Fonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: NETTO, Luiz Antonio de Sousa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30688
Resumo: O presente trabalho apresenta uma descrição do sistema fonológico da língua Nambikwára, ramo Nambikwára do Sul, falada pelos índios do grupo Nambikwára do Campo (Kithãulhú, Wakalitesú, Halotesú e Sawentesú), segundo a classificação de Telles (2002), habitantes da região do Cerrado no estado do Mato Grosso. São apresentados, descritos e analisados os fonemas que integram a Fonologia da língua, bem como os seus arranjos em sílabas fonética e fonológica. Buscou-se também analisar os tons além de processos fonológicos presentes nos dados. Para isso, revisita-se os trabalhos disponíveis sobre as línguas Nambikwára do Sul produzidos por Kroeker, M. (2001), Kroeker, B. (2003), Price (1976) e Lowe (1999), e faz-se uso de dados coletados in loco pelo autor, no ano de 2017, para as análises propostas. No que diz respeito à descrição fonológica, o estudo proposto se apoia incialmente na linguística estrutural norte-americana (PIKE, 1949; CAGLIARI, 2002) e subsequentemente, na descrição dos processos fonológicos, em autores como Hyman (1975), Lass (1984), Clements e Hume (1995), Spencer (1986), Kenstowicz (1994), Hayes (2009), dentre outros. Devido à sua natureza predominantemente polissintética, considera-se que a família Nambikwára, considerada uma família isolada, e uma das 41 famílias linguísticas sobreviventes no Brasil (RODRIGUES, 1986), apresenta fonologia e gramática complexas. Na fonologia segmental da língua, observa-se inventário consonantal mais reduzidos, ao passo que inventários vocálicos, mais extensos, podem alcançar mais de quinze segmentos fonológicos, devido à especificação laringal (creaky voice) para as vogais, características presentes em todas as línguas Nambikwára já estudadas. Foram observadas três realizações fonéticas distintas de pitch, dois de contorno e um de nível, no entanto, somente duas destas realizações são consideradas fonológicas: um tom baixo e um tom alto, ambos considerados tons de nível, os quais interagem para realizar foneticamente três formas distintas. Sincronicamente, diferentes línguas da família têm demonstrado a perda de alguns dos traços laringais, sendo esse processo bastante perceptível entre gerações (Kroeker M., 2001; Telles, 2002; Eberhard, 2009; Braga & Telles, 2014;), o qual pode promover distanciamento entre as línguas da família, além de incidir sobre seus sistemas fonológicos, reajustando-os internamente.
id UFPE_7276b070495d0f4153d11305d5a5ab23
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30688
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling NETTO, Luiz Antonio de Sousahttp://lattes.cnpq.br/3865683181717358http://lattes.cnpq.br/9868929094681867TELLES, Stella2019-05-14T18:44:21Z2019-05-14T18:44:21Z2018-03-08https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30688O presente trabalho apresenta uma descrição do sistema fonológico da língua Nambikwára, ramo Nambikwára do Sul, falada pelos índios do grupo Nambikwára do Campo (Kithãulhú, Wakalitesú, Halotesú e Sawentesú), segundo a classificação de Telles (2002), habitantes da região do Cerrado no estado do Mato Grosso. São apresentados, descritos e analisados os fonemas que integram a Fonologia da língua, bem como os seus arranjos em sílabas fonética e fonológica. Buscou-se também analisar os tons além de processos fonológicos presentes nos dados. Para isso, revisita-se os trabalhos disponíveis sobre as línguas Nambikwára do Sul produzidos por Kroeker, M. (2001), Kroeker, B. (2003), Price (1976) e Lowe (1999), e faz-se uso de dados coletados in loco pelo autor, no ano de 2017, para as análises propostas. No que diz respeito à descrição fonológica, o estudo proposto se apoia incialmente na linguística estrutural norte-americana (PIKE, 1949; CAGLIARI, 2002) e subsequentemente, na descrição dos processos fonológicos, em autores como Hyman (1975), Lass (1984), Clements e Hume (1995), Spencer (1986), Kenstowicz (1994), Hayes (2009), dentre outros. Devido à sua natureza predominantemente polissintética, considera-se que a família Nambikwára, considerada uma família isolada, e uma das 41 famílias linguísticas sobreviventes no Brasil (RODRIGUES, 1986), apresenta fonologia e gramática complexas. Na fonologia segmental da língua, observa-se inventário consonantal mais reduzidos, ao passo que inventários vocálicos, mais extensos, podem alcançar mais de quinze segmentos fonológicos, devido à especificação laringal (creaky voice) para