A gestão praticada por mulheres na feira de artesanato de Caruaru/PE : uma análise interseccional
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48796 |
Resumo: | A pesquisa tem por objetivo compreender a gestão praticada por mulheres na Feira de Artesanato de Caruaru-PE, sob uma perspectiva interseccional. Para isso, foi utilizada a teoria das práticas cotidianas, com o intuito de desnaturalizar fenômenos, contradizendo modelos universais tidos como corretos pelo mainstream em gestão, visto que grande parte dos negócios locais não atendem à lógica gerencialista racional-instrumental, amplamente reconhecida na Administração. Deste modo, é possível produzir conhecimento a partir da realidade local, com base no contexto e nas relações de poder existentes. Esta análise foi realizada sob uma perspectiva interseccional, entendida como a articulação de categorias associadas à identificação ou diferenciação entre os indivíduos. E, mais do que isso, considerando que as relações de poder, inerentes às diferenças, podem construir exclusão social e assimetria. Tanto as noções de práticas cotidianas de gestão, quanto as noções de interseccionalidade estão de acordo com o contexto periférico em que foi desenvolvida a pesquisa. A coleta de informações foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas com gestoras de negócios na Feira do Artesanato de Caruaru-PE, observações participantes e registros por meio de fotografias. Para análise dos resultados, foi utilizada análise narrativa, considerando que as narrativas dão vivacidade às práticas. Foram identificadas algumas práticas táticas e estratégias, a partir da perspectiva de Michel de Certeau, dentre elas: a transmissão de saberes e dos negócios para os sucessores; o planejamento e controle financeiro realizados mentalmente; a realização de refeições nos estabelecimentos; a confecção de artesanato dentro do espaço físico dos negócios; a efetuação de viagens em busca de mercadorias que não sejam comuns nos negócios locais. Acerca da análise interseccional, entre outros pontos, foram percebidas discriminações e desigualdades em decorrência da intersecção entre faixa etária e gênero; gênero, classe social e escolaridade; gênero e características físicas; e escolaridade e geração. |
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NASCIMENTO, Jackeline Ferreira dohttp://lattes.cnpq.br/9244329297041653http://lattes.cnpq.br/4908041021886939SANTOS, Elisabeth Cavalcante dos2023-01-27T13:13:04Z2023-01-27T13:13:04Z2022-11-30NASCIMENTO, Jackeline Ferreira do. A gestão praticada por mulheres na feira de artesanato de Caruaru/PE: uma análise interseccional. 2022. Dissertação (Mestrado em Gestão, Inovação e Consumo) – Universidade Federal de Pernambuco, Caruaru, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48796ark:/64986/001300000khrqA pesquisa tem por objetivo compreender a gestão praticada por mulheres na Feira de Artesanato de Caruaru-PE, sob uma perspectiva interseccional. Para isso, foi utilizada a teoria das práticas cotidianas, com o intuito de desnaturalizar fenômenos, contradizendo modelos universais tidos como corretos pelo mainstream em gestão, visto que grande parte dos negócios locais não atendem à lógica gerencialista racional-instrumental, amplamente reconhecida na Administração. Deste modo, é possível produzir conhecimento a partir da realidade local, com base no contexto e nas relações de poder existentes. Esta análise foi realizada sob uma perspectiva interseccional, entendida como a articulação de categorias associadas à identificação ou diferenciação entre os indivíduos. E, mais do que isso, considerando que as relações de poder, inerentes às diferenças, podem construir exclusão social e assimetria. Tanto as noções de práticas cotidianas de gestão, quanto as noções de interseccionalidade estão de acordo com o contexto periférico em que foi desenvolvida a pesquisa. A coleta de informações foi realizada a partir de entrevistas semiestruturadas com gestoras de negócios na Feira do Artesanato de Caruaru-PE, observações participantes e registros por meio de fotografias. Para análise dos resultados, foi utilizada análise narrativa, considerando que as narrativas dão vivacidade às práticas. 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For this, the theory of everyday practices was used, with the aim of denaturalizing phenomena, contradicting universal models considered correct by the mainstream in management, since a large part of local businesses do not meet the rational-instrumental managerial logic, widely recognized in Administration. In this way, it is possible to produce knowledge from the local reality, based on the context and existing power relations. This analysis was carried out from an intersectional perspective, understood as the articulation of categories associated with the identification or differentiation between individuals. And, more than that, considering that power relations, inherent to differences, can build social exclusion and asymmetry. Both the notions of everyday management practices and the notions of intersectionality are in line with the peripheral context in which the research was developed. The collection of information was carried out from semi-structured interviews with business managers at the Feira do Artesanato de Caruaru-PE, participant observations and records through photographs. To analyze the results, narrative analysis was used, considering that the narratives give vivacity to the practices. Some tactical practices and strategies were identified, from the perspective of Michel de Certeau, among them: the transmission of knowledge and business to successors; mental planning and financial control; carrying out meals in establishments; the making of handicrafts within the physical space of the businesses; making trips in search of goods that are not common in local businesses. Regarding the intersectional analysis, among other points, discrimination and inequalities were perceived as a result of the intersection between age group and gender; gender, social class and education; gender and physical characteristics; and schooling and generation.porUniversidade Federal de PernambucoPPrograma de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e ConsumoUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPrática administrativa – Caruaru (PE)Administração – Caruaru (PE)Identidade de gênero – Caruaru (PE)Diferença entre os sexos (Psicologia) – Caruaru (PE)Interação social – Caruaru (PE)Análise do discurso narrativoA gestão praticada por mulheres na feira de artesanato de Caruaru/PE : uma análise interseccionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48796/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALDISSERTAÇÃO Jackeline Ferreira do Nascimento.pdfDISSERTAÇÃO Jackeline Ferreira do Nascimento.pdfapplication/pdf2830307https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48796/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jackeline%20Ferreira%20do%20Nascimento.pdf15a45068caf5c771778bed92a207bb02MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48796/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53TEXTDISSERTAÇÃO Jackeline Ferreira do Nascimento.pdf.txtDISSERTAÇÃO Jackeline Ferreira do Nascimento.pdf.txtExtracted texttext/plain236762https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48796/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jackeline%20Ferreira%20do%20Nascimento.pdf.txtbb7aa5d63ec352fb8b54bb74d6fda960MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Jackeline Ferreira do Nascimento.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Jackeline Ferreira do Nascimento.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1234https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/48796/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Jackeline%20Ferreira%20do%20Nascimento.pdf.jpgf5bcb98968c2f25101d5037a1ec76f45MD55123456789/487962023-01-28 02:21:56.429oai:repositorio.ufpe.br:123456789/48796VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-01-28T05:21:56Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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