Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUZA, Laudilse de Morais
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48941
Resumo: A suspensão do ensino presencial em decorrência da pandemia de COVID-19 trouxe como consequência a interrupção do fornecimento da alimentação escolar. Nesse contexto, decidiu-se estimar a prevalência de anemia em pré-escolares matriculados em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Maceió-AL, caracterizar a sua gravidade, sua distribuição no panorama da segurança alimentar das famílias, os fatores associados, bem como, o consumo de alimentos ultraprocessados. Trata-se de um estudo transversal com uma amostra aleatória selecionada por conglomerado envolvendo 243 crianças de 24 a 59 meses, matriculadas em período integral em CMEIs do município de Maceió-AL. Foram avaliadas as concentrações de hemoglobina, aferidos o peso e a estatura corporal, caracterizado o perfil socioeconômico-demográfico e de saúde e consumo de alimentos ultraprocessados. A prevalência de anemia foi de 37,6% (IC95% 31,7-43,8), classificada como um problema de saúde pública moderado, de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde. Tomando-se como base as concentrações de hemoglobina, 83,5% (IC95% 74,9-90,0) das crianças com anemia foram classificadas com anemia leve (Hb 9,00 g/dL a <11,00 g/dL), 15,4% (IC95% 9,1-23,8) com anemia moderada (Hb7,00 g/dL a < 9,00 g/dL) e 1,1% (IC95% 0,1-5,0) com anemia grave (Hb<7,00 g/dL). O modelo de regressão de Poisson com variância robusta mostrou que o recebimento do auxílio emergencial durante a pandemia reduziu em cerca de 10% a prevalência de anemia (RP= 0,91 IC95% 0,84 – 0,99). A insegurança alimentar estimada pela EBIA, atingiu 90% (IC86,1-93,9) da população estudada, sendo 63,3% (IC95% 55,9-69,2) de insegurança leve, 23,3% (IC 95% 17,8-29,5) de insegurança moderada e 13,5% (IC95% 9,00-18,5) de insegurança grave. Na análise multivariada hierárquica as variáveis que se associaram à insegurança alimentar foram escolaridade materna (RP= 1,65 IC95% 1,15-2,36), estado civil (RP=1,49 IC95% 1,05-2,11) e falta de comida na pandemia (RP=2,30 IC95%1,60-3,31). Observou-se que 34,9% (IC95% 28,8-41,0) das crianças apresentavam excesso de peso (somatório de risco de sobrepeso, sobrepeso e obesidade); desse total, 34,1% (IC95% 23,9-44,4) apresentavam anemia. O consumo diário de alimentos ultraprocessados levantado através de questionário de frequência de consumo alimentar, atingiu a prevalência de 10,6% (CI95% 6,7-14,6), e o semanal 66,68% (CI95%.60,8-82,8). O modelo de regressão de Poisson com variância robusta mostrou que o recebimento de doação de gêneros se manteve como fator de risco para o consumo de alimentos ultraprocessados (RP = 1,23; IC p = 0,01) e o aleitamento materno por um período menor de seis meses, se mostrou como um fator de proteção (RP = 0,85; IC p=0,04). Foram evidenciadas prevalências elevadas de insegurança alimentar, anemia e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares. O auxílio emergencial se constituiu como um fator de proteção contra a anemia, enquanto que a baixa escolaridade materna, o estado civil de solteira e a falta de alimentos aumentam o risco de insegurança alimentar no domicílio. A doação de gêneros alimentícios tende a elevar o consumo de alimentos ultraprocessados, enquanto que o aleitamento materno por menos de seis meses tende a declinar o consumo excessivo desse tipo de alimento.
