História e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ANDRADE, Álvaro Pereira de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11504
Resumo: Através desse trabalho, intitulado História e Contabilidade – diálogos possíveis: o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, estudou-se o funcionamento operacional, a gestão e as politicas comerciais desse empreendimento, compreendendo o período de 1760 a 1775. Essa Companhia Geral de Comércio foi instituída no reinado de D. José I, como parte das reformas estruturais empreendidas pelo Marquês de Pombal, durante as quase três décadas em que esteve a frente da administração do império português. O cenário existente na segunda metade do século XVIII era bastante sombrio para Portugal e seus domínios. A crise econômica que assolava o país não dava sinais de melhora, e o terremoto ocorrido em Lisboa, no ano de 1755, somente veio a agravar a situação caótica vivida pelos lusitanos. O comércio ultramarino português se encontrava enfraquecido, e a concorrência no mercado comercial europeu entre países como a França, a Holanda e a Inglaterra não dava espaços para Portugal competir. Adicione-se que a Inglaterra mantinha acordo comercial com Portugal para a exclusividade na venda dos seus têxteis aos lusitanos, tendo como contrapartida a importação dos seus vinhos, numa relação de negócios monopolizada, que era garantida pelo Tratado de Methuen (1703), e que gerou fortes prejuízos para a economia portuguesa. A instituição da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, em 1759, tinha o propósito de fortalecer o comércio ultramarino com o Brasil e auxiliar na recuperação da economia portuguesa. A criação da Aula de Comércio trouxe meios para a melhor qualificação profissional dos comerciantes portugueses para a gestão dos seus negócios, principalmente pela introdução nas atividades comerciais da escrituração contábil pelo método das partidas dobradas, denominado de método italiano de escrituração mercantil. No Brasil, a Aula de Comércio somente chegou em 1808, com a vinda da corte portuguesa, entretanto, constatou-se que a escrituração mercantil das transações comerciais por partidas dobradas foi praticada na capitania de Pernambuco desde o ano de 1760, pelos guarda-livros e escriturários contadores da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, a exemplo de Julião Lumachi (guarda-livros) e de Antônio Martins Viana (primeiro escriturário contador do Brasil). Constatou-se que as práticas administrativas levadas a efeito pelos membros da sua Direção conduziram esse empreendimento ao insucesso, além de promover a transferência de renda da colônia para os grandes comerciantes lusitanos, particularmente para os membros da sua administração. Essa transferência de renda se consumou, também, pela manipulação dos lucros estimados sobre as operações comerciais e pela contração de dívidas junto à Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba que não foram liquidadas até o final de monopólio. Menciona-se os casos do intendente (Antônio José Souto) e do guarda-livros (Julião Lumachi), que em 1776 ainda constavam em lista de devedores, e os mais significativos da empresa. Conclui-se, portanto, que a Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba serviu como um veículo de transferência de renda da colônia para comerciantes lusitanos que estiveram ao lado do Marquês de Pombal, no processo de reformas implementadas no reinado de D. José I.
id UFPE_a0836fe932e61012d0766c204830033c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11504
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling ANDRADE, Álvaro Pereira deASSIS, Virgina Maria Amoedo2015-03-09T14:43:45Z2015-03-09T14:43:45Z2013-10-01https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11504Através desse trabalho, intitulado História e Contabilidade – diálogos possíveis: o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, estudou-se o funcionamento operacional, a gestão e as politicas comerciais desse empreendimento, compreendendo o período de 1760 a 1775. Essa Companhia Geral de Comércio foi instituída no reinado de D. José I, como parte das reformas estruturais empreendidas pelo Marquês de Pombal, durante as quase três décadas em que esteve a frente da administração do império português. O cenário existente na segunda metade do século XVIII era bastante sombrio para Portugal e seus domínios. A crise econômica que assolava o país não dava sinais de melhora, e o terremoto ocorrido em Lisboa, no ano de 1755, somente veio a agravar a situação caótica vivida pelos lusitanos. O comércio ultramarino português se encontrava enfraquecido, e a concorrência no mercado comercial europeu entre países como a França, a Holanda e a Inglaterra não dava espaços para Portugal competir. Adicione-se que a Inglaterra mantinha acordo comercial com Portugal para a exclusividade na venda dos seus têxteis aos lusitanos, tendo como contrapartida a importação dos seus vinhos, numa relação de negócios monopolizada, que era garantida pelo Tratado de Methuen (1703), e que gerou fortes prejuízos para a economia portuguesa. A instituição da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, em 1759, tinha o propósito de fortalecer o comércio ultramarino com o Brasil e auxiliar