Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negras
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52461 |
Resumo: | O sistema capitalista, com seu amplo aparato de manutenção, somente se consolida e se reproduz na medida em que cria, aprofunda e atualiza o racismo (QUIJANO, 2005) e o sistema colonial de gênero (LUGONES, 2014), que alicerça violências e controles. Ambos são responsáveis pela hierarquização e, por consequência, pela desumanização de sujeitos e grupos da população considerados bárbaros. Neste circuito, travestis negras são alvo prioritário da violência colonial, cuja ação historicamente lhes reserva o lugar das margens sociais e econômicas. No cenário internacional, ocupamos o posto de ser o país que mais mata travestis e transexuais no mundo; “a história de sucesso do sistema colonial” (KILOMBA, 2020, s/p) permite que o conjunto de violências contra essa população seja naturalizado. Entretanto, a resistência e a reivindicação pelo direito de viver é uma marca na trajetória dessas pessoas, por meio do cuidado entre pares como estratégia para sobrevivência. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo geral: i) Analisar o cuidado em suas relações com o racismo e a transfobia na trajetória de travestis negras. Sendo os objetivos específicos: i) Problematizar as violências promovidas pelo capitalismo colonial contra travestis negras nordestinas e; ii) Expor o significado político e ético das redes de cuidado estabelecidas entre travestis negras. Lançando mão de uma coalizão crítica estratégica, que compõe o referencial teórico, optou-se por um diálogo com o pensamento de intelectuais que se posicionam contra o sistema colonial-capitalista de gênero. Em congruência com o que denominei de coalizão crítica, metodologicamente recorri à epistemologia indisciplinada contra-colonial (MATIAS, 2021) para analisar as informações obtidas em relação a quatro entrevistas com travestis negras, além da observação direta e pesquisa bibliográfica. Esta tese ratifica outros estudos ao identificar, por um lado, um conjunto de violações, que por anos se perpetuam e atravessam a jornada de travestis negras no Brasil. No entanto, delas se distancia ao identificar que há também um processo histórico fundamental de resistência à lógica da desumanização gerada por processos de cuidado e de proteção entre si. |
id |
UFPE_83332e5d7b82c5d9abd2ae18e1f3a162 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52461 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
SILVA, Henrique da Costahttp://lattes.cnpq.br/3215257606368664http://lattes.cnpq.br/0578087214340210COSTA, Mônica Rodrigues2023-09-27T16:35:47Z2023-09-27T16:35:47Z2023-08-31SILVA, Henrique da Costa. Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’: violência e cuidado na trajetória de travestis negras. 2023. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52461O sistema capitalista, com seu amplo aparato de manutenção, somente se consolida e se reproduz na medida em que cria, aprofunda e atualiza o racismo (QUIJANO, 2005) e o sistema colonial de gênero (LUGONES, 2014), que alicerça violências e controles. Ambos são responsáveis pela hierarquização e, por consequência, pela desumanização de sujeitos e grupos da população considerados bárbaros. Neste circuito, travestis negras são alvo prioritário da violência colonial, cuja ação historicamente lhes reserva o lugar das margens sociais e econômicas. No cenário internacional, ocupamos o posto de ser o país que mais mata travestis e transexuais no mundo; “a história de sucesso do sistema colonial” (KILOMBA, 2020, s/p) permite que o conjunto de violências contra essa população seja naturalizado. Entretanto, a resistência e a reivindicação pelo direito de viver é uma marca na trajetória dessas pessoas, por meio do cuidado entre pares como estratégia para sobrevivência. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo geral: i) Analisar o cuidado em suas relações com o racismo e a transfobia na trajetória de travestis negras. Sendo os objetivos específicos: i) Problematizar as violências promovidas pelo capitalismo colonial contra travestis negras nordestinas e; ii) Expor o significado político e ético das redes de cuidado estabelecidas entre travestis negras. Lançando mão de uma coalizão crítica estratégica, que compõe o referencial teórico, optou-se por um diálogo com o pensamento de intelectuais que se posicionam contra o sistema colonial-capitalista de gênero. Em congruência com o que denominei de coalizão crítica, metodologicamente recorri à epistemologia indisciplinada contra-colonial (MATIAS, 2021) para analisar as informações obtidas em relação a quatro entrevistas com travestis negras, além da observação direta e pesquisa bibliográfica. Esta tese ratifica outros estudos ao identificar, por um lado, um conjunto de violações, que por anos se perpetuam e atravessam a jornada de travestis negras no Brasil. No entanto, delas se distancia ao identificar que há também um processo histórico fundamental de resistência à lógica da desumanização gerada por processos de cuidado e de proteção entre si.CAPESThe