INTRODUÇÃO “VIVENDO PARA ALÉM DO TRANSTORNO MENTAL: ESTUDOS QUALITATIVOS DE RECOVERY NA ESQUIZOFRENIA”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Davidson, Larry
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Brisola, Elizabeth Brown Vallim
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Phenomenology, Humanities and Sciences
Texto Completo: https://phenomenology.com.br/index.php/phe/article/view/177
Resumo: Imagine que você estivesse vivendo com um grande grupo que, há algumas gerações, houvesse feito uma viagem muito difícil para o Oeste passando por uma imensa planície. Foi necessário encontrar meios para que a jornada fosse bem-sucedida. Agora todos vocês estão lá ao pé das montanhas, onde fixaram residência. Alguns se aventuraram até o cume, mas nunca foram muito longe. Você, por outro lado, quer ir além. Contudo, terá de desenvolver formas de atravessar grandes riachos, escalar rochas íngremes, e acabou chegando mais longe do que todos. Agora você retornou e está tentando descrever o que descobriu para as outras pessoas do grupo. Você se surpreende e fica triste com muitos pelos comentários que fazem:“Você não deveria ter desperdiçado seu tempo. O mundo real, sério, é aqui.”“Você estava apenas brincando, em vez de fazer algo realmente útil.”“Já vimos montanhas. Nós as vemos todos os dias. O que você está pensando? Basta olhar para elas.”Você tenta explicar que mais adiante é diferente, que eles realmente não entenderam isso. Eles não viram as imensas cachoeiras, o enorme deslizamento de rochas, a forma como crescem as árvores protegendo as encostas das montanhas. E pode ser que haja um vasto oceano um pouco adiante.“Ah, mas nós vemos árvores. Veja! Ali há água passando sobre aquelas rochas. Não sei por que você gastou suas energias construindo jangadas; também temos esses arados fantásticos. Nada mais é necessário. E aposto que você não sabia que alguns acadêmicos tentaram trilhar por essas montanhas muito antes de você. Tudo que eles trouxeram de volta foi um monte de palavras compridas e teorias sofisticadas. Nada útil.”É mais ou menos assim com praticamente qualquer coisa nova, como, por exemplo, tentar compreender por outra perspectiva a doença mental, o transtorno psiquiátrico, cada deficiência, seja lá qual for o nome. Tente encontrar ou desenvolver uma perspectiva de outro ponto de vista, como o da pessoa que luta com seus problemas, de experiências reais e detalhadas daqueles que estão passando por esses problemas, e essas mesmas reações, todas elas, são muito comuns
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Agora você retornou e está tentando descrever o que descobriu para as outras pessoas do grupo. Você se surpreende e fica triste com muitos pelos comentários que fazem:“Você não deveria ter desperdiçado seu tempo. O mundo real, sério, é aqui.”“Você estava apenas brincando, em vez de fazer algo realmente útil.”“Já vimos montanhas. Nós as vemos todos os dias. O que você está pensando? Basta olhar para elas.”Você tenta explicar que mais adiante é diferente, que eles realmente não entenderam isso. Eles não viram as imensas cachoeiras, o enorme deslizamento de rochas, a forma como crescem as árvores protegendo as encostas das montanhas. E pode ser que haja um vasto oceano um pouco adiante.“Ah, mas nós vemos árvores. Veja! Ali há água passando sobre aquelas rochas. Não sei por que você gastou suas energias construindo jangadas; também temos esses arados fantásticos. Nada mais é necessário. E aposto que você não sabia que alguns acadêmicos tentaram trilhar por essas montanhas muito antes de você. Tudo que eles trouxeram de volta foi um monte de palavras compridas e teorias sofisticadas. Nada útil.”É mais ou menos assim com praticamente qualquer coisa nova, como, por exemplo, tentar compreender por outra perspectiva a doença mental, o transtorno psiquiátrico, cada deficiência, seja lá qual for o nome. Tente encontrar ou desenvolver uma perspectiva de outro ponto de vista, como o da pessoa que luta com seus problemas, de experiências reais e detalhadas daqueles que estão passando por esses problemas, e essas mesmas reações, todas elas, são muito comunsImagine que você estivesse vivendo com um grande grupo que, há algumas gerações, houvesse feito uma viagem muito difícil para o Oeste passando por uma imensa planície. Foi necessário encontrar meios para que a jornada fosse bem-sucedida. Agora todos vocês estão lá ao pé das montanhas, onde fixaram residência. Alguns se aventuraram até o cume, mas nunca foram muito longe. Você, por outro lado, quer ir além. Contudo, terá de desenvolver formas de atravessar grandes riachos, escalar rochas íngremes, e acabou chegando mais longe do que todos. Agora você retornou e está tentando descrever o que descobriu para as outras pessoas do grupo. Você se surpreende e fica triste com muitos pelos comentários que fazem:“Você não deveria ter desperdiçado seu tempo. O mundo real, sério, é aqui.”