Fonologia segmental do lakondê (Família Nambikwára)
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11604 |
Resumo: | Embora seja considerado um país monolíngüe, subsistem no Brasil atualmente cerca de 180 línguas indígenas, a maior parte delas contando já com poucos falantes, haja vista a necessidade de comunicação com falantes da língua de maior prestígio social: o português. Dentre as línguas ameaçadas de extinção, destacamos neste trabalho a língua Lakondê, da família lingüística Nambikwára, que se encontra numa situação extrema: há apenas uma falante, a qual já se encontra em idade avançada. O nosso estudo tem como objetivo descrever e analisar a fonologia segmental da língua Lakondê, contribuindo, dessa forma, com o registro e a preservação das línguas indígenas brasileiras, em especial, as línguas da família Nambikwára. O corpus utilizado na pesquisa foi coletado in loco no ano de 2001, junto à última falante, moradora da cidade Vilhena-RO, pela pesquisadora Stella Telles. Os dados utilizados constam de palavras e frases do universo da informante, elicitadas pela pesquisadora. Para a identificação dos fonemas foram utilizados os procedimentos de descoberta da Fonologia Estruturalista (Hyman, 1975; Cagliari, 2002). Para a análise da estrutura silábica e dos processos fonológicos, tomamos como base teórica os pressupostos da Fonologia Não-Linear, encontrados em Clements (1990), Kenstowicz (1994), Goldshmith (1995), Blevins (1995), Clements & Hume (1995). O modelo adotado segue a ideia de que os segmentos são formados por um feixe de traços hierarquizados e autônomos, bem como entende que a sílaba também é estruturada internamente. A partir da nossa pesquisa, concluímos que o sistema fonológico do Lakondê é constituído por onze consoantes e dezesseis vogais. A sílaba tem como molde (C)V(V)(C)(C), dentre os quais, o único elemento obrigatório é a primeira posição nuclear, ocupada sempre por uma vogal, que pode, inclusive, formar sílaba sozinha. Foi verificada a ocorrência de processos estritamente fonológicos: assimilação (progressiva e regressiva), fortalecimento, lenição, apagamento, inserção e coalescência. |
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O nosso estudo tem como objetivo descrever e analisar a fonologia segmental da língua Lakondê, contribuindo, dessa forma, com o registro e a preservação das línguas indígenas brasileiras, em especial, as línguas da família Nambikwára. O corpus utilizado na pesquisa foi coletado in loco no ano de 2001, junto à última falante, moradora da cidade Vilhena-RO, pela pesquisadora Stella Telles. Os dados utilizados constam de palavras e frases do universo da informante, elicitadas pela pesquisadora. Para a identificação dos fonemas foram utilizados os procedimentos de descoberta da Fonologia Estruturalista (Hyman, 1975; Cagliari, 2002). Para a análise da estrutura silábica e dos processos fonológicos, tomamos como base teórica os pressupostos da Fonologia Não-Linear, encontrados em Clements (1990), Kenstowicz (1994), Goldshmith (1995), Blevins (1995), Clements & Hume (1995). O modelo adotado segue a ideia de que os segmentos são formados por um feixe de traços hierarquizados e autônomos, bem como entende que a sílaba também é estruturada internamente. A partir da nossa pesquisa, concluímos que o sistema fonológico do Lakondê é constituído por onze consoantes e dezesseis vogais. A sílaba tem como molde (C)V(V)(C)(C), dentre os quais, o único elemento obrigatório é a primeira posição nuclear, ocupada sempre por uma vogal, que pode, inclusive, formar sílaba sozinha. 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