A educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schuindt, Cláudia Celeste, 1988-
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1884/66341
Resumo: Orientadora: Prof.ª Dr. ª Camila Silveira da Silva
id UFPR_11f768917514e9e339edfdfc68b1f47a
oai_identifier_str oai:acervodigital.ufpr.br:1884/66341
network_acronym_str UFPR
network_name_str Repositório Institucional da UFPR
repository_id_str 308
spelling Schuindt, Cláudia Celeste, 1988-Silva, Camila Silveira da, 1983-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Exatas. Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática2021-05-05T21:29:18Z2021-05-05T21:29:18Z2019https://hdl.handle.net/1884/66341Orientadora: Prof.ª Dr. ª Camila Silveira da SilvaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Exatas, Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática. Defesa : Curitiba, 06/12/2019Inclui referências: p. 174-184Resumo: A presente pesquisa foi realizada a partir da articulação entre a Educação Inclusiva e o Ensino de Ciências em espaços não formais, buscando contribuir para que se ampliem as discussões no que diz respeito à inclusão da pessoa com deficiência nos Museus de Ciências, considerando que o principal desafio da educação museal é trabalhar com a diversidade de experiências educativas incorporando ações de acessibilidade para que todo tipo de público possa ser inserido nesse espaço. O objetivo geral foi identificar e analisar as dimensões da Educação Inclusiva presentes/ausentes nos museus de ciências brasileiros, para tal, foram traçados quatro objetivos específicos, sendo eles: 1) mapear os Museus de Ciências Acessíveis no Brasil; 2) identificar as dimensões da Educação Inclusiva nas instituições e 3) investigar as concepções dos coordenadores dos Museus de Ciências e dos elaboradores do "Guia de Museus e Centros de Ciências Acessíveis" (NORBERTO ROCHA et al., 2017) sobre a inclusão da pessoa com deficiência nesses espaços culturais. Seguimos os pressupostos da pesquisa qualitativa hermenêutica fenomenológica (DITTRICH; LEOPARDI, 2015) que busca compreender a realidade e o que ela significa para os indivíduos, bem como quais implicações ela traz. Dessa maneira, como instrumento de constituição de dados, foi realizada uma entrevista semiestruturada com um coordenador/diretor dos Museus de Ciências potencialmente acessíveis de cada uma das cinco regiões geográficas do Brasil. Os dados foram analisados segundo a perspectiva da Análise de Conteúdo de Bardin (2016), tendo como unidade de registro o tema, sistematizado em quatro grandes categorias que foram definidas a priori: a) Acessibilidade arquitetônica/física; b) Acessibilidade programática/institucional; c) Acessibilidade comunicacional; e d) Acessibilidade atitudinal. Foram localizadas 69 instituições consideradas acessíveis no Brasil. Como medidas de Acessibilidade Arquitetônica/Física observamos que há predominância dos aspectos pertinentes ao acesso à instituição. Na categoria Acessibilidade Programática/Institucional foram identificadas ações que buscam diminuir as barreiras provenientes da falta de formação dos monitores, haja vista que os Museus têm a missão social de promover a igualdade. Na categoria Acessibilidade Comunicacional foram localizadas exposições com tradução para LIBRAS ou BRAILLE, e, principalmente, a criação de materiais táteis e manipuláveis. A partir da observação na categoria Acessibilidade Atitudinal, foi possível notar que as instituições têm desenvolvido práticas de sensibilização e de conscientização, e muitas vezes, de forma espontânea, o que pode resultar na superação de preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações. As práticas museais devem valorizar a diversidade, estimular o respeito pelas diferenças, acolher e participar do processo de inclusão. O conhecimento e a fruição presente nos Museus devem contemplar todas as audiências, sem distinções. Entretanto, entendemos que mais do que a missão das instituições, a acessibilidade desperta o sentimento de respeito ao próximo, estimulando práticas e ações inclusivas, o que enriquece ainda mais a experiência e a aprendizagem provocada nos Museus de Ciências. Palavras-chave: Inclusão. Educação não formal. Acessibilidade. Museus de Ciências.Abstract: This research was conducted from the articulation between Inclusive Education and Science Teaching in non-formal spaces, seeking to contribute to broaden the discussions regarding the inclusion of people with disabilities in Science Museums, considering that the main challenge of museal education is to work with the diversity of educational experiences incorporating