Educar para o pensar nas rodas de leitura : as interações dialógicas entre crianças e professoras da educação infantil.
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Data de Publicação: | 2021 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42894 |
Resumo: | Neste estudo, analisamos o trabalho de mediação docente nas rodas de leitura, explorando especificamente o exercício do pensar durante a conversa com crianças no segundo ciclo da Educação Infantil. De natureza qualitativo-colaborativa, os dados da pesquisa foram produzidos ao longo de uma trajetória reflexiva de dois anos. Assim, inicialmente, realizamos um curso de extensão itinerante, em seis instituições públicas de Educação Infantil, com o intuito de testar a força das perguntas da pesquisa, ajustar os objetivos específicos e conhecer e convidar professoras interessadas em colaborar com o estudo. Na sequência, videogravamos 23 sessões de rodas de leitura, conduzidas por três professoras-colaboradoras e seus grupos de crianças entre 4 e 6 anos. Durante esse período, foram oportunizadas às docentes experiências formativas, tais como: o conhecimento e exploração de diferentes livros tanto de literatura infantil quanto de programas de filosofia para crianças; textos sobre temas relativos à formação de leitores e mediação de leitura; observação dos vídeos com as rodas de leitura e conversa conduzidas ao longo da pesquisa; e trocas de ideias com a pesquisadora sobre as rodas conduzidas. Por fim, avaliamos a trajetória percorrida, compartilhando com as docentes-colaboradoras a análise parcial dos dados. Constatamos que as obras selecionadas pelas docentes para ler e conversar apresentavam boa qualidade gráfico-editorial e potencial para a formação de leitores críticos e criativos. A análise dos vídeos e transcrições das rodas revelou um certo padrão nas interações das professoras com as crianças durante as rodas. Tais “interações regulares” incluíram a preocupação com a construção de sentidos durante a leitura dos textos, a tentativa de seguir as ideias dos pequenos e de construir combinados, a democratização da fala das crianças e o comprometimento com a formação do leitor ético. Constatamos ainda, pouco tempo concedido para a escuta dos pequenos, bem como a adoção de perguntas fechadas durante a conversa, oferecendo-se às crianças duas alternativas de respostas. Em situações pontuais, observamos que as professoras incorporavam às suas interações nas rodas elementos mais refinados do ponto de vista dialógico. Assim, também identificamos certas “interações irregulares”, a saber: o encorajamento à formulação de perguntas por parte das crianças, a apresentação de exemplos que valorizavam as experiências de vida, e questionamentos que ajudavam os pequenos a reestruturarem suas ideias, tentando dizer melhor o já dito, além de esforços no sentido de conceder mais tempo de reflexão ao grupo. A participação das crianças nas rodas de leitura evidenciou a sua familiaridade com a prática de ouvir histórias lidas por suas professoras, assumindo o papel de ouvintes-ativos. Contudo, a conversa na “roda para pensar”, foi uma novidade incorporada, aos poucos, pelas crianças. Assim, gradualmente, o “diálogo numa perspectiva subjetiva” foi instigando as crianças a acionar suas experiências de vida para produzir conceitos, formular perguntas, revelar inquietações, expressar opiniões sobre os textos/temas dos livros, e dar exemplos para ilustrar pontos de vista. O diálogo aberto também acolheu os “silêncios” das crianças, em seus múltiplos sentidos. Concluímos que o exercício do pensar nas rodas protege o pensamento infantil, fortalecendo a criatividade, a criticidade e, sobretudo, a liberdade de expressão, com respeito às singularidades das crianças. O estudo revela, portanto, que a voz ativa dos pequenos na roda reivindica uma escuta adulta sensível, verdadeira e qualificada para acolher, e cultivar a curiosidade e expressão do pensamento dos pequenos, mantendo a vitalidade do diálogo no grupo. Assim, evidencia-se a complexidade do desafio das professoras na construção de cenários significativos, tais como as rodas de leitura e conversa, que valorizem o pensamento crítico e criativo das crianças. |
