Comunicação comunitária indígena : a Ororubá Filmes como um processo decolonial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: QUINTERO, Dina Tatiana Quintero
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52116
Resumo: Esta dissertação trata sobre os processos que a comunicação feita pela Ororubá Filmes, veículo de comunicação comunitária (PAIVA, 2003) do povo indígena Xukuru do Ororubá (Pesqueira/Pernambuco), gera sobre a mesma comunidade, uma vez que desenvolvem produções midiáticas feitas pelo povo, no seu território e para atender suas demandas próprias. Com um apontamento sobre as epistemologias do sul (BOAVENTURA, 2019), trabalhamos tanto o conceito quanto o movimento de decolonialidade (QUIJANO, 2005), que surge a partir das lutas e das análises travadas desde a segunda metade do século XX no território que conhecemos hoje como América Latina, num debate que percorre a importância da comunicação comunitária como uma ferramenta de luta, principalmente dos povos que foram subalternizados e da tentativa de, através dela, desafiar as várias violências de representação por parte dos veículos midiáticos hegemônicos, que de forma sistemática, atacam os povos indígenas, promovendo seu exterminio. Deste modo, relacionamos o conceito de decolonialidade à análise das transformações na visão da comunidade indígena que povoa a Serra do Ororubá, acerca de como estão sendo representados pelo seu veículo comunicacional próprio e sobre o valor que ganha dentro da etnia, questões investigadas por meio do trabalho de inspiração etnográfica. Assim, partimos para defender um fazer audiovisual perspectivado, que nasce dessa luta, mas que emerge como um modo específico de trabalhar tanto a palavra quanto a imagem e o som. Denominamos como Comunicação Comunitária Indígena essa comunicação que se afirma através da identidade dos povos indígenas, pois tal conceito detém cosmovisões particulares que permitem discutir etnicidade da comunidade onde, a partir delas, criam-se os discursos midiáticos e, sobretudo, uma matriz epistêmica própria (TORRICO, 2016), que parte dos princípios fundamentais da ancestralidade indígena (KRENAK, 2020).
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Com um apontamento sobre as epistemologias do sul (BOAVENTURA, 2019), trabalhamos tanto o conceito quanto o movimento de decolonialidade (QUIJANO, 2005), que surge a partir das lutas e das análises travadas desde a segunda metade do século XX no território que conhecemos hoje como América Latina, num debate que percorre a importância da comunicação comunitária como uma ferramenta de luta, principalmente dos povos que foram subalternizados e da tentativa de, através dela, desafiar as várias violências de representação por parte dos veículos midiáticos hegemônicos, que de forma sistemática, atacam os povos indígenas, promovendo seu exterminio. Deste modo, relacionamos o conceito de decolonialidade à análise das transformações na visão da comunidade indígena que povoa a Serra do Ororubá, acerca de como estão sendo representados pelo seu veículo comunicacional próprio e sobre o valor que ganha dentro da etnia, questões investigadas por meio do trabalho de inspiração etnográfica. Assim, partimos para defender um fazer audiovisual perspectivado, que nasce dessa luta, mas que emerge como um modo específico de trabalhar tanto a palavra quanto a imagem e o som. Denominamos como Comunicação Comunitária Indígena essa comunicação que se afirma através da identidade dos povos indígenas, pois tal conceito detém cosmovisões particulares que permitem discutir etnicidade da comunidade onde, a partir delas, criam-se os discursos midiáticos e, sobretudo, uma matriz epistêmica própria (TORRICO, 2016), que parte dos princípios fundamentais da ancestralidade indígena (KRENAK, 2020).FACEPEEsta disertación se trata sobre los procesos que la comunicación hecha por la Ororubá Filmes, vehículo de comunicación comunitária (PAIVA, 2003) del pueblo indígena Xukuru de Ororubá (Pesqueira/Pernambuco), generan sobre la misma comunidad, uma vez que se desarrollan producciones mediáticas hechas por la etnia, en su territorio y para atender sus demandas propias. Con un señalamiento sobre las epistemologías del sur (BOAVENTURA, 2019), trabajamos tanto el concepto como el movimiento de la decolonialidad (QUIJANO, 2005), que nace a partir de las luchas e de los análisis formulados desde la segunda mitad del siglo XX en el territorio que hoy conocemos como América Latina, en un debate que recorre la importancia de la comunicación comunitaria como una herramienta de lucha, principalmente para los pueblos que fueran subalternizados y de la tentativa de, a través de ella, desafiar las varias violencias de representación por parte de los vehículos mediáticos hegemónicos, que de forma sistemica atacan a las comunidades indígenas promoviendo su exterminio. De esta manera, relacionamos el concepto de decolonialidad al análisis de transformaciones en el modo de verse de la comunidad indígena que ocupa la montaña del Ororubá, acerca de como están siendo representados por su propio vehículo comunicacional y sobre el valor que gana dentro de la etnia, cuestiones investigadas por medio del trabajo de inspiración etnográfica. Así, partimos para defender uma forma de hacer audiovisual perspectivado que nace de esa lucha, pero que surge como un modo específico de trabajar tanto la imagen como la palabra y el sonido. Sobre esa comunicación que se reafirma a través de la identidad indígena, denominamos aquí como Comunicación Comunitaria Indígena, pues tienen cosmovisiones particulares que permiten discutir etnicidad de la comunidad donde, a partir de ella, se crian discursos mediáticos y, sobre todo, uma matriz epistemológica propia, (TORRICO, 2016) que parte de los principios fundamentales de la ancestralidad indígena (KRENAK, 2020).porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em ComunicacaoUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessIndígenasXukuru do OrorubáComunicação comunitáriaDecolonialidadeDiscursoRepresentações sociaisComunicação comunitária indígena : a Ororubá Filmes como um processo decolonialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Dina Tatiana Quintero Quintero.pdfDISSERTAÇÃO Dina Tatiana Quintero Quintero.pdfapplication/pdf3483469https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/52116/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Dina%20Tatiana%20Quintero%20Quintero.pdf0fa51a109590422b9cbb1e0a802f438cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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