accessibility actions so that all types of public can be inserted in this space. The overall goal was to identify and analyze the dimensions of Inclusive Education present / absent in Brazilian science museums. To this end, four specific objectives were outlined: 1) to map the Museums of Accessible Sciences in Brazil; 2) to identify the dimensions of Inclusive Education in the institutions and 3) to investigate the conceptions of the coordinators of the Science Museums and the makers of the "Guide of Museums and Accessible Science Centers" (NORBERTO ROCHA et al., 2017) about the inclusion of people with disabilities in these cultural spaces. We follow the assumptions of the phenomenological hermeneutic qualitative research (DITTRICH; LEOPARDI, 2015) the search to understand reality and what it means for individuals, as well as what implications it brings. Thus, as a data constitution instrument, a half structured interview was conducted with a coordinator / director of the potentially accessible Science Museums from each of the five geographic regions of Brazil. The data were analyzed according to the perspective of Bardin's Content Analysis (2016), having as its unit of record the theme, systematized in four major categories that were defined a priori: a) Architectural/physical accessibility; b) Programmatic/institutional accessibility; c) communicational accessibility; and d) Attitudinal accessibility. We found 69 institutions considered accessible in Brazil. In measures of Architectural/Physical Accessibility we observed that there is a predominance of aspects pertinent to access to the institution. In the Programmatic/Institutional Accessibility category, actions were identified that seek to reduce the barriers arising from the lack of training of monitors, given that the Museums have the social mission of promoting equality. In the Communicative Accessibility category, exhibitions with translation to LIBRAS or BRAILLE were located, and mainly the creation of tactile and handle materials. From the observation in the Attitudinal Accessibility category, It is possible to notice that the institutions have developed awareness and awareness practices, and often, spontaneously, which can result in overcoming prejudices, stigmas, stereotypes and discrimination. Museum practices should value diversity, encourage respect for differences, welcome and participate in the process of inclusion. The knowledge present in the Museums must include all audiences, without distinction. However, we understand that more than the mission of the institutions, accessibility arouses the feeling of respect for others, stimulating inclusive practices and actions, which further enriches the experience and learning brought about in the Science Museums. Key words: Inclusion. Non-formal education. Accessibility. Science Museums.Esta investigación se llevó a cabo a partir de la articulación entre la Educación Inclusiva y la Enseñanza de la Ciencia en espacios no formales, buscando contribuir para que se amplíen las discusiones con respecto a la inclusión de las personas con discapacidades en los Museos de Ciencias, considerando que el principal desafío de la educación museística es trabajar con la diversidad de experiencias educativas que incorporan acciones de accesibilidad para que todos los tipos de público puedan insertarse en este espacio. El objetivo general es debatir qué dimensiones de la Educación Inclusiva están presentes/ausentes en los Museos de Ciencias brasileños. Para ello se trazaron cuatro objetivos específicos: 1) mapear los Museos de Ciencias Accesibles en Brasil; 2) identificar los indicadores de la Educación Inclusiva en las instituciones y 3) investigar las concepciones de los coordinadores de los Museos de Ciencias y de los elaboradores de lo "Guía de Museos y Centros de Ciencias Accesibles" (NORBERTO ROCHA et al., 2017). Siguiendo los supuestos de la investigación cualitativa hermenéutica fenomenológica (DITTRICH, LEOPARDI, 2015) que busca comprender la realidad y lo que significa para los individuos, así como las implicaciones que trae consigo. Como instrumento de constitución de datos, se realizó una entrevista semiestructurada con un Coordinador/Director de los Museos de Ciencias potencialmente accesibles en las cinco regiones brasileñas. La recopilación de los datos se analizó según la perspectiva del Análisis de Contenido de Bardin (2016), teniendo como unidad de registro el tema, sistemando en cuatro categorías principales que se definieron a priori: a) Accesibilidad arquitectónica/física; b) Accesibilidad programática/institucional; c) Accesibilidad