O Sistema Brasileiro de Valoração da Prova Judicial : um modelo mediado pela Ciência do Direito Probatório que leva a sério o erro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: DAMASCENO, Fernando Braga
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000012wv8
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49955
Resumo: O presente trabalho consiste na tentativa de construção de um modelo normativo para valoração da prova judicial. Na sua propedêutica, defende-se que a disciplina da prova judicial deve ser vista como uma estrutura garantística do direito fundamental à prova, que definitivamente não pode se resumir a um direito de atuar persuasivamente, abrangendo também o direito a uma cognição adequada, que respeite determinados critérios que limitam a liberdade decisória e condicionam a legitimidade do resultado. Superando o ceticismo paralisante e o argumento de que a averiguação da verdade inexoravelmente transformaria o Sistema de Justiça numa máquina inquisitiva, incompatível com um processo equitativo, e admitindo as limitações da cognição humana, defende-se que os critérios de contenção da liberdade decisória podem ser vistos como critérios de verdade, voltados a um resgate analógico da realidade empírica que ficou no passado, objetivo que manteria a vocação da ordem jurídica de condicionar a realidade, buscando adequar o ser ao dever-ser que estabelece. Propõe-se, então, um modelo estruturado em quatro etapas, onde se agrupariam os critérios destinados à (a) definição sobre a (in)existência de prova, (b) definição sobre a (in)suficiência da prova, (c) expressão e unificação da(s) força(s) probatória(s) e (d) validação dos saberes que embasam a valoração da prova. Por fim, buscando-se dar efetividade ao modelo, projeta-se um complemento através de uma disciplina para a motivação do juízo fático probatório, para a atualização dos saberes que permeiam a valoração na praxe judiciária, para um efetivo controle sobre erros e, finalmente, para uma evolução do próprio modelo com base no aprendizado que os erros viabilizam.
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Na sua propedêutica, defende-se que a disciplina da prova judicial deve ser vista como uma estrutura garantística do direito fundamental à prova, que definitivamente não pode se resumir a um direito de atuar persuasivamente, abrangendo também o direito a uma cognição adequada, que respeite determinados critérios que limitam a liberdade decisória e condicionam a legitimidade do resultado. Superando o ceticismo paralisante e o argumento de que a averiguação da verdade inexoravelmente transformaria o Sistema de Justiça numa máquina inquisitiva, incompatível com um processo equitativo, e admitindo as limitações da cognição humana, defende-se que os critérios de contenção da liberdade decisória podem ser vistos como critérios de verdade, voltados a um resgate analógico da realidade empírica que ficou no passado, objetivo que manteria a vocação da ordem jurídica de condicionar a realidade, buscando adequar o ser ao dever-ser que estabelece. Propõe-se, então, um modelo estruturado em quatro etapas, onde se agrupariam os critérios destinados à (a) definição sobre a (in)existência de prova, (b) definição sobre a (in)suficiência da prova, (c) expressão e unificação da(s) força(s) probatória(s) e (d) validação dos saberes que embasam a valoração da prova. Por fim, buscando-se dar efetividade ao modelo, projeta-se um complemento através de uma disciplina para a motivação do juízo fático probatório, para a atualização dos saberes que permeiam a valoração na praxe judiciária, para um efetivo controle sobre erros e, finalmente, para uma evolução do próprio modelo com base no aprendizado que os erros viabilizam.This work tries to build a prescriptive model for legal evidence evaluation. In it’s propaedeutic, it is argued that the discipline of legal evidence should be seen as a garantistic structure of the “fundamental right to evidence”, which definitely cannot be reduced to a right to act persuasively, also encompassing the right to adequate cognition respecting certain criteria that restrict decision-making freedom and conditions the legitimacy of its result. Upon overcoming paralyzing skepticism and the argument that the verification of the truth would inexorably turn the Justice System into an inquisitive machine, which is incompatible with a fair trial, and admitting the limitations of human cognition, it is argued that the criteria for restraining decision-making discretion can be seen as criteria of truth, adopted to analogically restore an empirical reality that was left in the past, thereby maintaining the vocation of the legal order to constrains the reality, in order to adapt the being to the must-be that it establishes. What we suggest, then, is a model structured in four stages, in which it would be grouped the criteria destined to a) the definition of the (in)existence of evidence, b) the definition of the (in)sufficiency of evidence, c) the expression and unifying of probativeforce(s) and d) the validation of knowledge that ground the evidence evaluation. Lastly, aiming to give effectiveness to the model, we design a complement, which is a discipline to motivate the fact adjudication, in order to update the existent knowledge in judicial practice on evidence evaluation, so there can be an effective error control and, finally, so there can be an evolution of the model itself based on the learning that the errors allow.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em DireitoUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessDireitos Fundamentais - BrasilValoração da ProvaErro JudiciárioVerdade ProcessualEpistemologia JudiciáriaO Sistema Brasileiro de Valoração da Prova Judicial : um modelo mediado pela Ciência do Direito Probatório que leva a sério o erroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Fernando Braga Damasceno.pdfTESE Fernando Braga Damasceno.pdfapplication/pdf3488120https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49955/1/TESE%20Fernando%20Braga%20Damasceno.pdf08d1d64eef416a114c380dcc5f5f4df7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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