Participatory development of educational technologies: lessons learned
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Enfermagem da UFPI |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/520 |
Resumo: | DOI: https://doi.org/10.26694/2238-7234.741-3 O desenvolvimento de instrumentos-tecnologias, na nossa experiência de pesquisa, teve início em 2009 no Grupo de Pesquisa Práticas Educativas em Saúde e Cuidado na Amazônia-PESCA, da Universidade do Estado do Pará-UEPA. Deste período até o presente, aprimoramos e ampliamos nossas estratégias investigativas e avançamos na direção de novos caminhos metodológicos. Nossa mais recente e intensa experiência tem se dado junto a Rede de Estudos de Tecnologias Educacionais-RETE, que agrega 45 pesquisadores das cinco regiões do país, e que possibilita parcerias e intercâmbios, viabilizando o acesso à novos modelos e referenciais. Nesse sentido, o objetivo deste texto é dar evidência às estratégias que adotamos na produção de uma TE em que fomos em busca de interfaces mais participativas e algumas lições aprendidas nesse percurso. Para o desenvolvimento da referida TE, destinada à equipe de saúde que atende pessoas que vivem com Hiv, optamos introduzir estratégias mais participativas. A TE foi produzida em uma unidade de referência em Belém, PA. Para dar conta do processo de co-criação, foram realizados Grupo de Desenvolvimento Focal, uma forma de coletar dados “inspirada nos grupos focais”, que se dá diretamente a partir das falas de um grupo que relata suas experiências e percepções em torno de um tema de interesse coletivo, mas, no nosso caso, em especial, foram além e desenvolveram juntos, de modo participativo, um produto com o qual estão diretamente implicados. Os participantes discutiram e definiram os conteúdos a inserir na tecnologia e sugeriram os principais cuidados cotidianos. Destacaram que as principais perguntas e dúvidas nos atendimentos estão relacionadas aos cuidados gerais, exames CD4 e carga viral. Com base no exposto, a equipe desenvolveu uma TE intitulada “Dicas para Viver Bem”, com 11 páginas, organizada em cinco partes. O que determinou o encerramento dos encontros foi a saturação por consenso, momento em que todos consideraram que o protótipo estava satisfatório e atendia as necessidades do público atendido na unidade. O que experienciamos nos levou a repensar o processo de desenvolvimento de TE, e suscitaram alguma lições, a seguir destacadas. A “primeira lição” aprendida foi: no processo de produção de TE, há que se identificar o conhecimento disponível para produzir TE baseadas em evidências, tanto evidências científicas (prática baseada em evidências) como evidências da prática (evidência baseada na prática). Assim, há que agregar à produção de TE a investigação do conhecimento (knowledge inquiry)1, tanto científico como do cotidiano do público-alvo envolvido no processo e para quem se destina a TE. A “segunda lição” foi: no processo de produção de TE, há que se efetivar a interpretação do conhecimento identificado, para que o público-alvo da TE possa ter mais opções. Este processo agrega à produção a síntese do conhecimento (knoeledge synthesis)1, tanto científico como do cotidiano. A “terceira lição” foi: no processo de produção de TE, há que se traduzir o conhecimento e criar a TE junto com o público-alvo (knowledge tools/products)1. O desenvolvimento participativo de TE, nessa perspectiva, terá mão dupla, e será colaborativo. Consideramos que a co-criação oportuniza o empowerment enquanto aumento de poder pessoal e coletivo de indivíduos e grupos sociais2. Nesse sentido, reforça-se o potencial da interface participativa nas pesquisas metodológicas de produção de TE no campo da enfermagem. |
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