A atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do ser
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30988 |
Resumo: | No contexto do curso de Mestrado, a relação que se estabelece entre orientando e orientador pode ter várias configurações, o que motiva o questionamento: de que forma a orientação acadêmica pode promover espaços de construção de conhecimentos na formação do orientando? Para investigar essa questão, recorremos a duas frentes teóricas. Por um lado, a filosofia da linguagem de Bakhtin (1988, 1997) e a hermenêutica da facticidade de Heidegger (2003, 2012a), que se entrelaçaram, permitindo-nos observar a história que os sujeitos constroem discursivamente. Recorremos também à Ergologia (SCHWARTZ, 1998 e FAÏTA, 2002), através da qual trabalhamos a noção de orientação acadêmica como atividade. Participaram da pesquisa uma professora do PPGL da UFPE, juntamente com uma de suas orientandas de mestrado. O corpus analisado foi formado pela transcrição de três sessões de orientação acadêmica; entrevistas semiestruturadas feitas com as participantes; e versões da dissertação da orientanda. Observamos, respaldados pela Ergologia, que a atividade de orientação impeliu os sujeitos a lidar com questões institucionais e pessoais, através das normas que regulam suas funções. Identificamos cinco normas antecedentes, postas pelo Regimento do PPGL, que geraram ações de renormalização singulares, fundidas às individualidades dos sujeitos. Dois valores institucionais emergiram na atividade: o compromisso com a formação do pesquisador e a produtividade acadêmica. Dentre os valores pessoais, identificamos a busca pela autonomia como um imperativo importante para a orientanda; enquanto as ações da orientadora destacaram o valor do cuidado; como dupla, ambas demonstraram o valor da colaboração, da responsabilidade compartilhada. No plano da análise dialógica, tomamos o espaço e a temporalidade como caminhos para a escuta atenta dos discursos das participantes, apoiando-nos nos conceitos de exotopia e cronotopia. Pela noção de exotopia, vimos o gesto exotópico de acabamento da orientadora, tanto sobre a escrita da orientanda como em relação ao seu amadurecimento pessoal. Analisando os enunciados da orientadora, identificamos comentários a) sobre a estrutura do texto, b) sobre o conteúdo e a organização da pesquisa, c) de confrontação, d) de elogio, e) com indicações teóricas, e f) com sugestão de análise. Ainda que o comentário de elogio seja o mais confortável, foi na tensão que se deu a maior contribuição da orientação. Esse sentido pode ter um acento negativo, de autocracia e silenciamento, mas aqui vimos a tensão como pluralidade e possibilidade de mudança. Isso só é possível se houver um princípio de escuta à palavra do outro, fundado sobre o diálogo e guiado pela ética do ato responsável. Por sua vez, as respostas da orientanda evidenciaram um progressivo desenvolvimento na interpretação do objeto de estudo sob a sua perspectiva. Junto à voz da orientanda, o discurso de autoridade apareceu de modo bastante marcado através da referência teórica, indicando o reconhecimento e assimilação da palavra de autoridade. Por outro lado, vimos a exposição da palavra interna da orientanda como uma busca pela fala autêntica, que representa o sujeito em sua historicidade. |
id |
UFPE_564ac6613dbab8cb1a28ea6475f1124a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30988 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
ARAÚJO, Karla Daniele de Souzahttp://lattes.cnpq.br/7749220779447931http://lattes.cnpq.br/8292323487800280SAMPAIO, Maria Cristina Hennes2019-06-07T22:27:54Z2019-06-07T22:27:54Z2018-03-08https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30988No contexto do curso de Mestrado, a relação que se estabelece entre orientando e orientador pode ter várias configurações, o que motiva o questionamento: de que forma a orientação acadêmica pode promover espaços de construção de conhecimentos na formação do orientando? Para investigar essa questão, recorremos a duas frentes teóricas. Por um lado, a filosofia da linguagem de Bakhtin (1988, 1997) e a hermenêutica da facticidade de Heidegger (2003, 2012a), que se entrelaçaram, permitindo-nos observar a história que os sujeitos constroem discursivamente. Recorremos também à Ergologia (SCHWARTZ, 1998 e FAÏTA, 2002), através da qual trabalhamos a noção de orientação acadêmica como atividade. Participaram da pesquisa uma professora do PPGL da UFPE, juntamente com uma de suas orientandas de mestrado. O corpus analisado foi formado pela transcrição de três sessões de orientação acadêmica; entrevistas semiestruturadas feitas com as participantes; e versões da dissertação da orientanda. Observamos, respaldados pela Ergologia, que a atividade de orientação impeliu os sujeitos a lidar com questões institucionais e pessoais, através das normas que regulam suas funções. Identificamos cinco normas antecedentes, postas pelo Regimento do PPGL, que geraram ações de renormalização singulares, fundidas às individualidades dos sujeitos. Dois valores institucionais emergiram na atividade: o compromisso com a formação do pesquisador e a produtividade acadêmica. Dentre os valores pessoais, identificamos a busca pela autonomia como um imperativo importante para a orientanda; enquanto as ações da orientadora destacaram o valor do cuidado; como dupla, ambas demonstraram o valor da colaboração, da responsabilidade compartilhada. No plano da análise dialógica, tomamos o espaço e a temporalidade como caminhos para a escuta atenta dos discursos das participantes, apoiando-nos nos conceitos de exotopia e cronotopia. Pela noção de exotopia, vimos o gesto