Cultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da pena

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: CIPRIANO, Maria Walérya Souza
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30406
Resumo: Diante da pertinência da discussão da questão da paz e da violência do mundo atual, é fundamental que se aborde cada vez mais a construção de uma cultura de paz no contexto da administração de conflitos, por meio da utilização de técnicas que priorizam o diálogo e valorizem o respeito aos seres humanos e às suas diferenças. Nas últimas décadas a Justiça Restaurativa tem se destacado como um modelo humanizado que visa transformar conflitos por meio da ruptura com o paradigma retributivo, sendo um mecanismo que promove democracia, participação, cidadania, dignidade e paz entre todos os envolvidos. No Brasil, ela vem se expandindo cada vez mais, com a realização de vários projetos-pilotos, introdução da Meta 8, resoluções, portarias, campanha do Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Poder Judiciário, pesquisas científicas, cursos de formação de facilitadores etc. Diante desse reconhecimento, fruto dos resultados positivos que a Justiça Restaurativa tem obtido, o presente trabalho promoverá uma reflexão acerca da possibilidade de sua utilização como forma de atenuar a pena. Tal análise terá como fundamento uma alternativa trazida no artigo 66 do Código Penal Brasileiro, intitulada atenuante inominada, que permite ao juiz criminal atenuar a pena no caso de ocorrência de uma circunstância relevante anterior ou posterior ao crime. Para isso, será feita uma pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva, aplicada e documental, com abordagem dos conceitos, princípios e aplicação das práticas restaurativas no Brasil, bem como das interpretações doutrinárias e jurisprudenciais dessa circunstância atenuante. Assim, através de pesquisa bibliográfica multidisciplinar e documental, serão discutidas três categorias analíticas específicas: Cultura de Paz, Justiça Restaurativa e Atenuante Inominada. Esses conceitos serão articulados criticamente para que se possa aprofundar a interpretação da legislação penal e da Justiça Restaurativa, no sentido de questionar se haveria no referido artigo uma possibilidade para expansão desse modelo alternativo de administrar e transformar conflitos e quais seriam as possíveis consequências dessa utilização.
id UFPE_d6b1bc0e6f31e85479507c479828527c
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30406
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling CIPRIANO, Maria Walérya Souzahttp://lattes.cnpq.br/2716720187461804http://lattes.cnpq.br/4119578278951508LUNA, Maria José de Matos2019-04-29T22:13:31Z2019-04-29T22:13:31Z2018-02-27https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30406Diante da pertinência da discussão da questão da paz e da violência do mundo atual, é fundamental que se aborde cada vez mais a construção de uma cultura de paz no contexto da administração de conflitos, por meio da utilização de técnicas que priorizam o diálogo e valorizem o respeito aos seres humanos e às suas diferenças. Nas últimas décadas a Justiça Restaurativa tem se destacado como um modelo humanizado que visa transformar conflitos por meio da ruptura com o paradigma retributivo, sendo um mecanismo que promove democracia, participação, cidadania, dignidade e paz entre todos os envolvidos. No Brasil, ela vem se expandindo cada vez mais, com a realização de vários projetos-pilotos, introdução da Meta 8, resoluções, portarias, campanha do Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Poder Judiciário, pesquisas científicas, cursos de formação de facilitadores etc. Diante desse reconhecimento, fruto dos resultados positivos que a Justiça Restaurativa tem obtido, o presente trabalho promoverá uma reflexão acerca da possibilidade de sua utilização como forma de atenuar a pena. Tal análise terá como fundamento uma alternativa trazida no artigo 66 do Código Penal Brasileiro, intitulada atenuante inominada, que permite ao juiz criminal atenuar a pena no caso de ocorrência de uma circunstância relevante anterior ou posterior ao crime. Para isso, será feita uma pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva, aplicada e documental, com abordagem dos conceitos, princípios e aplicação das práticas restaurativas no Brasil, bem como das interpretações doutrinárias e jurisprudenciais dessa circunstância atenuante. Assim, através de pesquisa bibliográfica multidisciplinar e documental, serão discutidas três categorias analíticas específicas: Cultura de Paz, Justiça Restaurativa e Atenuante Inominada. Esses conceitos serão articulados criticamente para que se possa aprofundar a interpretação da legislação penal e da Justiça Restaurativa, no sentido de questionar se haveria no referido artigo uma possibilidade para expansão desse modelo alternativo de administrar e transformar conflitos e quais seriam as possíveis consequências dessa utilização.In view of the pertinence of the discussion of the peace question and violence in today's world, it is fundamental that the construction of a culture of peace in the context of conflict management is increasingly addressed through the use of techniques that prioritize dialogue and value respect for human beings and their differences. In the last decades Restorative Justice has stood out as a humanized model that aims to transform conflicts through the rupture with the retributive paradigm, being a mechanism that promotes democracy, participation, citizenship, dignity and peace among all involved. In Brazil, it has been expanding more and more, with the accomplishment of several pilot projects, introduction of Meta 8, resolutions, ordinances, campaign of the National Council of Justice in partnership with the Judiciary, scientific researches, facilitators training courses etc. Given this recognition, fruit of the positive results that the Restorative Justice has obtained, the present work will promote a reflection about the possibility of its use as a way to reduce the penalty. Such analysis will be based on an alternative brought in article 66 of the Brazilian Penal Code, titled innominating attenuation, which allows the criminal judge to reduce the penalty in case of occurrence of a relevant circumstance before or after the crime. For this, a theoretical research will be done, with an approach to the concepts, principles and application of restorative practices in Brazil, as well as the doctrinal and jurisprudential interpretations of this attenuating circumstance. Thus, through a multidisciplinary and documentary bibliographical research, three specific analytical categories will be discussed: Culture of Peace, Restorative Justice and Innominate Attenuation. These concepts will be critically articulated in order to deepen the interpretation of the criminal law and Restorative Justice, in order to question whether there would be in the article a possibility of expansion of this alternative model of administering and transforming conflicts and what would be the possible consequences of such use.