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NASCIMENTO, Bárbhara Elyzabeth Souzahttp://lattes.cnpq.br/8850954490378602http://lattes.cnpq.br/6442152442379368BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi Alves2022-02-16T17:34:18Z2022-02-16T17:34:18Z2021-05-31NASCIMENTO, Bárbhara Elyzabeth Souza. Educar para o pensar nas rodas de leitura: as interações dialógicas entre crianças e professoras da educação infantil. 2021. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42894ark:/64986/0013000009hjkNeste estudo, analisamos o trabalho de mediação docente nas rodas de leitura, explorando especificamente o exercício do pensar durante a conversa com crianças no segundo ciclo da Educação Infantil. De natureza qualitativo-colaborativa, os dados da pesquisa foram produzidos ao longo de uma trajetória reflexiva de dois anos. Assim, inicialmente, realizamos um curso de extensão itinerante, em seis instituições públicas de Educação Infantil, com o intuito de testar a força das perguntas da pesquisa, ajustar os objetivos específicos e conhecer e convidar professoras interessadas em colaborar com o estudo. Na sequência, videogravamos 23 sessões de rodas de leitura, conduzidas por três professoras-colaboradoras e seus grupos de crianças entre 4 e 6 anos. Durante esse período, foram oportunizadas às docentes experiências formativas, tais como: o conhecimento e exploração de diferentes livros tanto de literatura infantil quanto de programas de filosofia para crianças; textos sobre temas relativos à formação de leitores e mediação de leitura; observação dos vídeos com as rodas de leitura e conversa conduzidas ao longo da pesquisa; e trocas de ideias com a pesquisadora sobre as rodas conduzidas. Por fim, avaliamos a trajetória percorrida, compartilhando com as docentes-colaboradoras a análise parcial dos dados. Constatamos que as obras selecionadas pelas docentes para ler e conversar apresentavam boa qualidade gráfico-editorial e potencial para a formação de leitores críticos e criativos. A análise dos vídeos e transcrições das rodas revelou um certo padrão nas interações das professoras com as crianças durante as rodas. Tais “interações regulares” incluíram a preocupação com a construção de sentidos durante a leitura dos textos, a tentativa de seguir as ideias dos pequenos e de construir combinados, a democratização da fala das crianças e o comprometimento com a formação do leitor ético. Constatamos ainda, pouco tempo concedido para a escuta dos pequenos, bem como a adoção de perguntas fechadas durante a conversa, oferecendo-se às crianças duas alternativas de respostas. Em situações pontuais, observamos que as professoras incorporavam às suas interações nas rodas elementos mais refinados do ponto de vista dialógico. Assim, também identificamos certas “interações irregulares”, a saber: o encorajamento à formulação de perguntas por parte das crianças, a apresentação de exemplos que valorizavam as experiências de vida, e questionamentos que ajudavam os pequenos a reestruturarem suas ideias, tentando dizer melhor o já dito, além de esforços no sentido de conceder mais tempo de reflexão ao grupo. A participação das crianças nas rodas de leitura evidenciou a sua familiaridade com a prática de ouvir histórias lidas por suas professoras, assumindo o papel de ouvintes-ativos. Contudo, a conversa na “roda para pensar”, foi uma novidade incorporada, aos poucos, pelas crianças. Assim, gradualmente, o “diálogo numa perspectiva subjetiva” foi instigando as crianças a acionar suas experiências de vida para produzir conceitos, formular perguntas, revelar inquietações, expressar opiniões sobre os textos/temas dos livros, e dar exemplos para ilustrar pontos de vista. O diálogo aberto também acolheu os “silêncios” das crianças, em seus múltiplos sentidos. Concluímos que o exercício do pensar nas rodas protege o pensamento infantil, fortalecendo a criatividade, a criticidade e, sobretudo, a liberdade de expressão, com respeito às singularidades das crianças. O estudo revela, portanto, que a voz ativa dos pequenos na roda reivindica uma escuta adulta sensível, verdadeira e qualificada para acolher, e cultivar a curiosidade e expressão do pensamento dos pequenos, mantendo a vitalidade do diálogo no grupo. Assim, evidencia-se a complexidade do desafio das professoras na construção de cenários significativos, tais como as rodas de leitura e conversa, que valorizem o pensamento crítico e criativo das crianças.FACEPEIn this study we analyze the work of teaching mediation in the reading circles, specifically exploring the exercise of thinking during the conversation with children in the second cycle of Early Childhood Education. Qualitative-collaborative in nature, the research data was produced over a two-year reflective trajectory. Thus, initially, we conducted an itinerant extension course, in six public institutions of Early Childhood Education, in order to test the strength of the research questions, adjust the specific objectives and meet and invite teachers interested in collaborating with the study. In the sequence, we recorded 23 sessions of reading circles, conducted by three teacher-collaborators and their groups of children between 4 and 6 years old. During this period, teachers were offered meaniful experiences, such as: the knowledge and