exotópico de acabamento da orientadora, tanto sobre a escrita da orientanda como em relação ao seu amadurecimento pessoal. Analisando os enunciados da orientadora, identificamos comentários a) sobre a estrutura do texto, b) sobre o conteúdo e a organização da pesquisa, c) de confrontação, d) de elogio, e) com indicações teóricas, e f) com sugestão de análise. Ainda que o comentário de elogio seja o mais confortável, foi na tensão que se deu a maior contribuição da orientação. Esse sentido pode ter um acento negativo, de autocracia e silenciamento, mas aqui vimos a tensão como pluralidade e possibilidade de mudança. Isso só é possível se houver um princípio de escuta à palavra do outro, fundado sobre o diálogo e guiado pela ética do ato responsável. Por sua vez, as respostas da orientanda evidenciaram um progressivo desenvolvimento na interpretação do objeto de estudo sob a sua perspectiva. Junto à voz da orientanda, o discurso de autoridade apareceu de modo bastante marcado através da referência teórica, indicando o reconhecimento e assimilação da palavra de autoridade. Por outro lado, vimos a exposição da palavra interna da orientanda como uma busca pela fala autêntica, que representa o sujeito em sua historicidade.In the context of the Master's course, the relationship established between the student and the supervisor can have several configurations, which motivates the questioning: in what way can academic orientation promote spaces for building knowledge in the formation of the student? To investigate this question, we have recourse to two theoretical fronts. On the one hand, Bakhtin's philosophy of language (1988, 1997) and Heidegger's hermeneutics of facticity (2003, 2012a) have become intertwined, allowing us to observe the story that the subjects construct discursively. We also refer to Ergology (SCHWARTZ, 1998 and FAÏTA, 2002), through which we work on the notion of academic orientation as an activity. Participated in the research a teacher of the PPGL of the UFPE, along with one of her masters student. The corpus analyzed was formed by the transcription of three sessions of academic orientation; semi-structured interviews with participants; and versions of the dissertation of the student. We observed, supported by Ergology, that the activity of orientation impelled subjects to deal with institutional and personal issues, through the norms that regulate their functions. We identified five antecedent norms, set by the PPGL Rules, that generated singular renormalization actions, fused to the subjects individualities. Two institutional values emerged in the activity: the commitment to the researcher's training and academic productivity. Among personal values, we identify the search for autonomy as an important imperative for the student; while the actions of the supervisor highlighted the value of care; as a pair, both demonstrated the value of collaboration, of shared responsibility. At the level of dialogical analysis, we take the space and the temporality as ways to attentively listen to the participants' discourses, relying on the concepts of exotopy and chronotopy. Through the notion of exotopy, we saw the finishing exotopic gesture of the supervisor, as much on the writing of the student as on its personal maturation. Analyzing the statements of the supervisor, we identified comments a) about the structure of the text, b) about the content and organization of the research, c) of confrontation, d) of praise, e) with theoretical indications, and f) with suggestion of analysis. Although the comment of praise is the most comfortable, it was in the tension that gave the greatest contribution of the orientation. This sense may have a negative accent, of autocracy and silencing, but here we see the tension as plurality and possibility of change. This is only possible if there is a principle of listening to the word of the other, based on dialogue and guided by the ethics of the responsible act. In turn, the responses of the student showed a progressive development in the interpretation of the object of study from its perspective. With the voice of the student, the discourse of authority appeared quite markedly through the theoretical reference, indicating the recognition and assimilation of the word of authority. On the other hand, we have seen the exposition of the inner word of the student as a search for authentic speech, which represents the individual in his historicity.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessOrientação acadêmicaAnálise dialógica do discursoHermenêutica da facticidadeErgologiaA atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do serinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Karla Daniele de Souza Araújo.pdf.jpgTESE Karla Daniele de Souza Araújo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1159https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/5/TESE%20Karla%20Daniele%20de%20Souza%20Ara%c3%bajo.pdf.jpgda6db477254310c521b48809a2899fdeMD55ORIGINALTESE Karla Daniele de Souza Araújo.pdfTESE Karla Daniele de Souza Araújo.pdfapplication/pdf1379209https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/1/TESE%20Karla%20Daniele%20de%20Souza%20Ara%c3%bajo.pdffa8c781189598b7fef2d2442cd4cdf41MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Karla Daniele de Souza Araújo.pdf.txtTESE Karla Daniele de Souza Araújo.pdf.txtExtracted texttext/plain474401https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/4/TESE%20Karla%20Daniele%20de%20Souza%20Ara%c3%bajo.pdf.txtdfbd4169164e7a6a2385337099500aabMD54123456789/309882019-10-25 23:24:58.296oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30988TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T02:24:58Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do ser |