na recuperação da economia portuguesa. A criação da Aula de Comércio trouxe meios para a melhor qualificação profissional dos comerciantes portugueses para a gestão dos seus negócios, principalmente pela introdução nas atividades comerciais da escrituração contábil pelo método das partidas dobradas, denominado de método italiano de escrituração mercantil. No Brasil, a Aula de Comércio somente chegou em 1808, com a vinda da corte portuguesa, entretanto, constatou-se que a escrituração mercantil das transações comerciais por partidas dobradas foi praticada na capitania de Pernambuco desde o ano de 1760, pelos guarda-livros e escriturários contadores da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, a exemplo de Julião Lumachi (guarda-livros) e de Antônio Martins Viana (primeiro escriturário contador do Brasil). Constatou-se que as práticas administrativas levadas a efeito pelos membros da sua Direção conduziram esse empreendimento ao insucesso, além de promover a transferência de renda da colônia para os grandes comerciantes lusitanos, particularmente para os membros da sua administração. Essa transferência de renda se consumou, também, pela manipulação dos lucros estimados sobre as operações comerciais e pela contração de dívidas junto à Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba que não foram liquidadas até o final de monopólio. Menciona-se os casos do intendente (Antônio José Souto) e do guarda-livros (Julião Lumachi), que em 1776 ainda constavam em lista de devedores, e os mais significativos da empresa. Conclui-se, portanto, que a Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba serviu como um veículo de transferência de renda da colônia para comerciantes lusitanos que estiveram ao lado do Marquês de Pombal, no processo de reformas implementadas no reinado de D. José I.porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessHistória da contabilidadeCompanhia de ComércioComério ultramarinoExportaçãoImportaçãoEscrituração contábilLucro estimadoLucro não realizadoCusto diretoCusto indiretoEstoqueJurosEmpréstimoHistória e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTese Álvaro de Andrade História e Contabilidade-Diálogos Possívei s - O caso da Cia de PE e PB - Tese de Doutorado-História-UFPE.pdf.jpgTese Álvaro de Andrade História e Contabilidade-Diálogos Possívei s - O caso da Cia de PE e PB - Tese de Doutorado-História-UFPE.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1252https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/5/Tese%20%20%c3%81lvaro%20de%20Andrade%20Hist%c3%b3ria%20e%20Contabilidade-Di%c3%a1logos%20Poss%c3%advei%20%20s%20-%20O%20caso%20da%20Cia%20de%20PE%20e%20PB%20-%20Tese%20de%20Doutorado-Hist%c3%b3ria-UFPE.pdf.jpg18017a4130a0ac4f260aba4e46987f0dMD55ORIGINALTese Álvaro de Andrade História e Contabilidade-Diálogos Possívei s - O caso da Cia de PE e PB - Tese de Doutorado-História-UFPE.pdfTese Álvaro de Andrade História e Contabilidade-Diálogos Possívei s - O caso da Cia de PE e PB - Tese de Doutorado-História-UFPE.pdfapplication/pdf5714369https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/1/Tese%20%20%c3%81lvaro%20de%20Andrade%20Hist%c3%b3ria%20e%20Contabilidade-Di%c3%a1logos%20Poss%c3%advei%20%20s%20-%20O%20caso%20da%20Cia%20de%20PE%20e%20PB%20-%20Tese%20de%20Doutorado-Hist%c3%b3ria-UFPE.pdf2249d562fa8c1dec16723b68ef3a7da0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTese Álvaro de Andrade História e Contabilidade-Diálogos Possívei s - O caso da Cia de PE e PB - Tese de Doutorado-História-UFPE.pdf.txtTese Álvaro de Andrade História e Contabilidade-Diálogos Possívei s - O caso da Cia de PE e PB - Tese de Doutorado-História-UFPE.pdf.txtExtracted texttext/plain1069128https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/4/Tese%20%20%c3%81lvaro%20de%20Andrade%20Hist%c3%b3ria%20e%20Contabilidade-Di%c3%a1logos%20Poss%c3%advei%20%20s%20-%20O%20caso%20da%20Cia%20de%20PE%20e%20PB%20-%20Tese%20de%20Doutorado-Hist%c3%b3ria-UFPE.pdf.txt16cc424b1901e0886ac656081704766dMD54123456789/115042019-10-25 20:24:06.723oai:repositorio.ufpe.br:123456789/11504TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T23:24:06Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv História e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775
title História e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775
spellingShingle História e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775
ANDRADE, Álvaro Pereira de
História da contabilidade
Companhia de Comércio
Comério ultramarino
Exportação
Importação
Escrituração contábil
Lucro estimado
Lucro não realizado
Custo direto
Custo indireto
Estoque
Juros
Empréstimo
title_short História e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775
title_full História e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775
title_fullStr História e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775
title_full_unstemmed História e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775
title_sort História e contabilidade – diálogos possíveis : o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba – 1759-1775
author ANDRADE, Álvaro Pereira de
author_facet ANDRADE, Álvaro Pereira de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv ANDRADE, Álvaro Pereira de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv ASSIS, Virgina Maria Amoedo
