Classificação na Educação Infantil: o que propõem os livros e como é abordada por professores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Edneri Pereira
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13233
Resumo: Considerando a importância do processo de Classificação no desenvolvimento das estruturas lógicas do pensamento (Piaget e Inhelder (1983), Vygotsky (1991), Vergnaud (2009), Lúria (2010), entre outros), o objetivo deste estudo foi investigar como a Classificação vem sendo tratada na Educação Infantil, considerando as atividades propostas em livros didáticos de Matemática e a atuação de professores em sala de aula. Para responder a esse objetivo, o presente estudo contemplou três etapas: análise de dez coleções de livros didáticos de Matemática da Educação Infantil, três observações da sala de aula de duas professoras desta etapa de ensino e realização de entrevistas semiestruturadas com as mesmas professoras, abordando quatro eixos: formação e experiência docente, prática pedagógica, conhecimento do tema e intervenção pedagógica. Os livros foram analisados a partir dos seguintes aspectos: apresentação da coleção, sumário, manual do professor, tipo de atividade e frequência das mesmas. De modo geral, todas as coleções apresentam atividades de Classificação. Os manuais do professor trazem, em sua maioria, explicações sobre a atividade encontrada no livro. Entretanto, não discutem sobre a importância de cada atividade e sua articulação com o desenvolvimento conceitual das crianças. Foram encontrados cinco tipos de atividades que envolviam o trabalho com classificação nos livros didáticos: critério de classificação livre, classificação a partir de uma propriedade comum, classificação a partir da combinação de duas ou mais propriedades, classificação a partir da negação de uma propriedade e, critério de classificação a ser identificado. Comparando-se a frequência dos tipos de atividades encontradas nos livros didáticos, observaram-se maiores quantidades de atividades de classificação a partir de uma propriedade comum. Este também foi o tipo de atividade mais frequente dentre as que foram propostas pelas professoras em sala de aula. Em relação ao contexto, as atividades observadas no livro didático abordavam a classificação a partir de situações do cotidiano da criança como brinquedos, material escolar, alimentos e, eram comumente associadas a conceitos matemáticos. Nas atividades propostas em sala de aula, também verificamos um uso frequente de atividades relacionadas ao cotidiano das crianças, seja através de atividades escritas similares às dos livros didáticos ou em atividades com uso dos blocos lógicos, de materiais escolares, por exemplo. Nas atividades propostas nos livros didáticos, constatamos, ainda, a utilização de “pistas” como, exemplo, organização por proximidade dos objetos que deveriam compor cada grupo ou a utilização de objetos idênticos entre si, dispensando assim, a necessidade de análise das propriedades dos objetos pelas crianças e condicionando ao tipo de agrupamento esperado pelo autor do livro. Nas observações de sala de aula, observamos que na preocupação de tornar esse conhecimento acessível e com significado para a criança, se perdeu em algumas atividades a clareza conceitual. Nessa perspectiva, é imprescindível repensar o trabalho com classificação nas salas da Educação Infantil, considerando a importância de diversificar os tipos de atividades propostas e possibilitar o desenvolvimento da autonomia da criança na definição dos próprios critérios de classificação, a partir da vivência de atividades com diversidade de objetos que permitam a classificação conforme diferentes pontos de vista e, que possibilitem inferir as noções de intersecção de classes e a criação de categorias excludentes.
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