argumentativas em estudantes do curso de Psicologia da UFPE a partir da experiência em uma disciplina eletiva do primeiro período do curso (doravante citada como DIP). Este estudo fez uso do banco de dados de um projeto-mãe chamado “O Debate Crítico como contexto de desenvolvimento do pensamento reflexivo”, projeto que adaptou para sala de aula o modelo do Debate Crítico para estimular o desenvolvimento do pensamento reflexivo através do ensino de habilidades argumentativas. O Debate Crítico foi primeiro proposto por Fuentes (2010), pensador chileno, onde o debate serviria como atividade de intensa atividade cognitiva e discursiva, e, para, além disto, atividade dialógica (consideração da voz do outro) e dialética (construção ponderada do conhecimento). Características que se mostraram interessantes para adaptação e aplicação no contexto de sala de aula na Universidade. Objetivo do trabalho é investigar de que maneira o desenvolvimento das competências argumentativas aprendidos em sala de aula podem ser observados longe de seu contexto de gênese, ou seja, em ambientes de configurações diferentes ao da sala de aula, de conteúdo, professor e condições da discussão. Entende-se desenvolvimento como processos de mudança que afetam de forma integral a constituição dos sujeitos, no caso deste estudo, se está diante de processos de mudança na do pensamento reflexivo, caracterizado sumariamente como processo de autorregulação do pensamento. Isto justifica a articulação com argumentação, aqui entendida como atividade cognitivo-discursiva de natureza dialógica/dialética que mobiliza de forma explícita a dimensão reflexiva da cognição. Este estudo filia-se à correntes qualitativas de metodologia da pesquisa em psicologia, em especial, focando nos aspectos discursivos dos dados construídos. Os participantes (3) foram estudantes que participaram da disciplina eletiva referida e que participaram de um debate atípico ocorrido em sala de aula. Foram analisados trechos de participações destes alunos em 5 situações diferentes de uso argumentativo, escolhidas em função do grau de afastamento da situação inicial: a participação no Debate Crítico em sala de aula, contexto esse entendido como o zero do ensino formal de argumentação para os alunos no ensino superior. As situações estudadas foram: o Debate Crítico, um momento atípico dentro da DIP, ciclo de aulas de outra disciplina do curso, um grupo focal temático e a solicitação de material de redes sociais onde o estudante acredite haver usado a argumentação. Os parâmetros de afastamento foram: as regras da interação entre os participantes, a temática da discussão, o contexto onde se inseria e a presença de mediador (professor ou pesquisador). A argumentação foi analisada a partir da unidade triádica formulada por Leitão que ajudará na identificação dos episódios argumentativos e em sua estrutura. Foi feita uma análise do discurso para investigar a transformação dos usos da argumentação em função do distanciamento do Debate Crítico. Os principais resultados deste estudo sugerem que a unidade de análise de Leitão consegue abarcar o fenômeno argumentativo em diferentes contextos discursivos de produção, que o ensino de argumentação ganha outras formas a medida que se afasta do contexto inicial: sendo o foco em justificar suas posições, o endereçamento, a caracterização de seus posicionamentos em forma de polêmicas entre duas posições e a consideração de posições alternativas marcas que sugerem desenvolvimento de competências aprendidas em sala de aula para além de contextos não escolares. O que leva a discussão dos diferentes propósitos que sustentam o ensino da argumentação em sala de aula: argumentação para construir conhecimento e para tomar posicionamento no mundo, ou seja, um modo de pensar e agir no mundo.CNPQThis work aims to investigate the development of argumentative competencies in UFPE undergraduate Psychology students from an experience in a non-mandatory course (futher addressed as IPC). This study used the data bank from the “mother-project” “Critical debate model as context of reflective thought development” which consisted in adapting a Critical Debate Model to classroom context in order to promote the development of reflective thought through teaching argumentative skills. The Critical Debate was first proposed by Fuentes (2010), Chilean thinker, where the debate would serve as an intense cognitive and discursive activity, and so, in addition, dialogical (consideration of the voice on the other) and dialectic (rational construction knowledge) enterprise. This works goal is to investigated how the development of argumentative competencies learned in classroom could be observed outside its context of genesis, in other words, in different settings of classroom, content, teacher and ground rules of discussion. Development is understood as the changing process that affects integrally the constitution of human beings, in the present study, we deal with the changing process of reflective thought briefly conceptualized as the self-regulated thinking. This justifies articulating argumentation studies, here understood as a discursive-cognitive dialogical activity which enables explicitly the reflective dimension of cognition. This study stands in the qualitative methodological background of psychological research, in special, focusing the discursive aspects of data analysis. The participants were (3) students enrolled in a non-mandatory Psychology course and were in the class when the atypical debate occurred. It was analyzed the discursive manifestation of the students if 5 different situations chosen due to the degree of deviation from the initial situation in the Critical Debate followed by: the atypical discussion, another Psychology course, focus group discussion and social network material chosen by the students were they used argumentation. The deviation degree criteria were: the ground rules of interaction, the themes discussed by the students, the institutional context and the presence of a discussion mediator. Our analysis was made through the triadic model proposed by Leitão which helped to identify argumentative episodes and its structure. It was made an discourse analysis to investigated the uses of argumentation in the different setting based of the deviation degree from the Critical Debate. The main results were that Leitão’s modeal of argumentation shows to have the potential to analyze broader types of argumentative activities (as the persistence of argumentative structures learned from one context to another). The developmental gains most persistent outside classroom were: the deepening of justification of positions, the addressing to a point of view, featuring one own position through polemic issues and question and the consideration of contrary positions as a form of constructing one’s own opinions. Which come to our conclusion that using argumentative setting in classroom is beneficial for cognitive development: as argumentation helping knowledge construction and to provide students tools for positioning in the world, in other words, develop ways of thinking and acting in the world.