Prevalência de bullying no cenário escolar do Recife e sua associação com fatores sociodemográficos e estilo parental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VIEIRA, Ricardo Alexandre Guerra
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000015cd2
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17528
Resumo: O objetivo deste estudo de corte transversal foi avaliar a prevalência de bullying e a associação entre bullying, fatores sociodemográficos e estilo parental em escolas públicas de ensino fundamental da Cidade do Recife. Os instrumentos de pesquisa foram o Formulário de Registro de Informações Pessoais, os critérios de classificação Econômica Brasil e o bullying questionário. Os dados foram pré-codificados e processados em microcomputador, pelo Programa SPSS versão 22. Em relação aos desfechos relacionados ao bullying foram criadas as seguintes variáveis: “sofreu”, “praticou”, “sofreu e/ou praticou bullying” e “não sofreu e não praticou bullying”. As variáveis explanatórias foram “sexo”, “faixa etária”, “cor da pele”, “ano escolar”, “localização da escola”, “classe social”, “grau de instrução do responsável” e “estilo parental”. A associação entre a variável dependente e as variáveis independentes foi realizada através do teste Qui-quadrado de Pearson ou teste de Qui-quadrado com correção de Yates, utilizando o nível de significância de 5%. Como medida de associação univariada foi calculada a Razão de Prevalência e seus respectivos intervalos de confiança. Para avaliar o efeito independente das variáveis explanatórias em relação ao desfecho, foi realizada a análise de regressão multivariada log-binomial. Utilizou-se o nível de significância de p<0,20 da estatística univariada no teste do qui-quadrado para selecionar as variáveis que entrariam no modelo final de análise multivariada. Os resultados indicaram que do total dos investigados, 48,66% se envolveram como vítimas e/ou praticantes de bullying, enquanto que 30,36% declararam terem sofrido e 23,66% praticado o fenômeno. Houve associação estatisticamente significante em relação às prevalências de quem “sofreu bullying” quanto à localização da escola (RPA “4”), de quem “praticou bullying” quanto à localização da escola (RPA’s “4” e “6”), as classes sociais “D e E”, a faixa etária compreendida entre “10 e 13” anos e o grau de instrução “fundamental II completo/médio incompleto”, de quem “sofreu e/ou praticou bullying” com relação às classes sociais “D e E” e as RPA’s “4” e “6”, e, de quem “não sofreu e não praticou bullying” em relação as RPA’s “1” , “2” “3” e “5”, o estilo parental “negligente” e as classes sociais “B2” e “C1”. A sensação predominante das vítimas em relação à intimidação sofrida foi “se sentiu mal” (40,4%), mas chamou atenção o fato do sentimento de “não se incomodar” ter tido um percentual destacado dentre as respostas (24,3%). No que se refere à influência das práticas educativas adotadas pelas famílias foi observada associação estatística entre “estilo parental negligente” e a prevalência de quem “não sofreu e não praticou bullying”. Conclui-se que a prevalência de bullying sofrido pelos indivíduos pesquisados apresentou um percentual elevado, mas se encontra em acordo com os parâmetros indicados pela literatura. A localização da escola, o grau de instrução dos responsáveis, a classe social e a faixa etária dos alunos foram associados ao fenômeno. Esses dados precisam ser considerados na busca de soluções para o enfrentamento do problema e demonstra a necessidade de se vincular às particularidades da escola e da população que a frequenta quando se estuda o fenômeno bullying.
