Avaliação da ação biológica e da fotodegradação de emulsões contendo biflorina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Edson Renan Barros de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000kw7v
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12178
Resumo: A Capraria biflora L. é uma planta pertencente à família Scrophulariaceae que produz em suas raízes um composto violeta denominado biflorina, uma o-naftoquinona que possui potencial antimicrobiano frente a bactérias Gram-positivas e fungos, além de ação antitumoral frente a algumas linhagens celulares, como as células de melanoma. Todavia, a biflorina é uma molécula hidrofóbica e fotossensível, o que dificulta sua manipulação e uso. Com o intuito de promover uma veiculação mais efetiva com uma melhor estabilização e preservação da atividade desta substância, neste trabalho preparamos nanoemulsões a partir da biflorina. Para tanto, a biflorina foi obtida do extrato bruto das raízes de C. Biflora L. e purificada por meio de cromatografia líquida clássica seguida de recristalização em éter di-isopropílico. Sua estrutura foi confirmada por análises espectroscópicas convencionais como UV-Vis, Infravermelho e RMN de 1H e 13C. Para a preparação da nanoemulsão foram utilizados cristais de biflorina solubilizados em Tween 80 e Tween 20 e salina (a 0,9%) como fase aquosa. A caracterização da nanoemulsão e de sua estabilidade foi realizada por espectroscopia UV-Vis e espalhamento dinâmico de luz (DLS). As análises de DLS mostraram que as nanoemulsões são estáveis e apresentam um tamanho médio de aproximadamente 82 nm. A fotodegradação da biflorina em forma de nanoemulsão foi avaliada em uma câmara de fotoestabilidade, durante seis horas de exposição sob UV e luz branca, usando como parâmetro comparativo a biflorina dissolvida em etanol. Como controle positivo foi utilizada uma solução de quinino monocloridrato dihidratado a 2%. A avaliação da fotodegradação foi verificada através de espectroscopia UV-Vis e a fotoproteção conferida à biflorina pela nanoemulsão foi comprovada, visto que a biflorina nanoemulsionada precisou de cerca de três vezes mais tempo de exposição para se degradar em comparação à biflorina dissolvida em etanol. A ação biológica da biflorina foi testada em ensaios com Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis, Micrococcus aureus, Escherichia coli, Candida albicans e Candida krusei, a partir da sua dispersão em meio de cultura líquido, utilizando-se comparativamente, a ação da biflorina em DMSO a 10%. Sua ação biológica foi observada e apresentou atividade frente às espécies representativas dos grupos das bactérias e leveduras, com valores de Concentração Mínima Inibitória (CMI) para Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis e Micrococcus luteus inferiores a 3,12 μg/mL. A CMI para Escherichia coli foi maior do que 100 μg/mL, para Candida albicans, 12,5 μg/mL e para Candida krusei observou-se concentração maior que 50 μg/mL. Os valores de CMI foram semelhantes para a nanoemulsão e para a biflorina solubilizada em DMSO. Portanto, os resultados indicam que a veiculação da biflorina na forma de nanoemulsão preserva à atividade da substância e ainda possui o adicional de oferecer fotoproteção e favorecer sua aplicação em meio aquoso.
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Biflora L. e purificada por meio de cromatografia líquida clássica seguida de recristalização em éter di-isopropílico. Sua estrutura foi confirmada por análises espectroscópicas convencionais como UV-Vis, Infravermelho e RMN de 1H e 13C. Para a preparação da nanoemulsão foram utilizados cristais de biflorina solubilizados em Tween 80 e Tween 20 e salina (a 0,9%) como fase aquosa. A caracterização da nanoemulsão e de sua estabilidade foi realizada por espectroscopia UV-Vis e espalhamento dinâmico de luz (DLS). As análises de DLS mostraram que as nanoemulsões são estáveis e apresentam um tamanho médio de aproximadamente 82 nm. A fotodegradação da biflorina em forma de nanoemulsão foi avaliada em uma câmara de fotoestabilidade, durante seis horas de exposição sob UV e luz branca, usando como parâmetro comparativo a biflorina dissolvida em etanol. Como controle positivo foi utilizada uma solução de quinino monocloridrato dihidratado a 2%. A avaliação da fotodegradação foi verificada através de espectroscopia UV-Vis e a fotoproteção conferida à biflorina pela nanoemulsão foi comprovada, visto que a biflorina nanoemulsionada precisou de cerca de três vezes mais tempo de exposição para se degradar em comparação à biflorina dissolvida em etanol. A ação biológica da biflorina foi testada em ensaios com Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis, Micrococcus aureus, Escherichia coli, Candida albicans e Candida krusei, a partir da sua dispersão em meio de cultura líquido, utilizando-se comparativamente, a ação da biflorina em DMSO a 10%. Sua ação biológica foi observada e apresentou atividade frente às espécies representativas dos grupos das bactérias e leveduras, com valores de Concentração Mínima Inibitória (CMI) para Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis e Micrococcus luteus inferiores a 3,12 μg/mL. 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