as vogais, características presentes em todas as línguas Nambikwára já estudadas. Foram observadas três realizações fonéticas distintas de pitch, dois de contorno e um de nível, no entanto, somente duas destas realizações são consideradas fonológicas: um tom baixo e um tom alto, ambos considerados tons de nível, os quais interagem para realizar foneticamente três formas distintas. Sincronicamente, diferentes línguas da família têm demonstrado a perda de alguns dos traços laringais, sendo esse processo bastante perceptível entre gerações (Kroeker M., 2001; Telles, 2002; Eberhard, 2009; Braga & Telles, 2014;), o qual pode promover distanciamento entre as línguas da família, além de incidir sobre seus sistemas fonológicos, reajustando-os internamente.This study presents a description of the segmental phonological system of the Southern Nambikwára language spoken by the indigenous peoples belonging to the Nambikwára do Campo group (Kithãulhú, Wakalitesú, Halotesú and Sawentesú), according to the classification of Telles (2002), who inhabit the Cerrado region in the state of Mato Grosso, Brazil. We present, describe and analyze the phonemes that integrate the Phonology of the language, as well as how they are arranged into phonetic and phonological syllables. We also sought to analyze the tones and the phonological processes which occured in the analyzed data. In order to achieve such aims, we revisited the available studies on the Southern Nambikwára languages conducted by Kroeker, M. (2001), Kroeker, B. (2003), Price (1976) and Lowe (1999), and made use of data collected in situ by this study proponent in 2017. Regarding the phonological description, this research is based initially on American Structural Linguistics (PIKE, 1949; CAGLIARI, 2002), and subsequently on the section concerning the description of phonological processes, the theoretical framework proposed by Hyman (1975), Lass (1984), Clements and Hume (1995), Spencer (1986), Kenstowicz (1994), Hayes (2009), among others. Due to its predominantly polysynthetic nature, the Nambikwára linguistic family, considered to be an isolated language family and one of the 41 surviving language families in Brazil (RODRIGUES, 1986), presents complex phonology and grammar. In the segmental phonology of the language, a smaller consonantal inventory can be observed, whereas the vowel inventory comprises more than fifteen phonological segments, due to the creaky voice specification for the vowels, a common feature to all previously described Nambikwára languages. We observed three different pitch manifestations at the word level, being two contour tones (rising and falling) and one low level tone. Nevertheless, only two tones are considered underlying: a low tone and a high tone, namely level tones, which interact to produce phonetically three distinct surface realizations. Synchronously, different languages of the family have demonstrated the loss of some of laryngeal features, which can be perceived among the youngest generations (KROEKER M., 2001; TELLES, 2002; EBERHARD, 2009; BRAGA & TELLES, 2014) which may promote linguistic drfting among the languages of the Nambikwára language family, as well as affect their phonological systems, readjusting them internally.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessNambikwára do CampoNambikwára do SulFonologiaFonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Luiz Antonio de Sousa Netto.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Luiz Antonio de Sousa Netto.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1155https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Luiz%20Antonio%20de%20Sousa%20Netto.pdf.jpga9b51639467c5994a7b659f6faa8019eMD56ORIGINALDISSERTAÇÃO Luiz Antonio de Sousa Netto.pdfDISSERTAÇÃO Luiz Antonio de Sousa Netto.pdfapplication/pdf3870532https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Luiz%20Antonio%20de%20Sousa%20Netto.pdfdb65580f1439a195da908d5d8b9871e3MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/4/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD54TEXTDISSERTAÇÃO Luiz Antonio de Sousa Netto.pdf.txtDISSERTAÇÃO Luiz Antonio de Sousa Netto.pdf.txtExtracted texttext/plain376057https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Luiz%20Antonio%20de%20Sousa%20Netto.pdf.txt91191510c70085dea9efd5875f1df19aMD55123456789/306882019-10-25 10:30:54.494oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30688TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T13:30:54Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Fonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)
title Fonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)
spellingShingle Fonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)
NETTO, Luiz Antonio de Sousa
Nambikwára do Campo
Nambikwára do Sul
Fonologia
title_short Fonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)
title_full Fonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)
title_fullStr Fonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)
title_full_unstemmed Fonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)
title_sort Fonologia do grupo Nambikwára do Campo (Nambikwára do Sul)
author NETTO, Luiz Antonio de Sousa
author_facet NETTO, Luiz Antonio de Sousa
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3865683181717358
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9868929094681867
dc.contributor.author.fl_str_mv NETTO, Luiz Antonio de Sousa
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv TELLES, Stella
contributor_str_mv TELLES, Stella
dc.subject.por.fl_str_mv Nambikwára do Campo
Nambikwára do Sul
Fonologia
topic Nambikwára do Campo
Nambikwára do Sul
Fonologia
description O presente trabalho apresenta uma descrição do sistema fonológico da língua Nambikwára, ramo Nambikwára do Sul, falada pelos índios do grupo Nambikwára do Campo (Kithãulhú, Wakalitesú, Halotesú e Sawentesú), segundo a classificação de Telles (2002), habitantes da região do Cerrado no estado do Mato Grosso. São apresentados, descritos e analisados os fonemas que integram a Fonologia da língua, bem como os seus arranjos em sílabas fonética e fonológica. Buscou-se também analisar os tons além de processos fonológicos presentes nos dados. Para isso, revisita-se os trabalhos disponíveis sobre as línguas Nambikwára do Sul produzidos por Kroeker, M. (2001), Kroeker, B. (2003), Price (1976) e Lowe (1999), e faz-se uso de dados coletados in loco pelo autor, no ano de 2017, para as análises propostas. No que diz respeito à descrição fonológica, o estudo proposto se apoia incialmente na linguística estrutural norte-americana (PIKE, 1949; CAGLIARI, 2002) e subsequentemente, na descrição dos processos fonológicos, em autores como Hyman (1975), Lass (1984), Clements e Hume (1995), Spencer (1986), Kenstowicz (1994), Hayes (2009), dentre outros. Devido à sua natureza predominantemente polissintética, considera-se que a família Nambikwára, considerada uma família isolada, e uma das 41 famílias linguísticas sobreviventes no Brasil (RODRIGUES, 1986), apresenta fonologia e gramática complexas. Na fonologia segmental da língua, observa-se inventário consonantal mais reduzidos, ao passo que inventários vocálicos, mais extensos, podem alcançar mais de quinze segmentos fonológicos, devido à especificação laringal (creaky voice) para as vogais, características presentes em todas as línguas Nambikwára já estudadas. Foram observadas três realizações fonéticas distintas de pitch, dois de contorno e um de nível, no entanto, somente duas destas realizações são consideradas fonológicas: um tom baixo e um tom alto, ambos considerados tons de nível, os quais interagem para realizar foneticamente três formas distintas. Sincronicamente, diferentes línguas da família têm demonstrado a perda de alguns dos traços laringais, sendo esse processo bastante perceptível entre gerações (Kroeker M., 2001; Telles, 2002; Eberhard, 2009; Braga & Telles, 2014;), o qual pode promover distanciamento entre as línguas da família, além de incidir sobre seus sistemas fonológicos, reajustando-os internamente.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-03-08
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-05-14T18:44:21Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-05-14T18:44:21Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30688
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30688
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Letras
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Luiz%20Antonio%20de%20Sousa%20Netto.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Luiz%20Antonio%20de%20Sousa%20Netto.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/4/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30688/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Luiz%20Antonio%20de%20Sousa%20Netto.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a9b51639467c5994a7b659f6faa8019e
db65580f1439a195da908d5d8b9871e3
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
91191510c70085dea9efd5875f1df19a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310664829534208