exploration of different books, both in children’s literature and in philosophy programs for children; texts on topics related to reader ́s formation and reading mediation; observation of the videos with the reading and conversation circles, conducted throughout the research; exchanges of ideas with the researcher during the intervals of the reading sessions. Finally, we evaluated the path followed, sharing with the teacher- collaborators the partial analysis of the data. We found that the books selected by the teachers to read and talk about, presented good graphic-editorial quality and potential for the formation of critical and creative readers. The analysis of the videos and transcripts of the reading sessions revealed a certain pattern in the interactions of the teachers with the children. Such “regular interactions” included the concern with the construction of meanings during the reading of the texts, the attempt to follow the ideas of the little ones and to build together, the democratization of children’s speech and the commitment to the formation of the ethical reader. We also noticed that little time was allowed for listening to the little ones, as well as the adoption of closed questions during the conversation, offering the children two alternative answers. In specific situations, we observed that teachers incorporated more refined elements from a dialogical point of view into their interactions on the reading circles. Thus, we also identified certain “irregular interactions”, namely: the encouragement of children to ask questions, the presentation of examples that valued life experiences, questions that helped the children to restructure their ideas, trying to say better what has already said, in addition to efforts to provide more time for reflection to the group. The children’s participation in the reading circles evidenced their familiarity with the practice of listening to stories read by their teachers, assuming the role of active listeners. However, the conversation in the “circles to think”, was a novelty, little by little, incorporated by the children. Thus, gradually, the “dialogue in a subjective perspective” encoureged the children to activate their life experiences to produce concepts, ask questions, reveal concerns, express opinions about the texts / themes of the books, give examples to illustrate their points of view. The open dialogue also welcomed children’s “silences”, in their multiple senses. We conclude that the exercise of reflecting on reading circles protects children’s thinking, improve creativity, criticality and, above all, ensure freedom of expression, considering their singularities. The study reveals, therefore, that the active voice of the children in the reading circles demands a sensitive, authentic and qualified adult listening, open to welcome and cultivate the curiosity and expression of the children’s thoughts, maintaining the vitality of the dialogue in the group. Thefore, is evident the complexity of teachers’chalenge in the construction of significant scenarios, such as reading and conversation circles, which value the critical and creative thinking of children.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EducacaoUFPEBrasilEstímulo à LeituraEducação InfantilIniciação à LeituraDesenvolvimento da leitura – Educação do leitorUFPE - Pós- graduaçãoEducar para o pensar nas rodas de leitura : as interações dialógicas entre crianças e professoras da educação infantil.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Bárbhara Elyzabeth Souza Nascimento.pdfTESE Bárbhara Elyzabeth Souza Nascimento.pdfapplication/pdf6408975https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/42894/1/TESE%20B%c3%a1rbhara%20Elyzabeth%20Souza%20Nascimento.pdf279427faccf7e99c437cde05a2c827a7MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/42894/2/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD52TEXTTESE Bárbhara Elyzabeth Souza Nascimento.pdf.txtTESE Bárbhara Elyzabeth Souza Nascimento.pdf.txtExtracted texttext/plain711668https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/42894/3/TESE%20B%c3%a1rbhara%20Elyzabeth%20Souza%20Nascimento.pdf.txt54bc7f33f6d485efecce88626300a891MD53THUMBNAILTESE Bárbhara Elyzabeth Souza Nascimento.pdf.jpgTESE Bárbhara Elyzabeth Souza Nascimento.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1457https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/42894/4/TESE%20B%c3%a1rbhara%20Elyzabeth%20Souza%20Nascimento.pdf.jpgb9326cba546aa18c5faab1fa9b5108d4MD54123456789/428942022-02-17 02:14:27.372oai:repositorio.ufpe.br:123456789/42894VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-02-17T05:14:27Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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