comunicacional; d) Accesibilidad actitudinal. Se han localizado 69 instituciones consideradas accesibles en Brasil. Como medidas de accesibilidad arquitectónica/física observamos que hay predominancia de los aspectos pertinentes al acceso a la institución. En la categoría accesibilidad programática/institucional se identificaron acciones que pretenden reducir las barreras derivadas de la falta de formación de los monitores, dado que los museos tienen la misión social de promover la igualdad. En la categoría accesibilidad comunicacional se localizaron exposiciones que contienen alternativas lingüísticas, LIBRAS o BRAILLE, y, principalmente, la creación de materiales táctiles y manipulables. En la observación en la categoría accesibilidad actitudinal, fue posible observar que las instituciones han desarrollado prácticas de sensibilización y concientización, y a menudo espontáneamente, que se traduce en la descomposición de prejuicios, estigmas, estereotipos y discriminaciones. Las prácticas museales deben valorar la diversidad, estimular el respeto por las diferencias, acoger y participar en el proceso de inclusión. El conocimiento y la fruición presentes en los museos, deben contemplar todos los públicos, sin distinciones. Sin embargo, entendemos que más que la misión de las instituciones, la accesibilidad provoca y despierta el sentimiento de respeto hacia los demás, estimulando las prácticas y las acciones inclusivas, que enriquece aún más la experiencia y el aprendizaje provocado en los Museos de Ciencias. Palabras llave: Inclusión. Educación no formal. Accesibilidad. Museos de ciencias.1 arquivo (243 p.) : il. (algumas color.).application/pdfEducação não-formalMuseus de ciênciaEducação inclusivaMuseus e pessoas com deficiênciaMatemáticaA educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileirosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALR - D - CLAUDIA CELESTE SCHUINDT.pdfapplication/pdf10764114https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/66341/1/R%20-%20D%20-%20CLAUDIA%20CELESTE%20SCHUINDT.pdfdd253cdfef86dd118840acd5a8e82661MD51open access1884/663412021-05-05 18:29:19.027open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/66341Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082021-05-05T21:29:19Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileiros
title A educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileiros
spellingShingle A educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileiros
Schuindt, Cláudia Celeste, 1988-
Educação não-formal
Museus de ciência
Educação inclusiva
Museus e pessoas com deficiência
Matemática
title_short A educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileiros
title_full A educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileiros
title_fullStr A educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileiros
title_full_unstemmed A educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileiros
title_sort A educação inclusiva em espaços não formais : uma análise dos museus de ciências brasileiros
author Schuindt, Cláudia Celeste, 1988-
author_facet Schuindt, Cláudia Celeste, 1988-
author_role author
dc.contributor.other.pt_BR.fl_str_mv Silva, Camila Silveira da, 1983-
Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Exatas. Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática
dc.contributor.author.fl_str_mv Schuindt, Cláudia Celeste, 1988-
dc.subject.por.fl_str_mv Educação não-formal
Museus de ciência
Educação inclusiva
Museus e pessoas com deficiência
Matemática
topic Educação não-formal
Museus de ciência
Educação inclusiva
Museus e pessoas com deficiência
Matemática
description Orientadora: Prof.ª Dr. ª Camila Silveira da Silva
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-05-05T21:29:18Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-05-05T21:29:18Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/1884/66341
url https://hdl.handle.net/1884/66341
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 1 arquivo (243 p.) : il. (algumas color.).
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPR
instname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron:UFPR
instname_str Universidade Federal do Paraná (UFPR)
instacron_str UFPR
institution UFPR
reponame_str Repositório Institucional da UFPR
collection Repositório Institucional da UFPR
bitstream.url.fl_str_mv https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/66341/1/R%20-%20D%20-%20CLAUDIA%20CELESTE%20SCHUINDT.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv dd253cdfef86dd118840acd5a8e82661
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801860318461165568