Dinâmica do microzooplâncton no Canal de Santa Cruz, Pernambuco, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Andréa Pinto
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8595
Resumo: Estudos foram realizados visando obter informações sobre a dinâmica de transporte e a estrutura da comunidade microzooplanctônica da desembocadura norte ou barra de Catuama e da desembocadura sul ou barra Orange do Canal de Santa Cruz, Itamaracá (PE) em relação a plataforma costeira adjacente, levando em consideração diferentes fases de maré e diferentes níveis de profundidade. As amostras de plâncton foram coletadas em seis estações ao longo de dois transectos entre a costa e a ilha. Na estação central (Estação Meio ou convergência), as coletas foram realizadas em três níveis de profundidade (50 cm abaixo da superfície, meio e 50 cm acima do fundo). Nas estações laterais (Continente e Ilha) as amostras foram coletadas apenas na subsuperfície e acima do fundo. Todas as coletas foram realizadas em intervalos de 3 horas perfazendo um ciclo completo de maré diurna e noturna, durante as marés de sizígia e quadratura sendo realizadas nos dias (03 e 04/08/01) na desembocadura Sul ou Barra Orange e (05 e 06/08/01) na desembocadura Norte ou Barra de Catuama, sendo este um período de maré de sizígia, e nos dias (09 e 10/08/06) na desembocadura Sul (Barra Orange) e (11 e 12/08/01) nas desembocaduras norte (Barra de Catuama), sendo este um período de maré de quadratura. As amostras de plâncton foram coletadas com o auxílio de uma bomba de sucção. A água foi filtrada com rede de plâncton de 64 micrômetros, durante 3 a 5 minutos, filtrando aproximadamente 100 litros por minuto. Logo após a filtragem, o material foi fixado com formol a 4%, neutralizado com tetraborato de sódio. Antes da série amostral foi realizado um perfil completo de corrente de uma margem a outra utilizando-se um perfilador acústico de corrente (ADCP). Simultaneamente as coletas de plâncton, foi novamente medida a velocidade e direção da corrente com o ADCP (RD Instruments). Também foram obtidos dados de temperatura, salinidade e oxigênio dissolvido em todas as estações e profundidades. Em laboratório, as amostras foram pesadas em balança de precisão para determinação do peso úmido. Foram identificados 51 taxa na barra de Catuama e 44 na barra Orange. O holoplâncton predominou nas duas desembocaduras apresentando 70% de abundância relativa, sendo o taxon mais abundante nas duas desembocaduras, Copepoda na fase naupliar variando de 50 a 80% de dominância. Dentre os Copepoda destacaram-se Oithona hebes, Euterpina acutifrons e Parvocalanus crassirostris, grupo característico de áreas estuarinas. Nas estações onde os náuplius de Copepoda apresentavam menor dominância, foi observado um aumento de Protozoa, sendo responsável por esta dominância Favella ehrenbergii. A diversidade e eqüitabilidade foram baixas, indicando áreas em desequilíbrio, fato decorrente dos muitos impactos que a área vem recebendo nos últimos anos. Em relação aos padrões dinâmicos, tanto na barra Orange quanto na barra de Catuama dentre todos os fatores estudados que foram: fotoperíodo, profundidade, estações, fase de maré (sizígia e quadratuda) e ciclo de maré (BM, EN, PM e VZ), apenas a fase e o ciclo de maré influenciaram nos parâmetros bióticos e abióticos, sendo os fatores estruturantes do microzooplâncton. No tocante ao transporte instantâneo do microzooplâncton foi observado que em ambas as barras os maiores valores foram positivos, ou seja, ocorreram associados à maré enchente implicando em importação de organismos e biomassa. As possíveis causas para este comportamento podem estar associadas a vários fatores, dentre eles, a forte influência marinha em determinados períodos, tamanho das desembocaduras ou baixa descarga de água doce. Por tudo que foi estudado observa-se que a plataforma costeira adjacente contribui significativamente para a estruturação da comunidade microzooplanctônica das barras Orange e Catuama
