O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Julio, Ana Carolina Cavalcante Ferreira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
Texto Completo: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8705
Resumo: Logo que tocou, fui atender ao telefone. Alô? – perguntei do lado de cá da linha. Chamadas nos conectam com esse outro lugar, com pessoas além de nós. E durante a pandemia, isso se tornou ainda mais frequente. Não queríamos pensar sozinhas. Por isso, buscamos fazer muitas ligações aqui. A principal delas foi com os nossos avós. Tratamos esta pesquisa, então, como uma ligação carinhosa a eles. São páginas que expressam suas histórias através de um olhar crianceiro. E o inusitado encontro dessa fabulação com a pesquisa acontece quando a criança que se encantava por palavras decidiu investigar sobre o acesso à justiça e a sua efetividade, pela metodologia da cartografia. Lança-se, assim, um olhar de estranhamento às expressões do direito, que hoje compõem o conceito de justiça a partir de significados e princípios modernos. Pergunta-se: de que modo o acesso à justiça, contado a partir das palavras da modernidade, produz seus efeitos, pensando sob a perspectiva do jurista? E de que outra maneira isso poderia ocorrer? A partir daí é que a pesquisa se propõe a criar um exercício de profanação da linguagem, trazendo ao uso comum as palavras do direito. Assim, seguindo a teoria de Economides (1999), realocamos o estudo das ondas renovatórias de acesso à justiça para tratar sobre a formação do próprio jurista. É urgente que saibam usar as suas palavras de modo a tornarem-nas manuseáveis, de uso comum, resistindo à lógica moderna de produção de desigualdades. Afinal, a linguagem é um instrumento de saber-poder que exerce muita força na construção desse modo de vida existente. Busca-se, com isso, um modo de vida ética, através da ética do cuidado em nossas relações. E isso também é acesso à justiça. Como conclusão, detém-se sobre o processo de criação de um direito sem órgãos, cada um para si, em práticas cotidianas de justiça. Especificamente aqui, pela linguagem e a criação de uma história em quadrinhos. Assim, além de encontrar-se alocada na área dos direitos sociais, esta dissertação se liga a diferentes áreas do conhecimento, como psicologia, filosofia, arte e educação. Como referencial teórico, utiliza-se Foucault (2007), Deleuze e Guattari (2013), Santos (2013) e Agamben (2009). Portanto, profanaremos o direito, com linha e agulha, costurando heterotopias (FOUCAULT, 2009) em pedaços de vida. Até mais! Tu-tu-tu-tu.
id UFPL_f1f1b5aa1b4c86897ebe74eec95dc443
oai_identifier_str oai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/8705
network_acronym_str UFPL
network_name_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
repository_id_str
spelling 2022-10-04T19:50:04Z2021-03-112022-10-04T19:50:04Z2021-02-22JULIO, Ana Carolina Cavalcante Ferreira. O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa. 2021. 120 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Programa de Pós-graduação em Direito, Faculdade de Direito, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8705Logo que tocou, fui atender ao telefone. Alô? – perguntei do lado de cá da linha. Chamadas nos conectam com esse outro lugar, com pessoas além de nós. E durante a pandemia, isso se tornou ainda mais frequente. Não queríamos pensar sozinhas. Por isso, buscamos fazer muitas ligações aqui. A principal delas foi com os nossos avós. Tratamos esta pesquisa, então, como uma ligação carinhosa a eles. São páginas que expressam suas histórias através de um olhar crianceiro. E o inusitado encontro dessa fabulação com a pesquisa acontece quando a criança que se encantava por palavras decidiu investigar sobre o acesso à justiça e a sua efetividade, pela metodologia da cartografia. Lança-se, assim, um olhar de estranhamento às expressões do direito, que hoje compõem o conceito de justiça a partir de significados e princípios modernos. Pergunta-se: de que modo o acesso à justiça, contado a partir das palavras da modernidade, produz seus efeitos, pensando sob a perspectiva do jurista? E de que outra maneira isso poderia ocorrer? A partir daí é que a pesquisa se propõe a criar um exercício de profanação da linguagem, trazendo ao uso comum as palavras do direito. Assim, seguindo a teoria de Economides (1999), realocamos o estudo das ondas renovatórias de acesso à justiça para tratar sobre a formação do próprio jurista. É urgente que saibam usar as suas palavras de modo a tornarem-nas manuseáveis, de uso comum, resistindo à lógica moderna de produção de desigualdades. Afinal, a linguagem é um instrumento de saber-poder que exerce muita força na construção desse modo de vida existente. Busca-se, com isso, um modo de vida ética, através da ética do cuidado em nossas relações. E isso também é acesso à justiça. Como conclusão, detém-se sobre o processo de criação de um direito sem órgãos, cada um para si, em práticas cotidianas de justiça. Especificamente aqui, pela linguagem e a criação de uma história em quadrinhos. Assim, além de encontrar-se alocada na área dos direitos sociais, esta dissertação se liga a diferentes áreas do conhecimento, como psicologia, filosofia, arte e educação. Como referencial teórico, utiliza-se