title |
A atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do ser |
spellingShingle |
A atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do ser ARAÚJO, Karla Daniele de Souza Orientação acadêmica Análise dialógica do discurso Hermenêutica da facticidade Ergologia |
title_short |
A atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do ser |
title_full |
A atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do ser |
title_fullStr |
A atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do ser |
title_full_unstemmed |
A atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do ser |
title_sort |
A atividade de orientação acadêmica: espaço para o encontro, a mudança e abertura do ser |
author |
ARAÚJO, Karla Daniele de Souza |
author_facet |
ARAÚJO, Karla Daniele de Souza |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7749220779447931 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8292323487800280 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
ARAÚJO, Karla Daniele de Souza |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
SAMPAIO, Maria Cristina Hennes |
contributor_str_mv |
SAMPAIO, Maria Cristina Hennes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Orientação acadêmica Análise dialógica do discurso Hermenêutica da facticidade Ergologia |
topic |
Orientação acadêmica Análise dialógica do discurso Hermenêutica da facticidade Ergologia |
description |
No contexto do curso de Mestrado, a relação que se estabelece entre orientando e orientador pode ter várias configurações, o que motiva o questionamento: de que forma a orientação acadêmica pode promover espaços de construção de conhecimentos na formação do orientando? Para investigar essa questão, recorremos a duas frentes teóricas. Por um lado, a filosofia da linguagem de Bakhtin (1988, 1997) e a hermenêutica da facticidade de Heidegger (2003, 2012a), que se entrelaçaram, permitindo-nos observar a história que os sujeitos constroem discursivamente. Recorremos também à Ergologia (SCHWARTZ, 1998 e FAÏTA, 2002), através da qual trabalhamos a noção de orientação acadêmica como atividade. Participaram da pesquisa uma professora do PPGL da UFPE, juntamente com uma de suas orientandas de mestrado. O corpus analisado foi formado pela transcrição de três sessões de orientação acadêmica; entrevistas semiestruturadas feitas com as participantes; e versões da dissertação da orientanda. Observamos, respaldados pela Ergologia, que a atividade de orientação impeliu os sujeitos a lidar com questões institucionais e pessoais, através das normas que regulam suas funções. Identificamos cinco normas antecedentes, postas pelo Regimento do PPGL, que geraram ações de renormalização singulares, fundidas às individualidades dos sujeitos. Dois valores institucionais emergiram na atividade: o compromisso com a formação do pesquisador e a produtividade acadêmica. Dentre os valores pessoais, identificamos a busca pela autonomia como um imperativo importante para a orientanda; enquanto as ações da orientadora destacaram o valor do cuidado; como dupla, ambas demonstraram o valor da colaboração, da responsabilidade compartilhada. No plano da análise dialógica, tomamos o espaço e a temporalidade como caminhos para a escuta atenta dos discursos das participantes, apoiando-nos nos conceitos de exotopia e cronotopia. Pela noção de exotopia, vimos o gesto exotópico de acabamento da orientadora, tanto sobre a escrita da orientanda como em relação ao seu amadurecimento pessoal. Analisando os enunciados da orientadora, identificamos comentários a) sobre a estrutura do texto, b) sobre o conteúdo e a organização da pesquisa, c) de confrontação, d) de elogio, e) com indicações teóricas, e f) com sugestão de análise. Ainda que o comentário de elogio seja o mais confortável, foi na tensão que se deu a maior contribuição da orientação. Esse sentido pode ter um acento negativo, de autocracia e silenciamento, mas aqui vimos a tensão como pluralidade e possibilidade de mudança. Isso só é possível se houver um princípio de escuta à palavra do outro, fundado sobre o diálogo e guiado pela ética do ato responsável. Por sua vez, as respostas da orientanda evidenciaram um progressivo desenvolvimento na interpretação do objeto de estudo sob a sua perspectiva. Junto à voz da orientanda, o discurso de autoridade apareceu de modo bastante marcado através da referência teórica, indicando o reconhecimento e assimilação da palavra de autoridade. Por outro lado, vimos a exposição da palavra interna da orientanda como uma busca pela fala autêntica, que representa o sujeito em sua historicidade. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-03-08 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-06-07T22:27:54Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-06-07T22:27:54Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30988 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30988 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Letras |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/5/TESE%20Karla%20Daniele%20de%20Souza%20Ara%c3%bajo.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/1/TESE%20Karla%20Daniele%20de%20Souza%20Ara%c3%bajo.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30988/4/TESE%20Karla%20Daniele%20de%20Souza%20Ara%c3%bajo.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
da6db477254310c521b48809a2899fde fa8c781189598b7fef2d2442cd4cdf41 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 dfbd4169164e7a6a2385337099500aab |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1793515720788672512 |