O desenvolvimento das normas jus cogens em relação ao reconhecimento do direito à propriedade coletiva dos povos indígenas à luz da sentença do caso Povo Indígena Xucuru e seus membros versus Brasil
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Faculdade de Direito UFPR (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.ufpr.br/direito/article/view/61647 |
Resumo: | O objetivo do artigo é demonstrar o caráter jus cogens do direito à propriedade coletiva dos povos indígenas e suas implicações no ordenamento jurídico brasileiro pela construção jurisprudencial da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Para tanto, o trabalho aponta – por meio de pesquisa bibliográfica – a teoria de Francisco de Vitória e o contato histórico das relações entre os povos europeu e indígena como marco inicial diante das consequências vividas pelos indígenas americanos. Utiliza-se a jurisprudência da Corte, qualitativamente selecionada, asseverando o desenvolvimento progressivo do artigo 21 da Convenção Americana de Direitos Humanos para, então, avaliar a contribuição da sentença do caso Povo Indígena Xucuru e seus membros vs. Brasil para o ordenamento jurídico brasileiro. Conclui-se que o uso da terra pelos povos indígenas não é um privilégio passível de ser cassado pelo Estado ou superado por direitos à propriedade de terceiros, constituindo-se um direito desses povos obter a titulação de seu território, garantindo o uso e o gozo permanente dessa terra, sem interferência externa de terceiros. |
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O desenvolvimento das normas jus cogens em relação ao reconhecimento do direito à propriedade coletiva dos povos indígenas à luz da sentença do caso Povo Indígena Xucuru e seus membros versus BrasilThe development of the jus cogens norms and the recognition of the right to the property of the indigenous peoples in the light of the case of the Indigenous People Xucuru and its members versus BrazilDireitos Humanos. Direito Internacional dos Direitos Humanos.Propriedade coletiva. Povos indígenas. Normas jus cogens. Direito internacional dos direitos humanos.Collective property. Indigenous peoples. Jus cogens norms. International human rights law.O objetivo do artigo é demonstrar o caráter jus cogens do direito à propriedade coletiva dos povos indígenas e suas implicações no ordenamento jurídico brasileiro pela construção jurisprudencial da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Para tanto, o trabalho aponta – por meio de pesquisa bibliográfica – a teoria de Francisco de Vitória e o contato histórico das relações entre os povos europeu e indígena como marco inicial diante das consequências vividas pelos indígenas americanos. Utiliza-se a jurisprudência da Corte, qualitativamente selecionada, asseverando o desenvolvimento progressivo do artigo 21 da Convenção Americana de Direitos Humanos para, então, avaliar a contribuição da sentença do caso Povo Indígena Xucuru e seus membros vs. Brasil para o ordenamento jurídico brasileiro. Conclui-se que o uso da terra pelos povos indígenas não é um privilégio passível de ser cassado pelo Estado ou superado por direitos à propriedade de terceiros, constituindo-se um direito desses povos obter a titulação de seu território, garantindo o uso e o gozo permanente dessa terra, sem interferência externa de terceiros.The purpose of this article is to demonstrate the jus cogens character of the collective property rights of indigenous peoples and their implications in the Brazilian legal system for the jurisprudential construction of the Inter-American Court of Human Rights. In order to do so, the work points out – through bibliographical research – the theory of Francisco de Vitória and the historical contact of the relations between the European and indigenous peoples as initial milestones in the face of the consequences lived by native Americans. The jurisprudence of the Court is used, qualitatively selected, asserting the progressive development of article 21 of the American Convention on Human Rights to evaluate the contribution of the ruling of the case Xucuru Indigenous People and their members vs. Brazil to the Brazilian legal system. It is concluded that the use of land by indigenous peoples is not a privilege that can be annulled by the State or overcome by the rights of third parties, constituting a right of these peoples to obtain the title of their territory, guaranteeing their permanent use without external interference from third parties..Ferreira Júnior, Waldir de Jesus BraboBentes, Natália Mascarenhas Simões2019-04-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistas.ufpr.br/direito/article/view/6164710.5380/rfdufpr.v64i1.61647Revista da Faculdade de Direito UFPR; v. 64, n. 1 (2019); 9-382236-72840104-331510.5380/rfdufpr.v64i1reponame:Revista da Faculdade de Direito UFPR (Online)instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRporhttps://revistas.ufpr.br/direito/article/view/61647/38400Direitos autorais 2019 Revista da Faculdade de Direito UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-04-30T20:25:42Zoai:revistas.ufpr.br:article/61647Revistahttp://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direitoPUBhttp://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/direito/oai||revistadireito@ufpr.br2236-72840104-3315opendoar:2019-04-30T20:25:42Revista da Faculdade de Direito UFPR (Online) - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false |
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