Foucault (2007), Deleuze e Guattari (2013), Santos (2013) e Agamben (2009). Portanto, profanaremos o direito, com linha e agulha, costurando heterotopias (FOUCAULT, 2009) em pedaços de vida. Até mais! Tu-tu-tu-tu.As soon as it rang, I went to answer the phone. Hello? - I asked on the other side of the line. Calls connect us with this other place, with people besides us. And during a pandemic, this became even more frequent. We didn't want to think alone. So we try to make a lot of connections here. The main one was with our grandparents. We treat this research, then, as a loving link to them. They are pages that express their stories through a child look. And the unusual encounter of this fabulation with a research takes place when a child who was enchanted by words decided to investigate access to justice and its effectiveness, using the methodology of cartography. Thus, the expressions of law are strangely analyzed. This is because today they make up the concept of justice based on modern meanings and principles. But how does access to justice, counted from the words of modernity, produce its effects, thinking from the jurist's perspective? And how else could this happen? From there, the research proposes to create an exercise of profaning the language, bringing it to common use as words of law. Thus, following a theory by Economides (1999), we relocated the study of the renewal waves of access to justice to deal with the training of the jurist himself. It is urgent that they know how to use their words in order to make them manageable, in common use, resisting the modern logic of producing inequalities. After all, language is an instrument of knowledge-power that exerts a lot of strength in the construction of this existing way of life. With this, an ethical way of life is sought, through the ethics of care in our relationships. And that is also access to justice. As a conclusion, it focuses on the process of creating a law without organs, each for itself, in daily justice practices. Specifically here, for the language and the creation of a comic book. Thus, in addition to being allocated in the area of social rights, this dissertation is linked to different areas of knowledge, such as psychology, philosophy, art and education. As a theoretical framework, Foucault (2007), Deleuze and Guattari (2013), Santos (2013) and Agamben (2009) are used. Therefore, we will profane the law, with thread and needle, sewing heterotopy (FOUCAULT, 2009) into pieces of life. See you! Tu-tu-tu-tu.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul - FAPERGSCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em DireitoUFPelBrasilFaculdade de DireitoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASAcesso à justiçaDireito como LiteraturaCartografiaHeterotopiasO Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafaPatchwork Access to Justice: language in an experiment by a lawyer-cartographerinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/9304280988293984http://lattes.cnpq.br/5204931161666059Henning, Ana Clara CorrêaJulio, Ana Carolina Cavalcante Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTAna Carolina Cavalcante Ferreira Julio.pdf.txtAna Carolina Cavalcante Ferreira Julio.pdf.txtExtracted texttext/plain218402http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/6/Ana%20Carolina%20Cavalcante%20Ferreira%20Julio.pdf.txtc099021ba2395d35c24ac532ee0b462eMD56open accessTHUMBNAILAna Carolina Cavalcante Ferreira Julio.pdf.jpgAna Carolina Cavalcante Ferreira Julio.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1187http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/7/Ana%20Carolina%20Cavalcante%20Ferreira%20Julio.pdf.jpgd9ac684083dc44c53053d8a94d5698f3MD57open accessORIGINALAna Carolina Cavalcante Ferreira Julio.pdfAna Carolina Cavalcante Ferreira Julio.pdfapplication/pdf3104065http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/1/Ana%20Carolina%20Cavalcante%20Ferreira%20Julio.pdf94c9d3d966e98ce939eab45c1f81ba04MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-846http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/2/license_url486e70aa6e7b0271de4953c01c4283fdMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55open accessprefix/87052023-07-18 23:06:58.045open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/8705TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-19T02:06:58Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Patchwork Access to Justice: language in an experiment by a lawyer-cartographer
title O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa
spellingShingle O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa
Julio, Ana Carolina Cavalcante Ferreira
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
Acesso à justiça
Direito como Literatura
Cartografia
Heterotopias
title_short O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa
title_full O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa
title_fullStr O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa
title_full_unstemmed O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa
title_sort O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa
author Julio, Ana Carolina Cavalcante Ferreira
author_facet Julio, Ana Carolina Cavalcante Ferreira
