Eu falo no teu dizer para dizer quem sou : um estudo sobre aquisição de linguagem com criança abrigada em instituição governamental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GÓES, Fernando Antônio de Barros
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8051
Resumo: Esta pesquisa se propôs a abordar o processo de aquisição da linguagem/constituição subjetiva, considerando posições subjetivas e mudanças de posição do infans (enquanto colocado na condição de sujeito) frente à língua (Outro), ou seja, a relação do sujeito com o campo do Outro . Para tanto, baseou-se no quadro teórico do Interacionismo Lingüístico de De Lemos (2002), cujas proposições se fundamentam na Lingüística Estrutural européia e na Psicanálise de linha francesa. Nesta perspectiva teórica, a língua se torna o lugar de constituição, tanto da fala da criança, quanto dela mesma. Nas proposições de De Lemos (Ibid.), fica ressaltada a grande importância para a criança da interpretação da mãe (ou do outro que venha a ocupar esse lugar estrutural). Ao levar em conta esses fatos, este estudo procurou ampliar a abordagem do processo de aquisição de linguagem/constituição subjetiva quando esse lugar estrutural (Outro) é ocupado por outro que não seja a própria mãe da criança, mas sim por alguém que exerça os cuidados maternos. Além disso, procurou dar maior visibilidade a fenômenos da aquisição da linguagem/constituição subjetiva da criança, segundo perspectiva da Psicanálise, tendo sido destacada a noção de Função Materna. Portanto, para problematização da pesquisa, foi tomada a situação em que ocorre uma ruptura na díade mãebebê, com afastamento entre a criança e a mãe e o surgimento de um novo contexto para a criança (Instituição Governamental que acolhe crianças), no qual ela passa a receber cuidados através de vários educadores institucionais. Desta forma, foram colocados os objetivos formulados como questões: 1) Nos processos de interação entre as crianças e os educadores institucionais, como ocorre o processo pelo qual o infans é capturado pela linguagem e qual a importância outro/Outro cuidador nesse processo? Nas interações entre criança e outro, pode o outro cuidador ocupar uma posição concebida como Função Materna ? e 2) Podem ser indicadas diferenças e/ou mudanças em posições estruturais da criança e do outro cuidador em relação à língua, considerando que o lugar estrutural do Outro, geralmente ocupado pela mãe conforme proposto por De Lemos (Ibid.)- passa a ser ocupado por um cuidador institucional? Para abordar estas questões, foram realizados registros videofonograficos contendo os aspectos das interações entre a criança e seu cuidador, os quais foram analisados e interpretados através de uma proposta metodológica com base no quadro teórico do Interacionismo Lingüístico de De Lemos e, também, com base na Teoria Psicanalítica. Nas análises dos dados, pôde-se apontar exemplos do processo pelo qual o infans é capturado pela linguagem (primeiro objetivo), tendo sido possível assinalar a indicação de que, no referido processo, a cuidadora se encontrava, neste caso específico, operando a função materna e, assim, ocupando esse lugar estrutural do Outro. Foi possível indicar diferenças e deslocamentos de posições subjetivas (segundo objetivo), tanto da cuidadora quanto da criança, mostrando, dessa forma, que o processo de aquisição da linguagem/constituição subjetiva é extremamente dinâmico, como também que a criança e o adulto, enquanto sujeitos, estão submetidos ao funcionamento da língua/Outro
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Nesta perspectiva teórica, a língua se torna o lugar de constituição, tanto da fala da criança, quanto dela mesma. Nas proposições de De Lemos (Ibid.), fica ressaltada a grande importância para a criança da interpretação da mãe (ou do outro que venha a ocupar esse lugar estrutural). Ao levar em conta esses fatos, este estudo procurou ampliar a abordagem do processo de aquisição de linguagem/constituição subjetiva quando esse lugar estrutural (Outro) é ocupado por outro que não seja a própria mãe da criança, mas sim por alguém que exerça os cuidados maternos. Além disso, procurou dar maior visibilidade a fenômenos da aquisição da linguagem/constituição subjetiva da criança, segundo perspectiva da Psicanálise, tendo sido destacada a noção de Função Materna. Portanto, para problematização da pesquisa, foi tomada a situação em que ocorre uma ruptura na díade mãebebê, com afastamento entre a criança e a mãe e o surgimento de um novo contexto para a criança (Instituição Governamental que acolhe crianças), no qual ela passa a receber cuidados através de vários educadores institucionais. Desta forma, foram colocados os objetivos formulados como questões: 1) Nos processos de interação entre as crianças e os educadores institucionais, como ocorre o processo pelo qual o infans é capturado pela linguagem e qual a importância outro/Outro cuidador nesse processo? Nas interações entre criança e outro, pode o outro cuidador ocupar uma posição concebida como Função Materna ? e 2) Podem ser indicadas diferenças e/ou mudanças em posições estruturais da criança e do outro cuidador em relação à língua, considerando que o lugar estrutural do Outro, geralmente ocupado pela mãe conforme proposto por De Lemos (Ibid.)- passa a ser ocupado por um cuidador institucional? Para abordar estas questões, foram realizados registros videofonograficos contendo os aspectos das interações entre a criança e seu cuidador, os quais foram analisados e interpretados através de uma proposta metodológica com base no quadro teórico do Interacionismo Lingüístico de De Lemos e, também, com base na Teoria Psicanalítica. Nas análises dos dados, pôde-se apontar exemplos do processo pelo qual o infans é capturado pela linguagem (primeiro objetivo), tendo sido possível assinalar a indicação de que, no referido processo, a cuidadora se encontrava, neste caso específico, operando a função materna e, assim, ocupando esse lugar estrutural do Outro. Foi possível indicar diferenças e deslocamentos de posições subjetivas (segundo objetivo), tanto da cuidadora quanto da criança, mostrando, dessa forma, que o processo de aquisição da linguagem/constituição subjetiva é extremamente dinâmico, como também que a criança e o adulto, enquanto sujeitos, estão submetidos ao funcionamento da língua/OutroCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAquisição de LinguagemConstituição SubjetivaInteracionismo LingüísticoLingüísticaPsicanálise.Eu falo no teu dizer para dizer quem sou : um estudo sobre aquisição de linguagem com criança abrigada em instituição governamentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo3851_1.pdf.jpgarquivo3851_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1384https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8051/4/arquivo3851_1.pdf.jpgafc966207b2c670e45e687a17853d24eMD54ORIGINALarquivo3851_1.pdfapplication/pdf698947https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8051/1/arquivo3851_1.pdfbc00df03e1a41608400313fbb40186bcMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8051/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo3851_1.pdf.txtarquivo3851_1.pdf.txtExtracted texttext/plain469128https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8051/3/arquivo3851_1.pdf.txtff71c1201d5ce11d099fdb3937c0bd1cMD53123456789/80512019-10-25 12:08:45.196oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8051Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T15:08:45Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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