capitalist system, with its broad maintenance apparatus, is only consolidated and reproduced to the extent that it creates, deepens and updates racism (QUIJANO, 2005) and the colonial gender system (LUGONES, 2014). Which has been responsible for supporting violence and control. Responsible for the hierarchization and, consequently, dehumanization of subjects and groups considered barbarians. In this circuit, black transvestites have been a priority target of colonial violence, which has historically reserved their place on the social and economic margins. In the Brazilian scenario, where we are the country that most kills transvestites and transsexuals in the world, “the success story of the colonial system” (KILOMBA, 2020, s/p) has allowed the set of violence against this population to be naturalized. However, the resistance and demand for the right to live has been a mark in the history of this population. Who has invested in peer care as a survival strategy. In this sense, this work has the general objective: To identify the repercussions of racism and transphobia in the trajectory of black transvestites. Being the specific objectives: Evidencing and problematizing the violence promoted by colonial capitalism against northeastern black transvestites and; Expose the political and ethical meaning of care networks established among black transvestites. Making use of a strategic critical coalition that makes up the theoretical framework, a dialogue with intellectuals that has produced against the colonial-capitalist system of gender was chosen. For this, four interviews with black transvestites were carried out, in addition to direct observation and bibliographical research. Through these paths taken, it is concluded that there is, on the one hand, a set of violations that have been perpetuated for years and crosses the journey of black transvestites in Brazil; there is also a historical and fundamental process of resistance to the logic of dehumanization insofar as they establish processes of care and protection among themselves.El sistema capitalista, con su amplio aparato de mantenimiento, solo se consolida y reproduce en la medida en que crea, profundiza y actualiza el racismo (QUIJANO, 2005) y el sistema colonial de género (LUGONES, 2014). La cual se ha encargado de apoyar la violencia y el control. Responsable de la jerarquización y, en consecuencia, deshumanización de sujetos y grupos considerados bárbaros. En este circuito, las travestis negras han sido blanco prioritario de la violencia colonial, que históricamente ha reservado su lugar en los márgenes sociales y económicos. En el escenario brasileño, donde somos el país que más mata a travestis y transexuales en el mundo, “la historia de éxito del sistema colonial” (KILOMBA, 2020) ha permitido naturalizar el conjunto de violencias contra esta población. Sin embargo, la resistencia y reivindicación del derecho a vivir ha sido una marca en la historia de esta población. Que ha invertido en el cuidado entre iguales como estrategia de supervivencia. En ese sentido, este trabajo tiene como objetivo general: Identificar las repercusiones del racismo y la transfobia en la trayectoria de travestis negros. Siendo los objetivos específicos: Evidenciar y problematizar la violencia promovida por el capitalismo colonial contra las travestis y negras nororientales; Exponer el significado político y ético de las redes de atención establecidas entre travestis negros. Haciendo uso de una coalición crítica estratégica que conforma el marco teórico, se optó por un diálogo con intelectuales que ha producido contra el sistema colonial-capitalista de género. Para ello se realizaron cuatro entrevistas a travestis negros, además de observación directa e investigación bibliográfica. A través de estos caminos recorridos, se concluye que hay, por un lado, un conjunto de violaciones que se perpetúan desde hace años y atraviesan el camino de las travestis negras en Brasil; hay también un proceso histórico y fundamental de resistencia a la lógica de la deshumanización en la medida en que éstas establecen procesos de cuidado y protección entre sí.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Servico SocialUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessTravestisViolência contra os homossexuaisCuidadosTudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negrasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Henrique da Costa Silva.pdf.txtTESE Henrique da Costa Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain465174https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/4/TESE%20Henrique%20da%20Costa%20Silva.pdf.txt71fc23aa7dbf6c2cb518ea60c4538f64MD54THUMBNAILTESE Henrique da Costa Silva.pdf.jpgTESE Henrique da Costa Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1221https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/5/TESE%20Henrique%20da%20Costa%20Silva.pdf.jpg9a3c9cfd577f8a59130d07d33d26cf08MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALTESE Henrique da Costa Silva.pdfTESE Henrique da Costa Silva.pdfapplication/pdf1007481https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/1/TESE%20Henrique%20da%20Costa%20Silva.pdfed1bbc5d266e84497e16e703d7a0a81eMD51123456789/524612023-09-28 02:25:30.235oai:repositorio.ufpe.br:123456789/52461VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-09-28T05:25:30Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negras |
