A superação da compaixão, pelo retorno ao egoísmo.

• Autor(a) principal: Medeiros, Gabriel Heidrich
• Data de Publicação: 2012
• Outros Autores: Araldi, Clademir Luís
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
• Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6047
• topic: Filosofia; Nietzsche; Egoísmo; Compaixão

Nietzsche quer superar a compaixão, em prol da criação de novos, valores, após a constatação da “doença da vontade na era moderna”. A fraqueza da vontade ocorre pela falta de sentido, que segundo Nietzsche tem a sua causa na exaltação desse sentimento. Para esta tarefa se faz necessário a critica, de todas as formas de compaixão até então encontradas. A compaixão é um sentimento, porém ela está no cerne da forma de pensar e agir moderno. Isso inclui a filosofia de Schopenhauer e a religião crista. Nietzsche demonstra os erros em que caiu a filosofia da compaixão e como ela, se tornou santificada. Além disso, ele enumera os malefícios e benefícios que a exaltação da compaixão trouxe para a espécie humana. Em contrapartida ele procura uma retradução da humanidade para a natureza dos impulsos mais básicos, superando assim o problema. A fonte do agir humano natural é segundo ele o egoísmo. Este impulso é que condiciona toda a forma de comportamento dos povos, incluindo a forma de agir altruísta. O egoísmo defendido, por Nietzsche é aquele que se descreve na forma nobre de agir, em que o sujeito auto afirmativo da ênfase apenas a sua ação. Mas é este sujeito que terá a tarefa de criar novos valores, tendo assim um papel político de suam importância.