Aspectos da morfossintaxe de Hahãintesu : a língua dos Manairisu do Vale do Guaporé (Nambikwára do Sul)
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Data de Publicação: | 2021 |
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Resumo: | Este trabalho apresenta uma descrição da morfossintaxe do Hahãintesu, uma das línguas que compõem a família linguística Nambikwára, ramo do sul, e que é falada pelo povo Manairisu, habitante do Território Indígena Vale do Guaporé, localizado na região oeste do Estado do Mato Grosso, Brasil. A coleta dos dados, transcrição e análise foram realizadas nos anos de 2017, 2018 e 2019, in loco, resultando num total de, aproximadamente, 250 horas de gravações de áudios e coleta de material escrito. A língua Hahãintesu é polissintética, o que a caracteriza, entre outras coisas, por sua enorme capacidade de agregar, nas raízes verbais e nominais, uma grande quantidade de morfemas, na forma de afixos, muitos dos quais, em outras línguas, existem apenas como palavras livres. O objetivo maior deste estudo foi, portanto, descrever os tipos de afixos lexicais e gramaticais que operam no interior de cada uma das cinco classes de palavras identificadas para a língua e observar que funções eles exercem. O trabalho investigou, ainda, a ordem dos constituintes através de sua distribuição no interior da cláusula e os tipos de cláusulas que a língua dispõe. Além disso, um trabalho preliminar de descrição da fonologia do Hahãintesu também foi realizado. A análise e descrição foram feitos com base nos pressupostos teóricos da tipologia funcional moderna, sobretudo os apoiados na corrente norte americana. Trabalhos realizados por outros linguistas que se dedicaram aos estudos de línguas Nambikwára também foram fundamentais para o estabelecimento de uma análise descritiva e comparativa mais segura. Em linhas gerais, o estudo verificou cinco classes de palavras para a língua e, com poucas exceções, identificou e descreveu seus principais componentes. O estudo da sintaxe permitiu compreender os principais tipos de cláusulas verificados e como os componentes são distribuídos em seu interior. A apresentação de um quadro dos segmentos vocálicos e consonantais, da sílaba, e do suprassegmento tonal, no entanto, foi preliminar e merece maior atenção para uma investigação futura mais acurada. Espera-se, por fim, que a língua Hahãintesu possa ser melhor conhecida e receba mais atenção por parte das autoridades que se ocupam da preservação de línguas em risco. Considera-se que um trabalho deste tipo possa interessar outros pesquisadores e professores a se ocuparem da tarefa de confeccionar material didático específico para fins da alfabetização dos Manairisu, em língua materna, pois, a escrita é uma ferramenta a mais para que seus falantes não percam, como tantos outros povos indígenas do Brasil, a capacidade de pensar o mundo em sua própria língua. |
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BELO, Edney Alexandre de Oliveirahttp://lattes.cnpq.br/4918161355988721http://lattes.cnpq.br/9868929094681867LIMA, Stella Virginia Telles de Araújo Pereira2021-12-27T23:38:15Z2021-12-27T23:38:15Z2021-09-08BELO, Edney Alexandre de Oliveira Aspectos da morfossintaxe de Hahãintesu: a língua dos Manairisu do Vale do Guaporé (Nambikwára do Sul). 2021. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42329ark:/64986/0013000004nhjEste trabalho apresenta uma descrição da morfossintaxe do Hahãintesu, uma das línguas que compõem a família linguística Nambikwára, ramo do sul, e que é falada pelo povo Manairisu, habitante do Território Indígena Vale do Guaporé, localizado na região oeste do Estado do Mato Grosso, Brasil. A coleta dos dados, transcrição e análise foram realizadas nos anos de 2017, 2018 e 2019, in loco, resultando num total de, aproximadamente, 250 horas de gravações de áudios e coleta de material escrito. A língua Hahãintesu é polissintética, o que a caracteriza, entre outras coisas, por sua enorme capacidade de agregar, nas raízes verbais e nominais, uma grande quantidade de morfemas, na forma de afixos, muitos dos quais, em outras línguas, existem apenas como palavras livres. O objetivo maior deste estudo foi, portanto, descrever os tipos de afixos lexicais e gramaticais que operam no interior de cada uma das cinco classes de palavras identificadas para a língua e observar que funções eles exercem. O trabalho investigou, ainda, a ordem dos constituintes através de sua