Ocorrência de marcadores dos vírus das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo da região metropolitana de João Pessoa - Paraíba
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10133 |
Resumo: | As hepatites B e C constituem graves problemas de saúde pública a nível mundial, pelo seu caráter crônico podendo causar doença grave debilitante em grande parcela da população atingida. Vários grupos populacionais foram alvo de estudo dessas hepatites, de forma que a partir da década de 70, após a identificação dos marcadores virais para hepatite A (VHA) e hepatite B (VHB), passou-se a observar uma prevalência elevada de outro tipo de hepatite denominado de NANB, tendo na década seguinte sido identificado o vírus da hepatite C (VHC). A partir da década de noventa, passou a ser realizado de forma obrigatória em todos os doadores de sangue, o marcador anti-HBc total e o anti-HCV para identificação dos vírus da hepatite B e C, respectivamente. Houve vários estudos sobre a prevalência destes marcadores no grupo de doadores de sangue, porém estes estudos não traduzem a real prevalência dessas hepatites na população geral, pois se trata de um grupo específico. Após a introdução destes marcadores, verificou-se diminuição da incidência das hepatites B e C transmitidas por transfusão de sangue e hemoderivados, mas, mesmo assim, ainda persiste elevada prevalência destas hepatites na população mundial com maior incidência da hepatite B. Um grupo responsável pela persistência desta elevada incidência refere-se aos usuários de drogas injetáveis pelo compartilhamento de seringas e agulhas, entretanto foram identificadas outras formas de transmissão destas hepatites tais como a transmissão vertical, transmissão parenteral e a sexual, sendo esta última o objeto deste estudo. Para compor este estudo, dois trabalhos foram realizados com as seguintes finalidades: um artigo de revisão intitulado “Epidemiologia, fatores de risco e transmissão sexual das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo” e o artigo original denominado “Ocorrência dos marcadores séricos das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo na região metropolitana de João Pessoa”. No primeiro artigo, realizou-se a revisão bibliográfica referente à epidemiologia e à prevalência das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo. Os bancos de dados pesquisados foram do Medline e Scielo por meio do portal da Capes, Rima e do PubMed do EndNoteWeb 3.3, utilizando os seguintes unitermos em combinação: hepatite C (hepatitis C); hepatite B (hepatitis B); epidemiologia (epidemiology); fatores de risco (risk factors); transmissão (transmission). O artigo original foi resultado de um estudo realizado num grupo de 109 mulheres profissionais do sexo na região metropolitana de João Pessoa, para avaliar a ocorrência dos marcadores séricos das hepatites B e C associada a diversos fatores de risco, no período de abril a setembro de 2011. Para a realização do artigo original, um questionário foi aplicado para a obtenção de informações sobre dados demográficos, socioeconômicos e variáveis comportamentais. As mulheres foram abordadas nos seus locais de trabalho, ou seja, nas ruas e bares, sendo utilizada uma unidade móvel para esta captação. Foram testados os seguintes marcadores sorológicos: HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs e anti-HCV por ensaio imuno-enzimático com kits comerciais e o teste rápido anti-HCV foi realizado com metodologia imunocromatográfica. Foram avaliadas 106 profissionais do sexo no estudo, pois três foram excluídas. Dessas, duas se recusaram a retirar a amostra de sangue e em uma houve hemólise da amostra colhida. A idade média foi de 27,7 + 7,8 anos; já o tempo de profissão médio compreendeu 4 anos. O anti-HCV foi reagente em 01 (uma) profissional (0,9%), mas a pesquisa do RNA-VHC foi negativa. Não foi detectado em nenhuma das profissionais do sexo o marcador sorológico HBsAg. Algum anticorpo para o VHB (anti-HBc total e/ou anti-HBs) foi detectado em 32 participantes (30,18%), dentre as quais 16 (50,0%) foram positivas para anti-HBc total e 16 (50,0%) para o anti-HBs. Conclui-se que as mulheres profissionais do sexo de João Pessoa apresentaram baixa ocorrência da infecção pelo VHB e VHC. |
