Formação de vínculos e interação entre cuidadores e crianças em um abrigo
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3829 |
Resumo: | O estudo aborda o processo de formação de vínculo e interação entre cuidadores e crianças em um abrigo, considerando que essas são indispensáveis para o desenvolvimento dos seres humanos. Assim, objetivou-se compreender o processo de formação de vínculos e a interação entre cuidadores e crianças que vivem em abrigo, visando identificar os significados atribuídos a este processo pelos cuidadores. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa que utilizou como referencial teórico o interacionismo simbólico e a Teoria do Apego e como referencial metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados conforme apresentada por Charmaz. O cenário da pesquisa foi um abrigo institucional que acolhe crianças de 0 à 8 anos, encaminhadas pelo Juizado de Menores e Conselho Tutelar, situado em um município do sul do estado do Rio Grande do Sul. Os participantes da pesquisa foram 15 cuidadores/educadores que realizam o cuidado de crianças e seis crianças com idade de 0 à 3 anos. Os dados foram coletados no período de abril a julho de 2015, por meio de entrevista intensiva, observação estruturada e diário de campo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética na Pesquisa da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas sob o parecer número 1.035.995 e o CAAE: 42696915.9.0000.5316. Os resultados foram apresentados em três categorias e suas subcategorias: Vivenciando o impacto da realidade (Sendo institucionalizado; Se apegando e se desapegando); Trabalhando com o cuidado (Cuidando e educando; Trabalhando com o desconhecido; Ficando oculta; Aprendendo com a criança); Enfrentando o cotidiano do trabalho (Faltando estrutura e materiais; Faltando pessoal e capacitação; Trabalhando em equipe). Foi possível compreender o processo de formação de vínculos e a interação do cuidador com as crianças que vivem em abrigo como um trabalho voltado para atender às necessidades básicas para a sobrevivência como higiene, alimentação e medicação. Além disso, é um trabalho pouco reconhecido e valorizado, em que as cuidadoras se sentem invisíveis aos olhos da gestão do abrigo, da justiça e da sociedade. Neste contexto, o trabalho gera sofrimento e impõe a necessidade de lidar com as ‘mazelas’ geradas pelo abandono, violência e afastamento das crianças de suas famílias e comunidades, bem como com as próprias demandas emocionais vinculadas ao apego e desapego vivenciado cotidianamente no ambiente do abrigo. Essa situação é agravada pela falta de infraestrutura, capacitação e suporte psicológico, levando as cuidadoras a terem que buscar formas alternativas para resolverem os problemas que se apresentam no trabalho do cuidado da criança abrigada. Sugere-se a realização de estudos em outros cenários de acolhimento, tais como casas-lares e famílias acolhedoras, para identificar se, nestas situações, a formação de vínculo e a interação entre cuidadores e crianças se dá de forma mais estável, favorecendo o desenvolvimento físico e mental dos acolhidos. |
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2018-04-12T14:56:33Z2018-04-12T14:56:33Z2016-12-20GABATZ, Ruth Irmgard Bärtschi. Formação de vínculos e interação entre cuidadores e crianças em um abrigo. 2016. 217f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Faculdade de Enfermagem, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2016.http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3829O estudo aborda o processo de formação de vínculo e interação entre cuidadores e crianças em um abrigo, considerando que essas são indispensáveis para o desenvolvimento dos seres humanos. Assim, objetivou-se compreender o processo de formação de vínculos e a interação entre cuidadores e crianças que vivem em abrigo, visando identificar os significados atribuídos a este processo pelos cuidadores. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa que utilizou como referencial teórico o interacionismo simbólico e a Teoria do Apego e como referencial metodológico a Teoria Fundamentada nos Dados conforme apresentada por Charmaz. O cenário da pesquisa foi um abrigo institucional que acolhe crianças de 0 à 8 anos, encaminhadas pelo Juizado de Menores e Conselho Tutelar, situado em um município do sul do estado do Rio Grande do Sul. Os participantes da pesquisa foram 15 cuidadores/educadores que realizam o cuidado de crianças e seis crianças com idade de 0 à 3 anos. Os dados foram coletados no período de abril a julho de 2015, por meio de entrevista intensiva, observação estruturada e diário de campo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética na Pesquisa da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Pelotas sob o parecer número 1.035.995 e o CAAE: 42696915.9.0000.5316. Os resultados foram apresentados em três categorias e suas subcategorias: Vivenciando o impacto da realidade (Sendo institucionalizado; Se apegando e se desapegando); Trabalhando com o cuidado (Cuidando e educando; Trabalhando com o desconhecido; Ficando oculta; Aprendendo com a criança); Enfrentando o cotidiano do trabalho (Faltando estrutura e materiais; Faltando pessoal e capacitação; Trabalhando em equipe). Foi possível compreender o processo de formação de vínculos e a interação do cuidador com as crianças que vivem em abrigo como um trabalho voltado para atender às necessidades básicas para a sobrevivência como higiene, alimentação e medicação. Além disso, é