A agroindustria familar no extremo sul gaúcho: limites e possibilidades de uma estratégia de reprodução social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caruso, Cíntia de Oliveira
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/123456789/1567
Resumo: A dissertação aborda o tema das agroindústrias artesanais existentes em municípios da microrregião de Pelotas, sendo vista como estratégia específica de reprodução social de famílias rurais que buscam incrementar e diversificar suas fontes de ingresso econômico. O reconhecimento quanto à importância dessas práticas do ponto de vista da geração de emprego e renda no meio rural tem inspirado a criação de alguns programas de fomento no plano estadual e federal. Contudo, muitos fatores interferem no funcionamento deste tipo de empreendimento, especialmente as determinações que emanam das legislações fiscal, sanitária, previdenciária e ambiental que, ao fim e ao cabo, foram concebidas para atender à lógica em que operam as grandes empresas do complexo agroindustrial. A superação desses limites e obstáculos há que ser buscada a partir da organização das agroindústrias familiares no sentido de fomentar o capital social no âmbito das comunidades rurais e dos municípios em que essas agroindústrias encontram-se operando. A pesquisa desenvolveuse a partir de entrevistas semi-estruturadas realizadas com proprietários de agroindústrias artesanais familiares existentes em cinco municípios da microrregião de Pelotas (Pelotas, São Lourenço do Sul, Cerrito, Canguçu e Herval), bem como com outros atores sociais, especialmente técnicos da extensão rural e agentes de desenvolvimento ligados a organizações não-governamentais envolvidos na implementação de projetos de agroindustrialização e assistência técnica às famílias. Os resultados de nossa pesquisa indicam que apesar dos esforços em estabelecer as agroindústrias, estas pequenas empresas familiares esbarram na inexistência de um marco jurídico e institucional específico, levando a um quadro de dificuldades e incertezas. Os agricultores arcam com todo o ônus das restrições impostas a seus produtos pelos órgãos de vigilância, levando muitos destes empreendedores rurais a desistirem do processo de adequação, muitas das vezes, além de sua capacidade de investimento. Diante desses fatores há razões evidentes para compreender as causas pelas quais muitos desses agricultores optam por permanecer na condição de clandestinidade.
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