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Houve vários estudos sobre a prevalência destes marcadores no grupo de doadores de sangue, porém estes estudos não traduzem a real prevalência dessas hepatites na população geral, pois se trata de um grupo específico. Após a introdução destes marcadores, verificou-se diminuição da incidência das hepatites B e C transmitidas por transfusão de sangue e hemoderivados, mas, mesmo assim, ainda persiste elevada prevalência destas hepatites na população mundial com maior incidência da hepatite B. Um grupo responsável pela persistência desta elevada incidência refere-se aos usuários de drogas injetáveis pelo compartilhamento de seringas e agulhas, entretanto foram identificadas outras formas de transmissão destas hepatites tais como a transmissão vertical, transmissão parenteral e a sexual, sendo esta última o objeto deste estudo. Para compor este estudo, dois trabalhos foram realizados com as seguintes finalidades: um artigo de revisão intitulado “Epidemiologia, fatores de risco e transmissão sexual das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo” e o artigo original denominado “Ocorrência dos marcadores séricos das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo na região metropolitana de João Pessoa”. No primeiro artigo, realizou-se a revisão bibliográfica referente à epidemiologia e à prevalência das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo. Os bancos de dados pesquisados foram do Medline e Scielo por meio do portal da Capes, Rima e do PubMed do EndNoteWeb 3.3, utilizando os seguintes unitermos em combinação: hepatite C (hepatitis C); hepatite B (hepatitis B); epidemiologia (epidemiology); fatores de risco (risk factors); transmissão (transmission). O artigo original foi resultado de um estudo realizado num grupo de 109 mulheres profissionais do sexo na região metropolitana de João Pessoa, para avaliar a ocorrência dos marcadores séricos das hepatites B e C associada a diversos fatores de risco, no período de abril a setembro de 2011. Para a realização do artigo original, um questionário foi aplicado para a obtenção de informações sobre dados demográficos, socioeconômicos e variáveis comportamentais. As mulheres foram abordadas nos seus locais de trabalho, ou seja, nas ruas e bares, sendo utilizada uma unidade móvel para esta captação. Foram testados os seguintes marcadores sorológicos: HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs e anti-HCV por ensaio imuno-enzimático com kits comerciais e o teste rápido anti-HCV foi realizado com metodologia imunocromatográfica. Foram avaliadas 106 profissionais do sexo no estudo, pois três foram excluídas. Dessas, duas se recusaram a retirar a amostra de sangue e em uma houve hemólise da amostra colhida. A idade média foi de 27,7 + 7,8 anos; já o tempo de profissão médio compreendeu 4 anos. O anti-HCV foi reagente em 01 (uma) profissional (0,9%), mas a pesquisa do RNA-VHC foi negativa. Não foi detectado em nenhuma das profissionais do sexo o marcador sorológico HBsAg. Algum anticorpo para o VHB (anti-HBc total e/ou anti-HBs) foi detectado em 32 participantes (30,18%), dentre as quais 16 (50,0%) foram positivas para anti-HBc total e 16 (50,0%) para o anti-HBs. Conclui-se que as mulheres profissionais do sexo de João Pessoa apresentaram baixa ocorrência da infecção pelo VHB e VHC.porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessHepatite BHepatite CTransmissão sexualProfissionais do sexoOcorrência de marcadores dos vírus das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo da região metropolitana de João Pessoa - Paraíbainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertação José Nonato Spinelli.pdf.jpgDissertação José Nonato Spinelli.