um trabalho pouco reconhecido e valorizado, em que as cuidadoras se sentem invisíveis aos olhos da gestão do abrigo, da justiça e da sociedade. Neste contexto, o trabalho gera sofrimento e impõe a necessidade de lidar com as ‘mazelas’ geradas pelo abandono, violência e afastamento das crianças de suas famílias e comunidades, bem como com as próprias demandas emocionais vinculadas ao apego e desapego vivenciado cotidianamente no ambiente do abrigo. Essa situação é agravada pela falta de infraestrutura, capacitação e suporte psicológico, levando as cuidadoras a terem que buscar formas alternativas para resolverem os problemas que se apresentam no trabalho do cuidado da criança abrigada. Sugere-se a realização de estudos em outros cenários de acolhimento, tais como casas-lares e famílias acolhedoras, para identificar se, nestas situações, a formação de vínculo e a interação entre cuidadores e crianças se dá de forma mais estável, favorecendo o desenvolvimento físico e mental dos acolhidos.The study approachs the process of bonding and interaction between caregivers and children in a shelter, considering that these ties are indispensable in order for human beings’ development. Therefore, the study aimed to understand the process of how the bonds happen and the interaction of the caregivers with the children being sheltered, wishing to identify the meanings associated with this process by the caregivers. It is a research with qualitative approach, which used as theorical reference the symbolic interactionism and the “Attachment Theory” and as methodological reference the Grounded Theory as presented by Charmaz. The scenario of the research was an institutional shelter that takes care of children from 0 to 8 years old, sent by the Court of Children and Children’s Protective Services, located in a city in southern Rio Grande do Sul. The participants of this research were 15 caregivers /educators who perform the care of these children and 6 children aged 0 to 3. The data was collected between April and July of 2015, through intensive interviews, structured observation and field diary. The study was approved by the Research Ethics Committee in the Nursing College of the Federal University of Pelotas registered under the number 1.035.995 and CAAE: 42696915.9.0000.5316. The results were presented in three categories and its subcategories: Living the impact of reality (To be institutionalized; Attaching and detaching); Working with care (Caring and educating; Working with the Unknown; Remaining occult; Learning with the child); Facing the everyday job (Lack of structure and material; Lack of people and qualification; Working as a team). It was possible to understand the process of how these links grow and the interaction of the caregivers with the sheltered children as a job concerned with meeting the basic needs for survival as hygiene, food and medication. Besides, with little recognition and undervalued this is a job in which the caregivers feel invisible to the eyes of the management of the shelter, justice’s and society’s. In this context, it generates suffering and imposes the need to deal with the scars generated by the abandonment, violence and separation of these children from their families and communities, as well as the very emotional demands tied to the daily attachment and detachment lived in the environment of the shelter. This situation is aggravated by the lack of infrastructure, qualification, and psychological support, leading the caregivers to search for alternative way to solve the problems that come up at work when taking care of the sheltered child. It is suggested the carrying out of studies in other scenarios of sheltering, such as shelter homes and host families, to identify if, in those situations, the bonding and the interaction among caregivers and children happens in a more stable way, favoring the physical and mental development of the sheltered.Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUFPelBrasilFaculdade de EnfermagemCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMCuidadoresCriançasRelações interpessoaisEnfermagemPesquisa qualitativaCaregiversChildInterpersonal relationsNursingQualitative researchFormação de vínculos e interação entre cuidadores e crianças em um abrigoThe interaction and bonds between caregivers and children in a shelterinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://lattes.cnpq.br/7504567337596687http://lattes.cnpq.br/3684543700138279Milbrath, Viviane Martenhttp://lattes.cnpq.br/4903827743413548Schwartz, EdaGabatz, Ruth Irmgard Bärtschiinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTTese_Ruth_Imgard_Bartschi_Gabatz.pdf.txtTese_Ruth_Imgard_Bartschi_Gabatz.pdf.txtExtracted texttext/plain521724http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/3829/6/Tese_Ruth_Imgard_Bartschi_Gabatz.pdf.txt8445abac6c73a6994fbacac6c0dd935fMD56open accessTHUMBNAILTese_Ruth_Imgard_Bartschi_Gabatz.pdf.jpgTese_Ruth_Imgard_Bartschi_Gabatz.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1207http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/3829/7/Tese_Ruth_Imgard_Bartschi_Gabatz.pdf.jpgef4ad058f1cd24f61c35f5b1fad83d13MD57open accessORIGINALTese_Ruth_Imgard_Bartschi_Gabatz.pdfTese_Ruth_Imgard_Bartschi_Gabatz.pdfapplication/pdf3041284http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/3829/1/Tese_Ruth_Imgard_Bartschi_Gabatz.pdfcb53a98e00d17b03e3ea0ab2836ca077MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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