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9304280988293984
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5204931161666059
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Henning, Ana Clara Corrêa
dc.contributor.author.fl_str_mv Julio, Ana Carolina Cavalcante Ferreira
contributor_str_mv Henning, Ana Clara Corrêa
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
topic CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS
Acesso à justiça
Direito como Literatura
Cartografia
Heterotopias
dc.subject.por.fl_str_mv Acesso à justiça
Direito como Literatura
Cartografia
Heterotopias
description Logo que tocou, fui atender ao telefone. Alô? – perguntei do lado de cá da linha. Chamadas nos conectam com esse outro lugar, com pessoas além de nós. E durante a pandemia, isso se tornou ainda mais frequente. Não queríamos pensar sozinhas. Por isso, buscamos fazer muitas ligações aqui. A principal delas foi com os nossos avós. Tratamos esta pesquisa, então, como uma ligação carinhosa a eles. São páginas que expressam suas histórias através de um olhar crianceiro. E o inusitado encontro dessa fabulação com a pesquisa acontece quando a criança que se encantava por palavras decidiu investigar sobre o acesso à justiça e a sua efetividade, pela metodologia da cartografia. Lança-se, assim, um olhar de estranhamento às expressões do direito, que hoje compõem o conceito de justiça a partir de significados e princípios modernos. Pergunta-se: de que modo o acesso à justiça, contado a partir das palavras da modernidade, produz seus efeitos, pensando sob a perspectiva do jurista? E de que outra maneira isso poderia ocorrer? A partir daí é que a pesquisa se propõe a criar um exercício de profanação da linguagem, trazendo ao uso comum as palavras do direito. Assim, seguindo a teoria de Economides (1999), realocamos o estudo das ondas renovatórias de acesso à justiça para tratar sobre a formação do próprio jurista. É urgente que saibam usar as suas palavras de modo a tornarem-nas manuseáveis, de uso comum, resistindo à lógica moderna de produção de desigualdades. Afinal, a linguagem é um instrumento de saber-poder que exerce muita força na construção desse modo de vida existente. Busca-se, com isso, um modo de vida ética, através da ética do cuidado em nossas relações. E isso também é acesso à justiça. Como conclusão, detém-se sobre o processo de criação de um direito sem órgãos, cada um para si, em práticas cotidianas de justiça. Especificamente aqui, pela linguagem e a criação de uma história em quadrinhos. Assim, além de encontrar-se alocada na área dos direitos sociais, esta dissertação se liga a diferentes áreas do conhecimento, como psicologia, filosofia, arte e educação. Como referencial teórico, utiliza-se Foucault (2007), Deleuze e Guattari (2013), Santos (2013) e Agamben (2009). Portanto, profanaremos o direito, com linha e agulha, costurando heterotopias (FOUCAULT, 2009) em pedaços de vida. Até mais! Tu-tu-tu-tu.
publishDate 2021
dc.date.available.fl_str_mv 2021-03-11
2022-10-04T19:50:04Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-02-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-10-04T19:50:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv JULIO, Ana Carolina Cavalcante Ferreira. O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa. 2021. 120 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Programa de Pós-graduação em Direito, Faculdade de Direito, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8705
identifier_str_mv JULIO, Ana Carolina Cavalcante Ferreira. O Acesso à Justiça em retalhos: linguagem em experimento por uma jurista-cartógrafa. 2021. 120 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Programa de Pós-graduação em Direito, Faculdade de Direito, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2021.
url http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8705
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Direito
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPel
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Direito
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron:UFPEL
instname_str Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron_str UFPEL
institution UFPEL
reponame_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
collection Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
bitstream.url.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/6/Ana%20Carolina%20Cavalcante%20Ferreira%20Julio.pdf.txt
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/7/Ana%20Carolina%20Cavalcante%20Ferreira%20Julio.pdf.jpg
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/1/Ana%20Carolina%20Cavalcante%20Ferreira%20Julio.pdf
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/2/license_url
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/3/license_text
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/4/license_rdf
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/8705/5/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c099021ba2395d35c24ac532ee0b462e
d9ac684083dc44c53053d8a94d5698f3
94c9d3d966e98ce939eab45c1f81ba04
486e70aa6e7b0271de4953c01c4283fd
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
repository.mail.fl_str_mv rippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.br
_version_ 1801846902990307328