Fonologia segmental e suprassegmental do Nambikwara do Campo (Nambikwara do Sul)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: COSTA, Paula Mendes
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39842
Resumo: Este trabalho desenvolve a análise e a descrição segmental e suprassegmental da língua Nambikwara do Campo, que integra o ramo Nambikwara do Sul da família linguística Nambikwara, uma das 41 famílias linguísticas sobreviventes, hoje, no Brasil. O Nambikwara do Campo é uma língua falada pelos índios Kithãulhu, Halotesu, Sawentesu e Wakalitesu (TELLES, 2002) que habitam as Terras Indígenas Nambikwara e Sapezal, ambas localizadas no estado do Mato Grosso, na região do cerrado. O Nambikwara do Campo é uma língua com fonologia complexa, com uma intrincada interface fonético-fonológica e vários processos fonológicos que interagem com diferentes aspectos da gramática. O corpus utilizado para a realização desse trabalho compreende aproximadamente 100 horas de gravação recolhidas in loco pela autora em 2017. No que concerne à organização e à estrutura, o presente trabalho apresenta uma introdução, 4 capítulos e as considerações finais, além de um breve vocabulário Nambikwara do Campo-Português. Na introdução são apresentados os objetivos e a justificativa da pesquisa, além do referencial teórico utilizado. São apresentados, ainda, as metodologias de coleta e de análise de dados e um esquema da morfologia da palavra nominal e verbal da língua. O capítulo 1 trata da apresentação dos falantes da língua Nambikwara do Campo e traz um panorama da família linguística Nambikwara. O capítulo 2, por sua vez, aborda a fonologia segmental do Nambikwara do Campo. O capítulo 3 divide-se em duas partes. A primeira apresenta a sílaba da língua, que possui como molde fonológico a estrutura (C)V(C)(C) e permite até 3 posições na rima. A segunda parte é destinada aos processos fonológicos observados em Nambikwara do Campo, quais sejam: assimilação, redução/apagamento, epêntese, palatalização, coalescência consonantal, fortalecimento, aspiração, pré-oralização de coda nasal, alongamento e reduplicação.O capítulo 4 também se subdivide em duas partes. A primeira é dedicada ao acento na língua, que é previsível em raízes e lexical em morfemas gramaticais. O sistema acentual é sensível ao peso silábico. A segunda parte desse capítulo trata do sistema tonal do Nambikwara do Campo. A língua apresenta dois tons de nível fonológicos, o alto e o baixo, os quais podem se combinar em uma mesma sílaba e formar na superfície tons de contorno ascendente e descendente. Assim, a língua apresenta um sistema prosódico misto, com acento e tom lexicais. A última parte do trabalho traz as considerações finais, nas quais são apontados os resultados encontrados a partir das análises realizadas. Quanto à perspectiva teórica, o trabalho de descrição fonológica (e gramatical) aqui apresentado apoiou-se, inicialmente, nas técnicas da linguística distribucional para a identificação dos inventários segmentais da língua, conforme descrito em Hyman (1975) e Lass (1984), e, posteriormente, no arcabouço teórico fornecido pelas teorias fonológicas não-lineares, como a fonologia autossegmental, lexical e prosódica e a geometria dos traços, presentes em Goldsmith (1995), Spencer (1996), Clements e Hume (1995), entre outros. Foram levados em consideração, ainda, outros estudos existentes sobre línguas da família Nambikwara, a exemplo de Price (1976), Lowe (1999), Kroeker, M. (2001), Telles (2002), Kroeker, B. (2003), Eberhard (2009) e Braga (2017).