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1350https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10133/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Jos%c3%a9%20Nonato%20Spinelli.pdf.jpg70b95c64bc73eb4613e5cfc9dca2751eMD55ORIGINALDissertação José Nonato Spinelli.pdfDissertação José Nonato Spinelli.pdfapplication/pdf853317https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10133/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Jos%c3%a9%20Nonato%20Spinelli.pdf9433295598447aad9e822c8178d9d65eMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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As hepatites B e C constituem graves problemas de saúde pública a nível mundial, pelo seu caráter crônico podendo causar doença grave debilitante em grande parcela da população atingida. Vários grupos populacionais foram alvo de estudo dessas hepatites, de forma que a partir da década de 70, após a identificação dos marcadores virais para hepatite A (VHA) e hepatite B (VHB), passou-se a observar uma prevalência elevada de outro tipo de hepatite denominado de NANB, tendo na década seguinte sido identificado o vírus da hepatite C (VHC). A partir da década de noventa, passou a ser realizado de forma obrigatória em todos os doadores de sangue, o marcador anti-HBc total e o anti-HCV para identificação dos vírus da hepatite B e C, respectivamente. Houve vários estudos sobre a prevalência destes marcadores no grupo de doadores de sangue, porém estes estudos não traduzem a real prevalência dessas hepatites na população geral, pois se trata de um grupo específico. Após a introdução destes marcadores, verificou-se diminuição da incidência das hepatites B e C transmitidas por transfusão de sangue e hemoderivados, mas, mesmo assim, ainda persiste elevada prevalência destas hepatites na população mundial com maior incidência da hepatite B. Um grupo responsável pela persistência desta elevada incidência refere-se aos usuários de drogas injetáveis pelo compartilhamento de seringas e agulhas, entretanto foram identificadas outras formas de transmissão destas hepatites tais como a transmissão vertical, transmissão parenteral e a sexual, sendo esta última o objeto deste estudo. Para compor este estudo, dois trabalhos foram realizados com as seguintes finalidades: um artigo de revisão intitulado “Epidemiologia, fatores de risco e transmissão sexual das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo” e o artigo original denominado “Ocorrência dos marcadores séricos das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo na região metropolitana de João Pessoa”. No primeiro artigo, realizou-se a revisão bibliográfica referente à epidemiologia e à prevalência das hepatites B e C em mulheres profissionais do sexo. Os bancos de dados pesquisados foram do Medline e Scielo por meio do portal da Capes, Rima e do PubMed do EndNoteWeb 3.3, utilizando os seguintes unitermos em combinação: hepatite C (hepatitis C); hepatite B (hepatitis B); epidemiologia (epidemiology); fatores de risco (risk factors); transmissão (transmission). O artigo original foi resultado de um estudo realizado num grupo de 109 mulheres profissionais do sexo na região metropolitana de João Pessoa, para avaliar a ocorrência dos marcadores séricos das hepatites B e C associada a diversos fatores de risco, no período de abril a setembro de 2011. Para a realização do artigo original, um questionário foi aplicado para a obtenção de informações sobre dados demográficos, socioeconômicos e variáveis comportamentais. As mulheres foram abordadas nos seus locais de trabalho, ou seja, nas ruas e bares, sendo utilizada uma unidade móvel para esta captação. Foram testados os seguintes marcadores sorológicos: HBsAg, anti-HBc total, anti-HBs e anti-HCV por ensaio imuno-enzimático com kits comerciais e o teste rápido anti-HCV foi realizado com metodologia imunocromatográfica. Foram avaliadas 106 profissionais do sexo no estudo, pois três foram excluídas. Dessas, duas se recusaram a retirar a amostra de sangue e em uma houve hemólise da amostra colhida. A idade média foi de 27,7 + 7,8 anos; já o tempo de profissão médio compreendeu 4 anos. O anti-HCV foi reagente em 01 (uma) profissional (0,9%), mas a pesquisa do RNA-VHC foi negativa. Não foi detectado em nenhuma das profissionais do sexo o marcador sorológico HBsAg. Algum anticorpo para o VHB (anti-HBc total e/ou anti-HBs) foi detectado em 32 participantes (30,18%), dentre as quais 16 (50,0%) foram positivas para anti-HBc total e 16 (50,0%) para o anti-HBs. Conclui-se que as mulheres profissionais do sexo de João Pessoa apresentaram baixa ocorrência da infecção pelo VHB e VHC. |
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