O negro no livro didático de História do Brasil para o Ensino Fundamental II da rede pública estadual de ensino, no Recife

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CASTELLO BRANCO, Raynette
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4714
Resumo: Desenvolvemos a pesquisa com base na análise de conteúdo dos livros didáticos de História do Brasil para o Ensino Fundamental II, indicados pelo MEC para serem adotados em escolas da rede pública estadual de ensino, na cidade do Recife, Pernambuco. Para o tratamento dos dados coletados, adotamos a análise por categoria, de Laurence Bardin (1977). As categorias selecionadas são as seguintes: o trabalho escravo indígena, o trabalho escravo negro; o racismo, a discriminação; a violência física, a violência simbólica/resistência; o abolicionismo e a exclusão social. Na análise dessas categorias, pudemos sentir os pesares dos escravos negros transcritos nas páginas dos livros didáticos examinados. A necessidade de elaborar a pesquisa com tema voltado para o negro, seu papel na sociedade, discriminação e preconceitos estabelecidos em livros didáticos, se faz necessária, principalmente nos últimos anos, quando as diferentes inteligências políticas públicas e sociais convergiram, com mais vigor, o seu olhar para os conflitos sociais, suas causas, impedimentos, mas, também, às conquistas pelos movimentos sociais. Pela análise que fizemos nos livros didáticos de História do Brasil para o Ensino Fundamental II, dos autores Piletti & Piletti, Schmidt, Furtado & Villa, pudemos constatar um avanço na apresentação de fatos históricos relacionados aos negros. A grande exclusão é notada nos livros de 8ª série, onde o negro, após a Abolição, sai da nossa história. Com o advento da Lei 10.639/2004, tornando obrigatório, nas escolas públicas, oensino de História da África e dos Africanos , deverá ser preenchido esse espaço por novos autores comprometidos com uma grande responsabilidade: a de colocar o negro como construtor da nação e da sociedade brasileira, tirando-o de uma exclusão cruel e discriminatória
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