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O Nambikwara do Campo é uma língua com fonologia complexa, com uma intrincada interface fonético-fonológica e vários processos fonológicos que interagem com diferentes aspectos da gramática. O corpus utilizado para a realização desse trabalho compreende aproximadamente 100 horas de gravação recolhidas in loco pela autora em 2017. No que concerne à organização e à estrutura, o presente trabalho apresenta uma introdução, 4 capítulos e as considerações finais, além de um breve vocabulário Nambikwara do Campo-Português. Na introdução são apresentados os objetivos e a justificativa da pesquisa, além do referencial teórico utilizado. São apresentados, ainda, as metodologias de coleta e de análise de dados e um esquema da morfologia da palavra nominal e verbal da língua. O capítulo 1 trata da apresentação dos falantes da língua Nambikwara do Campo e traz um panorama da família linguística Nambikwara. O capítulo 2, por sua vez, aborda a fonologia segmental do Nambikwara do Campo. O capítulo 3 divide-se em duas partes. A primeira apresenta a sílaba da língua, que possui como molde fonológico a estrutura (C)V(C)(C) e permite até 3 posições na rima. A segunda parte é destinada aos processos fonológicos observados em Nambikwara do Campo, quais sejam: assimilação, redução/apagamento, epêntese, palatalização, coalescência consonantal, fortalecimento, aspiração, pré-oralização de coda nasal, alongamento e reduplicação.O capítulo 4 também se subdivide em duas partes. A primeira é dedicada ao acento na língua, que é previsível em raízes e lexical em morfemas gramaticais. O sistema acentual é sensível ao peso silábico. A segunda parte desse capítulo trata do sistema tonal do Nambikwara do Campo. A língua apresenta dois tons de nível fonológicos, o alto e o baixo, os quais podem se combinar em uma mesma sílaba e formar na superfície tons de contorno ascendente e descendente. Assim, a língua apresenta um sistema prosódico misto, com acento e tom lexicais. A última parte do trabalho traz as considerações finais, nas quais são apontados os resultados encontrados a partir das análises realizadas. Quanto à perspectiva teórica, o trabalho de descrição fonológica (e gramatical) aqui apresentado apoiou-se, inicialmente, nas técnicas da linguística distribucional para a identificação dos inventários segmentais da língua, conforme descrito em Hyman (1975) e Lass (1984), e, posteriormente, no arcabouço teórico fornecido pelas teorias fonológicas não-lineares, como a fonologia autossegmental, lexical e prosódica e a geometria dos traços, presentes em Goldsmith (1995), Spencer (1996), Clements e Hume (1995), entre outros. Foram levados em consideração, ainda, outros estudos existentes sobre línguas da família Nambikwara, a exemplo de Price (1976), Lowe (1999), Kroeker, M. (2001), Telles (2002), Kroeker, B. (2003), Eberhard (2009) e Braga (2017).CAPESFACEPEThis work provides the segmental and suprasegmental analysis and description of the Nambikwara do Campo language which is in the Nambikwara do Sul (Southern Nambikwara) branch of the Nambikwara language family, one of the 41 surviving linguistic families in Brazil. Nambikwara do Campo is spoken by the Kithãulhu, the Halotesu, the Sawentesu, and the Wakalitesu indigenous peoples (Telles, 2002), who live on the Nambikwara and Sapezal Indigenous Territories, located in the state of Mato Grosso, in the Cerrado region. Nambikwara do Campo is a phonologically complex language with an intricate phonetic-phonological interface which has many phonological processes that interact with different aspects of the grammar. To provide the first description of the segmental and suprasegmental phonology of Nambikwara do Campo, this project made use of a corpus comprised of approximately 100 hours of recordings collected in situ by the author in 2017. The introduction provides the research objectives and justification as well as the theoretical framework alongside the methodology for the data collection and analysis, and a layout of the morphology of the verbal and nominal word. Chapter 1 presents the speakers of the Nambikwara do Campo language and gives an overview of the Nambikwara linguistic family. Chapter 2 deals with the segmental phonology of Nambikwara do Campo. Chapter 3 is divided into two parts. The first is about the language's syllable, which is (C)V(C)(C) and permits up to three positions in the rime. The second part is dedicated to the phonological processes attested in Nambikwara do Campo, including assimilation, deletion, epenthesis, palatalization, consonantal coalescence, strengthening, aspiration, pre-oralization of the nasal coda, lengthening, and reduplication. Chapter 4 is also subdivided into two parts. The first analyzes the stress of the language, which is predictable in roots and is lexical in grammatical morphemes. The language’s stress system is sensitive to syllable weight. The second part of this chapter deals with the tonal system: the language has two phonological level tones, a high one and a low one, which can combine in the same syllable and form rising and falling contour tones. The prosodic system is mixed, combining stress and lexical tones. The last chapter is dedicated to final considerations, and summarizes the results which arose from the analyses and descriptions. Considering the theoretical perspective, the phonological (and grammatical) description work are based, initially, on distributional linguistic techniques to identify the segmental inventories of the language as described in Hyman (1975) and Lass (1984) and, subsequently, on the theoretical framework provided by the non-linear phonological theories, such as autosegmental, lexical, and prosodic phonology, and feature geometry as in Goldsmith (1995), Spencer (1996), Clements and Hume (1995), among others. Other studies about the languages of the Nambikwara family were also taken into account, including those of Price (1976), Lowe (1999), Kroeker (2001), Telles (2002), Kroeker (2003), Eberhard (2009), and Braga (2017).porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLínguas indígenas brasileirasFamília NambikwaraNambikwara do CampoFonologiaAnálise linguísticaFonologia segmental e suprassegmental do Nambikwara do Campo (Nambikwara do Sul)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Paula Mendes Costa.pdfTESE Paula Mendes Costa.pdfapplication/pdf4823048https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39842/1/TESE%20Paula%20Mendes%20Costa.pdf0ab9761700cb26d1ab7968472eebda31MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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