Tempo de circulação extracorpórea e anóxia na cirurgia de substituição valvar aórtica por miniesternotomia com implante de prótese sem sutura comparado a prótese convencional
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52091 |
Resumo: | A cirurgia de substituição valvar por uma prótese é um dostratamentos eficazes para as valvopatias aórticas. Com o advento da tecnologia e o desenvolvimento das técnicas cirúrgicas, os acessos cirúrgicos minimamente invasivos alocaram seu espaço na cirurgia cardiovascular, área em que têm tido excelentes resultados. O presente estudo tem como objetivo principal a avaliação dos tempos de circulação extracorpórea e de anóxia, através de miniesternotomia, na cirurgia de substituição valvar aórtica, para comparar as próteses biológicas convencionais e a prótese sem sutura (PERCEVAL®). Trata-se de um estudo transversal e unicêntrico, realizado no período de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2021. O perfil clínico e epidemiológico dos pacientes operados foi avaliado, assim como as variáveis: tempo de permanência hospitalar; desfecho hospitalar precoce; etiologia das valvas; diagnóstico intraoperatório; gradientes sistólicos máximo e médio; e fração de ejeção do ventrículo esquerdo, além do remodelamento miocárdico através da massa ventricular esquerda. Foram estabelecidos dois grupos: um formado por 12 pacientes submetidos ao implante da prótese PERCEVAL® e outro formado por 81 pacientes submetidos ao implante das biopróteses convencionais. Os resultados mostraram: idade média de 59 ± 16 anos; 61,3% dos pacientes eram do sexo masculino; hipertensos representavam 80,2%, com menor proporção de diabéticos (25,3%) e tabagistas (12,1%). Dislipidêmicos representavam 34,1% do total de pacientes. Os tempos de circulação extracorpórea foram comparados nos grupos Biopróteses Convencionais versus PERCEVAL® (61 vs. 59,5 minutos, respectivamente), com valor de p = 0,143, assim como o tempo de anóxia para os grupos Biopróteses Convencionais versus PERCEVAL® (41 vs. 39,5 minutos, respectivamente), com valor de p = 0,058. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as duas comparações, porém com tendência a resultados menores para o grupo PERCEVAL®. O tempo mediano em Unidade de Terapia Intensiva para recuperação cardiotorácica comparativamente entre os grupos Biopróteses Convencionais e PERCEVAL® foi 2 versus 2 dias, respectivamente, com valor de p = 0,662; já o tempo mediano de internação hospitalar para os grupos Biopróteses Convencionais versus PERCEVAL® foi 8 versus 11 dias, respectivamente, com valor de p = 0,599. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos para essas variáveis. No desfecho hospitalar de 30 dias, todos os pacientes do estudo sobreviveram, não sofreram infarto agudo do miocárdio nem tamponamento em pós-operatório imediato. Apenas 2% dos pacientes tiveram sangramento, 4,4% implantaram marca-passo definitivo e apenas 1,1% sofreram acidente vascular cerebral; 78% apresentavam calcificação da valva aórtica, dos quais 74,7% cursavam com estenose importante. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos para os parâmetros ecocardiográficos. Valores maiores foram observados para o grupo Biopróteses Convencionais para fração de ejeção e diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo, gradientes sistólicos máximo e médio. Concluiu-se que os grupos de implante da bioprótese convencional e da prótese sem sutura (PERCEVAL®) não evidenciaram diferenças estatisticamente significativas para as variáveis analisadas na cirurgia de substituição valvar aórtica por miniesternotomia e apresentaram respostas similares no tempo de permanência hospitalar, desfecho em 30 dias e valores hemodinâmicos. |
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O presente estudo tem como objetivo principal a avaliação dos tempos de circulação extracorpórea e de anóxia, através de miniesternotomia, na cirurgia de substituição valvar aórtica, para comparar as próteses biológicas convencionais e a prótese sem sutura (PERCEVAL®). Trata-se de um estudo transversal e unicêntrico, realizado no período de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2021. O perfil clínico e epidemiológico dos pacientes operados foi avaliado, assim como as variáveis: tempo de permanência hospitalar; desfecho hospitalar precoce; etiologia das valvas; diagnóstico intraoperatório; gradientes sistólicos máximo e médio; e fração de ejeção do ventrículo esquerdo, além do remodelamento miocárdico através da massa ventricular esquerda. Foram estabelecidos dois grupos: um formado por 12 pacientes submetidos ao implante da prótese PERCEVAL® e outro formado por 81 pacientes submetidos ao implante das biopróteses convencionais. Os resultados mostraram: idade média de 59 ± 16 anos; 61,3% dos pacientes eram do sexo masculino; hipertensos representavam 80,2%, com menor proporção de diabéticos (25,3%) e tabagistas (12,1%). Dislipidêmicos representavam 34,1% do total de pacientes. Os tempos de circulação extracorpórea foram comparados nos grupos Biopróteses Convencionais versus PERCEVAL® (61 vs. 59,5 minutos, respectivamente), com valor de p = 0,143, assim como o tempo de anóxia para os grupos Biopróteses Convencionais versus PERCEVAL® (41 vs. 39,5 minutos, respectivamente), com valor de p = 0,058. Não houve diferença estatisticamente significativa entre as duas comparações, porém com tendência a resultados menores para o grupo PERCEVAL®. O tempo mediano em Unidade de Terapia Intensiva para recuperação cardiotorácica comparativamente entre os grupos Biopróteses Convencionais e PERCEVAL® foi 2 versus 2 dias, respectivamente, com valor de p = 0,662; já o tempo mediano de internação hospitalar para os grupos Biopróteses Convencionais versus PERCEVAL® foi 8 versus 11 dias, respectivamente, com valor de p = 0,599. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos para essas variáveis. No desfecho hospitalar de 30 dias, todos os pacientes do estudo sobreviveram, não sofreram infarto agudo do miocárdio nem tamponamento em pós-operatório imediato. Apenas 2% dos pacientes tiveram sangramento, 4,4% implantaram marca-passo definitivo e apenas 1,1% sofreram acidente vascular cerebral; 78% apresentavam calcificação da valva aórtica, dos quais 74,7% cursavam com estenose importante. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos para os parâmetros ecocardiográficos. 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The present study has as its main objective the evaluation of cardiopulmonary bypass and ischaemia time, per ministernotomy, in aortic valve replacement surgery to compare stented biological prostheses and sutureless prostheses (PERCEVAL®️). This is a cross-sectional and single-centre study, carried out from February 2015 to February 2021. The clinical and epidemiological profile of the operated patients was evaluated, as well as the variables: hospital stay; early hospital outcome; valve aetiology; intraoperative diagnosis; maximum and mean systolic gradients; and left ventricular ejection fraction, in addition to myocardial remodelling through the left ventricular mass. Two groups were established: one consisting of 12 patients undergoing implantation of the PERCEVAL®️ prosthesis (12 patients), and the other consisting of 81 patients undergoing implantation of conventional bioprostheses. The results showed: mean age of 59 ± 16 years, 61,3% of the patients were male; hypertensive represented 80,2%, with a lower proportion of diabetics (25,3%) and smokers (12,1%). Dyslipidaemias represented 34,1% of the total number; cardiopulmonary bypass times were compared in the Conventional Bioprostheses versus PERCEVAL®️ groups (61 vs. 59,5 minutes, respectively), with a p-value = 0,143; as well as the ischaemia time for the Conventional Bioprostheses versus PERCEVAL®️ groups (41 vs. 39,5 minutes, respectively), with a p-value = 0,058. There was no statistically significant difference between the two comparisons, but with a trend towards lower results for the PERCEVAL®️ group. The median time in the Intensive Care Unit for cardiothoracic recovery compared between the Conventional Bioprostheses and PERCEVAL® groups was 2 versus 2 days, respectively, with a p-value = 0,662; and the median length of hospital stay was 8 versus 11 days, respectively, with a p-value = 0,599. There was no statistically significant difference between the two groups for these variables. At the 30-day hospital stay outcome, all patients in the study survived and did not suffer an acute myocardial infarction or tamponade in the immediate postoperative period. Only 2% of the patients had bleeding, 4,4% had a permanent pacemaker implanted and only 1,1% had a stroke; 78% had calcification of the aortic valve, where 74,7% had significant stenosis. There was no statistically significant difference between the two groups for echocardiographic parameters. Higher values were observed for the group with conventional bioprostheses for left ventricular ejection fraction and diastolic diameter, maximum, and mean systolic gradients. It was concluded that the conventional bioprostheses implant and sutureless prosthesis (PERCEVAL®) groups did not show statistically significant differences for the variables analysed in the aortic valve replacement surgery by ministernotomy and presented similar responses in the length of hospital stay, 30-day outcome and hemodynamic values.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em CirurgiaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCirurgia de substituição de valva aórticaValva sem suturaBiopróteses convencionaisTempo de circulação extracorpóreaTempo de clampeamento aórticoMiniesternotomiaTempo de circulação extracorpórea e anóxia na cirurgia de substituição valvar aórtica por miniesternotomia com implante de prótese sem sutura comparado a prótese convencionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTDISSERTAÇĀO Alvaro Monteiro Perazzo.pdf.txtDISSERTAÇĀO Alvaro Monteiro Perazzo.pdf.txtExtracted texttext/plain153300https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52091/4/DISSERTAC%cc%a7A%cc%84O%20Alvaro%20Monteiro%20Perazzo.pdf.txt6f75628ed9e52a42d04966c63a446f7cMD54THUMBNAILDISSERTAÇĀO Alvaro Monteiro Perazzo.pdf.jpgDISSERTAÇĀO Alvaro Monteiro Perazzo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1320https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52091/5/DISSERTAC%cc%a7A%cc%84O%20Alvaro%20Monteiro%20Perazzo.pdf.jpg5848fc24c8571185713637bb01199f95MD55ORIGINALDISSERTAÇĀO Alvaro Monteiro Perazzo.pdfDISSERTAÇĀO Alvaro Monteiro Perazzo.pdfapplication/pdf3295501https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52091/1/DISSERTAC%cc%a7A%cc%84O%20Alvaro%20Monteiro%20Perazzo.pdf375204f7c56059405d29d164f979d154MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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PERAZZO, Álvaro Monteiro. Tempo de circulação extracorpórea e anóxia na cirurgia de substituição valvar aórtica por miniesternotomia com implante de prótese sem sutura comparado a prótese convencional. 2023. Dissertação (Mestrado em Cirurgia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. ark:/64986/001300000p1bq |
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