title |
Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negras |
spellingShingle |
Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negras SILVA, Henrique da Costa Travestis Violência contra os homossexuais Cuidados |
title_short |
Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negras |
title_full |
Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negras |
title_fullStr |
Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negras |
title_full_unstemmed |
Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negras |
title_sort |
Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’ : violência e cuidado na trajetória de travestis negras |
author |
SILVA, Henrique da Costa |
author_facet |
SILVA, Henrique da Costa |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3215257606368664 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0578087214340210 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
SILVA, Henrique da Costa |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
COSTA, Mônica Rodrigues |
contributor_str_mv |
COSTA, Mônica Rodrigues |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Travestis Violência contra os homossexuais Cuidados |
topic |
Travestis Violência contra os homossexuais Cuidados |
description |
O sistema capitalista, com seu amplo aparato de manutenção, somente se consolida e se reproduz na medida em que cria, aprofunda e atualiza o racismo (QUIJANO, 2005) e o sistema colonial de gênero (LUGONES, 2014), que alicerça violências e controles. Ambos são responsáveis pela hierarquização e, por consequência, pela desumanização de sujeitos e grupos da população considerados bárbaros. Neste circuito, travestis negras são alvo prioritário da violência colonial, cuja ação historicamente lhes reserva o lugar das margens sociais e econômicas. No cenário internacional, ocupamos o posto de ser o país que mais mata travestis e transexuais no mundo; “a história de sucesso do sistema colonial” (KILOMBA, 2020, s/p) permite que o conjunto de violências contra essa população seja naturalizado. Entretanto, a resistência e a reivindicação pelo direito de viver é uma marca na trajetória dessas pessoas, por meio do cuidado entre pares como estratégia para sobrevivência. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo geral: i) Analisar o cuidado em suas relações com o racismo e a transfobia na trajetória de travestis negras. Sendo os objetivos específicos: i) Problematizar as violências promovidas pelo capitalismo colonial contra travestis negras nordestinas e; ii) Expor o significado político e ético das redes de cuidado estabelecidas entre travestis negras. Lançando mão de uma coalizão crítica estratégica, que compõe o referencial teórico, optou-se por um diálogo com o pensamento de intelectuais que se posicionam contra o sistema colonial-capitalista de gênero. Em congruência com o que denominei de coalizão crítica, metodologicamente recorri à epistemologia indisciplinada contra-colonial (MATIAS, 2021) para analisar as informações obtidas em relação a quatro entrevistas com travestis negras, além da observação direta e pesquisa bibliográfica. Esta tese ratifica outros estudos ao identificar, por um lado, um conjunto de violações, que por anos se perpetuam e atravessam a jornada de travestis negras no Brasil. No entanto, delas se distancia ao identificar que há também um processo histórico fundamental de resistência à lógica da desumanização gerada por processos de cuidado e de proteção entre si. |
publishDate |
2023 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-09-27T16:35:47Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-09-27T16:35:47Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023-08-31 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SILVA, Henrique da Costa. Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’: violência e cuidado na trajetória de travestis negras. 2023. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52461 |
identifier_str_mv |
SILVA, Henrique da Costa. Tudo que ‘nóis’ têm é ‘nóis’: violência e cuidado na trajetória de travestis negras. 2023. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52461 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Servico Social |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/4/TESE%20Henrique%20da%20Costa%20Silva.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/5/TESE%20Henrique%20da%20Costa%20Silva.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52461/1/TESE%20Henrique%20da%20Costa%20Silva.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
71fc23aa7dbf6c2cb518ea60c4538f64 9a3c9cfd577f8a59130d07d33d26cf08 5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 ed1bbc5d266e84497e16e703d7a0a81e |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310892605407232 |