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Direitos HumanosUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCultura de pazJustiça restaurativaAtenuante inominadaCultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da penainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Maria Walérya Souza Cipriano.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Maria Walérya Souza Cipriano.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1144https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20Wal%c3%a9rya%20Souza%20Cipriano.pdf.jpg15e120a02837a1208197a6579d19ba5bMD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Maria Walérya Souza Cipriano.pdfDISSERTAÇÃO Maria Walérya Souza Cipriano.pdfapplication/pdf1653418https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20Wal%c3%a9rya%20Souza%20Cipriano.pdf6f739e157288ef4d80403f1ae8cfe0b4MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO Maria Walérya Souza Cipriano.pdf.txtDISSERTAÇÃO Maria Walérya Souza Cipriano.pdf.txtExtracted texttext/plain379515https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20Wal%c3%a9rya%20Souza%20Cipriano.pdf.txte3b16ddc4277c21b2c04d907830440a3MD54123456789/304062019-10-25 09:44:06.478oai:repositorio.ufpe.br:123456789/30406TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T12:44:06Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Cultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da pena
title Cultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da pena
spellingShingle Cultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da pena
CIPRIANO, Maria Walérya Souza
Cultura de paz
Justiça restaurativa
Atenuante inominada
title_short Cultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da pena
title_full Cultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da pena
title_fullStr Cultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da pena
title_full_unstemmed Cultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da pena
title_sort Cultura de paz e justiça restaurativa: análise do uso das práticas restaurativas como circunstância atenuante inominada da pena
author CIPRIANO, Maria Walérya Souza
author_facet CIPRIANO, Maria Walérya Souza
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2716720187461804
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4119578278951508
dc.contributor.author.fl_str_mv CIPRIANO, Maria Walérya Souza
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv LUNA, Maria José de Matos
contributor_str_mv LUNA, Maria José de Matos
dc.subject.por.fl_str_mv Cultura de paz
Justiça restaurativa
Atenuante inominada
topic Cultura de paz
Justiça restaurativa
Atenuante inominada
description Diante da pertinência da discussão da questão da paz e da violência do mundo atual, é fundamental que se aborde cada vez mais a construção de uma cultura de paz no contexto da administração de conflitos, por meio da utilização de técnicas que priorizam o diálogo e valorizem o respeito aos seres humanos e às suas diferenças. Nas últimas décadas a Justiça Restaurativa tem se destacado como um modelo humanizado que visa transformar conflitos por meio da ruptura com o paradigma retributivo, sendo um mecanismo que promove democracia, participação, cidadania, dignidade e paz entre todos os envolvidos. No Brasil, ela vem se expandindo cada vez mais, com a realização de vários projetos-pilotos, introdução da Meta 8, resoluções, portarias, campanha do Conselho Nacional de Justiça em parceria com o Poder Judiciário, pesquisas científicas, cursos de formação de facilitadores etc. Diante desse reconhecimento, fruto dos resultados positivos que a Justiça Restaurativa tem obtido, o presente trabalho promoverá uma reflexão acerca da possibilidade de sua utilização como forma de atenuar a pena. Tal análise terá como fundamento uma alternativa trazida no artigo 66 do Código Penal Brasileiro, intitulada atenuante inominada, que permite ao juiz criminal atenuar a pena no caso de ocorrência de uma circunstância relevante anterior ou posterior ao crime. Para isso, será feita uma pesquisa qualitativa, exploratório-descritiva, aplicada e documental, com abordagem dos conceitos, princípios e aplicação das práticas restaurativas no Brasil, bem como das interpretações doutrinárias e jurisprudenciais dessa circunstância atenuante. Assim, através de pesquisa bibliográfica multidisciplinar e documental, serão discutidas três categorias analíticas específicas: Cultura de Paz, Justiça Restaurativa e Atenuante Inominada. Esses conceitos serão articulados criticamente para que se possa aprofundar a interpretação da legislação penal e da Justiça Restaurativa, no sentido de questionar se haveria no referido artigo uma possibilidade para expansão desse modelo alternativo de administrar e transformar conflitos e quais seriam as possíveis consequências dessa utilização.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-02-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-04-29T22:13:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-04-29T22:13:31Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30406
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30406
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Direitos Humanos
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20Wal%c3%a9rya%20Souza%20Cipriano.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20Wal%c3%a9rya%20Souza%20Cipriano.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30406/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Maria%20Wal%c3%a9rya%20Souza%20Cipriano.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 15e120a02837a1208197a6579d19ba5b
6f739e157288ef4d80403f1ae8cfe0b4
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
e3b16ddc4277c21b2c04d907830440a3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310594448064512