id UFPE_6a98a1dcc70ba53541521228ca08cb84
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/48941
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SOUZA, Laudilse de Moraishttp://lattes.cnpq.br/3560789734851574http://lattes.cnpq.br/5766586498639655http://lattes.cnpq.br/0131021233181488DINIZ, Alcides da SilvaATAÍDE, Terezinha da Rocha2023-02-03T13:16:45Z2023-02-03T13:16:45Z2022-12-16SOUZA, Laudilse de Morais. Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19. 2022. Tese (Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48941A suspensão do ensino presencial em decorrência da pandemia de COVID-19 trouxe como consequência a interrupção do fornecimento da alimentação escolar. Nesse contexto, decidiu-se estimar a prevalência de anemia em pré-escolares matriculados em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Maceió-AL, caracterizar a sua gravidade, sua distribuição no panorama da segurança alimentar das famílias, os fatores associados, bem como, o consumo de alimentos ultraprocessados. Trata-se de um estudo transversal com uma amostra aleatória selecionada por conglomerado envolvendo 243 crianças de 24 a 59 meses, matriculadas em período integral em CMEIs do município de Maceió-AL. Foram avaliadas as concentrações de hemoglobina, aferidos o peso e a estatura corporal, caracterizado o perfil socioeconômico-demográfico e de saúde e consumo de alimentos ultraprocessados. A prevalência de anemia foi de 37,6% (IC95% 31,7-43,8), classificada como um problema de saúde pública moderado, de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde. Tomando-se como base as concentrações de hemoglobina, 83,5% (IC95% 74,9-90,0) das crianças com anemia foram classificadas com anemia leve (Hb 9,00 g/dL a <11,00 g/dL), 15,4% (IC95% 9,1-23,8) com anemia moderada (Hb7,00 g/dL a < 9,00 g/dL) e 1,1% (IC95% 0,1-5,0) com anemia grave (Hb<7,00 g/dL). O modelo de regressão de Poisson com variância robusta mostrou que o recebimento do auxílio emergencial durante a pandemia reduziu em cerca de 10% a prevalência de anemia (RP= 0,91 IC95% 0,84 – 0,99). A insegurança alimentar estimada pela EBIA, atingiu 90% (IC86,1-93,9) da população estudada, sendo 63,3% (IC95% 55,9-69,2) de insegurança leve, 23,3% (IC 95% 17,8-29,5) de insegurança moderada e 13,5% (IC95% 9,00-18,5) de insegurança grave. Na análise multivariada hierárquica as variáveis que se associaram à insegurança alimentar foram escolaridade materna (RP= 1,65 IC95% 1,15-2,36), estado civil (RP=1,49 IC95% 1,05-2,11) e falta de comida na pandemia (RP=2,30 IC95%1,60-3,31). Observou-se que 34,9% (IC95% 28,8-41,0) das crianças apresentavam excesso de peso (somatório de risco de sobrepeso, sobrepeso e obesidade); desse total, 34,1% (IC95% 23,9-44,4) apresentavam anemia. O consumo diário de alimentos ultraprocessados levantado através de questionário de frequência de consumo alimentar, atingiu a prevalência de 10,6% (CI95% 6,7-14,6), e o semanal 66,68% (CI95%.60,8-82,8). O modelo de regressão de Poisson com variância robusta mostrou que o recebimento de doação de gêneros se manteve como fator de risco para o consumo de alimentos ultraprocessados (RP = 1,23; IC p = 0,01) e o aleitamento materno por um período menor de seis meses, se mostrou como um fator de proteção (RP = 0,85; IC p=0,04). Foram evidenciadas prevalências elevadas de insegurança alimentar, anemia e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares. O auxílio emergencial se constituiu como um fator de proteção contra a anemia, enquanto que a baixa escolaridade materna, o estado civil de solteira e a falta de alimentos aumentam o risco de insegurança alimentar no domicílio. A doação de gêneros alimentícios tende a elevar o consumo de alimentos ultraprocessados, enquanto que o aleitamento materno por menos de seis meses tende a declinar o consumo excessivo desse tipo de alimento.The suspension of face-to-face teaching due to the COVID-19 pandemic resulted in the interruption of the supply of school meals. In this context, it was decided to estimate the prevalence of anemia in preschool enrolled in Municipal Centers for Early Childhood Education (CMEIs) in Maceió-AL, to characterize its severity, its distribution in the panorama of food security of families, the associated factors, as well as such as the consumption of ultra-processed foods. This is a cross-sectional study with a random sample selected by conglomerate involving 243 children aged 24 to 59 months, enrolled full-time in CMEIs in the city of Maceió-AL. Hemoglobin concentrations were evaluated, body weight and height were measured, the socioeconomic-demographic and health profile and consumption of ultra-processed foods were characterized. The prevalence of anemia was 