“Você estava apenas brincando, em vez de fazer algo realmente útil.”“Já vimos montanhas. Nós as vemos todos os dias. O que você está pensando? Basta olhar para elas.”Você tenta explicar que mais adiante é diferente, que eles realmente não entenderam isso. Eles não viram as imensas cachoeiras, o enorme deslizamento de rochas, a forma como crescem as árvores protegendo as encostas das montanhas. E pode ser que haja um vasto oceano um pouco adiante.“Ah, mas nós vemos árvores. Veja! Ali há água passando sobre aquelas rochas. Não sei por que você gastou suas energias construindo jangadas; também temos esses arados fantásticos. Nada mais é necessário. E aposto que você não sabia que alguns acadêmicos tentaram trilhar por essas montanhas muito antes de você. Tudo que eles trouxeram de volta foi um monte de palavras compridas e teorias sofisticadas. Nada útil.”É mais ou menos assim com praticamente qualquer coisa nova, como, por exemplo, tentar compreender por outra perspectiva a doença mental, o transtorno psiquiátrico, cada deficiência, seja lá qual for o nome. Tente encontrar ou desenvolver uma perspectiva de outro ponto de vista, como o da pessoa que luta com seus problemas, de experiências reais e detalhadas daqueles que estão passando por esses problemas, e essas mesmas reações, todas elas, são muito comunsImagine que você estivesse vivendo com um grande grupo que, há algumas gerações, houvesse feito uma viagem muito difícil para o Oeste passando por uma imensa planície. Foi necessário encontrar meios para que a jornada fosse bem-sucedida. Agora todos vocês estão lá ao pé das montanhas, onde fixaram residência. Alguns se aventuraram até o cume, mas nunca foram muito longe. Você, por outro lado, quer ir além. Contudo, terá de desenvolver formas de atravessar grandes riachos, escalar rochas íngremes, e acabou chegando mais longe do que todos. Agora você retornou e está tentando descrever o que descobriu para as outras pessoas do grupo. Você se surpreende e fica triste com muitos pelos comentários que fazem:“Você não deveria ter desperdiçado seu tempo. O mundo real, sério, é aqui.”“Você estava apenas brincando, em vez de fazer algo realmente útil.”“Já vimos montanhas. Nós as vemos todos os dias. O que você está pensando? Basta olhar para elas.”Você tenta explicar que mais adiante é diferente, que eles realmente não entenderam isso. Eles não viram as imensas cachoeiras, o enorme deslizamento de rochas, a forma como crescem as árvores protegendo as encostas das montanhas. E pode ser que haja um vasto oceano um pouco adiante.“Ah, mas nós vemos árvores. Veja! Ali há água passando sobre aquelas rochas. Não sei por que você gastou suas energias construindo jangadas; também temos esses arados fantásticos. Nada mais é necessário. E aposto que você não sabia que alguns acadêmicos tentaram trilhar por essas montanhas muito antes de você. Tudo que eles trouxeram de volta foi um monte de palavras compridas e teorias sofisticadas. Nada útil.”É mais ou menos assim com praticamente qualquer coisa nova, como, por exemplo, tentar compreender por outra perspectiva a doença mental, o transtorno psiquiátrico, cada deficiência, seja lá qual for o nome. Tente encontrar ou desenvolver uma perspectiva de outro ponto de vista, como o da pessoa que luta com seus problemas, de experiências reais e detalhadas daqueles que estão passando por esses problemas, e essas mesmas reações, todas elas, são muito comunsAssociação de Pesquisas em Fenomenologia (APFeno)2023-03-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionTextoTextoinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdfhttps://phenomenology.com.br/index.php/phe/article/view/177Phenomenology, Humanities and Sciences; Vol. 3 No. 2 (2022): Phenomenology, Humanities and Sciences; 130-147Phenomenology, Humanities and Sciences; Vol. 3 Núm. 2 (2022): Phenomenology, Humanities and Sciences; 130-147Phenomenology, Humanities and Sciences; v. 3 n. 2 (2022): Phenomenology, Humanities and Sciences; 130-1472675-4673reponame:Phenomenology, Humanities and Sciencesinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://phenomenology.com.br/index.php/phe/article/view/177/110Copyright (c) 2023 Phenomenology, Humanities and Sciencesinfo:eu-repo/semantics/openAccessDavidson, LarryBrisola, Elizabeth Brown Vallim2024-04-16T16:10:53Zoai:phenomenology.com.br:article/177Revistahttps://phenomenology.com.br/index.php/phePUBhttps://phenomenology.com.br/index.php/index/oaicontato@phenomenology.com.br || aholanda@yahoo.com2675-46732675-4673opendoar:2024-04-16T16:10:53Phenomenology, Humanities and Sciences - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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