contributor_str_mv ASSIS, Virgina Maria Amoedo
dc.subject.por.fl_str_mv História da contabilidade
Companhia de Comércio
Comério ultramarino
Exportação
Importação
Escrituração contábil
Lucro estimado
Lucro não realizado
Custo direto
Custo indireto
Estoque
Juros
Empréstimo
topic História da contabilidade
Companhia de Comércio
Comério ultramarino
Exportação
Importação
Escrituração contábil
Lucro estimado
Lucro não realizado
Custo direto
Custo indireto
Estoque
Juros
Empréstimo
description Através desse trabalho, intitulado História e Contabilidade – diálogos possíveis: o caso da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, estudou-se o funcionamento operacional, a gestão e as politicas comerciais desse empreendimento, compreendendo o período de 1760 a 1775. Essa Companhia Geral de Comércio foi instituída no reinado de D. José I, como parte das reformas estruturais empreendidas pelo Marquês de Pombal, durante as quase três décadas em que esteve a frente da administração do império português. O cenário existente na segunda metade do século XVIII era bastante sombrio para Portugal e seus domínios. A crise econômica que assolava o país não dava sinais de melhora, e o terremoto ocorrido em Lisboa, no ano de 1755, somente veio a agravar a situação caótica vivida pelos lusitanos. O comércio ultramarino português se encontrava enfraquecido, e a concorrência no mercado comercial europeu entre países como a França, a Holanda e a Inglaterra não dava espaços para Portugal competir. Adicione-se que a Inglaterra mantinha acordo comercial com Portugal para a exclusividade na venda dos seus têxteis aos lusitanos, tendo como contrapartida a importação dos seus vinhos, numa relação de negócios monopolizada, que era garantida pelo Tratado de Methuen (1703), e que gerou fortes prejuízos para a economia portuguesa. A instituição da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, em 1759, tinha o propósito de fortalecer o comércio ultramarino com o Brasil e auxiliar na recuperação da economia portuguesa. A criação da Aula de Comércio trouxe meios para a melhor qualificação profissional dos comerciantes portugueses para a gestão dos seus negócios, principalmente pela introdução nas atividades comerciais da escrituração contábil pelo método das partidas dobradas, denominado de método italiano de escrituração mercantil. No Brasil, a Aula de Comércio somente chegou em 1808, com a vinda da corte portuguesa, entretanto, constatou-se que a escrituração mercantil das transações comerciais por partidas dobradas foi praticada na capitania de Pernambuco desde o ano de 1760, pelos guarda-livros e escriturários contadores da Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba, a exemplo de Julião Lumachi (guarda-livros) e de Antônio Martins Viana (primeiro escriturário contador do Brasil). Constatou-se que as práticas administrativas levadas a efeito pelos membros da sua Direção conduziram esse empreendimento ao insucesso, além de promover a transferência de renda da colônia para os grandes comerciantes lusitanos, particularmente para os membros da sua administração. Essa transferência de renda se consumou, também, pela manipulação dos lucros estimados sobre as operações comerciais e pela contração de dívidas junto à Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba que não foram liquidadas até o final de monopólio. Menciona-se os casos do intendente (Antônio José Souto) e do guarda-livros (Julião Lumachi), que em 1776 ainda constavam em lista de devedores, e os mais significativos da empresa. Conclui-se, portanto, que a Companhia Geral de Comércio de Pernambuco e Paraíba serviu como um veículo de transferência de renda da colônia para comerciantes lusitanos que estiveram ao lado do Marquês de Pombal, no processo de reformas implementadas no reinado de D. José I.
publishDate 2013
dc.date.issued.fl_str_mv 2013-10-01
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2015-03-09T14:43:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2015-03-09T14:43:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11504
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11504
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/5/Tese%20%20%c3%81lvaro%20de%20Andrade%20Hist%c3%b3ria%20e%20Contabilidade-Di%c3%a1logos%20Poss%c3%advei%20%20s%20-%20O%20caso%20da%20Cia%20de%20PE%20e%20PB%20-%20Tese%20de%20Doutorado-Hist%c3%b3ria-UFPE.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/1/Tese%20%20%c3%81lvaro%20de%20Andrade%20Hist%c3%b3ria%20e%20Contabilidade-Di%c3%a1logos%20Poss%c3%advei%20%20s%20-%20O%20caso%20da%20Cia%20de%20PE%20e%20PB%20-%20Tese%20de%20Doutorado-Hist%c3%b3ria-UFPE.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11504/4/Tese%20%20%c3%81lvaro%20de%20Andrade%20Hist%c3%b3ria%20e%20Contabilidade-Di%c3%a1logos%20Poss%c3%advei%20%20s%20-%20O%20caso%20da%20Cia%20de%20PE%20e%20PB%20-%20Tese%20de%20Doutorado-Hist%c3%b3ria-UFPE.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 18017a4130a0ac4f260aba4e46987f0d
2249d562fa8c1dec16723b68ef3a7da0
66e71c371cc565284e70f40736c94386
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
16cc424b1901e0886ac656081704766d
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310720346390528