Mulheres negras compositoras na cena cultural de Alagoas : modos de resistência através da música
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49891 |
Resumo: | Esse trabalho apresenta discussões inseridas no campo teórico-metodológico da Psicologia Social. Nosso campo/tema de estudo envolve as experiências mulheres negras compositoras alagoanas considerando os atravessamentos de gênero, raça e o área da música, buscando responder a seguinte problemática: quais são e como têm acontecido as experiências de resistência de mulheres negras compositoras alagoanas? Entendemos que existe pouca visibilização das produções musicais de mulheres negras e, portanto, o estudo sobre a vida das mulheres negras compositoras a partir das articulações entre gênero e raça com a produção musical, atuação e participação no cenário musical pode trazer importantes reflexões sobre as experiências de resistência e protagonismo dessas mulheres. Assim, objetivamos entender as experiências de resistência de mulheres negras compositoras alagoanas através da produção musical. Especificamente, identificar aspectos da intersecção de gênero e raça que se presentificam nas músicas produzidas por essas mulheres, destacar pontos de aproximação e distanciamento entre as experiências de resistência e analisar as estratégias de enfrentamento às desigualdades de gênero e raça nas desigualdades gênero e raça nas experiências dessas mulheres. Em diálogo com o entendimento sobre as formas de fazer pesquisa científica da perspectiva Decolonial e do Feminismo Negro, reafirmam-se outras formas de produzir conhecimento, especialmente aqueles saberes silenciados por epistemologias dominantes, como os que são produzidos por mulheres negras. Compreendemos o racismo e o sexismo como sistemas de hierarquização social que têm proporcionado a invisibilização e inferiorização das mulheres negras, diminuindo o acesso dessas aos mecanismos de afirmação de poder e de manejo das estruturas políticas e sociais. É necessário pontuar que, no caso do contexto brasileiro, essas mulheres negras representaram um papel de protagonismo na produção de identidade e enraizamento da população negra. No que se refere à metodologia, foram realizadas conversas com 8 interlocutoras, mulheres negras compositoras alagoanas, e feita a análise a partir da interseccionalidade dessas conversas e de 8 músicas compostas por elas. No processo de análise enfocamos as questões relacionadas ao gênero e à raça, mas também à vivência como artistas, à construção de sua identidade e às experiências de resistência ligadas à expressão sonora/artística/cultural como elementos da subjetividade e os importantes atravessadores em suas vidas. Reconhecemos a língua enquanto um potencial espaço de resistência em que são produzidas epistemologias alternativas. Entendemos a escrita, através da música, como um movimento de resistência de mulheres negras. Nossas interlocutoras sabem dos desafios que enfrentam por serem mulheres, negras e artistas. Suas memórias trazem relatos de experiências de racismo e sexismo já na infância e adolescência, experiências essas que continuam a ser vivenciadas após a inserção delas no contexto da música. As experiências delas também nos indicam que a música tem sido um espaço de resistência e, nesse sentido, suas composições se configuram em formas de falar sobre essas opressões, suas lutas e desafios, uma forma de erguerem suas vozes e resistirem. Essas mulheres negras compõem um grupo heterogêneo, mas suas experiências singulares refletem dinamismos do plano coletivo que podem incitar experiências de protagonismos ao construírem em suas vivências, através da música, modos de resistência. |
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RODRIGUES, Maria Natália Matiashttp://lattes.cnpq.br/2982324888264415http://lattes.cnpq.br/5042948325884329MENEZES, Jaileila de Araújo2023-05-03T12:23:26Z2023-05-03T12:23:26Z2022-08-31RODRIGUES, Maria Natália Matias. Mulheres negras compositoras na cena cultural de Alagoas: modos de resistência através da música. 2022. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49891Esse trabalho apresenta discussões inseridas no campo teórico-metodológico da Psicologia Social. Nosso campo/tema de estudo envolve as experiências mulheres negras compositoras alagoanas considerando os atravessamentos de gênero, raça e o área da música, buscando responder a seguinte problemática: quais são e como têm acontecido as experiências de resistência de mulheres negras compositoras alagoanas? Entendemos que existe pouca visibilização das produções musicais de mulheres negras e, portanto, o estudo sobre a vida das mulheres negras compositoras a partir das articulações entre gênero e raça com a produção musical, atuação e participação no cenário musical pode trazer importantes reflexões sobre as experiências de resistência e protagonismo dessas mulheres. Assim, objetivamos entender as experiências de resistência de mulheres negras compositoras alagoanas através da produção musical. Especificamente, identificar aspectos da intersecção de gênero e raça que se presentificam nas músicas produzidas por essas mulheres, destacar pontos de aproximação e distanciamento entre as experiências de resistência e analisar as estratégias de enfrentamento às desigualdades de gênero e raça nas desigualdades gênero e raça nas experiências dessas mulheres. Em diálogo com o entendimento sobre as formas de fazer pesquisa científica da perspectiva Decolonial e do Feminismo Negro, reafirmam-se outras formas de produzir conhecimento, especialmente aqueles saberes silenciados por epistemologias dominantes, como os que são produzidos por mulheres negras. Compreendemos o racismo e o sexismo como sistemas de hierarquização social que têm proporcionado a invisibilização e inferiorização das mulheres negras, diminuindo o acesso dessas aos mecanismos de afirmação