distribuição no interior da cláusula e os tipos de cláusulas que a língua dispõe. Além disso, um trabalho preliminar de descrição da fonologia do Hahãintesu também foi realizado. A análise e descrição foram feitos com base nos pressupostos teóricos da tipologia funcional moderna, sobretudo os apoiados na corrente norte americana. Trabalhos realizados por outros linguistas que se dedicaram aos estudos de línguas Nambikwára também foram fundamentais para o estabelecimento de uma análise descritiva e comparativa mais segura. Em linhas gerais, o estudo verificou cinco classes de palavras para a língua e, com poucas exceções, identificou e descreveu seus principais componentes. O estudo da sintaxe permitiu compreender os principais tipos de cláusulas verificados e como os componentes são distribuídos em seu interior. A apresentação de um quadro dos segmentos vocálicos e consonantais, da sílaba, e do suprassegmento tonal, no entanto, foi preliminar e merece maior atenção para uma investigação futura mais acurada. Espera-se, por fim, que a língua Hahãintesu possa ser melhor conhecida e receba mais atenção por parte das autoridades que se ocupam da preservação de línguas em risco. Considera-se que um trabalho deste tipo possa interessar outros pesquisadores e professores a se ocuparem da tarefa de confeccionar material didático específico para fins da alfabetização dos Manairisu, em língua materna, pois, a escrita é uma ferramenta a mais para que seus falantes não percam, como tantos outros povos indígenas do Brasil, a capacidade de pensar o mundo em sua própria língua.This work describes the morphosyntax of Hahãintesu, one of the languages that make up the south branch of the Nambikwára linguistic family. This language is spoken by the Manairisu people, inhabitants of the Vale do Guaporé Indigenous Territory, located in the western region of the State of Mato Grosso, Brazil. Data collection, transcription and analysis were carried out between 2017 and 2019, in loco, resulting in approximately 250 hours of audio recordings and collection of written material. The Hahãintesu language is polysynthetic, characterized by an enormous capacity to aggregate many morphemes, in verbal and nominal roots through affixes, many of which, in other languages, exist only as free words. The main objective of this study was, therefore, to describe the types of lexical and grammatical affixes that operate within each of five classes of words identified for the language and to observe their functions. The work also investigated the order of the constituents through their distribution within clauses and the types of clauses available in the language. Preliminary work to describe the phonology of Hahãintesu was also carried out. The analysis and description were made based on the theoretical assumptions of modern, standard North American functional typology. Works carried out by other linguists who have studied Nambikwára languages were also fundamental for the establishment of an accurate descriptive and comparative analysis. In general terms, the study verified five classes of words used in the language, identifying and describing its main components. The study of syntax allowed us to understand the main types of clauses and how the components are distributed within them. This identification of the vowel and consonant segments, the syllable, and the tonal suprasegment, however, was preliminary and deserves more attention for a more precise future investigation. Finally, it is hoped that the Hahãintesu language will become better known and receive more attention from the authorities concerned with the preservation of endangered languages. This work may interest other researchers and teachers in preparing specific teaching material for the purposes of literacy work with the Manairisu in their own mother tongue Reading and writing are tools to preserve the language, important so that the speakers do not lose, like so many other indigenous peoples in Brazil, the ability to describe the world in their own language.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EnfermagemUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMorfossintaxeHahãintesuApoio SocialFamília Linguística NambikwáraPolissínteseTipologiaPreservaçãoAspectos da morfossintaxe de Hahãintesu : a língua dos Manairisu do Vale do Guaporé (Nambikwára do Sul)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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