37.6% (CI95% 31.7-43.8), classified as a moderate public health problem, according to the criteria of the World Health Organization. Based on hemoglobin concentrations, 83.5% (CI95% 74.9-90.0) of the children with anemia were classified as having mild anemia (Hb 9.00 g/dL to <11.00 g/dL), 15.4% (CI95% 9.1-23.8) with moderate anemia (Hb7.00 g/dL to < 9.00 g/dL) and 1.1% (CI95% 0.1-5.0) with severe anemia (Hb<7.00 g/dL). The Poisson regression model with robust variance showed that receiving emergency aid during the pandemic reduced the prevalence of anemia by about 10% (PR= 0.91 CI95% 0.84 – 0.99). Food insecurity estimated by the EBIA reached 90% (CI95% 86.1-93.9) of the studied population, with 63.3% (CI95% 55.9-69.2) of mild insecurity, 23.3% (CI95% 17.8- 29.5) of moderate insecurity and 13.5% (CI95% 9.00-18.5) of severe insecurity. In the hierarchical multivariate analysis, the variables that were associated with food insecurity were maternal education (PR= 1.65 CI95% 1.15-2.36), marital status (PR=1.49 CI95% 1.05-2.11) and lack of food during the pandemic (PR=2.30 CI95% 1.60-3.31). It was observed that 34.9% (CI95% 28.8-41.0) of the children were overweight (sum risk of overweight, overweight and obesity); of this total, 34.1% (CI95% 23.9-44.4) had anemia. The daily consumption of ultra-processed foods surveyed through a food consumption frequency questionnaire reached a prevalence of 10.6% (CI95% 6.7-14.6), and weekly consumption 66.68% (CI95%.60.8-82.8). The Poisson regression model with robust variance showed that receiving gender donations remained a risk factor for consumption of ultra-processed foods (PR = 1.23; CI p = 0.01) and breastfeeding for a period less than six months, proved to be a protective factor (PR = 0.85; CI p=0.04). High prevalence of food insecurity, anemia and consumption of ultra-processed foods in preschoolers was evidenced. Emergency aid was a protective factor against anemia, while low maternal education, single marital status and lack of food increase the risk of food insecurity at home. consumption of ultra-processed foods, while breastfeeding for less than six months tends to reduce the excessive consumption of this type of food.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do AdolescenteUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAnemiaInsegurança AlimentarCOVID-19Alimentos UltraprocessadosAnemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Laudilse de Morais Souza.pdf.txtTESE Laudilse de Morais Souza.pdf.txtExtracted texttext/plain182284https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/4/TESE%20Laudilse%20de%20Morais%20Souza.pdf.txt9de12ce774b2811cc6f66b269a1b8f6dMD54THUMBNAILTESE Laudilse de Morais Souza.pdf.jpgTESE Laudilse de Morais Souza.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1220https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/5/TESE%20Laudilse%20de%20Morais%20Souza.pdf.jpg54eb1fa9c059e3af03ae0071d9857b65MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53ORIGINALTESE Laudilse de Morais Souza.pdfTESE Laudilse de Morais Souza.pdfapplication/pdf1106917https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/1/TESE%20Laudilse%20de%20Morais%20Souza.pdf5af22d0f3ae5137fe8d94dd95448d8d8MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52123456789/489412023-02-04 02:17:59.916oai:repositorio.ufpe.br:123456789/48941VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-02-04T05:17:59Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19
title Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19
spellingShingle Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19
SOUZA, Laudilse de Morais
Anemia
Insegurança Alimentar
COVID-19
Alimentos Ultraprocessados
title_short Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19
title_full Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19
title_fullStr Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19
title_full_unstemmed Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19
title_sort Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19
author SOUZA, Laudilse de Morais
author_facet SOUZA, Laudilse de Morais
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3560789734851574
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5766586498639655
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0131021233181488
dc.contributor.author.fl_str_mv SOUZA, Laudilse de Morais
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv DINIZ, Alcides da Silva
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv ATAÍDE, Terezinha da Rocha
contributor_str_mv DINIZ, Alcides da Silva
ATAÍDE, Terezinha da Rocha
dc.subject.por.fl_str_mv Anemia
Insegurança Alimentar
COVID-19
Alimentos Ultraprocessados
topic Anemia
