O dito, o interdito e a distorção sistemática da comunicação: a contribuição do modelo de Habermas à sociologia do jornalismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa Lima da Rocha, Heitor
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9894
Resumo: Esta tese tem o objetivo de contribuir para o enriquecimento da sociologia do jornalismo, através da absorção de conteúdos da Teoria da Ação Comunicativa de Jürgen Habermas relevantes para a compreensão da mídia noticiosa e de seu papel na sociedade hodierna. Assim, parte de uma fundamentação da sociologia em termos de teoria da linguagem, tendo o sentido como categoria sociológica básica, e da compreensão de que a mídia é um subsistema funcional aberto, que possibilita a formação de opinião e vontade pelos movimentos sociais periféricos à estrutura de poder, capaz de se constituir em Poder Comunicativo e ser institucionalizada no sistema político. O trabalho adota, epistemológica e metodologicamente, a proposta habermasiana de uma postura heterodoxa, aberta tanto às ciências empírico-analíticas quanto às histórico-hermenêuticas, as quais confronta com o compromisso emancipatório das ciências críticas. Num terceiro momento, propõe a utilização da dicotomia facticidade - coação de pressões externas que acarreta uma comunicação sistematicamente distorcida - e validade categoria indicadora de consenso racionalmente motivado conforme a ética do discurso habermasiano -, como critério adequado para aferição da construção de sentido, ou de sua retração, nas matérias jornalísticas. A proposta é contrastada com as diversas teorias da notícia e procura aprofundar a análise para além da questão das rotinas jornalísticas, conseguindo esclarecer elementos internos essenciais do discurso jornalístico. Portanto, a comprovação da viabilidade dessas categorias a partir da ética do discurso evidencia a importância da contribuição do modelo habermasiano para o aprofundamento da sociologia do jornalismo
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Assim, parte de uma fundamentação da sociologia em termos de teoria da linguagem, tendo o sentido como categoria sociológica básica, e da compreensão de que a mídia é um subsistema funcional aberto, que possibilita a formação de opinião e vontade pelos movimentos sociais periféricos à estrutura de poder, capaz de se constituir em Poder Comunicativo e ser institucionalizada no sistema político. O trabalho adota, epistemológica e metodologicamente, a proposta habermasiana de uma postura heterodoxa, aberta tanto às ciências empírico-analíticas quanto às histórico-hermenêuticas, as quais confronta com o compromisso emancipatório das ciências críticas. 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