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As variáveis explanatórias foram “sexo”, “faixa etária”, “cor da pele”, “ano escolar”, “localização da escola”, “classe social”, “grau de instrução do responsável” e “estilo parental”. A associação entre a variável dependente e as variáveis independentes foi realizada através do teste Qui-quadrado de Pearson ou teste de Qui-quadrado com correção de Yates, utilizando o nível de significância de 5%. Como medida de associação univariada foi calculada a Razão de Prevalência e seus respectivos intervalos de confiança. Para avaliar o efeito independente das variáveis explanatórias em relação ao desfecho, foi realizada a análise de regressão multivariada log-binomial. Utilizou-se o nível de significância de p<0,20 da estatística univariada no teste do qui-quadrado para selecionar as variáveis que entrariam no modelo final de análise multivariada. 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A sensação predominante das vítimas em relação à intimidação sofrida foi “se sentiu mal” (40,4%), mas chamou atenção o fato do sentimento de “não se incomodar” ter tido um percentual destacado dentre as respostas (24,3%). No que se refere à influência das práticas educativas adotadas pelas famílias foi observada associação estatística entre “estilo parental negligente” e a prevalência de quem “não sofreu e não praticou bullying”. Conclui-se que a prevalência de bullying sofrido pelos indivíduos pesquisados apresentou um percentual elevado, mas se encontra em acordo com os parâmetros indicados pela literatura. A localização da escola, o grau de instrução dos responsáveis, a classe social e a faixa etária dos alunos foram associados ao fenômeno. Esses dados precisam ser considerados na busca de soluções para o enfrentamento do problema e demonstra a necessidade de se vincular às particularidades da escola e da população que a frequenta quando se estuda o fenômeno bullying.CNPqThe objective of this study was cross-sectional cohort to evaluate the prevalence of bullying and the association between bullying, sociodemographic factors and parental style in public elementary schools of the city of Recife. The research instruments were the Personal Information Registration Form, the criteria for classification Economic Brazil and the questionnaire bullying. Data were pre-coded and processed in a personal computer, by using SPSS software version 22. In relation to bullying-related outcomes, the following variables were created, "suffered", "practiced", "suffered and / or practiced bullying" and "did not suffer and practiced not bullying. " The explanatory variables were "sex", "age", "skin color", "school year", "school location," "class," "educational level of responsibility" and "parenting style". The association between the dependent variable and the independent variables was performed using Pearson's chi-square test or chi-square test with Yates correction, using a significance level of 5%. As univariate association measure was calculated prevalence ratio and their confidence intervals. To assess the independent effect of the explanatory variables on the outcomes, the analysis of log-binomial multivariate regression was performed. p significance level of <0.20 in the univariate statistics in the chi-square test to select the variables that enter the final model of multivariate analysis was used. The results indicated that the total surveyed, 48.66% were involved as victims and / or bullying practitioners, while 30.36% said they suffered and 23.66% practiced phenomenon. There was a statistically significant association in relation to the prevalence of those who "bullied" as the school's location (RPA "4"), who "practiced bullying" as the school's location (RPA's "4" and "6"), classes social "D and E", the age group between "10:13" years and the level of education "fundamental complete II / Some school", who "suffered and / or practiced bullying" in relation to social class "D and E "and the RPA's" 4 "and" 6 ", and who" did not suffer and practiced not bullying "over the RPA's" 1 "," 2 "," 3 "and" 5 "parenting style" negligent " and social class "B2" and "C1". The predominant feeling of the victims regarding the intimidation suffered was "felt bad" (40.4%), but drew attention to the fact that the feeling of "not bothering" have had a percentage prominent among the answers (24.3%) . With regard to the influence of the practices adopted by families was no association between "negligent parenting style" and the prevalence of those who "did not suffer and practiced not bullying." We conclude that the prevalence of bullying suffered by the individuals surveyed had a high percentage, but is in accordance with the parameters set out in the literature. The school location, the level of education of responsible, social class and age group of the students were associated with the phenomenon. These data need to be considered in the search for solutions to address the problem and demonstrates the need to link the school and particularities of the population that attends when studying the bullying phenomenon.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do AdolescenteUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBullyingViolênciaEstudantesEstilo ParentalPrevençãoBullyingViolenceStudentsParenting StylePreventionPrevalência de bullying no cenário escolar do Recife e sua associação com fatores sociodemográficos e estilo parentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTese Ricardodigitalizada para gravar.pdf.jpgTese Ricardodigitalizada para gravar.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1156https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17528/5/Tese%20Ricardodigitalizada%20para%20gravar.pdf.jpg1d60aef356cc17a79cfc35164e4822a6MD55ORIGINALTese Ricardodigitalizada para gravar.pdfTese Ricardodigitalizada para gravar.pdfapplication/pdf2022373https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/17528/1/Tese%20Ricardodigitalizada%20para%20gravar.pdf7cfd2d4cdbf5759c78b4446658ac712fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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