Racismo institucional: a cor da pele como principal fator de suspeição
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1615 |
Resumo: | Esta dissertação tem por objetivo identificar se, entre os policiais militares, a cor da pele é o principal fator de suspeição. Para tanto, foram aplicados 78 questionários aos alunos do Curso de Formação de Oficiais ( CFO ) e 376 aos alunos do Curso de Formação de Soldados ( CFSD ), a fim de aferir a percepção do racismo institucional dos futuros profissionais da Polícia Militar. Ademais, entre os já profissionais, foram aplicados 469 questionários e realizadas 24 entrevistas, havendo assim condições de estabelecer um paralelo entre as percepções dos policiais experientes e os que ainda estão nas escolas de formação. Além disso, a partir dos Boletins de ocorrências ( BO s ) de 07 Unidades da Polícia Militar, foi montado um banco de dados com 1538 registros de pessoas que foram consideradas suspeitas ou imputadas em ocorrências policiais no ano de 2004. Como resultado, verificou-se que, 65,1% dos profissionais percebem que os negros e pardos são priorizados nas abordagens, o que corrobora as percepções dos alunos do CFO e CFSD, com 76,9% e 74%, respectivamente. Na percepção dos policias, o suspeito é predominantemente jovem, masculino e negro. Há indícios de que a abordagem policial também reflete uma relação de poder, em que os menos esclarecidos são sistemeticamente selecionados. Em conclusão, os dados levantados na presente dissertação permitem inferir que a cor da pele é o principal fator de suspeição entre os policiais militares |
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Ademais, entre os já profissionais, foram aplicados 469 questionários e realizadas 24 entrevistas, havendo assim condições de estabelecer um paralelo entre as percepções dos policiais experientes e os que ainda estão nas escolas de formação. Além disso, a partir dos Boletins de ocorrências ( BO s ) de 07 Unidades da Polícia Militar, foi montado um banco de dados com 1538 registros de pessoas que foram consideradas suspeitas ou imputadas em ocorrências policiais no ano de 2004. Como resultado, verificou-se que, 65,1% dos profissionais percebem que os negros e pardos são priorizados nas abordagens, o que corrobora as percepções dos alunos do CFO e CFSD, com 76,9% e 74%, respectivamente. Na percepção dos policias, o suspeito é predominantemente jovem, masculino e negro. Há indícios de que a abordagem policial também reflete uma relação de poder, em que os menos esclarecidos são sistemeticamente selecionados. 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