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Psicologia CognitivaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCompetências Argumentativas. Desenvolvimento. Debate CríticoArgumentative Competences. Development. Critical DebateHabilidades argumentativas : do debate crítico à argumentação cotidianainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO-GABRIEL FORTES CAVALCANTI DE MACEDO 2014.pdf.jpgDISSERTAÇÃO-GABRIEL FORTES CAVALCANTI DE MACEDO 2014.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1190https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17730/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O-GABRIEL%20FORTES%20CAVALCANTI%20DE%20MACEDO%202014.pdf.jpga1af433d28c61a065a8af2972ff233d8MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO-GABRIEL FORTES CAVALCANTI DE MACEDO 2014.pdfDISSERTAÇÃO-GABRIEL FORTES CAVALCANTI DE MACEDO 2014.pdfapplication/pdf641242https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17730/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O-GABRIEL%20FORTES%20CAVALCANTI%20DE%20MACEDO%202014.pdf2bb7c2ee2edcc48e354607354b71d00aMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17730/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17730/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO-GABRIEL FORTES CAVALCANTI DE MACEDO 2014.pdf.txtDISSERTAÇÃO-GABRIEL FORTES CAVALCANTI DE MACEDO 2014.pdf.txtExtracted texttext/plain198826https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17730/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O-GABRIEL%20FORTES%20CAVALCANTI%20DE%20MACEDO%202014.pdf.txt666a5c0bd4a9aad1dcf94f4e6befee9bMD54123456789/177302019-10-25 05:04:47.644oai:repositorio.ufpe.br:123456789/17730TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T08:04:47Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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O presente trabalho visa o estudo do desenvolvimento de competências argumentativas em estudantes do curso de Psicologia da UFPE a partir da experiência em uma disciplina eletiva do primeiro período do curso (doravante citada como DIP). Este estudo fez uso do banco de dados de um projeto-mãe chamado “O Debate Crítico como contexto de desenvolvimento do pensamento reflexivo”, projeto que adaptou para sala de aula o modelo do Debate Crítico para estimular o desenvolvimento do pensamento reflexivo através do ensino de habilidades argumentativas. O Debate Crítico foi primeiro proposto por Fuentes (2010), pensador chileno, onde o debate serviria como atividade de intensa atividade cognitiva e discursiva, e, para, além disto, atividade dialógica (consideração da voz do outro) e dialética (construção ponderada do conhecimento). Características que se mostraram interessantes para adaptação e aplicação no contexto de sala de aula na Universidade. Objetivo do trabalho é investigar de que maneira o desenvolvimento das competências argumentativas aprendidos em sala de aula podem ser observados longe de seu contexto de gênese, ou seja, em ambientes de configurações diferentes ao da sala de aula, de conteúdo, professor e condições da discussão. Entende-se desenvolvimento como processos de mudança que afetam de forma integral a constituição dos sujeitos, no caso deste estudo, se está diante de processos de mudança na do pensamento reflexivo, caracterizado sumariamente como processo de autorregulação do pensamento. Isto justifica a articulação com argumentação, aqui entendida como atividade cognitivo-discursiva de natureza dialógica/dialética que mobiliza de forma explícita a dimensão reflexiva da cognição. Este estudo filia-se à correntes qualitativas de metodologia da pesquisa em psicologia, em especial, focando nos aspectos discursivos dos dados construídos. Os participantes (3) foram estudantes que participaram da disciplina eletiva referida e que participaram de um debate atípico ocorrido em sala de aula. Foram analisados trechos de participações destes alunos em 5 situações diferentes de uso argumentativo, escolhidas em função do grau de afastamento da situação inicial: a participação no Debate Crítico em sala de aula, contexto esse entendido como o zero do ensino formal de argumentação para os alunos no ensino superior. As situações estudadas foram: o Debate Crítico, um momento atípico dentro da DIP, ciclo de aulas de outra disciplina do curso, um grupo focal temático e a solicitação de material de redes sociais onde o estudante acredite haver usado a argumentação. Os parâmetros de afastamento foram: as regras da interação entre os participantes, a temática da discussão, o contexto onde se inseria e a presença de mediador (professor ou pesquisador). A argumentação foi analisada a partir da unidade triádica formulada por Leitão que ajudará na identificação dos episódios argumentativos e em sua estrutura. Foi feita uma análise do discurso para investigar a transformação dos usos da argumentação em função do distanciamento do Debate Crítico. Os principais resultados deste estudo sugerem que a unidade de análise de Leitão consegue abarcar o fenômeno argumentativo em diferentes contextos discursivos de produção, que o ensino de argumentação ganha outras formas a medida que se afasta do contexto inicial: sendo o foco em justificar suas posições, o endereçamento, a caracterização de seus posicionamentos em forma de polêmicas entre duas posições e a consideração de posições alternativas marcas que sugerem desenvolvimento de competências aprendidas em sala de aula para além de contextos não escolares. O que leva a discussão dos diferentes propósitos que sustentam o ensino da argumentação em sala de aula: argumentação para construir conhecimento e para tomar posicionamento no mundo, ou seja, um modo de pensar e agir no mundo. |
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