O ensino e a avaliação do aprendizado do sistema de notação alfabética numa escolarização organizada em ciclos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Solange Alves de
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000pnnv
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4651
Resumo: Esse trabalho buscou analisar como estava ocorrendo o ensino e a avaliação do aprendizado do Sistema de Notação Alfabética num regime ciclado. Tínhamos como aspectos a serem investigados, durante a pesquisa, os encaminhamentos didáticos na área de língua, as formas de avaliação, o tratamento dado aos erros dos educandos, as formas de registro, o tratamento da heterogeneidade na sala de aula, dentre outros. Nos apoiamos, sobretudo, na teoria da fabricação do cotidiano escolar (CERTEAU, 1985; 1994), no processo de apropriação dos saberes da ação pelos docentes (CHARTIER, 1998), bem como nas contribuições da teoria da transposição didática (CHEVALLARD, 1991), objetivando apreender um pouco do que estava sendo fabricado naquele cotidiano escolar; a apropriação que o professor estava fazendo frente à reorganização do ensino, bem como as transformações ocorridas no eixo do saber (por passarem a priorizar o atendimento à heterogeneidade). Para atingirmos tal finalidade, adotamos, em nossos procedimentos metodológicos, entrevistas de grupos focais com professoras de três escolas dos três anos do ciclo I, na rede municipal de Recife. Tivemos acesso, ainda, aos diários de classe , a fim de nos apropriarmos de suas formas de registro, logo, das formas de avaliação na área de língua, priorizados a partir da implantação da proposta. Os resultados da pesquisa apontaram para uma evidente preocupação das mestras com a promoção automática dos aprendizes, defendida pela rede. Segundo elas, era preciso garantir os conhecimentos necessários ao aluno. Por outro lado, tinham uma evidente dificuldade em explicitar tais conhecimentos, visto que a proposta, à qualtinham acesso, não delimitava por ano-ciclo os conteúdos a serem abordados, além de que estes eram organizados de maneira vaga , pouco precisa , na concepção das professoras. Destacaram, ainda, que deveria haver retenção, caso os alunos não conseguissem alcançar os parâmetros mínimos , sobretudo nos terceiros anos. Reconheciam a necessidade de se levar em consideração os diferentes ritmos de aprendizagem, já que sala homogênea se constituiria numa utopia . Porém, revelaram dificuldades em lidar com a diversidade, especialmente, quando se tratava de alunos que mantinham um desempenho bem inferior ao padrão por elas considerado. Diante dessa realidade, as professoras estavam fabricando táticas que viessem a suprir as lacunas da proposta oficial. Houve casos, por exemplo, de reter o aprendiz por falta, ou da prática de um rodízio (deixar o aluno matriculado no diário de acordo com sua idade, mas colocá-lo em outra turma, de acordo com o nível de desenvolvimento que tinha). Segundo as professoras, era preciso promover reuniões que oportunizassem a discussão da proposta, bem como suas formas de operacionalização. Como isso não ocorria, buscavam fabricar táticas que viessem suprir as necessidades educativas daquele cotidiano
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Nos apoiamos, sobretudo, na teoria da fabricação do cotidiano escolar (CERTEAU, 1985; 1994), no processo de apropriação dos saberes da ação pelos docentes (CHARTIER, 1998), bem como nas contribuições da teoria da transposição didática (CHEVALLARD, 1991), objetivando apreender um pouco do que estava sendo fabricado naquele cotidiano escolar; a apropriação que o professor estava fazendo frente à reorganização do ensino, bem como as transformações ocorridas no eixo do saber (por passarem a priorizar o atendimento à heterogeneidade). Para atingirmos tal finalidade, adotamos, em nossos procedimentos metodológicos, entrevistas de grupos focais com professoras de três escolas dos três anos do ciclo I, na rede municipal de Recife. Tivemos acesso, ainda, aos diários de classe , a fim de nos apropriarmos de suas formas de registro, logo, das formas de avaliação na área de língua, priorizados a partir da implantação da proposta. 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Como isso não ocorria, buscavam fabricar táticas que viessem suprir as necessidades educativas daquele cotidianoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEducaçãoLinguagemAlfabetizaçãoSistema de escrita alfabéticaEscolarização cicladaApropriaçãoFabricação do cotidiano escolarO ensino e a avaliação do aprendizado do sistema de notação alfabética numa escolarização organizada em ciclosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo5725_1.pdf.jpgarquivo5725_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1095https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4651/4/arquivo5725_1.pdf.jpgde99eb52239bfab5c770129bf21d1621MD54ORIGINALarquivo5725_1.pdfapplication/pdf1356704https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4651/1/arquivo5725_1.pdf57479496fb82fe438b122573dcb8e7beMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4651/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo5725_1.pdf.txtarquivo5725_1.pdf.txtExtracted texttext/plain461158https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4651/3/arquivo5725_1.pdf.txtbfade5e67e04807a7c5409fc15e369e4MD53123456789/46512019-10-25 20:01:36.649oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4651Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T23:01:36Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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