de poder e de manejo das estruturas políticas e sociais. É necessário pontuar que, no caso do contexto brasileiro, essas mulheres negras representaram um papel de protagonismo na produção de identidade e enraizamento da população negra. No que se refere à metodologia, foram realizadas conversas com 8 interlocutoras, mulheres negras compositoras alagoanas, e feita a análise a partir da interseccionalidade dessas conversas e de 8 músicas compostas por elas. No processo de análise enfocamos as questões relacionadas ao gênero e à raça, mas também à vivência como artistas, à construção de sua identidade e às experiências de resistência ligadas à expressão sonora/artística/cultural como elementos da subjetividade e os importantes atravessadores em suas vidas. Reconhecemos a língua enquanto um potencial espaço de resistência em que são produzidas epistemologias alternativas. Entendemos a escrita, através da música, como um movimento de resistência de mulheres negras. Nossas interlocutoras sabem dos desafios que enfrentam por serem mulheres, negras e artistas. Suas memórias trazem relatos de experiências de racismo e sexismo já na infância e adolescência, experiências essas que continuam a ser vivenciadas após a inserção delas no contexto da música. As experiências delas também nos indicam que a música tem sido um espaço de resistência e, nesse sentido, suas composições se configuram em formas de falar sobre essas opressões, suas lutas e desafios, uma forma de erguerem suas vozes e resistirem. Essas mulheres negras compõem um grupo heterogêneo, mas suas experiências singulares refletem dinamismos do plano coletivo que podem incitar experiências de protagonismos ao construírem em suas vivências, através da música, modos de resistência.FACEPEThis work presents discussions within the theoretical-methodological field of Social Psychology. Our field/theme of study involves the experiences of black women composers from Alagoas considering the crossings of gender, race and the field of music, seeking to answer the following problem: What are the experiences of resistance of black women composers from Alagoas and how have they happened? We understand that there is little visibility of musical productions by black women and, therefore, the study of the lives of black women composers from the articulations between gender, race, class with musical production, performance and participation in the musical scene can bring important reflections on the experiences of resistance and protagonism of these women. We aim to understand the experiences of resistance of black women composers from Alagoas through musical production. Specifically, to identify aspects of the intersection of gender and race that are present in the songs produced by these women, highlight points of approximation and distance between the experiences of resistance and analyze the strategies to face gender and race inequalities in the experiences of black women composers from Alagoas. In dialogue with the understanding of the ways of doing scientific research from the Decolonial Perspective and Black Feminism, other ways of producing knowledge are reaffirmed, especially those knowledge silenced by dominant epistemologies, such as those produced by black women. We consider racism and sexism as systems of social hierarchy that have made black women invisible and inferior, reducing their access to mechanisms for asserting power and managing political and social structures. It is necessary to point out that, in the case of the Brazilian context, these black women played a leading role in the production of identity and rooting of the black population. Regarding the methodology, conversations were carried out with 8 interlocutors, black women composers from Alagoas and analysis based on the intersectionality of these conversations and 8 songs composed by them. In the analysis process, we focused on issues related to gender and race, but also to the experience as artists, the construction of their identity and the experiences of resistance linked to sound/artistic/cultural expression as elements of subjectivity and the important intermediaries in their lives. We recognize language as a potential space of resistance where alternative epistemologies are produced, we understand writing, through music, as a resistance movement of black women. Our interlocutors are aware of the challenges they face as women, blacks and artists. Her memories bring reports of experiences of racism and sexism already in childhood and adolescence, experiences that continue to be experienced after their insertion in the context of music. Their experiences also indicate that music has been a space of resistance and in this sense, their compositions are configured as a way of talking about these oppressions, their struggles and challenges, a way of raising their voices and resisting. These black women make up a heterogeneous group, but their unique experiences reflect dynamisms of the collective plan that can incit experiences of protagonism by building in their experiences, through music, modes of resistance.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em PsicologiaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMúsicaRaçaGêneroResistênciaMulheres negras compositoras na cena cultural de Alagoas : modos de resistência através da músicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPELICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49891/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53ORIGINALTESE Maria Natália Matias Rodrigues.pdfTESE Maria Natália Matias Rodrigues.pdfapplication/pdf1201758https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49891/1/TESE%20Maria%20Nat%c3%a1lia%20Matias%20Rodrigues.pdfeb64089077c1baa3424c6778921c885cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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