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Na estação central (Estação Meio ou convergência), as coletas foram realizadas em três níveis de profundidade (50 cm abaixo da superfície, meio e 50 cm acima do fundo). Nas estações laterais (Continente e Ilha) as amostras foram coletadas apenas na subsuperfície e acima do fundo. Todas as coletas foram realizadas em intervalos de 3 horas perfazendo um ciclo completo de maré diurna e noturna, durante as marés de sizígia e quadratura sendo realizadas nos dias (03 e 04/08/01) na desembocadura Sul ou Barra Orange e (05 e 06/08/01) na desembocadura Norte ou Barra de Catuama, sendo este um período de maré de sizígia, e nos dias (09 e 10/08/06) na desembocadura Sul (Barra Orange) e (11 e 12/08/01) nas desembocaduras norte (Barra de Catuama), sendo este um período de maré de quadratura. As amostras de plâncton foram coletadas com o auxílio de uma bomba de sucção. A água foi filtrada com rede de plâncton de 64 micrômetros, durante 3 a 5 minutos, filtrando aproximadamente 100 litros por minuto. Logo após a filtragem, o material foi fixado com formol a 4%, neutralizado com tetraborato de sódio. Antes da série amostral foi realizado um perfil completo de corrente de uma margem a outra utilizando-se um perfilador acústico de corrente (ADCP). Simultaneamente as coletas de plâncton, foi novamente medida a velocidade e direção da corrente com o ADCP (RD Instruments). Também foram obtidos dados de temperatura, salinidade e oxigênio dissolvido em todas as estações e profundidades. Em laboratório, as amostras foram pesadas em balança de precisão para determinação do peso úmido. Foram identificados 51 taxa na barra de Catuama e 44 na barra Orange. O holoplâncton predominou nas duas desembocaduras apresentando 70% de abundância relativa, sendo o taxon mais abundante nas duas desembocaduras, Copepoda na fase naupliar variando de 50 a 80% de dominância. Dentre os Copepoda destacaram-se Oithona hebes, Euterpina acutifrons e Parvocalanus crassirostris, grupo característico de áreas estuarinas. Nas estações onde os náuplius de Copepoda apresentavam menor dominância, foi observado um aumento de Protozoa, sendo responsável por esta dominância Favella ehrenbergii. A diversidade e eqüitabilidade foram baixas, indicando áreas em desequilíbrio, fato decorrente dos muitos impactos que a área vem recebendo nos últimos anos. Em relação aos padrões dinâmicos, tanto na barra Orange quanto na barra de Catuama dentre todos os fatores estudados que foram: fotoperíodo, profundidade, estações, fase de maré (sizígia e quadratuda) e ciclo de maré (BM, EN, PM e VZ), apenas a fase e o ciclo de maré influenciaram nos parâmetros bióticos e abióticos, sendo os fatores estruturantes do microzooplâncton. No tocante ao transporte instantâneo do microzooplâncton foi observado que em ambas as barras os maiores valores foram positivos, ou seja, ocorreram associados à maré enchente implicando em importação de organismos e biomassa. As possíveis causas para este comportamento podem estar associadas a vários fatores, dentre eles, a forte influência marinha em determinados períodos, tamanho das desembocaduras ou baixa descarga de água doce. Por tudo que foi estudado observa-se que a plataforma costeira adjacente contribui significativamente para a estruturação da comunidade microzooplanctônica das barras Orange e CatuamaporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEstuáriosMicrozooplânctonDinâmicaTransporteDinâmica do microzooplâncton no Canal de Santa Cruz, Pernambuco, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo8242_1.pdf.jpgarquivo8242_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1449https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8595/4/arquivo8242_1.pdf.jpgc67ae6ffba189e1e48694d16e2685a37MD54ORIGINALarquivo8242_1.pdfapplication/pdf1270223https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8595/1/arquivo8242_1.pdff3d642a82c8dd294577cf2913ce01069MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8595/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo8242_1.pdf.txtarquivo8242_1.pdf.txtExtracted texttext/plain222611https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8595/3/arquivo8242_1.pdf.txt7b1c6b93670c78f8306d9a192992300fMD53123456789/85952019-10-25 04:00:38.566oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8595Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T07:00:38Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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