Insegurança Alimentar
COVID-19
Alimentos Ultraprocessados
description A suspensão do ensino presencial em decorrência da pandemia de COVID-19 trouxe como consequência a interrupção do fornecimento da alimentação escolar. Nesse contexto, decidiu-se estimar a prevalência de anemia em pré-escolares matriculados em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Maceió-AL, caracterizar a sua gravidade, sua distribuição no panorama da segurança alimentar das famílias, os fatores associados, bem como, o consumo de alimentos ultraprocessados. Trata-se de um estudo transversal com uma amostra aleatória selecionada por conglomerado envolvendo 243 crianças de 24 a 59 meses, matriculadas em período integral em CMEIs do município de Maceió-AL. Foram avaliadas as concentrações de hemoglobina, aferidos o peso e a estatura corporal, caracterizado o perfil socioeconômico-demográfico e de saúde e consumo de alimentos ultraprocessados. A prevalência de anemia foi de 37,6% (IC95% 31,7-43,8), classificada como um problema de saúde pública moderado, de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde. Tomando-se como base as concentrações de hemoglobina, 83,5% (IC95% 74,9-90,0) das crianças com anemia foram classificadas com anemia leve (Hb 9,00 g/dL a <11,00 g/dL), 15,4% (IC95% 9,1-23,8) com anemia moderada (Hb7,00 g/dL a < 9,00 g/dL) e 1,1% (IC95% 0,1-5,0) com anemia grave (Hb<7,00 g/dL). O modelo de regressão de Poisson com variância robusta mostrou que o recebimento do auxílio emergencial durante a pandemia reduziu em cerca de 10% a prevalência de anemia (RP= 0,91 IC95% 0,84 – 0,99). A insegurança alimentar estimada pela EBIA, atingiu 90% (IC86,1-93,9) da população estudada, sendo 63,3% (IC95% 55,9-69,2) de insegurança leve, 23,3% (IC 95% 17,8-29,5) de insegurança moderada e 13,5% (IC95% 9,00-18,5) de insegurança grave. Na análise multivariada hierárquica as variáveis que se associaram à insegurança alimentar foram escolaridade materna (RP= 1,65 IC95% 1,15-2,36), estado civil (RP=1,49 IC95% 1,05-2,11) e falta de comida na pandemia (RP=2,30 IC95%1,60-3,31). Observou-se que 34,9% (IC95% 28,8-41,0) das crianças apresentavam excesso de peso (somatório de risco de sobrepeso, sobrepeso e obesidade); desse total, 34,1% (IC95% 23,9-44,4) apresentavam anemia. O consumo diário de alimentos ultraprocessados levantado através de questionário de frequência de consumo alimentar, atingiu a prevalência de 10,6% (CI95% 6,7-14,6), e o semanal 66,68% (CI95%.60,8-82,8). O modelo de regressão de Poisson com variância robusta mostrou que o recebimento de doação de gêneros se manteve como fator de risco para o consumo de alimentos ultraprocessados (RP = 1,23; IC p = 0,01) e o aleitamento materno por um período menor de seis meses, se mostrou como um fator de proteção (RP = 0,85; IC p=0,04). Foram evidenciadas prevalências elevadas de insegurança alimentar, anemia e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares. O auxílio emergencial se constituiu como um fator de proteção contra a anemia, enquanto que a baixa escolaridade materna, o estado civil de solteira e a falta de alimentos aumentam o risco de insegurança alimentar no domicílio. A doação de gêneros alimentícios tende a elevar o consumo de alimentos ultraprocessados, enquanto que o aleitamento materno por menos de seis meses tende a declinar o consumo excessivo desse tipo de alimento.
publishDate 2022
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-12-16
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-02-03T13:16:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-02-03T13:16:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SOUZA, Laudilse de Morais. Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19. 2022. Tese (Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48941
identifier_str_mv SOUZA, Laudilse de Morais. Anemia, insegurança alimentar e consumo de alimentos ultraprocessados em pré-escolares de Maceió no contexto da pandemia de COVID-19. 2022. Tese (Doutorado em Saúde da Criança e do Adolescente) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48941
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/4/TESE%20Laudilse%20de%20Morais%20Souza.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/5/TESE%20Laudilse%20de%20Morais%20Souza.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/1/TESE%20Laudilse%20de%20Morais%20Souza.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48941/2/license_rdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 9de12ce774b2811cc6f66b269a1b8f6d
54eb1fa9c059e3af03ae0071d9857b65
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973
5af22d0f3ae5137fe8d94dd95448d8d8
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310791749173248